Ana Karênina

Ana Karênina Leon Tolstói




Resenhas - Ana Karênina


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Marcela Azevedo 10/09/2020

Leitura obrigatória!
O livro coloca em cena dois protagonistas distintos: Ana, protagonista urbana, casada e mãe, que de um momento para outro se vê dentro de uma situação sem saída para uma mulher daquela época; e Lievin, um personagem camponês, solitário e "turrão", com uma certa dificuldade de convivência social, que alcança mudanças inimagináveis em sua vida ao longo do livro. Alternando a história entre a vida desses dois protagonistas e todos os que os envolvem, ao ler o livro em pleno ano de 2020 pude perceber como as relações cotidianas e as dificuldades enfrentadas pelos personagens parecem atuais. Um livro que toca por sua beleza e riqueza de detalhes e nos choca pela atualidade de suas discussões.
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Marcos 04/09/2020

Em rapidíssimas palavras, o Romance trata de duas narrativas propositadamente e escancaradamente apresentadas de forma antagônica: uma ideal, cristã, família tradicional brasileira e outra condenada as trevas por não seguir os padrões postos e com personagens pra lá de irritantes (White people problems).

Confesso que achei a maioria dos personagens um tanto unidimensionais e isso me irritou consideravelmente.

Quanto ao pano de fundo da coisa toda, Tolstói consegue trazer um retrato extremamente claro do que era a Rússia antes de 1917. O Desenvolvimento dos personagens principais cresce e retrai de forma inversamente proporcional.

Um livro nota 10 no quesito ambientação do cenário atual e teletransporte para outra realidade. Já no que concerne a psiquê dos personagens, prepare o estômago caso você não seja igualmente frívolo.
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Valéria 01/09/2020

Ana e as possibilidades
Ana é uma mulher descrita como elegante, de imensa beleza, de modos adequados e sentimentos discretos. Ana é um vulcão aprisionado que num impulso se deixa levar pela vontade de ser outra, de descobrir-se quem se é, arriscando-se na inconvencionalidade de uma época conservadora, onde o papel da mulher estava restrito ao de esposa e mãe. Ana vive a plenitude do impulso selvagem da vontade, aquela mesma vontade que Schopenhauer disse ser o condutor da vida. Ana tem tudo que se podia querer, mas nada lhe importa. Ana anseia por possibilidades. Eu não diria que Ana ama Vronski, Ana ama a possibilidade, a vontade metafisica da coisa em si. Tolstoi constrói e desconstrói Ana como mulher, na imagem do seu moralismo sombrio ocultado na ousadia da sua prosa. Ana quer viver, mas seu entusiasmo não cabe nas regras e grades da sociedade russa. Tolstoi não permite que Ana viva, pois sabe que nenhum final seria suficiente para abrandar sua vivacidade, para sossegar sua alma. Pulamos assim com Ana nas rodas do trem, e amamos Tolstoi por não sucumbir ao desejo da maioria, de um feliz fim, fosse qual fosse.

Tolstoi não tem o amargor lúcido de Dostoievski (meu amor), mas é russo, e mesmo que nele exista e persista um fio de esperança, ela se desfaz ao longo das 800 páginas. É assombroso e um deleite.

Há sempre um novo olhar na releitura de um clássico, não sou eu a Valéria de 22 anos atrás, de modo que Ana me chega com um novo encantamento.
Bruna Gomes 11/01/2022minha estante
amei tua leitura da Anna




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David.Silva 28/08/2020minha estante
Tolstoi decidiu escrever Anna Karenina depois de presenciar o suicídio de Anna Stepanovna Pirogova que tinha um relacionamento com o vizinho dele, Alexander Bibikov e foi trocada por uma mulher mais nova com quem ele iria se casar, Ela deixou uma nota o culpando por sua morte e se jogou de baixo de um trem.

Pode ver aqui a foto da real Anna Karenina:
https://www.facebook.com/uraljournal/posts/1609091639226485/

Sobre sua morte:
https://dombusin.livejournal.com/80731.html





Moises Celestino 21/08/2020

Revisão do Livro...
Difícil dizer qual o melhor romance de León Tolstoi, considerado, um dos melhores escritores russos e um dos nomes mais importantes na história da literatura universal. Por hora, o que importa para nós, leitores inveterados, é de que este "Ana Karenina", sempre fará parte do panteão das melhores obras literárias, sem sombra de dúvida. Um clássico!
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Camila 01/08/2020

Somente tolstoi...
Com sua escrita maravilhosa! Leiam! Aqui acompanhamos dois personagens de perto e a busca de um grande amor para dar sentido em suas vidas.. um busca o amor sereno, romântico enquanto o outro se entrega a uma paixão avassaladora que transforma a vida completamente!
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Leandro F 28/07/2020

Uma leitura completa e de fôlego
A melhor maneira de resumir esse livro é: uma leitura de fôlego. O autor não economizou nas palavras para escrever essa novela, o resultado é uma obra que possui elementos dos mais variados gêneros literários, mesmo pertencendo ao período do Romantismo, o que aliás conta com uma presença muito marcante, ainda consegue ter espaço para discussões filosóficas, política, religiosas, sociológicas, econômicas e de gênero. Todos debatidos nos mais minuciosos detalhes e, ao mesmo tempo, conta com uma narrativa que consegue dar fluidez diálogos.
Admito que não foi fácil,pois os nomes em russo estranham um pouco ou há passagens que parecem durar mais do que o necessário, porém valeu muito o esforço. Recomendo para quem quiser iniciar iniciar nesse mundo
da literatura russa.
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Nay 18/07/2020

Anna Karenina
Eu não sei nem por onde começar, falar sobre clássicos, sempre me deixa apreensiva rs Nunca sei se falo o suficiente.. E Anna Karenina literalmente me deixou sem palavras, mas tentarei escrever de uma forma compreensiva.

Anna é casada com Alexei Karenine e vive em uma época machista, aonde mulher, não tem voz, Anna casou-se muito jovem, aos 18 anos e nunca tinha conhecido o amor, até conhecer o Conde Vronsky, que mexeu com ela desde o primeiro encontro deles, por mais que ela tentasse fugir desse sentimento avassalador, mais ela o desejava, entretanto, Anna tinha 2 escolhas, continuar casada ou decidir viver com o seu verdadeiro amor, mas para isso ela teria que enfrentar o mundo, os olhares maldosos, o julgamento das pessoas e aceitar a decisão de Karenine de nunca mais ver o seu filho, essa seria a sua condenação. Viveria para sempre como a amante do Conde Vronsky, perdendo todo o seu prestígio/privilégios na sociedade.

O autor demostrou perfeitamente, como uma mulher que traiu, pode sofrer tanto em uma sociedade machista, enquanto, o Oblonski(irmão de Anna) não sofreu absolutamente nada, pelo simples fato de ser homem, mas quando foi com a Anna, o mundo virou as costas para ela, naquela época o machismo era escancarado, e até hoje é assim, de certa forma.

E ouso dizer mais, o final foi inesperado.
Jamile.Almeida 19/07/2020minha estante
Nossa, ja estava louca pra ler, sua resenha me deu mais vontade!


Nay 19/07/2020minha estante
Fico feliz de ler o seu comentário, e por favor, leia mesmo, vale muito a pena.




Nelise 16/05/2020

Bom livro
O livro é longo, denso, traz diversos personagens e seus dilemas. Trata das futilidades da sociedade russa e do aprofundamento dos problemas entre camponeses e governo que culminariam posteriormente na revolução russa. Tem diálogos profundos e interessantes entre alguns de seus personagens. A personagem principal que da nome ao livro, no entanto, parece viver em um mundo à parte de tudo isso.
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Fernanda.Kaschuk 13/05/2020

Uma história de adultério e redenção na Rússia czarista.
Ana Karenina é uma mulher nobre, uma mãe exemplar e esposa de Alexei Karenin. Leva uma vida tediosa e burguesa, no conforto do dinheiro e a falsa modéstia. Saturada de um casamento de aparência, Ana resolve aventurar-se tendo um caso extraconjugal com o renomado Conde Vronski. Com o passar do tempo, Alexei relaciona os sinais e percebe o que se passa na sua relação com Ana, e apesar de derrotado tenta lidar com a situação da maneira mais diplomática possível. Já Ana que agora sucumbiu nos sentimentos mais sórdidos e profundos, não quer mais viver de superficialidades, quer liberdade jurídica e moral, mas no decorrer da novela se perde na confusão dos próprios valores e ressentimentos.
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Marcelo Rissi 06/05/2020

Ana Karênina
Seguem algumas linhas para compartilhar aqui, entre amigos, nesse singelo espaço virtual, uma pequena e "boba" alegria (que eu gostaria, porém, de dividir com vocês).

Há algum tempo (e sem predeterminar qualquer data para início desse desafio pessoal), eu elegi e estabeleci, como meta de leitura, a obra Ana Karênina, escrita pelo autor e filósofo russo Liev Tolstói (a grafia do título contém variações, a depender do país, da editora, da tradução e do ano de edição).

Eu vinha protelando - e muito -, pelos mais diversos motivos, o início da leitura dessa obra. Lê-la seria - como, de fato, o foi - um grande desafio. Trata-se de obra extensíssima (a edição que possuímos em casa, da editora Abril, lançada em 1979, é dividida em dois volumes que somam um total de aproximadamente 750 páginas). Ademais, a literatura russa clássica é, no geral, bastante densa, com profundo viés psicológico, filosófico, histórico, político e sociológico. Além do mais, para "ajudar", essa obra possui inúmeros personagens, todos designados com aqueles nomes russos impronunciáveis (e correlacionados com apelidos ou diminutivos que não guardam qualquer semelhança gráfica com os prenomes originais).

Nota-se, assim, que o livro é bastante complexo, exigindo-se grande concentração para acompanhamento da história (e, ainda, um dicionário "ao lado", pois a narrativa é permeada por palavras arcaicas, infrequentes e excessivamente eruditas, fruto, provavelmente, do ano da tradução dessa antiga edição que temos em casa).

Pois bem. Há aproximadamente um mês e uma semana, aproveitando esse período de quarentena e de consequente isolamento social (com possibilidade, assim, de melhor administração do tempo), eu tomei coragem e, assim, dei início a essa leitura.

Hoje, finalmente, com grande felicidade e com sentimento de dever cumprido, eu consegui terminar Ana Karênina, finalizando, assim, meu desafio literário.

É, para mim, dever moral reservar algumas linhas aqui para expor as qualidades dessa obra, convidando todos à sua leitura.

Trata-se de um trabalho primoroso, alteado merecidamente à condição de clássico absoluto, atemporal e incontestável.

A narrativa é instigante, prendendo a atenção do início ao fim, sem causar enfado ou tédio. A obra é extensa, mas os capítulos são curtos (em média, cada capítulo possui 2 ou 3 páginas), o que impede que a leitura se torne cansativa.

A estilística adotada é, ainda, impecável e de altíssima sofisticação, com descrições minuciosas de paisagens, de movimentos e dos próprios personagens (seja quanto às suas características físicas, seja quanto à sua perscrutação interior, como sensações, sentimentos, pensamentos etc.). É como se um filme fosse transmitido aos olhos do leitor, tamanha a capacidade do autor em movimentar ideias e aguçar a imaginação.

Ana Karênina é uma obra dividida em oito partes e cada uma delas traz foco e tônica diferentes (embora, obviamente, a trama esteja interligada e entrelaçada. As partes não são independentes, mas continuações sequenciais com mudanças de alguns focos).

Em apertadíssima síntese - e sem emitir "spoilers" -, essa obra, ao menos sob o meu ponto de vista, visa a analisar, sob viés especialmente psicológico, a forma como se estabelecem e se desenvolvem as relações humanas interpessoais (embora o livro não se resuma a isso e nem nisso se esgote).

Essa proposta é construída pelo autor a partir de uma narrativa que engloba INÚMEROS personagens e a maneira como eles se relacionam. Traições, amizades, amores, casamentos desfeitos, relações afetivas restabelecidas, afastamentos e reaproximações entre familiares, relacionamentos entre pais e filhos, amizades por interesses políticos, o tabu da morte, enfim...! Essa obra traz uma miríade multifacetária e pluridimensional de relações interpessoais, todas elas analisadas profunda e minuciosamente pelo autor.

Um dos melhores livros que eu já tive o prazer de ler e que, assim, acaba de entrar para o meu rol de favoritos.

Essa obra Ana Karênina rendeu uma história "engraçada" aqui em casa. Meu saudoso pai, há alguns anos (salvo engano, por volta do ano de 2010), começou a ler esse livro. Após algumas páginas, ele simplesmente interrompeu a leitura, dizendo que havia "brigado" com a personagem que dava título à obra (Ana Karênina), em razão de um determinado comportamento que ela teve e que o desagradou (ele jamais me contou o que ela "fez", mas, agora, tendo eu terminado a obra, eu consigo ao menos desconfiar/presumir qual foi a cena que o "contrariou" e que, assim, causou "quizílias" e "apoquentação" do meu pai com a personagem! Essas duas palavras são escritas várias vezes na obra... rs).

Enfim... meu pai parou de ler Ana Karênina, sempre sob a promessa de retomar a leitura um dia. Infelizmente, em janeiro desse ano, meu pai passou a compor o plano celestial e, assim, jamais terminou a obra. Espero que, lá em cima, no céu, ele tenha já reatado a amizade com Ana Karênina (que também deve estar no outro plano, por se tratar de história centenária! rs).

Eu queria muito que o meu pai tivesse terminado essa leitura e que nós pudéssemos ter tido tempo e oportunidade para debater sobre ela (algo que a gente fez com dezenas de livros). Saudade desse tempo que não volta, sempre lembrado com carinho e com o coração aquecido!

Enfim, fica a dica de leitura para a quarentena.

Livro obrigatório!
Carlos Nunes 23/07/2020minha estante
Nossa, que resenha apaixonada! Parabéns! Eu fiquei com esse livro na estante por mais de dez anos, e quando finalmente decidi-me a lê-lo, arrependi-me de não ter feito antes. Que livro fantástico! Tenho (quase) essa mesma edição ( a minha também é dessa coleção, mas lançada anos depois, em volume único). Por fim, queria destacar a grande oportunidade que você teve de desfrutar de um pai amante da leitura. Esse sempre foi um dos meus sonhos, infelizmente não realizado (aliás, nem com pais, nem com amigos). Vejo agora a possibilidade de que isso venha a se concretizar com minha filha, que gosta muito de ler mas, como ainda é muito jovem, temos gostos literários ainda bem diferentes - mesmo assim, já compartilhamos os Harry Potters e Percy Jacksons da vida....




Luna 30/04/2020

A grandiosidade de Liev Tolstói
A primeira vez que li Anna Karenina foi em meados de meus 13/14 anos, indicação de uma professora na época. Reli mais tarde, mais velha - com mais conhecimento sobre o movimento feminista - e é curioso que ele tivesse tantas ideias em relação a um possível pré-feminismo.
"A mulher quer ter o direito de ser independente, instruída. Ela está tolhida, reprimida, com a consciência dessa impossibilidade."

O curioso também são as contraposições que Tolstói coloca durante a história. Pensemos que o fato principal é a traição de uma mulher, mas o livro começa com uma traição: cometida pelo irmão da mesma. No entanto, esse fato é insignificante e resolvido em poucas páginas. Claro, a traição de uma mulher é mil vezes mais grave que a de um homem, certo? Até hoje nos vemos nessa posição. Ainda assim, Tostói não deixa de tirar sarro de personagens como Oblónski.

É difícil resumir uma obra tão grandiosa, mas, em seu cerne, o livro trata de personagens complexas, ambíguas e quase como se vivessem fora das páginas. Não existem heróis, nem vilões: na obra de Tolstói, conseguimos encontrar religião, política, classe social, a vida da aristocracia e, principalmente, a hipocrisia e dualidade do ser humano.

"Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira."
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Luana 30/04/2020

Eu fiquei encantada. Ana Karenina é uma verdadeira obra prima.
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setantarpgs 29/04/2020

É ótimo, embora tenha perdido o rumo no final
Eu achei o livro extremamente bem escrito. O autor contribui para que seja possível entrar na mente das personagens e enxergar o mundo através da ótica de cada uma delas. Porém, o que me decepcionou um pouco foi o rumo final do livro. Achei que deixou a desejar, ficou desinteressante. Um outro ponto que me chama a atenção é que, embora o livro se chame ''Anna Karênina'', a maior parte da obra é sobre Lévin, que tem uma ligação com Anna pouco significativa. Achei a história de Lévin muito mais interessante.
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Grazi 11/04/2020

Leitura indicada para quem gosta de clássicos.
Entrei nessa leitura já sabendo que mesmo o nome do livro sendo Ana Karenina, grande parte também corresponde a Lievin.
Tolstói tem uma forma de escrever simples, sem enfeites desnecessários, o que deixa a história de fácil leitura e sem dificuldades para pessoas das épocas futuras ler. Não possui aquelas descrições de ambientes minuciosas e vamos ao longo da história descobrindo as mudanças dos personagens que muitas vezes nos desgosta da leitura.
Na minha leitura, achei ambos os personagens (Ana e Lievin) parecidos demais na questão de buscar a felicidade e também desespero quando não a encontra. Acho ambos tanto carnais (nas descrições do livro tanto Lievin como Ana são descritos como pessoas agradáveis ao se ver), e inteligentes ( uma parte bem legal no final mostra o encontro de Ana com Lieven, e ele mesmo sabendo da condição dela de mulher separada, não a julga, e sim a considera uma mulher encantadora e muito inteligente, os dois escreviam) e espirituais, procurando o conceito do amor utópico que não se pode encontrar nunca, firmando sua eterna felicidade neste conceito.
No início amei tanto Ana Karenina, sua postura, beleza, tanto física com da alma, distribuindo alegria como disse Vronski, que não conseguir perdoar Tolstói por fazer o que fez com tão bela personalidade, no meio do livro transformou ela em uma figura mesquinha e egoísta e apesar de grande culpa do isolamento social que sofreu, não achei coerente essa insanidade dela.
Me parece que Tolstói focou na felicidade de Lievin, e mesmo assim, no final não o encontramos feliz de todo, mas com dúvidas e vivendo sentimentos pela metade ( busca pela religião, paternidade e a esposa), muito parecido com Ana no início do livro, homem de deveres cumprindo seu papel de pai de família.
Kitty me irritou muito, não gostei dessa personagem de forma nenhuma, não a achei conceito de pureza e nem de perfeição cristã. Mesmo com a maternidade, a acho com personalidade de criança mimada e querendo agradar demais a sociedade.
Quanto a Vronski, achei que ele teve o relacionamento com Ana assim como o leitor, no início amava Ana, tanto de corpo como de alma, ela era livre, decidida, correta, era uma musa para ele, uma mulher que ter ao lado dava certo status de superioridade a ele. Depois, quando ela começou a ficar possessiva e sem controle de si ( e nesta parte culpo tanto a Vronski como as falsas amigas de Ana), seu amor se tornou apenas carnal. No final não o sentir arrependido e nem chorando pelo amor dela, mas sim perdido por não ter mais a sua bela estátua de prêmio para mostrar a todos.
Devo também ressaltar a crítica escondida em vários momentos sobre a aparência de felicidade escondida na sociedade russa daquela época, no julgamento apenas da mulher e não do homem pela traição no casamento e as falsas relações de cortesia para manter a sociedade.
David.Silva 02/08/2020minha estante
Foram os ciúmes possessivos da Anna sobre o Vronski.
O suicídio de Anna foi inspirado em Anna Pirogova , amante de seu vizinho Alexander Bibikov; ela cometera suicídio em um ataque de ciúmes.
Sobre a situação de Anna e Vronsky, Tolstoi utilizou a relação de seu primo, Alexei Konstantinovich Tolstoi com Sofia Andreevna Bachmeteva,. Ela era uma mulher casada e se torna amante do primo do Tolstoi. Quando o marido dela morre e ambos puderam se casar, a mãe do primo de Tolstoi era contra o relação deles porque a considerava uma mulher difícil. Mesmo se casando, a vida deles não era fácil. Ela amava viver uma vida de luxo, o que fazia o marido gastar muito dinheiro, ele que era poeta, sua esposa dizia na cara dele que Turguenev era melhor do que ele. Isso deixou Alexei muito chateado e refletiu sobre sua saúde. Ele foi atormentado por dores de cabeça. Alguém o aconselhou a aliviar a dor com morfina. Isso o destruiu mais tarde - em 1875, ele morreu de overdose.
Tolstoi está querendo falar sobre o desgaste do relacionamento após uma grande paixão e vindo sentimentos mesquinhos e brigas que vão minando o casal.
Tolstoi não gosta da Ana.
Se deseja algo diferente leia O Don Silencioso do Mikhail Sholokhov.




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