Toda poesia

Toda poesia Paulo Leminski




Resenhas - Toda Poesia


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VitAria.Caroline 28/03/2020

Leiam Leminski
Toda Poesia é o primeiro livro de poesia brasileira que leio e que livro!
Eu entrei em êxtase em diversos momentos, amei a brincadeira com a gramática em outros, fiquei maravilhada com as referências ao mundo literário e filosófico em muitos e, acima de tudo, percebi o quanto é importante apreciar as nossas obras e saboreá-las.
Li esse livro bem devagar não por ter preguiça ou falta de interesse, mas, sim, por ter de pensar no que tinha acabado de ler. Sou o tipo de pessoa que enche o livro de post-it para marcar as partes que me marcaram e que quando eu emprestá-lo a alguém a pessoa vai saber quais as poesias que se tornaram importantes para mim.

"objeto
do meu mais desesperado desejo
não seja aquilo
por quem ardo e não vejo

seja a estrela que me beija
oriente que me reja
azul amor beleza

faça qualquer coisa
mas pelo amor de deus
ou de nós dois
seja"

Esta é, para mim, a mais bela poesia.
EmillyLuna 28/03/2020minha estante
AAAAA, EU AMO TANTO. Preciso comprar ???




Adriel Alves 20/02/2020

Inspirador
Toda Poesia de Leminski é um livro inspirador e arranca sorrisos pela criatividade e ousadia em seus versos. Sempre que estou sem criatividade para escrever, consulto as páginas dessa obra e, voilà, a inspiração ressurge. Assim como Manoel de Barros, Leminski mostra que a poesia não se prende a formalismos, muito pelo contrário, é rebelde e abomina as formas.

Leitura muito recomendada para quem quer adentrar no mundo da poesia e pra quem quer se aprofundar também. Leminski é para todos os gostos.
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Stefânea 09/02/2020

Legal, mas falta um tchan
"rio do mistério que seria de mim se me levassem a sério."
Não sei, algo nesse livro não me tocou o suficiente. Nele está reunida boa parte, senão toda, a obra de Leminski. E apesar de gostar da escrita, não me conectei e não vi muito sentido em parte dos poemas, simplesmente não os entendi, e isso fez a leitura ser um saco para mim.
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Yuri 08/02/2020

Diferente
Interessante mas não me cativou
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Tellys 04/02/2020

Poesia brasileira!
Nada mais que isso! Linda compilação da mais arguta poesia brasileira. Seria um prenúncio da pós-modernidade?
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Isa 15/01/2020

.
Não sou inteligente o suficente pra interpretar todos essas poesias, eu fiquei num brisa sem fim
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Larissa 30/12/2019

Todo debochado!
"O paulo leminski é um cachorro louco que deve ser morto a pau a pedra a fogo a pique senão é bem capaz o filha da puta de fazer chover em nosso piquenique".

Esta ai a cima um dos motivos de ter me apaixonado loucamente por Leminski. O Cara é muito foda ? Com uma sinceridade absurda, uma cara de pau inacreditável e um talento singular para poesia. O Livro Toda poesia do Leminski é um apanhado de poemas criado por ele, poemas únicos, singulares, poemas que tem sua cara e personalidade.
Algumas vezes deixa seu ar debochado e dá espaço a sensibilidade: 

"Rumo ao sumo Disfarça, tem gente olhando.Uns, olham pro alto, cometas, luas, galáxias. Outros, olham de banda, lunetas, luares, sintaxes. De frente ou de lado, sempre tem gente olhando, olhando ou sendo olhado.Outros olham para baixo, procurando algum vestígio do tempo que a gente acha, em busca do espaço perdido. Raros olham para dentro,
já que dentro não tem nada.Apenas um peso imenso, a alma, esse conto de fada".

Mas modéstia parte preferimos seu deboche infinito e sua cara de pau desmedida!  Palmas pro Leminski ?

"obrigado pelos invernos ao vento e pelo invento do inferno ainda aqui nesta terra".

"nunca cometo o mesmo erro duas vezes já cometo duas três quatro cinco seis até esse erro aprender que só o erro tem vez".
"minha primeira queda não abriu o paraquedas daí passei feito uma pedra pra minha segunda queda da segunda à terceira queda foi um pulo que é uma seda nisso uma quinta queda pega a quarta e arremeda na sexta continuei caindo agora com licença mais um abismo vem vindo".

De uma criatividade absurda! Magnífico ?

"o assassino era o escriba Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito inexistente.Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida, regular como um paradigma da 1a conjugação.Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial, ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito assindético de nos torturar com um aposto.Casou com uma regência.Foi infeliz.Era possessivo como um pronome.E ela era bitransitiva.Tentou ir para os eua.Não deu.Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.A interjeição do bigode declinava partículas expletivas, conetivos e agentes da passiva, o tempo todo.Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça".

" Marginal é quem escreve à margem,
deixando branca a página para que a paisagem passe e deixe tudo claro à sua passagem. Marginal, escrever na entrelinha, sem nunca saber direito quem veio primeiro, o ovo ou a galinha".

"ai daqueles
que se amaram sem nenhuma briga aqueles que deixaram que a mágoa nova virasse a chaga antiga ai daqueles que se amaram sem saber que amar é pão feito em casa e que a pedra só não voa porque não quer não porque não tem asa".

Escreve sobre as dificuldades de escrever, de fazer as palavras rimarem:

"desencontrários Mandei a palavra rimar, ela não me obedeceu.Falou em mar, em céu, em rosa, em grego, em silêncio, em prosa.Parecia fora de si, a sílaba silenciosa.Mandei a frase sonhar, e ela se foi num labirinto.Fazer poesia, eu sinto, apenas isso.Dar ordens a um exército, para conquistar um império extinto".

"um bom poema leva anos cinco jogando bola, mais cinco estudando sânscrito, seis carregando pedra, nove namorando a vizinha, sete levando porrada, quatro andando sozinho, três mudando de cidade, dez trocando de assunto, uma eternidade, eu e você, caminhando junto".

"eu quando olho nos olhos sei quando uma pessoa está por dentro ou está por fora quem está por fora não segura um olhar que demora de dentro do meu centro
este poema me olha".

Alguns poemas que trazem gatilhos interessantes, que merecem ser interpretados:

" confira tudo que respira conspira ana vê alice como se nada visse como se nada ali estivesse como se ana não existisse vendo ana alice descobre a análise ana vale-se da análise de alice faz-se Ana Alice".


E foi lendo Leminski que descobri que amo poesia!  ???

"Eu queria tanto ser um poeta maldito a massa sofrendo enquanto eu profundo medito".

"esta vida é uma viagem pena eu estar só de passagem".
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Jaqueline @icontextualize 29/12/2019

Como não amar Leminski?
>>> QUAL A SUA RELAÇÃO COM A POESIA?
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Edna 14/12/2019

Do Mar ao Luar
Uma reunião da Poesia do Autor descendente de Poloneses que viveu em Curitiba e tinha gostos muito raros como os poemas japoneses os hai-kais e outros universos; tão aclamado, que Eu talvez tenha que reler futuramente para fazer uma melhor apreciação da seus poemas que diferentemente são compostos em poucas ou muitas linhas ou versos.

Selecionei alguns pra compartilhar com vocês.

#trechosTodaPoesia

"Sou um rio de palavras
peço um minuto de silêncios
pausas valsas calmas penadas
e um pouco de esquecimento.

O mar
não parou
pra ser olhado

Não fosse isso e era menos
não fosse tanto e era quase.

#Bagagemliteraria
#Resenhaednagalindo
#PauloLeminski
#TodaPoesia
#Poemas
#Poesia
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Tathi 10/11/2019

Leminski tem uma escrita diferente de muitos poetas, sinto que suas poesias mudam muito, o que é bom, se destacam por essa mudança, essa metamorfose, consegue falar de vários temas diferentes. Confesso que esperava mais de algumas poesias, esperava talvez mais sentimento! Para os que gostam de poesias românticas, talvez não apreciem com tanta maestria assim a obra. Mas a linguagem é simples e acessível a todos, recomendo!
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JoiceAlfonso 31/10/2019

Paulo Leminski é um dos maiores poetas que esse país já viu, e Toda Poesia é uma publicação póstuma de todos os escritos dele (alguns inéditos) reunidos neste único volume.

Aqui se encontram tantas poesias, algumas com uma única palavra, outras bem mais extensas. Algumas simples que nos faz sentir crianças novamente, outras que quebram até mesmo o adulto de concreto que temos de nos tornar nesta sociedade.

Não poderia dar uma nota para esse livro, pois acredito que eu preciso conhecer muito mais de escrita e da língua portuguesa em seu cerne, bem como da vida, do mundo, de mim mesma e dos outros. E talvez assim um dia eu saiba compreender tudo o que Leminski mostrou - e também escondeu - em bem mais que apenas palavras, tinta e papel.
.
.
eu te fiz
agora

sou teu deus
poema

ajoelha
e
me
adora
.
.
Resenha feita para o ig literário @aruivalendo
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Bete.Nogueira 09/10/2019

Recito e receito Leminski
Quem ainda tem certa resistência a ler poesia, ou por achar que caiu em desuso ou por se lembrar, meio encabulado, daqueles versos bobos da época da escola, eu receito Paulo Leminski várias vezes ao dia. Ou recito, pelo menos três poeminhas dele, para ficar combinado que poesia é uma brincadeira de ideias e palavras que, a cada leitura, nos toca de uma forma diferente.
Leminski (1944-1989) nasceu em Curitiba. Apesar da ascendência polonesa, taí o jeitão dele asiático. Para completar, ele amava os hai-kais, tradicionais poemas japoneses.

Erra uma vez

nunca cometo o mesmo erro
duas vezes
já cometo duas três
quatro cinco seis
até esse erro aprender
que só o erro tem vez
------------------
Incenso fosse música

isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além
------

Razão de ser

Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
e as estrelas lá no céu
lembram letras no papel,
quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?
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DaniM 12/09/2019

Não entendo nada de poesia, mas amo Leminski. Tenho vontade der ler tudo que ele escreve em voz alta, para estranhos na rua, para populares em meu caminho, para todos ao meu redor.
Leiam Leminski. O poeta que Caetano adorava, o poeta doidão, o poeta pixado nos muros, o poeta com dizerem em camisetas, o poeta pop. Leiam Leminski.

“Antigamente, se morria
1907, digamos, aquilo sim
é que era morrer.
Morria gente todo dia,
e morria com muito prazer,
já que todo mundo sabia
que o Juízo, afinal, viria,
e todo mundo ia renascer.
Morria-se praticamente de tudo.
De doença, de parto, de tosse.
E ainda se morria de amor,
como se amar morte fosse.
Pra morrer, bastava um susto,
um lenço no vento, um suspiro e pronto,
lá se ia nosso defunto
para a terra dos pés juntos.
Dia de anos, casamento, batizado,
morrer era um tipo de festa,
uma das coisas da vida,
como ser ou não ser convidado.
O escândalo era de praxe.
Mas os danos eram pequenos.
Descansou. Partiu. Deus o tenha.
Sempre alguém tinha uma frase
que deixava aquilo mais ou menos.
Tinha coisas que matavam na certa.

Pepino com leite, vento encanado,
praga de velha e amor mal curado.
Tinha coisas que têm que morrer,
tinha coisas que têm que matar.
A honra, a terra e o sangue
mandou muita gente praquele lugar.
Que mais podia um velho fazer,
nos idos de 1916,
a não ser pegar pneumonia,
deixar tudo para os filhos
e virar fotografia?
Ninguém vivia pra sempre.
Afinal, a vida é um upa.
Não deu pra ir mais além.
Mas ninguém tem culpa.
Quem mandou não ser devoto
de Santo Inácio de Acapulco,
Menino Jesus de Praga?
O diabo anda solto.
Aqui se faz, aqui se paga.
Almoçou e fez a barba,
tomou banho e foi no vento.
Não tem o que reclamar.
Agora, vamos ao testamento.
Hoje, a morte está difícil.
Tem recursos, tem asilos, tem remédios.
Agora, a morte tem limites.
E, em caso de necessidade,
a ciência da eternidade
inventou a criônica.
Hoje, sim, pessoal, a vida é crônica.”
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gaimanxride 06/09/2019

Toda Poesia, Paulo Leminski
Poesias muitas vezes confusas, das quais precisamos de um tempo pra entender. Leminski com um jeito de escrita mais modernista. Em período de ditadura militar no Brasil lutando com a melhor arma, a poesia, fazendo a tal poesia marginal. Leminski é sensacional, poesias inteligentes. Em minha opinião, Caprichos & Relaxos e as poesias que Leminski escreveu para a Alice Ruiz (wife) e vice versa, são as minhas favoritas do livro. Viva El Bigodon.
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