Cartas a Théo

Cartas a Théo Vincent van Gogh




Resenhas - Cartas a Théo


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Bárbara Matsuda 17/06/2024

Algumas das mais de 600 cartas que vincent van gogh escreveu para seu irmão, theo. theo o ajudava financeira, emocional e profissionalmente. há momentos em que me cansei com tantos detalhes o universo pictórico de vincent. mas conhecer mais a dedicação/paixão que ele tinha por seu trabalho e pela natureza, foi lindo demais. ao passo que, também saber que ele vendeu apenas UM quadro em vida, traz uma desolação enorme.

a mesma profundidade de pensamento que o colocava em encanto com o mundo, também o levava a melancolia. o episódio em que ele corta a própria orelha ( no livro tem um testemunho de gauguin, inclusive) até a sua internação: o paradigma de “loucura” do artista, que causava tanto sofrimento, mas também fazia sua visão ser única. ao mesmo tempo que ele tinha suas crises fortes, van gogh tinha um tipo de lucidez incontestável.

esse livro contém alguns rascunhos ilustrados de seus processos criativos.
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Lari ... 08/06/2024

Um gênio incompreendido??
Vincent van Gogh não precisa de apresentações, pelo menos uma vez na vida, acredito que todos nós já vimos uma de suas obras, o que é engraçado, pois, em sua vida, ele vendeu apenas um quadro.

Isso não é uma resenha, é apenas um desabafo.

Eu gostaria de poder compartilhar com um dos maiores pintores do mundo sua conquista, sua ascensão como artista, e sua notoriedade. Que suas pinturas tornaram-se conhecidas e ganharam fama, pessoas viajam o mundo para ver seus quadros e, como ele desejava, muitas pessoas apreciam suas obras!
Que homem fascinante foi Van Gogh, um gênio, não somente em termos de pintura. A sua sensibilidade em relação ao mundo, à natureza, às cores e às tonalidades, à bondade com os outros, é comovente.

"O céu de um azul profundo estava salpicado por nuvens de um azul ­ainda mais profundo que o azul fundamental de um cobalto inten­so, e por outras de um azul mais claro, como a alvura azulada de vias lácteas. No fundo azul as estrelas cintilavam ­claras, esverdeadas, amarelas, brancas, rosas, mais claras, adia­mantadas mais como pedras preciosas, que para nós ? mesmo em Paris ? seria o caso de dizer: opalas, esmeraldas, lápis-lazúli, rubis, safiras."

"Sim, para mim, o drama da tempestade na natureza, o drama da dor na vida, são certamente os mais perfeitos."

Por muitas vezes, teve que decidir se alimentar ou comprar material de pintura.

"Digo-lhe francamente que começo a ter medo de não conseguir escapar disto, pois minha constituição seria bastante boa se não tivesse que jejuar tanto tempo, mas ­sempre precisei jejuar ou então trabalhar menos, e sempre que pos­sível escolhi a primeira solução, até o momento em que me vi excessivamente fraco."

Durante a leitura, somos tomados por um intenso fluxo de emoções. Confesso que chorei em diversas ocasiões. Não há como não se sensibilizar com tanta angústia, tantos receios e dúvidas. Uma alma atormentada!

"Nem sempre sabemos dizer o que é que nos encerra, o que é que nos cerca, o que é que parece nos enterrar, mas no entanto sentimos não sei que barras, que grades, que mu­ros."

?Agora sinto que meus quadros não são suficientemente bons para compensar as vantagens que aproveitei através de ti. Mas acredite-me, se um dia eles forem suficientemente bons, você terá sido também seu criador, ­tanto quanto eu, porque nós os estamos fazendo juntos.?

A maioria das pessoas conhece o homem "louco" que, em uma das suas crises, cortou parte da própria orelha, mas ele foi muito mais do que isso.
O amor entre os irmãos (Theo e Vincent) é bonito de acompanhar, de uma cumplicidade comovente. Seu irmão sempre o auxiliou financeiramente, fornecendo telas, livros, materiais de estudo, tintas, dinheiro para roupas, aluguel, alimentação e outras necessidades.

É, sem dúvida, um livro que vale a pena ser lido, especialmente para aqueles que apreciam a arte e se interessam pela vida do pintor.

"Ache belo tudo o que puder, a maioria das pessoas não acha belo o suficiente."

Sempre seu,
VINCENT
Celo90 08/06/2024minha estante
Que resenha linda Lari.
É interessante conhecer mais da vida de um grande pintor. Vou adicionar no meu carrinho de compras ??


Lari ... 08/06/2024minha estante
Obrigada, Celo!
Fico feliz que você se interessou, é um livro que vale a pena ter. ??


Leo.vicente 09/06/2024minha estante
Linda reflexão, Lari! Imagino que tenha sido uma leitura emocionante. ?


Lari ... 09/06/2024minha estante
Boa noite, Léo, tudo bem?
Obrigada!! ? 
Foi muito emocionante, Léo. É triste saber que ele não soube da sua importância para muitos outros pintores que surgiram depois dele. E também a importância de suas obras para tantas pessoas.


Leo.vicente 09/06/2024minha estante
Boa noite, Lari! Tudo sim, e você?
Eu imagino. ?
Acho que todo artista quer ser reconhecido, uma vez que compartilha muito de si mesmo em cada obra. Uma pena que não tenha tido a oportunidade de ver em vida quantas pessoas a arte dele tocou e continua tocando.


Lari ... 09/06/2024minha estante
Que bom! Estou bem também! ??
Concordo plenamente com você, apesar que ele mesmo dizia que não queria a fama ou reconhecimento, ele queria apenas abrir o caminho para outros pintores que viriam. Mas como você disse, a arte dele toca as pessoas, e isso era o que ele desejava. ??


Regis2020 12/06/2024minha estante
Seu desabafo sobre esse livro foi maravilhoso, Lari! ???
Ainda quero ler Cartas a Theo.


Celo90 12/06/2024minha estante
Você conseguiu Lari. Conquistou meu coração com seu desabafo. Passei por uma livraria e comprei o livro. Influência sua, depois vou te chamar pra falar sobre suas cartas preferidas.


Lari ... 12/06/2024minha estante
Obrigada, Regis.
Sinto-me honrada em receber o seu elogio. Suas resenhas são incríveis. ?
É um livro incrível, quando for ler, espero que goste!


Lari ... 12/06/2024minha estante
Que bom, Celo.
Fiquei muito feliz que te tocou de alguma forma.
Ok! Pode perguntar, se eu puder te ajudar. ??


Antonio904 09/08/2024minha estante
Parabéns. Ótima resenha.




Suênia Pereira 24/05/2024

Eu sempre choro como se fosse a primeira vez! Vincent, desperta em mim uma compaixão profunda e dolorida. Meu incompreendido favorito. Sem talvez!
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Milena.Tais 10/05/2024

Emocionante
Esse compilado histórico das cartas de Van Gogh é simplesmente emocionante. Você entra dentro da vida dele, dos sentimentos e dos pensamentos. É triste ver as decepções dele, a luta que ele travava contra a depressão e as doenças mentais, e a constante rotina de desvalorização que ele encontrava dentro da arte. Me surpreendi pelos relatos dele sobre como pensava nas suas obras, a quantidade de tempo que ele dedicava aos estudos e a melhorar sua arte. Um gênio
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Aranhudo 15/03/2024

Em suas cartas Vincent nos mostra um sentimento de desilusão enorme, mas nunca desistente em suas pinturas. Mesmo diante de suas crises, ele permanece fiel e comprometido com o trabalho, mesmo que suas economias o impedissem de ir o tanto quanto ele gostaria. Van Gogh em suas cartas nos puxa para um momento íntimo de sua vida, misturados em paixões, esperança e conhecimento. É como se, lendo as cartas, fôssemos as telas, os tubos de tinta e as paisagens que tanto amou. Foi um homem estudioso e inteligente, não somente em relação a arte. O cuidado, gratidão e carinho com o irmão Théo é sem duvidas, uma das (de tantas!) partes lindas do livro. É um livro que te prende, te puxa, te dói. Vincent vive! E sempre viverá.

?(?) Para sempre seu,
Vincent.?
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Adri Crivelaro 02/03/2024

O livro traz as cartas que Vincent escreveu para o irmão Théo ao longo dos anos em que morou e trabalhou em diversas cidades.

O assunto das cartas gira muito em torno do desenho e da pintura, que surgiram na vida de Van Gogh após tentativas fracassadas de exercer outras atividades. No entanto, também conhecemos um pouco da intimidade do pintor: seus amores, seus sonhos, o início (aparentemente) dos seus problemas mentais, até sua morte prematura.

Gostei muito de ler as cartas que ele fala sobre as pinturas que estava fazendo e o uso das cores.

Com certeza é uma leitura interessante para quem gosta Van Gogh. ?
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Aline no mundo das maravilhas 02/03/2024

Tão lindo e tão triste
Após vários meses, terminei este livro que me deixou muito inquieta e reflexiva.
A leitura é uma compilação das cartas escritas por Van Gogh para seu irmão Theo, ao longo de sua vida. As cartas nos levam ao íntimo do artista. Desde arte, vida, pobreza, paixões, loucura e seu triste fim.
É uma leitura essencial para quem deseja compreender vida e a mente de um dos maiores pintores que já existiu.
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beca 26/02/2024

?A partir do momento que nos esforcemos em viver sinceramente, tudo irá bem, mesmo que tenhamos inevitavelmente que passar por aflições sinceras e verdadeiras desilusões; cometeremos provavelmente também pesados erros e cumpriremos más ações, mas é verdade que é preferível ter o espirito ardente, por mais que tenhamos que cometer mais erros, do que ser mesquinho e demasiado prudente. É bom amar tanto quanto possamos, pois nisso consiste a verdadeira força, e aquele que ama muito realiza grandes coisas e é capaz, e o que se faz por amor está bem feito.?
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@eudeviaestarlendo 10/02/2024

Meu Caro Théo(...)

Vincent Willem Van Gogh nasceu no dia 30 de março de 1853, na Holanda. Ele perambulou bastante em busca da sua profissão, até que
Theodorus Van Gogh, seu irmão, o incentivou a pintar e seguir a carreira artística.
Van Gogh dedicou-se inteiramente a estudar não somente as técnicas de pintura, mas tudo sobre a arte, como por exemplo, a vida e a obra de artistas antigos e seus contemporâneos.
Ele era um leitor assíduo, muito estudioso, perfeccionista, sensível, inteligente e gentil. Era solitário e amava tudo aquilo que seus olhos podiam alcançar, amava a arte de pintar, as cores eram a sua obsessão.
Em suas correspondências com seu irmão, ele falava incansavelmente sobre o seu trabalho, falava poeticamente sobre as cores e o seu desejo de pintar, ele filosofava sobre seus quadros.
Sua paixão pela arte chegava a ser passional,
Vejo-o como um homem que se sacrificou para que a sua arte vivesse.

(...) Sempre seu, Vincent.
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juliaaa_ 28/01/2024

Carta aberta a Van Gogh. ?
Venho-me a pensar o que viria a sua cabeça ao ter noção do legado que você construiu mesmo não estando mais aqui para admirar a estonteante beleza da natureza; acreditaria na fama mais que merecida que adquiriu anos e anos após alcançar as estrelas que tanto pintara?
me encanta tanto a alma, como a sua conseguia amar com tanta intensidade cada mínimo detalhe ao seu redor, que tanto retratava em seus ilustres quadros.
me entristece sequer imaginar que não pôde receber o mínimo de admiração, respeito e carinho que suas obras e você recebem décadas e décadas após sua morte.
prefiro me reconfortar em pensar que em algum lugar, entre as estrelas, sua angústia pôde deixar de existir e receber todos esses sentimentos afetuosos que as pessoas nutrem de ti até os tempos de hoje.
você pode ter desacreditado muitas vezes do seu próprio talento, pensado que a Arte te deixou seduzir e nunca fez um quadro decente em sua vida, mas acho que os vários museus que hoje guardam suas pinturas, que abrigam milhares de pessoas que viajam e até atravessam países, fronteiras e continentes para observar suas pinturas de perto mostram ao contrário.
Vincent, você é um dos melhores, se não o melhor, de todos os tempos.
meu único desejo é que existam mais Vincentes por aí, extremamente apaixonados pela natureza e cada pequeno detalhe da vida.
Que amam com intensidade e vejam o mundo de uma forma que mais ninguém vê.
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cinnamongirl612 27/01/2024

Encontro-me completamente destruida por este livro
"Quero chegar ao ponto em que digam de minha obra: este homem sente profundamente, e este homem sente delicadamente."
E Vincent sentiu, sentia muito, é palpável durante toda a leitura das cartas que escreveu para seu irmão, Theo, o quanto ele tinha uma maneira sensível de ver e sentir a natureza e suas cores e isso, obviamente, reflete em suas obras.
"O que faz com que eu saiba o que quero colocar em minha própria obra, e o que eu me esforçarei por atingir, por mais que eu tenha que me perder pessoalmente, é que tenho uma fé absoluta na arte."
Em suas cartas alguns assuntos são recorrentes, como as ideias e rascunhos para quadros, suas observações e percepções das cores, inspirações literárias e comentários a respeito de obras de outros pintores, uma verdadeira aula, onde fica evidente o seu amor pela arte.
É através dessas cartas também que acompanhamos a triste deterioração da saúde mental de Vincent e o agravamento desse quadro pela situação de constante necessidade em que vivia, em muitos momentos tendo que escolher entre comer ou comprar materiais para sua pinturas, e pela frustração do não reconhecimento de seu trabalho.
Vincent passou a vida toda tentando viver da sua arte, mas não conseguiu. E a angústia que isso o causou é visível em seus escritos:
"Ora, eu como pintor nunca significarei nada de importante, sinto-o perfeitamente."
"Eu 'me atrapalhei' na vida e meu estado mental não somente é como também foi abstraído, de forma que independente do que fizessem por mim, eu não posso pensar em equilibrar minha vida."
Vincent, cujas obras hoje possuem um valor inestimável, só vendeu um quadro enquanto vivo e é de partir o coração ler em tantas cartas as promessas ao irmão de que assim que vendesse suas pinturas ele o restituiria de todo o investimento feito até o ponto em que ele começa a perder as esperanças de ver seu trabalho reconhecido.

Um livro que me proporcionou um carrossel de emoções, chorei do começo ao fim e fica aqui a indicação de leitura, porque Vincent e sua obra merecem ser eternos.

"Isto renova a eterna questão: a vida é inteiramente visível para nós, ou antes da morte só lhe conhecemos um hemisfério? Os pintores ? para falar só deles ?, estando mortos e enterrados, falam à geração seguinte ou a várias gerações seguintes por suas obras. Isto é tudo, ou há ainda algo mais? Na vida de um pintor, talvez a morte não seja o mais difícil. Eu confesso não saber nada a respeito, mas a visão das estrelas sempre me faz sonhar..."
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Saturnotemanéis 24/01/2024

Levei muitos meses para concluir, demorei tanto que acabou morrendo a curiosidade e se tornou enfadonho. Comecei a ler a troco de curiosidade e por, como todo mundo, amar os quadros dele, mas não acho que acrescentou muita coisa a minha percepção e a verdade é que eu já esqueci boa parte do que li. Fico triste pela vida de fracassos que ele teve e me desola saber que não houve quase nenhum reconhecimento do seu brilhantismo em quanto em vida. Ser artista é sofrer terrivelmente, a ponto de enlouquecer. Van Gogh nos presentiou com a beleza que via e é muito injusto que ele tenha morrido sem saber a dimensão de quem foi, se esvaziou completamente em tinta, podendo contar apenas com o grande amor e companheirismo do irmão.
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Lais 22/01/2024

Art da dor
Eu já queria saber muito da história do van gogh e do théo,só que lendo você senti fazendo parte dos acontecimentos, senti a tristeza e as frustração deles, mais na maioria das vezes eu me sentir acolhida pelo amor que eles tem um pelo outro, as cartas são uma pequena amostra da cumplicidade deles, o livro é lindo.
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L.Fortuna 22/01/2024

Ao ler as cartas que Vincent enviou a Théo, me senti como se estivesse lendo seu diário, pois, é palpável todos os seus sentimentos ali presentes.
É uma leitura de várias camadas, triste e bonita ao mesmo tempo. Além de tudo, suas cartas são verdadeiras aulas sobre colorismo e arte.
No mais, é irônico, uma pessoa que passou a vida inteira na miséria, após sua morte, ter seus trabalhos avaliados em milhões de dólares.
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Vanessa.Carla 31/12/2023

Com amor
Uma das melhores leituras do ano e da vida. eu escolhi ler esse livro bem lentamente pra aproveitar cada momento e ter certeza que não perderia os detalhes, amei conhecer um pouquinho a pessoa q toca meu coração e preenche o mundo com cores e linhas complexas e profundas.
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