Resenhas - Dois Irmãos

joanorbit 07/01/2024

Muito bom
Poucos livros me cativaram quanto esse, me chamou a atenção por se ambientar em Manaus, o que pouco acontece nas obras literárias. Mesmo que esse livro não caia no vestibular, fico grato pela excelente leitura, eu adoro Milton Hatoum. Me instigou a querer ir em busca da série, quero muito assistir. Para quem quiser indicação, tem o filme ?Rio de Desejo?, que baseia-se no conto ?O Adeus do Comandante?, do mesmo autor, e passa-se na cidade de Itacoatiara, interior do Amazonas. É intenso! O conto também é excelente.

Suuh 06/01/2024

Perfeito ?
A melhor coisa que a Fuvest fez foi ter colocado esse livro na lista de leitura obrigatória. Mesmo que eu tenha demorado 2 meses para ler eu consegui aproveitar a leitura e posso afirmar que esse livro é perfeito!

A escrita, os personagens, a história, a narrativa aos olhos de Nael e seus pensamentos, a rotina, tudo faz você prender sua atenção e esquecer o seu redor. Eu não sei o porque mas esse livro com toda certeza merece 5 estrelas.

Quando digo que não sei porque esse livro merece essa nota, eu quero dizer que Dois irmãos é um livro contemporâneo que conta a histórias de dois irmãos (obviamente) e narra a rotina de uma família e a destruição dela.

Nael, filho de Domingas - a empregada indígena adotada da casa - é quem narra toda a história e, no começo, eu fiquei bem confusa porque o tempo dele é diferente, o narrador intercala o presente com passado, então, de uma hora para a outra ele esta contando fatos do presente e depois ele muda para o passado. Apesar disso, depois de um tempinho você pega a manha e consegue entender perfeitamente.

O que mais me tocou com certeza foi a morte do Halim e da Domingas, foi o que ele mais descreveu perfeitamente e conseguiu passar os sentimentos, e, o final do livro me deixou sem reação, mas não de uma forma ruim mas tipo ?é assim que acaba??. Fiquei abismada mas não decepcionada. Sem reação.
E, eu não poderia esquecer da intenção de incesto que o autor deixou em aberto na narrativa. Como assim o Omar agarrava a Rânia? Como assim o Yaqub ia para o quarto com ela de mãos dadas???

Por fim, Omar quem destruiu a família, ele quem devia ter sido o primeiro a morrer.

Enfim, tem muita coisa que acontece nesse livro, e minha resenha pode estar bagunçada mas eu só quero deixar marcado o que mais me marcou desse livro

Clara985 05/01/2024

Leitura obrigatória
Da Fuvest. Não caiu no vestibular, apesar de ser uma leitura obrigatória, mas foi uma das poucas histórias que eu gostei mesmo não tendo a opção de não ler.

Parece uma novela da globo e, na verdade, depois descobri que É UMA NOVELA DA GLOBO.

Eu tenho um irmão mais novo, não somos gêmeos. Mas imagino que nossa relação teria sido desse jeito se nos odiassemos. Comecei e terminei o livro com pena de Yaqub e Omar, eles jamais saberão o que é ter um parceiro, confidente e melhor amigo que sempre esteve e sempre vai estar com você, eles perderam a família e o amor mais sincero da fraternidade.

Michelli.Mezzon 04/01/2024

Não gostei
Não gostei do livro, pois além de ele ser muito maçante e lento, ainda é MUITO parecido com a obra Esaú e Jacó, de Machado de Assis. Não achei original.

Lady77 03/01/2024

Ares manauaras
Uma leitura que prende e te fazer querer saber as fofocas daquela família doida ?. A escrita do Milton é maravilhosa e te faz se sentir em Manaus ( isso é incrível, da muita vontade de viajar kkk) além de fazer a gente pensar o quão rica é a nossa cultura.

@monicadoceu_ 01/01/2024

Triste como a maioria das histórias familiares
Melancólico e triste. Desde o início já dá pra perceber que o mote da história vai ser a jornada da ruína da família, alimentada pelo ódio entre os irmãos.

A história do Halim é de dar pena.

Parei muitas vezes a leitura porque parece que não chegava a lugar algum...

No final ganha mais velocidade. Estranhei um pouco alguns fatos ficam sem um desfecho mas imagino porque seja o relato do narrador...foi diferente pra mim.

Gostei de se acompanhar uma história que se passe em Manaus...

frsco 01/01/2024

Primeiro do ano
Li tranquilinho, era da fuvest que nem o cão tinhoso e eu gostei também, fiquei com vontade de chorar mais de uma vez. gostei de ler, da experiência de ser uma leitura "leve" e "fácil" diferente do cão tinhoso que eu precisei procurar UM MONTE de palavra. gostei, achei maneirinho e li com o cérebro liso, sem me ater em coisas pequenas e pensando na história com um todo. legal

Carolina.Lazzarett 30/12/2023

Como tinha lido relato de um certo oriente, já estava acostumada com a narrativa que vai e vem no tempo. É um livro muito bom pra quem gosta de intriga familiar e tenta pescar detalhes nas relações.

ana 30/12/2023

?
Um dos melhores livros que já li para a escola! Uma leitura bem escrita sobre uma família de Manaus, com os familiares tendo suas diferenças.
Os capítulos sem ordem cronológica fazem a curiosidade despertar cada vez mais.

Igaço 29/12/2023

Sensacional
Acho que nunca me identifiquei tanto com um personagem de livro e nunca torci tanto contra outro. A história é totalmente "relatable", embora se passe num espaço distante do centro econômico do país. Um narrador que se oculta por parte do livro, reflexo da sua própria invisibilidade perante os outros. Final em aberto, havendo várias interpretações. Perfeito.

tori mendes 28/12/2023

O livro trata de alguns temas sociais e culturais, mas foca muito mais nas relações familiares. A leitura foi um pouco maçante em alguns momentos, mas acredito que seja por eu ter lido apenas para os vestibulares e sem um interesse real.

Julia.Salvat 28/12/2023

Dois irmãos
Li esse livro por conta da fuvest, e foi um dos únicos que consegui ler até o final. O Omar sabemos que é um vagabundo, ele é a personificação do "se não puder ajudar atrapalhe", não tem nem o que falar de um cara desse, porém também todo mundo nessa família tem um problema. Não sei o que achar do Yaqub, por mais que eu entenda a mágoa e o ressentimento dele com a família, acho que talvez ele podia ter tomado atitudes diferentes, principalmente em relação ao Nael, SEU FILHO. A pobre da Domingas, a que mais se fudeu coitada, aguentou muito.

Murilo332 26/12/2023

Afetos extremos
Esse livro foi a última leitura minha, esse ano, posso dizer que fechei o ano com chave de ouro. Ler esse livro é um deleite para o/a  leitor/a, Milton Hatoum tem uma escrita primorosa capaz de fazer com que o leitor possa sentir toda a essência da cultura manauara. Entre outras coisas (como, por exemplo, a violência na ditadura), o livro, basicamente, trata das relações afetuosas em condições extremas. Esse livro, para mim, acabou fazendo jus ao reconhecimento que o autor possuí. Estou pronto para os próximos livros de Milton Hatoum.

clara 26/12/2023

Gostei muito do livro, esse tipo de leitura, de livro que não tem muito um porquê de ler como um suspense ou algo pra descobrir, vêm me cativado cada vez mais, não li porque precisava saber o que ia acontecer, li porque a escrita era boa e a história cativante. Além disso, o livro tem personagens bastante complexos e, de fato, apesar dos nomes que para mim não são muito comuns, é impossível confundir um personagem com o outro e igualmente difícil não sair com pelo menos uma marca do que cada personagem (dos que ganham mais destaque,obviamente) representa. Achei uma ótima leitura, apesar de não ter feito, é um tipo de livro que eu gostaria de ir anotando o que acontece para sentir que absorvi tudo porque tem muitas coisas para absorver.

Carolina Del Puppo 24/12/2023

"sempre vale a pena concluir alguma coisa"
Ao terminar o livro, primeira coisa que eu pensei: o que foi isso? Esse livro inteiro é uma aula. "mas o Omar quer muito mais, deseja tudo. É um prisioneiro de tanto desejo" sinceramente esse foi um dos melhores livros que já li, cada pedaço dele é visceral em sentido de ser tão profundo e tal real, as intrigas tão palpáveis.
"A esperança e a amargura... são parecidas" podemos refletir sobre relacionamentos tóxicos, maternidade, vinganças e ressentimentos, repetição de situações, personagens que seguem errando e errando, agressividade, o fetiche da família etc.
O pai omisso, a mãe cega de paixão, possessiva, o egoísmo de todos, todos sendo bem cabeça dura, ninguém nunca cede, ninguém dá um passo para trás. Nenhuma virtude nunca é praticada.
Mas se eu fosse pensar em cada detalhe, em cada faceta do livro eu poderia escrever outro livro, e é esse tipo de literatura que me atrai, o tipo que não se esgota, atemporal.
Tantas coisas que eu gostaria de falar, mas apenas vou recomendar, leiam, é diferente, e pode ser difícil, mas vale a pena.