Jpg 24/04/2011
Engenharia Onírica
Prefeccionista obcecado com a composição ideal. Kafka cristão, como dizem por aí. Murilo Rubião escreveu e reescreveu enésimas vezes suas poucas histórias, e conseguiu assim, pequenos documentos de tamanho grande.
Como um engenheiro onírico, o autor desconstrói parábolas bíblicas, enchendo os espaços vazios com a matéria impossível que só é encontrada nos sonhos, e que compõe a maioria das grandes obras da literatura fantástica. A sensação que se tem ao final dos contos, é de estar acordando de algum sonho que, mal acaba, deixa saudades.
Dá até dó da realidade.