peger 12/07/2021
Vincent viveu na miséria dos lucros mas na grandeza da arte!
O livro inteiro é de uma delicadeza sem tamanho. Escrito pelo próprio Van Gogh, da para perceber em suas cartas, que ele era uma pessoal extremamente sensível e apesar de todo o sofrimento, pobreza e doença, ele nunca desistiu do que ele mais amava na vida, que era pintar.
Chega a doer o coração ver ele tentando tantas vezes se reerguer de momentos de pura melancolia e solidão (pois passou a vida inteira meio que rejeitado tanto pela família, quanto pelos próprios artistas), tendo pouquíssimos amigos. Theo (seu irmão) era a única pessoa que ele tinha, tanto para seu sustento (de quem dependeu a vida inteira financeiramente) quanto para não ser uma pessoa extremamente sozinha.
Só o que me incomodou um pouco neste livro foi a edição, que nos longos momentos em que Van Gogh descreve seus quadros, técnicas e fala sobre pintura e pintores no geral (que é quase 70% do livro), não temos nenhuma referência nem imagens, o que deixa tudo muito vago (principalmente para quem entende zero de arte).
No geral, é um livro que te deixa primeiramente uma sensação de muito carinho por Vincent e por sua história incansável de tentar alcançar um meio de sustento artístico, em meio a tanto estudo e prática. Em vão. Ele nem queria mais ser famoso no fim das contas, só queria ter um meio de subsistir pelas pinturas. A segunda sensação que vem é de pena, pois somente depois de sua morte tão drástica, tão doente e depressiva, que ele enfim alcançou o que tanto queria: impressionar o mundo com a sua arte e com as suas pinturas.