Toda poesia

Toda poesia Paulo Leminski




Resenhas - Toda Poesia


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Dardânia 22/02/2016

Toda poesia
"Antes que a tarde amanheça
e a noite vire dia
põe poesia no café
e café na poesia"

É tudo o que eu tenho para te dizer para convencê-lo a ler "Toda poesia" de Leminski!
Toda poesia realmente engloba tudo o que se pode transformar em poesia, amor, saudade, tristeza, pássaros e até mesmo uma boa xícara de café.
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Livro e Neblina 31/01/2016

[Livro] Toda Poesia
Bem, desde o começo do ano eu me abri totalmente à poesia, o que tem me deixado cada vez mais feliz. Não relutei em ler os poemas do Paulo em momento algum e devo dizer que os efeitos deles na minha vida me deixaram muito bem. Ele tem humor - branco e negro - e, quase sempre, dá para pescar sentidos de leveza em suas palavras. A maioria dos versos é bastante acalentadora. Encontrei-me muitas vezes em certas passagens, por exemplo, e pude "mergulhar" nos sentimentos escritos. Apesar de ele ser um homem, isso quase não fez diferença para mim, pois é muito clara a maneira leve e tranquila que o autor encarava e levava a vida.

As temáticas dos poemas são bastantes variadas. Toda Poesia é dividido de acordo com a ordem cronológica dos livros poéticos que Paulo Leminski já publicou (mesmo postumamente). Em quase todas as separações há uma nota do editor explicando um pouco de cada livro. Cada "parte" não agrega um só tema, o que dá muita dinâmica à leitura. Você pode ler algo triste numa página e, logo em seguida, algo que te faz rir. Então, o livro não cansa o leitor em momento algum.




O que me agradou bastante é a forma como os poemas são escritos: não há uma fórmula. Não há rimas em todos (na verdade, a maioria não tem) e poucos seguem aquela forma tradicional que vemos por aí (bastantes estrofes com bastantes versos). A maioria é composta por haikais, de modo que dá pra imaginar que o livro abriga, facilmente, mais de mil poemas (j-u-r-o!). Outra coisa que não se baseia em fórmulas é a questão dos títulos: a minoria deles é titulada. Eu tive um pouco de problemas com isso, pois confesso que gosto de títulos. Mas, como a leitura é muita fluída e agradável, quando havia, percebi que até mesmo acabava pulando de ler a titulação. Cada poema é separado do seguinte a partir de uma marquinha no papel, que se parece muito com uma mancha de tinta (o que achei muito especial e criativo, acho que captou bastante quem era o autor, por exemplo). Toda Poesia traz muitos estrangeirismos e, inclusive, muitos poemas são escritos em outras línguas (latim, francês e inglês). Neologismos são muito vistos no decorrer da leitura, como também a sinestesia.

A partir dos poemas, dá para entender que Paulo Leminski era um homem muito culto. Ele consegue passar quase todos os estilos poéticos nesse livro, e as partes que abarcam o estilo concreto são as mais interessantes de serem lidas. O concretismo foi um estilo muito forte na época em que Paulo começou a escrever e dá para ter uma ideia da veia vanguadista dele, que, como todo o livro, não segue fórmula alguma. Cada poema concreto é diferente do outro, às vezes, dispõe apenas uma palavra, ou um jogo de palavras - e o leitor que se vire para tirar daquilo o que quiser.








O melhor de Toda Poesia é rememorar a vida do escritor a partir de sua obra. A apresentação fica por conta da Alice Ruiz S, que foi casada com Paulo, e que é bastante mencionada em alguns poemas.
“Este livro é antes de tudo uma vida inteira de poesia. Uma vida totalmente dedicada ao fazer poético. Curta, é verdade, mas intensa, profícua e original” – Alice Ruiz S.
Ao final, pessoas que tiveram contato com o autor dão declarações sobre a relevância da poesia de Paulo, sobre a relação que mantinham e quanto sentem a falta dele. Alice Ruiz volta a ter a palavra em uma parte e o próprio Paulo Leminski tem um espaço (que foi retirado da introdução de um livro dele já publicado). O trecho que mais conseguiu transmitir toda a infinitude da poesia do Leminski foi justamente esse, achei-o perfeito:
“O poeta que aqui se lê, a exemplo dos faraós, construiu uma obra capaz de continuar falando, por si só, como as pirâmides, e transcender mesmo no deserto a aridez da mesmice da nossa finitude. E essa vida que se mostra, se despe e se despede nos deixa com gosto de mais vida e muito, muito mais poesia, de um jeito tal que, tenho certeza, ainda vai haver poesia um dia” – Alice Ruiz S.
Impossível, para quem gosta de poesia, não amar este livro. Eu estou com muita dor no coração por ter de devolver o exemplar que peguei. Espero, em breve, poder comprar um só para mim, pois sei que sentirei muita saudade de alguns versos do escritor.




















site: http://www.livroeneblina.com/2015/09/livro-toda-poesia.html
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15/10/2015

Esperei muito tempo até ler Toda Poesia e o grande motivo disso foi o alto preço do livro. Embora fosse uma enorme coletânea de poesias de Paulo Leminski com uma super diagramação, o alerta do valor salgado (quase R$50,00) sempre soava na minha cabeça e eu acabava postergando a compra.
Até que um dia ele entrou em promoção! Aí vi a chance perfeita para adquiri-lo e, finalmente, matar a minha curiosidade. E só tenho uma coisa a dizer: minhas expectativas não só foram atendidas, como também superadas! As poesias de Paulo são leves e muito divertidas de se ler.

Sem começar qualquer verso com letra maiúscula ou fazer uso de qualquer pontuação, a leitura pode parecer um pouco estranha no começo. Afinal, são pouquíssimos os textos que possuem título, então acabamos nos perdendo um pouco, tentando imaginar se aquela estrofe faz parte da composição anterior ou se já é uma outra proposta.
Mas, uma vez superada essa confusão, a leitura flui rapidamente. O livro é dividido em diversas partes, cada uma delas reunindo os textos de Leminski que, anteriormente, foram publicados em outros títulos separadamente. São diversos livros dentro de um único livro. E o editor teve o maior cuidado de nos avisar ao início de cada novo segmento. As notas são bem explicativas e vão contando um pouco da história do Paulo ao longo das páginas.

Algo que eu simplesmente amei durante a leitura foi a simplicidade dos versos do autor. A rima estava sempre presente e a sacada era tão singela, mas, ao mesmo tempo, tão fantástica, que tornava-se muito especial. Apesar de muito prática e rápida, eu quis prolongar o máximo que pude o virar das páginas, aproveitar um pouco de cada vez.
Depois de ter ouvido falar tão bem de Paulo Leminski, posso dizer que eu finalmente encontrei um poeta brasileiro, arrisco-me até a considerá-lo um "clássico", que seja divertido de ler, próprio para todos os momentos, sem nunca cansar ou ficar monótono. Seja pela diagramação diferente ou pelo conteúdo simples, porém expressivo, Toda Poesia é aquele tipo de livro que desejamos pegar novamente para ler o tempo todo!

A capa é minimalista, mas chamativa: um tom de laranja fluorescente, o bigode que era marca do autor e que, inclusive, está na foto dele na orelha da contracapa. Tudo aponta para o que nos aguarda na parte de dentro: nada de complicações, apenas divertimento. Muitas pessoas dão seus depoimentos ao longo dos segmentos e falam de Paulo Leminski com muito carinho. De uma forma, senti-me parte da história dele, como se ele ainda estivesse entre nós, pronto para produzir novas poesias.
A edição da Companhia das Letras está demais de caprichada, com uma diagramação impecável e visualmente de encher os olhos, antes mesmo de conferirmos o conteúdo dos versos. São vários poemas escritos de maneiras diferentes, com fontes maiores ou menores, cursivas ou quadradas, em linhas ou círculos; a verdade é que cada livro é uma surpresa.

Se você não é muito fã de poesia ou prefere ler uma coletânea dessas com calma, Toda Poesia é mais do que recomendado! Com textos simples, reflexivos e fáceis de ler, você passa pelas páginas sem sequer perceber. Esse é o tipo de poesia que eu indicaria sem medo para qualquer pessoa. Impossível não gostar de uma rima divertida e de ideias que te fazem pensar. Minha espera pela compra valeu à pena e Paulo Leminski rapidamente entrou para o rol de autores favoritos e que, com certeza, prestarei mais atenção daqui para frente, procurando conhecer ainda mais sobre sua vida e obra. Um prato cheio para quem está na dúvida quanto ao que ler, para quem não sabe por onde começar no mundo das poesias, para quem deseja uma leitura de cabeceira para toda hora.

site: http://www.onlythestrong-survive.com.br/2014/09/resenha-toda-poesia-paulo-leminski.html
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Aria.Verso 15/09/2015

Divo
"eu te fiz
agora

sou teu deus
poema

ajoelha
e
me
adora"

Termino este livro apaixonada, encantada, cantando e sorrindo com uma única certeza em minha vida após me perder em meio à reflexões neste livro: Paulo Leminski. És meu divo. Casa comigo?
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Bookaholic Girl 16/07/2015

Paulo Leminski por Ana C. R. de Lemos.

Paulo Leminski,
Um ser genial, domina as palavras, como um peão de rodeio doma seu cavalo
Brinca com elas com a simplicidade de um bebê e a beleza de um diamante.

Paulo Leminski nasceu em 24 de agosto de 1944 e ascendeu sua estrelinha ao céu em 7 de junho de 1989, em consequência de uma cirrose hepática que o acompanhou por vários anos.

O seu livro Toda Poesia é incrível. Fiquei apaixonada por cada letrinha dele.

E por fim, selecionei alguns poemas do livro, só para instigar e dar um sabor de quero ler tudo uma, duas, três vezes...


***
Bem no fundo
No fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto

a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela — silêncio perpétuo

extinto por lei todo o remorso,
maldito seja quem olhar pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais

mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos
saem todos a passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas.


***
O que quer dizer
O que quer dizer diz.
Não fica fazendo
o que, um dia, eu sempre fiz.
Não fica só querendo, querendo,
coisa que eu nunca quis.
O que quer dizer, diz.
Só se dizendo num outro
o que, um dia, se disse,
um dia, vai ser feliz.


***
M. de memória
Os livros sabem de cor
milhares de poemas.
Que memória!
Lembrar, assim, vale a pena.
Vale a pena o desperdício,
Ulisses voltou de Tróia,
assim como Dante disse,
o céu não vale uma história.
um dia, o diabo veio
seduzir um doutor Fausto.
Byron era verdadeiro.
Fernando, pessoa, era falso.
Mallarmé era tão pálido,
mais parecia uma página.
Rimbaud se mandou pra África,
Hemingway de miragens.
Os livros sabem de tudo.
Já sabem deste dilema.
Só não sabem que, no fundo,
ler não passa de uma lenda.


***
Razão de ser
Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?


***
Amar você é
coisa de minutos…
Amar você é coisa de minutos
A morte é menos que teu beijo
Tão bom ser teu que sou
Eu a teus pés derramado
Pouco resta do que fui
De ti depende ser bom ou ruim
Serei o que achares conveniente
Serei para ti mais que um cão
Uma sombra que te aquece
Um deus que não esquece
Um servo que não diz não
Morto teu pai serei teu irmão
Direi os versos que quiseres
Esquecerei todas as mulheres
Serei tanto e tudo e todos
Vais ter nojo de eu ser isso
E estarei a teu serviço
Enquanto durar meu corpo
Enquanto me correr nas veias
O rio vermelho que se inflama
Ao ver teu rosto feito tocha
Serei teu rei teu pão tua coisa tua rocha
Sim, eu estarei aqui


***
vazio agudo
ando meio
cheio de tudo


***
datilografando este texto
ler se lê nos dedos
não nos olhos
que olhos são mais dados
a segredos


***
R
(anos-luz, anos-treva)
Ler, ver,
e entre o V e o L
entrever aquele
R
erre
que me (rêve) revele
Ler trevas. Nas letras, ler tudo o que de ler não te atrevas. Ler mais. Ler além. Além do
bem. Além do mal. Além do além. Horas extras ou etcéteras, adeus, amém. Busquem
outros a velocidade da luz. Eu busco a velocidade da treva.


***
O assassino era o escriba
Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito inexistente.
Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida, regular como um paradigma da 1a
conjugação.
Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial, ele não tinha dúvidas: sempre
achava um jeito assindético de nos torturar com um aposto.
Casou com uma regência.
Foi infeliz.
Era possessivo como um pronome.
E ela era bitransitiva.
Tentou ir para os EUA.
Não deu.
Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.
A interjeição do bigode declinava partículas expletivas, conetivos e agentes da passiva,
o tempo todo.
Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.


***
quem é vivo
aparece sempre
no momento errado
para dizer presente
onde não foi chamado


***
O tempo fica
cada vez
mais lento
e eu
lendo
lendo
lendo
vou acabar
virando lenda


***
ali

ali
se
se Alice
ali se visse
quanto Alice viu
e não disse
se ali
ali se dissesse
quanta palavra
veio e não desce
ali
bem ali
dentro da Alice
só Alice
com Alice
ali se parece


***
Ana vê Alice
como se nada visse
como se nada ali estivesse
como se Ana não existisse
vendo Ana
Alice descobre a análise
Ana vale-se
da análise de Alice
faz-se Ana Alice


***
sexta-feira
cinza
quantas vezes
vais ser treze?
quantas horas
têm teus meses?
quantas quintas
vão ser trinta?
quantas segundas
nem são nunca?
quantas quartas
infinitas?


***
quanto dói uma saudade
quando perto vira longe
quanto longe fica perto.
Nem toda hora
é obra
nem toda obra
é prima
algumas são mães
outras irmãs
algumas clima


***
Tudo
que
li
me
irrita
quando
ouço
Rita
Lee


***
Não fosse isso e era menos
não fosse tanto e era quase


***
acordo logo durmo
durmo logo acordo
nem memórias nem diários
comigo mesmo dialogo
daqui até ali
dali até logo


***
casa com cachorro brabo
meu anjo da guarda
abana o rabo


***
SE
se
nem
for
terra

se
trans
for
mar

Observamos nessa pequena demonstração uma beleza entranhada em cada linha e entrelinha, no texto e no contexto. Uma beleza que perdurará pela eternidade.



site: http://afinallemosana.blogspot.com.br/
João Paulo 16/07/2015minha estante
Fãzaço desse cara!




Pinta 24/06/2015

Meio Superestimado
Muitos poemas dele me soaram incompletos, querendo mais da o "ar da graça" que alguma lirica ou coisa parecida. Me senti insatisfeito com a compra. Pela imensa popularidade e numero de vendas, achei superestimado...
Iris Ribeiro 25/01/2017minha estante
tive a mesma opinião que você, foi meio que uma decepção pra mim :(




Taynara @adamadolivro 27/03/2015

{Resenha} Toda Poesia - Paulo Leminski
Nesse mês o tema foi poesia, apesar de adorar poesia eu tenho o mau costume de ler apenas poesias individuais e não em livros, Porém esse livro que não é muito pequeno tomou boa parte da minha mente. Por mais estranho que seja eu li esse livro todo em voz alta e com muito prazer.

Esse livro é constituído de todas as poesias que Leminski já escreveu em sua vida , juntando entre si rimas e cifras que o autor coletou no dia a dia. Ele diz que o livro pode ser lido ou cantado, tanto faz, do jeito que você achar melhor, eu optei por lê-lo em voz alta já que contém em muitos trechos diversos trava línguas.

Achei o livro bem humorado e divertido, uma poesia moderna, mas também faltou em alguns momentos lógica. A poesia é uma junção de diversos significados e intrigas, mas não pude saber ao certo o sentido de todas elas. Faltou uma conexão ou talvez seja só eu mesma que não consegui chegar a verdadeira direção da obra.

Por eu não ler com frequência livros de poesia talvez seja isso que faltou, acredito que o problema está em mim e não no livro. Eu mesma quando escrevo algumas poesias acabo incluindo nelas um significado oculto, muitas vezes uma situação pela qual estou passando ou somente o estado atual da minha mente e do meu coração.

Apesar disso tem alguma bem distraídas e leves que nos fazem relaxar e curtir o livro. Muitas pessoas leem esse livro para fazer vestibular, o porque disso é simples, o autor da obra Paulo Leminski apesar de ser poeta é também escritor, crítico literário, tradutor e professor brasileiro, só isso já nos faz pensar que o cara realmente sabe como desenvolver a poesia.

Tachado como um dos melhores autores brasileiros de poesia, o paranaense conquisto o público com sua escrita leve, demorei algum tempo para lê-lo todo, pois quando se trata de poesia não tem como ler tudo de uma vez como se fosse uma história com protagonistas e coadjuvantes, você lê, para e pensa, lê mais um pouco e reflete sobre o leu. Nem sempre nessa ordem, mas na maioria das vezes acontece assim.

No geral gostei do livro, valeu a pena a leitura, acredito que é um bom livro para presentear alguém, um amigo, um primo, uma tia ou tio, alguém que aprecie ou precise de uma boa reflexão da vida. Recomendo, mas leia devagar para que possa entender melhor todas as cifras.

Confira a resenha completa no blog!

site: http://blogeternoencanto.blogspot.com.br/2015/03/resenha-toda-poesia-paulo-leminski.html
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Naty 30/01/2015

Interessante. Apresenta rimas e idéias bem planejadas.
Esse livro apresenta várias poesias interessantes com rimas fantásticas, mas não vou deixar de dizer que certas poesias não faziam muito sentido e algumas eram meio que bestas.
Realmente gostei desse livro, mas não totalmente e só de algumas das poesias em questão por isso dei somente três estrelas.
Acho que ler esse livro é interessante, pois a poesia vem de dentro de cada um, então, nada posso dize contra ela e seu conteúdo.
O autor é realmente muito bom, mas para mim algumas de suas poesia não conseguiram atingir o objetivo em mim.
A poesia é particular de cada um, então, depende de como cada um vê a sociedade, seu interior e outras coisas.
Em resumo, esse livro é bom, mas em tanto para mim.
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valquiriarochaa 14/01/2015

Muitos grifos, algumas fotos, umas vezes no instagram. :)
Minto se disser que gostei de todos os poemas. De alguns discordei e muitos não entendi.
Mas o que ficou para mim foram aqueles que mexeram com meus sentimentos. Compreensão, dúvida, admiração, estranheza... Leminski não me fez suspirar o tempo todo, e isso é ótimo. Cada verso a ser lido era sempre uma surpresa. O que sentiria? O que me causaria? Quantas vezes eu leria?

A incerteza do que o próximo poema traria motivava cada momento de leitura.

Livro lido que merece ser sempre relido.
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Ana Beatriz 06/12/2014

Toda Poesia
Esse era o último livro que eu tinha que ler pro vestibular.

Paulo Leminski era um poeta e toda a sua obra está reunida aqui neste livro.

Seus poemas trazem vários temas de diversos universos como: o rigor, a emoção, a erudição, a leveza, a vanguarda e o pop.

Leminski tinha um jeito único de fazer poesia que influencia os poetas até os dias de hoje.

site: ultragirlandstuffblr.tumblr.com
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Phanie 06/12/2014

uma vida em forma de poema (ou vice-versa)
Eu pensei muito antes de decidir fazer essa resenha. A minha primeira resenha. A minha provável primeira de muitas. Pensei bastante - decidi que esse livro merece bons leitores, daqueles que têm vontade de engoli-lo (ou de mantê-lo na cabeceira pra sempre) antes mesmo de possuí-lo. Decidi também que nosso querido Leminski merece um milhão de resenhas por tudo que foi e por tudo que fez. Por isso decidi redigir essa singela resenha.

Paulo Leminski foi um dos melhores poetas de sua época: judoca, filho de negra com polonês, amava a cultura japonesa e seus haikais; considerava-se um "samurai malandro". Após a leitura do livro, posso dizer que, sim, era um samurai malandro - uma oposição tão própria do poeta -, que conseguiu traduzir tal expressão para seus poemas: com toda sua vida hippie e beatnik, amigo de concretistas e modernistas da primeira fase, possuía um enorme conhecimento de cultura clássica, parnasiana e "antiquada". Toda essa bagagem cultural transformou seus poemas em obras primordialmente únicas.

Leminski teve diversas fases e, em Toda Poesia, é possível virar cada página e acompanhar seu amadurecimento quase imperceptível aos olhos. Digo "quase imperceptível" pelo fato de ele ter sido um poeta especial, que conseguiu, em 45 anos de vida e em 25 de carreira, ser sempre maduro. O amadurecimento, então, trata-se de um amadurecimento espiritual. Leminski tornou-se um pouco mais melancólico ao aproximar-se de sua morte e, isso sim, é incrivelmente perceptível aos olhos - seus poemas começam a falar mais de sentimentos.

A edição foi monitorada por pessoas extremamente competentes e que viveram de maneira tão única com Leminski, que não poderia ter ficado melhor. O concretismo continuou concreto e cada verso continuou na posição em que o poeta o fez.

Apesar de ser um poeta clássico de seu período, do tipo que "deve ser lido", muitos o consideram superestimado. Não nego nem concordo com a afirmação. No entanto, Leminski é poeta de escola literária, mesmo com todo seu porte de "único"... Único sim e, justamente por isso, julgado. Ninguém é obrigado a gostar de haikais, de concretismo e modernismo. É superestimado por ser único, é único por ser diferente e é diferente por ser tudo - um samurai malandro, de fato.

Por fim, recomendo fortemente esse livro (para os que gostam de modernismo, concretismo e haikais) para ser aquele eterno companheiro de cabeceira, para ser lido e apreciado com calma e nos momentos certos. Afinal, Toda Poesia é a tradução de uma vida inteira (ou de várias vidas) vivida(s) por Leminski.
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Euflauzino 25/11/2014

Imortal em mim

Poesia é coisa para o dia-a-dia e não para todos os dias – alimento lento, carboidrato complexo para a alma, oferece energia durante muito tempo. Escolho um poema qualquer num dia qualquer, não sigo regras, leio os versos, tento captar sua cor, sentir seu sabor, desmembro as palavras, coloco na boca, mastigo tudo. Se descer sem arranhar pela garganta regurgito e começo o processo todo novamente. É preciso arranhar, é preciso causar dano. Uns teimosos não dão em nada, impenetráveis, culpa de minha ignorância. Outros férteis iluminam tudo como um farol, fogueira em dia frio esquentando os pés e a espinha.
"Nunca cometo o mesmo erro / duas vezes / já cometo duas três / quatro cinco seis / até esse erro aprender / que só o erro tem vez"
Tenho meus poetas preferidos, todos a seu tempo, cada um em sua época – o fatalista Augusto dos Anjos, a visceral Florbela Espanca, o melódico Antônio Cícero, a profunda Cecília Meireles, o múltiplo Fernando Pessoa. E Paulo Leminski, indefinível. Lembro-me como se fosse hoje do haikai de Leminski que me pegou, daí foi só rolar morro abaixo, paixão à primeira lida:
“vazio agudo / ando meio / cheio de tudo”
A concisão, a genialidade, a descrição de um sentimento meu naquele momento. Nunca me sinto coautor quando me deparo com um poema, como acontece com um romance. O poema não vem semipronto, é preciso trabalho árduo para compreendê-lo, subjugá-lo. Ele precisa entrar na pele, fazer parte de você, se possível será preciso decorá-lo.
“... mesmo assim / te quis / mesmo sabendo / que ia te querer / ficar querendo / e pedir bis”
Ao me deparar com Toda poesia (Companhia das Letras, 421 páginas), antologia contendo todo trabalho de Leminski, fiquei alucinado. É claro que queria sorvê-lo o mais rápido possível. Eu sabia da dificuldade que seria, mas o prazer suplantaria tudo. Não há arrependimento, apenas deleite.
“não discuto / com o destino / o que pintar / eu assino”
Não é romance, namoro antigo, cotidiano. Nem conto, crônica, beijo roubado. É conquista, desafio de amor platônico, coragem de adolescente imberbe, subida ao Everest. E sei que venci, principalmente quando consigo enxergar o amor contido no final de um poema, como em “Campo de sucatas”:
“... sempre como toda coisa nossa / que a gente apenas deixa poder / que possa!”

site: Leia mais em: http://www.lerparadivertir.com/2014/11/toda-poesia-paulo-leminski.html
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Deyse 26/09/2014

Algumas poesias são lindas e me doem na alma, mas outras, confesso, não consegui absorver a essência. Sei que isso é problema meu, não do autor, mas não consigo gostar inteiramente de um livro se não me identifico ou simpatizo com ele.
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