Luhran 07/02/2019Alice Howland é uma profissional muito bem renomada nos ramos da psicologia. Professora de Harvard e líder de diversas pesquisas de campo, ela nunca imaginaria que seria traída por sua própria mente brilhante, quando começa a esquecer de si mesma.
Perto dos seus cinquenta anos de idade, a personagem é diagnosticada com uma doença degenerativa e incurável. Que antes levava a pensar que seriam sintomas de menopausa, até consultar médicos e mais médicos e descobrir um caso precoce de mal de Alzheimer.
Alice que sempre esteve com sua vida muito bem controlada e regrada, terá que começar a depender de anotações e táticas de recordação para não se perder drasticamente na escuridão de não saber quem é si mesma.
Ao lado de John (seu esposo), seus filhos Tom, Lydia e Anna, a personagem principal de Para sempre Alice precisará aproveitar cada memória boa antes de esquece-los para sempre.
Este livro é um relato incrível sobre o esquecimento e o valor familiar que devemos desenvolver ao decorrer de nossas vidas. O sofrimento de John ao ver Alice se perdendo dentro da própria casa, fez com que eu chorasse ao imaginar como é não ser lembrado pela pessoa que mais amou em sua vida.
Antes de ler o livro, eu já havia assistido ao filme. E confesso que a adaptação me trouxe muito mais emoção, do que a escrita de Lisa Genova. E não é à toa que a atriz Julianne Moore ganhou um Oscar por interpretar Alice.
O desenvolvimento da doença, a luta para recordar, uma história profissional findada e todos os atos memoráveis de Alice, fazem deste livro um diagnóstico de valores.
Emocionante, inesquecível e lindamente memorável.