Di 31/12/2009
Romance sobre a vida de Henry Chinaski. Alcoólatra, escritor, poeta, sacana e viciado em sexo. Teve tantas mulheres e diferentes todas, transou e broxou até quando não quis, suas relações soavam descartáveis. Era um velho barrigudo, feio, comedor, doente, aquele por quem qualquer ninfeta adoraria ter um caso.
Era tudo muito fácil pra ele, as mulheres caiam do céu de para-quedas no seu colo.
Chinaski era um puto, era um merda, era um completo interessante.
Por Sara, na última página ele quis ser leal, mas não acreditei nele.
Trechos a seguir:
Sentia-me contente por não estar apaixonado, por não estar contente com o mundo.
Gosto de estar em desacordo com tudo. As pessoas apaixonadas tornam-se muitas vezes
susceptíveis, perigosas. Perdem o sentido da realidade. Perdem o sentido de humor.
Tornam-se nervosas, psicóticas, chatas. Tornam-se, mesmo, assassinas.
O primeiro beijo, a primeira foda têm algo de dramático.
As pessoas são interessantes à primeira vista. Depois, lenta mas seguramente,
todos os seus defeitos e loucura se manifestam. Sentia-me cada vez mais afastado delas;
e elas cada vez menos me interessam.
As relações humanas eram assim.
Quero dizer, está-se com alguém durante algum tempo, comemos,
dormimos, vive-se com ela, amamo-la, ralamos com ela, saímos com ela e
de repente tudo acaba. Segue-se um pequeno período em que não se está
com ninguém, e depois aparece outra mulher, comemos com ela, fodemos
com ela, e parece tudo normal, como se estivéssemos à sua espera e ela de
nós.
É este o problema com a bebida, pensei, enquanto me servia dum copo. Se
acontece algo de mau, bebe-se para esquecer; se acontece algo de bom,
bebe-se para celebrar, e se nada acontece, bebe-se para que aconteça
qualquer coisa.
Quando um homem precisava de muitas mulheres era porque nenhuma delas
prestava.