Sammy 07/06/2021
Hank
O desenvolvimento do Hanry nesse livro foi de outro mundo; passando da fase mais degenerada dele, agora em "Cartas na Rua", da pra entender mais como o Henk pensa.
No meu caso, factótum me pareceu uma leitura muito repetitiva, era demissões e contratações, alguns capítulos fugiam disso, mas não foi tão atrativo quanto Misto-Quente. Já agora, não. Diversas fases e relacionamentos do Henk, idas e voltas, o escatológico com o cômico, tudo isso marcou muito o livro.
Esse foi o trecho que verbalizou perfeitamente a incapacidade e fraqueza humana, a fraqueza humana universal:
"Betty, Betty, Betty. Por favor, quero que beba um pouco d'água, só um golinho d'água, não muito, só um golinho!"
E mais: "Por que a deixam abandonada lá?
[...] ESQUEÇA ESSA PALHAÇADA DE SENHOR, ESTÁ BEM? Aposto que seria diferente se fosse o presidente ou o governador ou o prefeito ou algum rico filho da puta, então haveria médicos por toda a parte naquele quarto fazendo alguma coisa! Por que vocês simplesmente os deixam morrer? Que pecado há em ser pobre?"