Resenhas - A Dama das Camélias

Asenhoritadoslivros 10/01/2018

Amor, vingança e arrependimento
A Dama da camélias, como eu já imaginava, é um livro muito bem escrito, emocionante, que expõe um amor inserido numa época, num contexto, mas que mesmo assim nos toca e nos faz pensar sobre relacionamentos, comportamentos e suas consequências.
A principio, já nas primeiras páginas, a protagonista Marguerite é despojada de seus encantos, ocorre uma grande desconstrução da personagem, que é descrita em sua forma cadavérica, se contrapondo a todo o glamour de uma vida de luxo e de extrema beleza, o autor nos mostra o momento de ápice e de declino de Marguerite, seu amor impossível, seu poder junto aos homens, devido a sua aparência física e sua ruína causada pela doença e falência.
Já em relação a Armand Duval, seu par romântico, conseguimos sentir na pele seu ciume muito bem representado na trama, suas atitudes as vezes infantis de vinhança e seu total arrependimento.
É um amor exagerado, sem limites, sem futuro, e triste... o final é digno de nos tirar lágrimas, mas imagino ter sido exatamente essa a intenção o que concluo ter sido muito bem-sucedida.
Recomendo.

Mandark 30/08/2024

Uma dolorosa história de amor...
Mesmo tendo plena consciência do desfecho desde suas primeiras páginas, é triste acompanhar a jornada de dor e redenção da jovem cortesã que cometeu o pecado de se apaixonar. Com uma narrativa simples, mas bastante envolvente, o autor nos descreve o arrependimento de um jovem ingênuo e imaturo, que recebeu tanto amor, mas que não soube lidar com o ciúme e que foi vítima de uma sociedade cruel e mesquinha.

asisoynara 25/10/2023

Mais um clássico que entra para a lista de favoritos.
Se algo de bom o livro "Pela luz dos olhos teus" me trouxe foi a menção que faz a esse clássico da literatura francesa, A dama das camélias, despertando a minha curiosade e, após finalmente lê-lo, posso entender o porquê de ser um clássico tão elogiado.

Alexandre Dumas Filho neste livro expõe a sociedade parisiense da época de uma forma singular e irreverente. A dama das camélias foi um daqueles livros em que você não espera muito dele, mas é totalmente surpreendido com a leitura e passa dias totalmente mergulhado em suas letras, impressionado.

O livro conta a história de Marguerite Gautier, aa mais cobiçada cortesã da cidade. Vinda de uma humilde família camponesa, Marguerite agora é conhecida como ?A Dama das Camélias? por sempre aparecer em público com um buquê de camélias, sua flor preferida. Apesar de ter a saúde fragilizada pela tuberculose, Marguerite leva uma vida perdulária, festiva e luxuosa, bancada por seus muitos admiradores, dividindo-se entre ateliês da moda, teatros, cassinos e bailes e encanta os homens com sua beleza, mas não se envolve seriamente com nenhum deles, até conhecer o jovem e ardente Armand Duval, que se apaixona por ela, à primeira vista, ao vê-la num camarote do teatro. Ele logo passa a cortejá-la. A princípio, Marguerite resiste, mas diante das tantas investidas românticas e declarações apaixonadas de Armand, acaba por render-se ao amor. Mas, ironia da vida, agora que A Dama das Camélias finalmente conheceu o amor, é obrigada, pelas opressivas convenções sociais, a abrir mão dele.

Com uma escrita altamente poética e ousada, o narrador defende claramente o exercício das cortesãs, mas sem fazer apologias. Ele se põe como um ser que nada tem contra elas, e que não cabe a ele julgá-las. É um livro que me arrancou lágrimas, suspiros, risadas e muitas reflexões ao longo de toda a sua leitura. A ironia do escritor ao abordar as questões sociais da época é tão visível e tão contudente mesmo nas críticas entrelinhas à moral, à decência, ao o que é ser pura e verdadeiramente humano. Um livro que me deixou triste ao terminá-lo, mas que me fez profundamente feliz pela honra de poder lê-lo. Poucos livros têm o poder de continuar reverberando na minha mente por dias após o término, e este, certamente, é um destes.

Ari Phanie 27/03/2024

Comovente


Não sou grande fã de livros de histórias românticas. Leio uma vez ou outra, mas normalmente me decepciono. No entanto, quando se trata de histórias de amor clássicas, quase nunca isso acontece. Mesmo quando a temática já tenha se repetido em outros livros, é quase certo que eu vá gostar. E o mais legal quando se trata de clássicos é que eu provavelmente vou curtir todas as categorias: enemies to lovers, friends to lovers, slow burning, etc. A Dama das Camélias está na categoria "amores impossíveis", e esse já foi um tema bastante batido entre autores contemporâneos com suas histórias de namorados com doenças terminais, e etc. O clássico mais conhecido nessa categoria é, sem dúvida, Romeu e Julieta. Mas felizmente, eu gostei mais da história de amor fadada ao fracasso do Dumas Filho do que do Shakespeare.

A sinopse do livro é simples: jovem fidalgote sem muita grana se apaixona por uma cortesã cara e super cobiçada. Logo de início, sem delongas, já sabemos que a história não vai ter nenhum final feliz. E eu até achei que assim era melhor, mais fácil para que não houvesse como me apegar, mas na metade da história, eu já estava tão envolvida pelo caso de Marguerite e Armand que estava torcendo para um final diferente. Claro, não há um, mas toda a trajetória é bem bonita de acompanhar. Confesso que Marguerite é muito mais interessante que Armand, que ora sim, ora não tem um ataque infantil e faz caca.

Acho que a única coisa que eu diria que falta a esse livro é ênfase na trajetória de vida da Marguerite. Há muito pouco sobre como ela chegou até ali, o que aconteceu para que ela se tornasse quem era. Foi apenas casualidade ou algo mais? Não há muitas respostas. No entanto, isso não desfavorece a história que é singela, triste e comovente. É um livro bem rápido de ler, com narrativa simples. Um livrinho para ler em tardes chuvosas e tranquilas.

"(...) sou daqueles que acreditam que o muito está no pouco. A criança é pequena, mas encerra o homem; o cérebro é estreito, mas abriga o pensamento; o olho não passa de um ponto, mas abrange léguas."

de Paula 16/08/2021

Somos coisas aos olhos dos ricos?
Esse livro é incrível não só em sua escrita e história, mas principalmente nas discussões que suscita em 1848! A narrativa se dá em Paris, onde um jovem advogado recém formado se apaixona de forma ensandecida por uma cortesã de saúde frágil e juntos vivem uma das histórias de amor mais bonitas da literatura. Não quero me aprofundar porque acho um livro necessário e que representa o auge do romantismo em meio ao momento de revoluções e iluminismo que a França vivia. Isso é importante porque em meio as eras mais dramáticas da História as pessoas continuam vivendo.

A discussão mais forte gira em torno da cortesã, Margueriitte Gautier, que é uma jovem só em Paris e possui diversos amantes que bancam seus luxos de 100 mil francos ao ano em troca de seus serviços sexuais. E é só isso, ninguém a vê como pessoa, exceto o protagonista, que mesmo sem conhecê-la direito se preocupa e chora ao vê-la sucumbindo. O amor deles nasce da necessidade que ela tem de se sentir alguém e não o objeto de outros, até mesmo de seu benfeitor, um duque que a sustenta pela sua semelhança a filha morta dele.

Gosto do livro iniciar com o final do romance e levar o leitor a entender e amar a dama das camélias como o seu verdadeiro amor. A narração é feita por um terceiro que dá voz ao jovem apaixonado, que se encontra moribundo e após isso a cortesã. Em diversos momentos a história é tratada como apenas uma história de amor, o que é, mas para as pessoas daquela época e até hoje vem isso como capricho ou que uma mulher que trabalha com prostituição não merece nada além de desprezo e uma vida à margem da sociedade, além do desejo que pague pelos seus pecados, quando se tem alguém para culpar são os financiadores desse mercado, que monetizam e pagam para que pessoas na época e em pleno século XXI sejam escravizadas e traficadas para alimentar seus desejos carnais. Mesmo assim, a prostituta é a culpada de tudo e por isso desprezada, humilhada e impedida de viver como outra pessoa qualquer.

O preço do amor dos protagonistas, a dura realidade financeira, os sugadores de finanças e de alma que se dizem amigos, a vingança, os desejos mesquinhos e uma vida desregrada são temas encontrados na leitura e nos fazem pensar se as coisas mudaram tanto assim desde a publicação da obra, tal como a reflexão do valor e papel da mulher na sociedade, mesmo as que não são prostitutas (que é uma profissão escolhida por algumas mulheres hoje, mas ainda envolve muito machismo e misoginia, além dos crimes supracitados). Magnifico e eletrizante do início ao fim, vale muito a pena!

Rafaela 01/09/2013

Show de imaginação.
Comprei o livro A Dama Das Camélias há algumas semanas e dois dias após a compra, já tinha terminado.
O que me vem a mente agora que descreva esse livro é "show de imaginação" e "espetacular". Esse livro nos toca. E nos toca no mais fundo da alma do leitor.
Aquele amor, tão impossível para a época e até para os dias de hoje, é mostrado de uma forma tão idealizada e tão inocente. Dumas consegue fazer você sentir o amor dos dois, sentir a angústia com a separação, sentir a dor de Armand e de Marguarite.
E hoje tive a oportunidade de assistir á adaptação de 1936 com a maravilhosa Greta Garbo.E de todos os clássicos que assisti, este foi o primeiro que me fez chorar. Com algumas mudanças no final, talvez o filme tenha ficado um pouco menos melancólico, mas ainda assim, manteve a essência do autor Dumas.
Filme ou livro, qualquer pessoa em sã consciência deve conhecer essa história. Com certeza, A Dama Das Camélias está na lista dos meus livros favoritos.

lele!!! 03/03/2022

O Meu Livro Favorito
Quando eu comecei a ler esse livro, eu achei que ia ser podre de chato. A escola tinha dado pra gente naquela tentativa que os professores têm de incentivar a nossa leitura. Geralmente os livros que a escola dá são chatos. Mas esse? Esse simplesmente me marcou!

Conta a história de uma cortesã, Marguerite. O livro começa com ela morta. Estão leiloando seus pertences, e começam a contar a história da prostituta.

É um romance. Chorei tanto no final que pensei que ia chegar a ficar seca de tanta água que saiu dos meus olhos KKKKKK

Se alguém me perguntar ?qual é o seu livro favorito??, com certeza eu vou responder: A Dama das Camélias.

Anne K. 05/10/2011

A Dama das Camélias
Resumo do Livro A Dama das Camélias

O livro A Dama das Camélias fala a história de uma moça que tinha o nome de Marguerite Gautier e era uma cortesã, mas havia morrido e pessoas a quem devia estavam leiloando sua coisas para pagar suas dívidas, pois era uma mulher de muito luxo. O contador da história estava nesse leilão e resolveu comprar o livro só porque tinha uma dedicatória da moça . Então um rapaz que acabava de chegar de viagem, chamado Armand Duval foi até sua casa pedir que lhe desse esse livro, pois a dedicatória seria para ele, e queria guardar de lembrança daquela pessoa que tanto gostava. Os dois viraram grandes amigos e ele pediu que lhe contasse o porque de tanta importância ele tinha com aquela moça. E ele começou sua história contando da uma carta que ele recebeu dela. A conheceu quando estava com um amigo em um teatro ,logo que a viu se interessou e se apaixonou. Soube que estava doente desde o princípio. Marguerite desapareceu por duas semanas e ele sempre ia a seu apartamento saber notícias suas, pois estava muito doente.
Certo dia foi a casa dela com seu amigo que já lhe conhecia e revelou estar apaixonado, daí em frente eles sempre estavam se encontrando. Ela se apaixonou também, e mais com um tempo, os dois estavam loucamente apaixonados um pelo outro. Quando Armand e ela passaram a sempre se encontrar, Marguerite melhorou de sua doença e não tossia mais pingos de sangue. Armand tinha costume de ir visitar seu pai as vezes e deixou de ir para ficar com Marguerite, não vivia mais sem ela. Ela sempre era sustentada por um conde que bancava tudo. Um dia Marguerite marcou um encontro com Armand no campo. Ele foi e lá passearam ate que Marguerite viu uma casa e perguntou se estava a venda, e estava então pediu ao conde que comprasse, e ele aceitou porque era apaixonado por ela. Marguerite foi morar na casa do campo e Armand em um hotel perto, mas passava o tempo todo lá, até que certo dia o conde soube de seu romance e mandou uma carta para Marguerite lhe dizendo que só iria continuar lhe bancando, se ela abandonasse Armand, mas não podia, pois o amava. Então decidiram viver uma vida sem luxo, viver a base do amor de um perante o outro.
Armand recebeu uma carta de seu pai dizendo está vindo para Paris, pois nunca mais aparecera para lhe visitar. Ele deixou uma carta no apartamento que morava dizendo a seu pai que quando chegasse mandasse lhe avisar para que fosse até ele. Quando seu pai chegou ele foi até Paris e conversou com ele, mas ele disse que ele estragaria sua vida. Tentou dar conselhos a ele sobre o que fazer, mas ele nem ligou, pois estava apaixonado. Seu pai lhe disse que viesse a seu apartamento para conversar, e ele ao chegar em casa, contou a Marguerite de seu desentendimento com ele. No outro dia foi a seu encontro, mas ele não apareceu, e deixou uma carta para que viesse no dia seguinte. Quando chegou em casa, viu Marguerite aflita e adoentada, e ela a fez prometer que a amaria para sempre. Não queria ir ao encontro de sei pai, mas Marguerite insistiu que fosse. Ele foi. Ao voltar não encontrou Marguerite, havia ido embora. Ficou com muita raiva, e foi embora com seu pai, passou um mês chorando de tanta tristeza e voltou para Paris. Marguerite havia voltado a ser cortesã, e a ficar doente, a todos os costumes de antes. Ela estava andando com uma nova amiga, com quem ele resolveu se juntar para se vingar de Marguerite, pois ela era uma moça sem coração e fazia tudo por dinheiro. Até que certo dia Prudence foi a casa de Armand pedir que não a atormentasse mais. E ele pediu que a levasse até ele. Prudence levou Marguerite mesmo estando mal, pois ainda se gostavam. Depois de conversar passaram a noite ao silêncio, um abraçado ao outro. Quando Marguerite voltou para casa, Armand viu o conde entrar e ficou com tanto ciúme, que mandou uma carta com dinheiro e agradeceu pela noite. Isso a magoou muito. Ela mandou uma carta com sua carta e o dinheiro sem nada escrito. Marguerite estava quase a beira da morte e foi passear, Armand viajou e passou um tempo fora mas quando voltou era tarde demais, Marguerite estava morta! E deixou uma carta dizendo o porque de lhe ter abandonado: foi seu pai que me falou que estava estragando a vida da sua irmã, mesmo sendo uma pessoa boa teria de deixar você, senão estragaria a felicidade de quem não tinha nada a ver. Eu fiquei triste, mas fiz o que me pediu. Quem terminou sua carta foi uma amiga, pois sua letra já não dava para ler. Armand só recebeu a carta quando voltou, e soube que Prudence havia abandonado e culpado Marguerite de suas dívidas, por não ter mais dinheiro para lhe emprestar.
Quando seu amigo terminou de ler, viu que o sofrimento de seu amigo era muito. Mas ele controlou um pouco o choro. O amigo de Armand fez um livro com a história dele. E todos puderam ter a oportunidade de conhecer a linda história de amor de Armand Duval juntamente com Marguerite Gautier!

Fim

Dudu 26/11/2023

A triste história de Marguerite
Estou devastado.............................................................................................................................

Fabricio268 24/07/2020

A mais bela demonstração de amor.
Eis um livro que não se quer deixar um minuto de lado. Essa é a história de amor mais linda e triste que presenciei. Na verdade eu deveria ter conjugado o verbo "ler" e não "presenciar" ao final da frase.
Porém, o livro prende o leitor de tal forma que ficamos íntimos dos personagens. Presenciamos literalmente cada emoção, cada sentimento. Impossível ler e não sentir os olhos marejados.
Linda e inesquecível história.

Cris Compagnoni 02/12/2011

Alexandre Dumas Filho inicia o seu romance com as seguintes palavras: “Sou da opinião de que só se pode criar personagens quando já se estudou muito os seres humanos, assim como só se pode falar uma língua na condição de tê-la aprendido a sério. Não tendo ainda atingido a idade em que se possa inventar, contento-me em relatar.” Assumindo assim sua autobiografia na obra.

A DAMA DAS CAMÉLIAS é a mais famosa história de amor por uma cortesã, onde o jovem estudante de Direito na Paris de meados do século XVX Armand Duval se apaixona e tem seu sentimento correspondido pela prostituta mais cobiçada dos salões e teatros parisienses Marguerite Gautier.

O ponto principal de distinção entre Dumas Filho e o seu protagonista é que o autor não vem de uma respeitável família burguesa interiorana como Armand, mas é filho bastardo do notável escritor Alexandre Dumas (autor de Os Três Mosqueteiros e O Conde de Monte Cristo) com uma lavadeira e só conhece o pai com sete anos de idade quando este o tira da mãe para que inscrevê-lo em um colégio interno onde se habitua a palavra bastardo.

Marguerite Gautier é inspirada na cortesã Marie Duplessis que faleceu de amor dois anos após ter sido deixada por Alexandre cujo motivo é explicitado por um trecho de uma carta: “Minha cara Marie, não sou rico o suficiente para amá-la como eu gostaria, nem pobre o suficiente para ser amado como você gostaria que eu fosse”.

O amor de Armand e Marguerite é impedido pela moral da época, os costumes e os desejos da família de Armand. Dumas Filho usa essa história para expor a hipocrisia da sociedade burguesa, que, acostumada a ver os sentimentos humanos como mercadoria, não consegue distinguir um amor sincero ao vê-lo.

É uma história muito triste, e mesmo já tendo conhecimento do final trágico da protagonista eu torci por um final feliz, coisas que só um coração romântico explica. A DAMA DAS CAMÉLIAS foi adaptada muitas vezes para o teatro e obteve êxito quando subiu ao palco pela ópera La Traviata de Giuseppe Verdi e também no cinema, quando Marguerite foi interpretada por Greta Garbo.

Bem, resumindo e usando uma linguagem chula, é uma história de fossa, dramática e que não recomendo para momentos de fossa.

http://criscompagnoni.blogspot.com/2010/03/dama-das-camelias.html

Manu 16/03/2023

Curto. Intenso. Doloroso. Potente. São tantos sentimentos ao ler essa história rápida, porém profunda.
Algumas passagens do livro incomodam pelo teor que a época sugere:altamente patriarcal.
Em suma: Armond era abusivo. Marguerite não merecia esse fim trágico. Essa "história de amor" não foi a sua redenção, mas o seu declínio.

Ernani.Maciel 27/09/2018

Ninguém deve amar alguém mais do que a si.
Alexandre Dumas Filho, filho bastardo do renomado autor Alexandre Dumas, deixou-nos um belo relato autobiográfico, publicado em 1848.

Esse clássico deixou-me importantes lições a respeito do preconceito contra pessoas que fogem aos padrões morais e comportamentais intrínseca ou explicitamente impostos pela sociedade, no entanto, destacarei a que mais saltou-me aos olhos, que é o amor desmedido e inconsequente. Não devemos, em hipótese alguma, tomar decisões, especialmente as cruciais, que podem mudar drasticamente o rumo das nossas vidas, movidos por emoções. Armand Duval perde o controle de sua vida após apaixonar-se por Marguerite Gautier, esse amor o leva a cometer loucuras fazendo-o endividar-se e esquecer-se das pessoas que o amam.
Concluí a leitura, mas algumas perguntas como as que relatarei abaixo não sairão tão cedo da minha mente:
Vale a pena arriscar tudo por um amor que não é correspondido na mesma medida? Como saber se é correspondido na mesma medida?
Como terminará um relacionamento que exige tamanha dedicação a ponto de deixar de lado o relacionamento com outras pessoas?

Amar assim, em minha opinião, não faz bem a ninguém; geralmente termina em tragédia.

Aprendo com todos os livros que leio, no entanto, os clássicos destacam-se por nos deixarem, em sua maioria, reflexões profundas a respeito das decisões que nos cabem. Precisamos tornar-nos, repito que no que nos cabe, senhores dos nossos destinos.

Nota 1.000 para esse belíssimo clássico que lembrou-me um pouco, salvo as devidas proporções, o romance Mandame Bovary.

Dominique 31/07/2009

Triste, arrebatador!
Apesar da história ser meio clichê, jovem aristocrata se apaixona pela bela e inalcansável cortesã, é uma das histórias de amor mais triste e bela que já li. O amor de Armand Duval e Marguerite Gautier é tão intenso e arrebatador, que você deseja um final feliz para os dois.

A forma como o amor de Armand preencheu o vazio da vida de Marguerite, como ela lutou contra esse sentimento e quando finalmente vencida, se entregou de corpo e alma para ele, já não restava muito tempo para ela.

O ápice da história (chorei muito) foi quando Armand Duval desenterra o corpo de sua amada, enterrada como indigente, para enterrá-la na digna lápide de sua família.

Pam 21/01/2021

"A gente percebe que a vida é curta, pela rapidez das sensações."
Alexandre Dumas sem sombra de dúvidas está entre meus autores favoritos.
Esse ano me prometi ler mais obras dele e A Dama Das Camélias foi um dos primeiros.

É um romance bonito porém triste, entre Armand, um jovem inconsequente dominado pela paixão, e Marguerite Gautier, uma dama na flor da juventude, porém doente. Além da doença, questões sociais separam os dois, e também o modo que essa dama leva a vida.

No começo da história já ficamos sabendo sobre o falecimento de Margarida Gauthier, de modo que só nos resta descobrir os acontecimentos que precedem essa morte. E essa descoberta é o que torna o livro curioso. Alexandre Dumas é mestre em construir diálogos com belas citações e pensamentos. Esses diálogos e toda a questão moral e social que envolvem a história, resultou num livro clássico.

Amei e recomendo.