As benevolentes

As benevolentes Jonathan Littell
Jonathan Littell




Resenhas - As Benevolentes


64 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Sandra 21/12/2022

Melhor leitura do ano, embora tenha sido a mais difícil de terminar. Foram seis meses, em vários momentos abandonei o livro por semanas e em outros lia sem conseguir parar. O livro é denso, alguns capítulos são maravilhosos, correm em um ritmo rápido, e outros são mais lentos.
A maior dificuldade é sem dúvida a violência gráfica com que o genocídio dos judeus é descrito aqui. O estômago ficou embrulhado em boa parte da leitura, mas valeu a pena. Recomendo demais!
comentários(0)comente



Monaliza20 11/10/2022

Sufocante
Este não é um livro perfeito. Existem inúmeros trechos que se prolongam mais do que o necessário, ou melhor, se arrastam. Mas no fim, é um livro que levarei comigo, em sensação e memória. O ser humano é realmente capaz de alcançar o estado mais puro de monstruosidade e a narrativa demonstra isso muito bem.
comentários(0)comente



Andreia Santana 15/07/2022

Anatomia de um crime contra a humanidade
Os piores castigos impostos pelas Erínias bastariam para apagar da memória coletiva os horrores da II Guerra Mundial e do nazismo? Maximilien Aue, protagonista de As Benevolentes (Alfaguara, 2007) se faz essa pergunta enquanto desfia um rosário de misérias diante do leitor atônito. Com quase mil páginas, essa é leitura árdua tanto pelo volume do livro quanto pela complexidade, crueza e opressão do tema.

Protagonista desse inquietante e premiado romance histórico do escritor franco-americano Jonathan Littell, Max Aue é um oficial nazista que décadas depois do fim da guerra e tendo escapado do expurgo (os julgamentos e as execuções de ex-servidores do III Reich), vive uma pacata vida de comerciante de peças de renda na França.

Idoso e com um problema de saúde constrangedor no intestino, ele oferece um relato que oscila entre a crueldade e o delírio, da campanha alemã na Rússia e no Leste Europeu. De certa forma, ler esse livro no meio da guerra provocada após a invasão da Rússia à Ucrânia, em fevereiro de 2022, facilita o entendimento das rivalidades entre esses dois países vizinhos e da complexa geopolítica do pós-guerra.

Além da história muito bem contada, o livro de Littell também traz uma riqueza de informações históricas e um providencial glossário com as patentes dos militares do Reich e as expressões típicas da caserna ou da cultura alemã, para ajudar o leitor a entender melhor a quantidade exorbitante de dados que compõem o romance. Dados esses que mesmo armazenados na frieza dos números – ele divulga as estatísticas de mortos entre judeus, ciganos, soldados russos, soldados alemães e civis, por exemplo, – revelam a dimensão apocalíptica dessa guerra.

As situações de abuso moral, psicológico e físico – principalmente sexual – da população civil dos países invadidos e das vítimas de extermínio reviram o estômago até de quem é acostumado com as histórias mais cruéis que a literatura já engendrou. Essa narrativa, em muitas passagens bastante escatológica, enfatiza o lugar do estupro como um crime de poder e humilhação. E isso causa repulsa e um desconforto que grita na alma do leitor.

Acredito que o autor desceu tão fundo na lama com a intenção menos de chocar ou de fetichizar esse tipo de violência visceral [e é importante ressalvar que no caso da guerra, é uma violência acima de identidades de gênero, faixa etária ou país de origem das vítimas]; e mais no intuito de advertir, de botar o dedo acusador na ferida.

Ao mesmo tempo em que narra as situações mais escabrosas e humilhantes vividas pela população dos países ocupados, demonstra que quem cometeu tanta atrocidade era gente comum, mediana, do tipo que se encontra em uma esquina, na padaria, no piquenique no parque. Ainda assim, gente que se habituou ao racismo e à xenofobia quase como se fossem traços culturais. O que é triste e revoltante.

Esse livro árido e sufocante tem ainda suas armadilhas, já que o leitor é apresentado aos fatos pelo olhar subjetivo e bastante contaminado de Max Aue. É o carrasco sem remorsos na velhice, praticamente indiferente e resignado a essa indiferença, quem revela os pavores de sua juventude como um autoconsolo para a própria consciência. E sem muito desejo de arrependimento.

Max Aue é esquizofrênico [ele já tinha alucinações antes de ir para o front e a guerra só piora sua condição] e nutre, desde criança, uma paixão incestuosa pela irmã gêmea, ao mesmo tempo em que coleciona jovens soldados como amantes. Ele se esconde em um armário com portas de vidro, como muitos outros oficiais da época, porque as pessoas LGBTQIA+ também pereceram nos campos de concentração, é importante não esquecer dessas vítimas do nazismo.

No alto oficialato nazista, a pena para relações homossexuais era o fuzilamento ou o envio aos campos de concentração. No entanto, ao criar um personagem gay que precisa demonstrar a todo tempo uma masculinidade exacerbada de forma tão selvagem e tóxica para preservar a própria vida, Littell toca em um ponto sensível e importantíssimo da cartilha das ditaduras e dos regimes totalitários: o controle extremo e total do indivíduo, de sua identidade, dos seus desejos e até da personalidade.

No caso das mulheres cis e heterossexuais, por exemplo, o Reich não punia comportamentos que aos olhos da cultura dos anos 1930/1940 seriam considerados escandalosos. Ao contrário, estimulava que elas se envolvessem com o máximo de homens possíveis e engravidassem para gerar ‘muitas crianças arianas’. Desde que esses civis, soldados ou oficiais estivessem dentro do ideal de perfeição física e mental ditada pela ótica racista do regime, lógico. Ao contrário da violência praticada contra as pessoas nas zonas ocupadas, aqui o sexo e a procriação eram vistos como um dever de Estado.

Ao final da leitura de As Benevolentes e, ao traçar paralelos com o mundo atual, o leitor constata sem nenhuma surpresa, mas ainda assim com bastante pesar, que na história da humanidade, o horror nunca dorme, só cochila. E sempre com um dos olhos abertos, à espreita...

O exemplar que eu li:

Foi emprestado por um amigo do trabalho que sabe que eu tenho obsessão pela II Guerra Mundial como objeto de estudo. Ele me falou do livro em uma conversa motivada por outro livro sobre as relações de Hitler e Stálin durante o conflito, que ainda está na minha lista de leituras futuras. Esse amigo fez uma breve sinopse d´As benevolentes para mim e eu pedi emprestado quando ele terminasse de ler. Acontece que esse amigo não conseguiu avançar na leitura porque se sentiu bastante incomodado com a narrativa crua, cáustica e assustadora do personagem principal. Ele abandonou o livro e o levou para mim. Demorei quase seis meses lendo, foi um dos livros que levei mais tempo – aqueles que abandonei e retomei não contam – para concluir, porque em alguns dias, quando estava de baixo-astral (e como não estar de baixo-astral no Brasil de 2022?), só conseguia ler uma ou duas páginas. Persisti porque o livro é instigante, extremamente rico de conteúdo histórico e absurdamente bem escrito, embora doloroso em um nível impensável em muitas passagens...

Um pouco de mitologia grega:

‘Benevolentes’ é uma das formas que os antigos gregos usavam para se referir às Erínias, as entidades que personificam a vingança e castigam os mortais pecadores. Elas são as responsáveis pelas tormentas sofridas no Hades [o mundo inferior que recebe as almas dos mortos, dividido em Campos de Punição (Inferno), Campos de Asfódelos (Purgatório) e Campos Elísios (Paraíso)]. Eram chamadas de ‘benevolentes’ ou ‘bondosas’ por ironia e superstição, pois acreditava-se que pronunciar seus nomes as atrairia. Eram três: Alecto, Tisífone e Megera. Os romanos as chamavam de Fúrias.

Uma peculiaridade:

O livro As Benevolentes ganhou tanto o Goncourt, um equivalente ao Oscar francês da literatura, no ano de lançamento, 2006; quanto o Bad Sex Awards, o que seria um tipo de Framboesa de Ouro literário dado às descrições de sexo consideradas muito ruins ou toscas em romances, no mesmo ano.

Outra particularidade:

Quando estava escrevendo essa resenha, o New York Times publicou uma reportagem sobre o documentário The Devil’s Confession: The Lost Eichmann Tapes (Confissões do Diabo: as gravações perdidas de Eichmann, em tradução livre). O filme, produção para a MGM de dois descendentes de sobreviventes de campos de concentração, revela um achado histórico valioso, as fitas gravadas por Adolf Eichmann para um simpatizante holandês do nazismo, anos após o fim da guerra e antes dele ser executado depois do julgamento em Jerusalém. No que sobreviveu dessa gravação e que por décadas esteve sob a guarda do governo alemão, com acesso apenas para pesquisadores acadêmicos, Eichmann narra as atrocidades da ‘Solução Final’ com uma frieza e indiferença inacreditáveis. O filme, até a publicação dessa resenha, só havia sido exibido em Israel e a MGM buscava parceiros para fazer a distribuição mundial. Também não estava disponível ainda em nenhum streaming acessado no Brasil.

Uma dica de material complementar:

Sobre a ‘Solução Final’, assisti recentemente ao filme Conspiração (EUA, Frank Pierson, 2001), que mostra os bastidores da reunião que teria engendrado o extermínio dos judeus. Vale prestar muita atenção a Stanley Tucci, que vive Eichmann no filme. O ator dá um show de interpretação ao incorporar a personalidade subserviente, asquerosa e burocrática do nazista. A sensação é que ele estava mesmo possuído pelo espírito do ‘demônio’. Esse tem no HBO Max

Ficha Técnica:
As benevolentes
Autor: Jonathan Littell
Tradutor: André Telles
Editora: Alfaguara (2007)
912 páginas
R$ 81,70 (novo no site da Magalu), R$ 71,67 (novo na Amazon e site Americanas) e a partir de R$ 19,90 (usado na Estante Virtual)

site: https://mardehistorias.wordpress.com/
Demes0 11/10/2022minha estante
Que resenha completíssima! Adorei! Iniciei esse livro ano passado e terminei pausando! Como não lembro de detalhes, devo reiniciá-lo! E com sua resenha, tudo ficou mais claro e curioso! Vou singrá-lo logo!

Obrigado por contribuir aqui! Parabéns pela bela resenha!


Moratori 20/09/2023minha estante
Sua resenha ficou muito boa!




spoiler visualizar
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Nanda Lima 19/01/2022

Absurdo
Meu ano de leituras não poderia ter começado melhor. Uma das obras mais difíceis e ao mesmo tempo recompensadoras que já li. Difícil, mas não por sua linguagem (aliás, que tradução impecável!), e sim por seu conteúdo desolador, brutal, monstruoso. Talvez seja a melhor obra ficcional ambientada na Segunda Guerra com que me deparei.
comentários(0)comente



Ayrtonmcn 29/12/2021

Krieg ist krieg und schnaps ist schnaps
"As benevolentes" é um livro que fui completamente no escuro e que baita calhamaço para começar o ano!

É uma história de memórias e reflexões. Ambientada no pré e durante a 2ª Guerra Mundial, o protagonista Maximilian Aue, um oficial da SS, se vê envolto cada vez mais numa das maiores atrocidades da humanidade: o genocídio executado através da Solução Final.

Já no início, Max nos prepara o terreno quando divaga que "em tempos de guerra o cidadão perde o direito de não matar", mas o que vem depois é pesado, explicito, triste, repugnante e à medida que o personagem vai avançando nas patentes militares, o seu senso de dever é amplificado e junto ao transcorrer da guerra nos é revelado a construção e os pormenores da máquina de extermínio criada pelos oficiais alemães.

A trama conta com muito mais enredo para entendermos Maximillian Aue, afinal é a sua história e as suas "desculpas", porém transcrevo um dos que considero o ponto chave na busca de tentar justificar o injustificável:

"... todo mundo, ou quase, num dado conjunto de circunstâncias, faz o que lhe dizem para fazer; e, me desculpem, há poucas chances de vocês serem a exceção, assim como eu."

Será?

"... afinal de contas (...) Krieg ist krieg und schnaps ist schnaps, e assim a vida continua..."

#desafioleiamais
comentários(0)comente



Daniel Andrade 10/10/2021

Uma das melhores experiências literárias disponíveis
Que livro espetacular. Desde que li a sinopse pela primeira vez fiquei doente de vontade e criei muita expectativa. Nem um pouco decepcionado.
A escrita do Littel é tão boa que em vários momentos me vi torcendo pelo Aue (o que obviamente não deveria acontecer considerando que ele é um doente psicopata nazista assassino).
Gostei muito desses mistérios que ficaram em aberto (os gêmeos são filhos do Aue com a Una? Quem matou o Moreau?), cria espaço pra bastante especulação.
Enfim, literatura de primeira prateleira. Não é das leituras mais fáceis por n motivos, mas vale a pena.
Ah, e duas observações:
1) "considerado pela crítica o novo Guerra e Paz". Oi????????????? A única similaridade que existe entre esses livros é que alguém morre no inverno russo. De resto...
2) Li numas resenhas que "as cenas de sexo são ruins". Amiga você queria o que? Rola incesto, doggin, banheirão. Queria que as cenas fossem confortáveis?
comentários(0)comente



Kleiton 18/09/2021

A 2a Guerra Mundial como você nunca viu!
Pense num livro miserável de grande kkkk Mas como a 2ª Guerra Mundial como plano de fundo, já é meio caminho pra me ganhar? e foi batata!! Livro muito bom, com detalhes ?psicológicos? extremamente profundos. A cabeça das personagens são colocadas ao avesso!! Caramba, quantos detalhes sensacionais! ?

A personagem principal é um oficial da Alemanha nazista, que presencia a realidade cruel da 2ª Grande Guerra, de forma especial, o front no leste europeu, quando da invasão fracassada perpetrada pela Alemanha contra a Rússia.

Vários trechos do livro são viscerais!!! Com cenas sexuais explícitas, incesto, crueldades de guerra? ?? Mas tudo isso não é gratuito, e se encaixa perfeitamente no contexto do livro. Nunca havia lido nada do autor, mas com certeza gostaria de ler outras obras.

Como dito, o livro é bem extenso, mas pra quem gosta do enfoque temático de conflitos bélicos, vai gostar e muito!!! Te joga!!
comentários(0)comente



luizfelipedds 14/09/2021

No lugar dele, você faria diferente?
Maximilien Aue tem um recado para você, leitor de As Benevolentes: se você tivesse vivido na Alemanha nazista, durante a Segunda Guerra Mundial (e no período pré-Guerra), muito provavelmente você teria concordado com tudo o que estava sendo feito em nome do Reich. Se não o fizesse, o máximo que poderia ter ocorrido seria uma discordância silenciosa, que, no final das contas, se reveste das características da cumplicidade. Oposição? Ele duvida. Você, como ele, e como todos os outros, faria o que tinha de ser feito. Era esse o trabalho. Era essa a Lei.

Eu diria que a primeira grande reflexão que o livro nos leva a fazer é até que ponto temos poder de autodeterminação suficiente pra entender o que é certo e o que é errado e, após identificar o que é errado, lutar pelo certo. Se o leitor vivesse naquele contexto social, político, econômico e cultural, o que teria feito de diferente?

Mas seria Aue tão somente um burocrata que "se obrigou" a fazer coisas, ou ele sentia certa inclinação pras funções designadas ou, até mesmo, prazer em pertencer à raça superior?

Eu poderia dizer que esse livro é um monumento literário, do estilo de monumento que fascina e aterroriza. O autor já começa trazendo conceito no título, "As Benevolentes", que remete à mitologia e faz muito sentido dentro da narrativa, sendo citado de forma específica somente ao final. A divisão da obra traz mais conceito, pois os nomes das sessões se referem às peças ou danças de uma suíte barroca, onde cada uma delas possui um movimento específico (tempos curtos, tempos longos, etc), num ritmo que literalmente é utilizado na narrativa, que em certos momentos é mais densa, lenta e árida, enquanto noutros é ágil e resolutiva.

Aue convida o leitor para acompanhar a escrita das suas memórias. A guerra acabou e ele se salvou, vive a sua velhice na França onde construiu família e seguiu a vida trabalhando com tecelagem. No entanto, ele está com vontade de contar o que aconteceu, sendo que apesar de rechaçar o leitor num primeiro momento, ele demonstra, durante a obra, que se preocupa com a nossa percepção dos fatos. Não é um pedido de perdão, é tão somente um relato, relato este pelo qual ele reiteradamente tenta te convencer que: você não faria nada de diferente.

Max Aue, em linhas gerais, foi um oficial da SS, que ao longo da guerra foi galgando posições dentro desse órgão pertencente ao grande e complicado aparelhamento político-militar do Partido Nazista (nesse ponto, as especificidades e o trabalho de pesquisa do autor se mostram brilhantes, sendo que na edição da Alfaguara existe um apêndice que serve para consulta). Fazem parte de sua história personagens conhecidos da nossa História, como Eichmann, Himmler, Heydrich, Kaltenbrunner e, até mesmo, o próprio Hitler. Jonathan Littell desenha as personalidades dessas figuras através do que se conhecia delas, e as insere na vida do seu carrasco-narrador. Aue vai participar ativamente de diversos momentos decisivos da Segunda Guerra Mundial, e ele quer te contar tudo, com detalhes. Desse modo, as descrições dos fuzilamentos, das marchas, do front, dos campos de concentração, são exaustivas e literalmente deixam o leitor aterrorizado e cansado. Na minha experiência pessoal, as descrições dos fuzilamentos pelos Einsatzgruppen foram as mais difíceis de ler (e aparecem logo no início do livro).

Para além da guerra, Aue possui uma vida em família. E aqui Jonathan Littell demonstra que não está pra brincadeira. Descobrir as vivências do Aue em família é um dos "deleites" do livro, então não mencionarei nada, só que, talvez, as descrições dos desejos sexuais e das efetivas relações sexuais do personagem podem incomodar leitores desavisados. E elas aparecem do nada. Às vezes você tá lendo uma frase que parece linda e ele coloca um "arrombad*" no meio (é sério). Apesar de toda a disfuncionalidade da vida pessoal do Aue, entendo que ela não existe somente para ser um elemento de choque (já que literalmente o choque é inevitável pelas intensas e inúmeras descrições de mortes de judeus), há coerência com tudo o que está sendo contado.

Para os que pretendem se aventurar por esse livro, desejo muita sorte, muita firmeza de convicções e cuidado, o Aue é traiçoeiro, ele faz você gostar dele, e quando você menos percebe você está torcendo pra que ele se dê bem em ações que no fundo tem uma única finalidade, com a qual eu espero que você não concorde (ainda que ele seja convicente). Por fim, a intertextualidade com o "Eichmann em Jerusalém" é grande, valendo com certeza a leitura de ambas as obras pra tentar entender melhor todo o contexto.
Demes0 11/10/2022minha estante
Que beleza de resenha (e análise crítica)! Fez-me retomar a obra! Tinha pausado. Agora vou recomeçá-la! Obrigado por contribuir com essa excelente resenha!




Johnny Blue Heart 28/08/2021

Llosa em êxtase?
Sim, Mario Vargas Llosa redigiu um texto bastante elogioso ao livro quando de seu lançamento. Hoje, entendo o porquê. Baita romance!
comentários(0)comente



Geisi.Ferla 26/07/2021

As Benevolentes
Intenso, cruel e diria até, assustador. Detalhes da Segunda Guerra relatados por um oficial nazista. Incômodo!
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Marquim 03/06/2021

Meus amigos, que livro
Eu levei muito tempo mesmo para finalizar a leitura desta obra. No entanto, vejo que valeu cada minuto meu dedicado a ela.
Uma ficção ?pesada? (também fisicamente falando...), mas bastante rica em detalhes históricos, em elaboração, em delírios... Olha: muito bom mesmo.
Eu sou muito suspeito em falar algo de livros que se referem à Segunda Guerra Mundial, pois gosto de quase todos eles. Este me impressionou muito mesmo, principalmente porque aqui se tem a perspectiva de um algoz acerca dos fatos, os quais são narrados de maneira nua e crua.
Além disso, a própria personagem principal, Maximilien Aue, é de uma profundidade e complexidade impressionante!
A estrutura da obra baseia-se em uma suíte francesa (música clássica): a constituição dos capítulos relaciona-se, desse modo, a meu ver, à durabilidade de cada um dos movimentos desse estilo de composição.
Enfim, recomendo a aventura de ler este calhamaço.
comentários(0)comente



Vanessa.Perin 27/04/2021

Indigesto
É um livro indigesto, mostra uma das piores épocas da humanidade de uma forma crua.
Leitura densa tanto pela história como pela diagramação
Em alguns momentos muito lento.
Não é um livro fácil de se ler.
comentários(0)comente



64 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR