Toda poesia

Toda poesia Paulo Leminski




Resenhas - Toda Poesia


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Nádia 02/05/2017

#resenhapomarliterario Toda poesia
" esse súbito não ter esse estúpido querer que me leva a duvidar quando eu devia crer esse sentir-se cair quando não existe lugar aonde se possa ir esse pegar ou largar essa poesia vulgar que não me deixa mentir"
.
Terminei o livro semana passada porém o apêndice só hj li. É um autor realmente muito bom e eu não havia lido nenhuma obra ainda. Sem demagogia, com amor e humor, talento e lucidez, Leminski vai abrindo caminhos na selva selvagem da linguagem. Destila tudo com sabedoria, e suas gotas de poesia são colírio para nossos olhos poluídos. Eu simplesmente amei. O livro é uma coletânea com poemas já publicados em obras anteriores. Recomendo!

site: https://www.instagram.com/p/gOki3Wmv17/?taken-by=pomarliterario
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Israel145 26/02/2017

A obra poética (ou pelo menos a maior parte publicada) de Paulo Leminski encontra-se reunida nesse volume lançado pela Companhia das Letras e organizado por Alice Ruiz que apresenta a obra e confere as explicações necessárias ao processo de organização do livro.
Detentora do conhecimento de causa e por ser contemporânea de Leminski, sua participação no processo criativo e de seleção das poesias do autor lhe dá o gabarito necessário para organizar esse material primoroso que todo leitor pode ter à mão.
Leminski é sem dúvida um marco na poesia nacional. Ler sua obra é mergulhar no cerne da arte poética e chegar a uma conclusão livre de lógica ou de paixões: o autor era um gênio. Suas composições vanguardistas desencadeiam no leitor as sensações mais sublimes com seu toque pessoal inventivo.
Seu legado é algo que transita numa esfera única que mescla o moderno ao despojado, o real ao abstrato, o absurdo ao comum. Sua identidade cosmopolita que o faz misturar o toque europeu clássico à filosofia oriental e incorporar tudo isso aos brasileirismos o torna único e inigualável. Saquê com feijoada.
Toda Poesia é aquele livro que não se deve parar nunca de ler. Deve ser alçado a uma categoria acima dos livros de cabeceira: livro para a mochila, bolsa ou pasta. Tem que estar com ele o tempo todo por que a vida fica mais doce com a poesia do Leminski.
É a conexão que liga um mundo absurdo, maçante e cruel ao idílio genial da mente imaginativa que vê beleza e faz beleza em tudo que alça à categoria dos versos. Leminski conduz a percepção única da beleza inata das coisas. E sua poesia é preciosa demais pra ficar mofando e empoeirando ao lado de obras menores em uma estante qualquer.
A editora fez um bem aos brasileiros ao lançar essa edição em 2013, compilando a genialidade do autor num único volume. Acerto de primeira e com um toque de classe. Altamente recomendável.
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Thiago 30/01/2017

Livro: Toda Poesia
Autor: Paulo Leminski
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 424

Leminski é paixão
não tem pé
não tem cabeça
é todo coração.
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wesley.moreiradeandrade 11/01/2017

Paulo Leminski é um dos poetas brasileiros mais pop do século passado. Tem seus versos frequentemente citado pelas redes sociais, sua antologia de poemas, Toda Poesia, publicada pela Companhia das Letras, foi um grande sucesso de vendas que apenas demonstra o apelo popular deste artista curitibano que marcou a poesia brasileira contemporânea com humor, concisão e um domínio com as palavras que ora flertavam com a aparente simplicidade, ora com a erudição e o alto domínio do fazer poético.
Toda Poesia reúne todos os trabalhos de Lemisnki publicados em vida e alguns textos inéditos, organizados por sua esposa Alice Ruiz, além disso, traz textos escritos por José Miguel Wisnik, Caetano Veloso, Haroldo de Campos, Wilson das Neves e a própria Alice Ruiz sobre a estilística e a poética desse escritor que morreu precocemente em decorrência de uma cirrose hepática, mas cuja voz não silenciou e os ecos ainda se escutam por aí, nunca sem perder a frequência.
A leitura de um livro de poemas é sempre um convite à releitura, é um ato que não se esgota em si, do primeiro ao último verso, ainda mais com Leminski que parece brincar e se divertir com a linguagem usando e abusando dos trocadilhos, das aliterações e assonâncias, das metáforas nunca convencionais tirando a palavra de seu estado literal para outro nível de entendimento. Além disso, Leminski foi um dos grandes divulgadores das formas breves como o haikai, texto tradicional japonês que ele dominou como poucos também.
Em meio a tanto pedantismo no meio literário, Leminski é tudo menos careta, até mesmo quando flerta com a poesia mais tradicional, incorporou a filosofia beatnik, o Tropicalismo, não se levando a sério, mas levando o seu ofício de produzir poesia com esmero, não com o peso da obrigação ou predestinação, mas com a leveza e o prazer do lidar com as palavras que isso traz.

site: https://escritoswesleymoreira.blogspot.com.br/2016/07/na-estante-62-toda-poesia-paulo-leminski.html
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Damien Willis 08/01/2017

Poeta e malandro, poeta-marginal, Paulo Leminski descarrega sobre o papel branco toda uma lucidez que, nos primeiros instantes (e mesmo instantes posteriores), embaralha a vista, embaralha a mente com este jogo de palavras. Outras vezes, porém, Leminski pega mais leve e torna alguns de seus poemas prontos para partilha - compartilha:

"rumo ao sumo
Disfarça, tem gente olhando.
Uns, olham pro alto,
cometas, luas, galáxias.
Outros, olham de banda,
lunetas, luares, sintaxes.
De frente ou de lado,
sempre tem gente olhando,
olhando ou sendo olhado.
Outros olham para baixo,
procurando algum vestígio
do tempo que a gente acha,
em busca do espaço perdido.
Raros olham para dentro,
já que dentro não tem nada.
Apenas um peso imenso,
a alma, esse conto de fada."
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Ana Carolina 07/01/2017

Amor.
Toda Poesia é meu livro sagrado, Leminski é meu Deus e a poesia dele, minha religião.
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Milena @albumdeleitura 08/11/2016

Toda Poesia
Nascido em Curitiba, Paulo Leminski foi poeta, romancista, tradutor, compositor, biógrafo e ensaísta.

Confesso que a leitura desse livro foi o meu primeiro contato com o autor. Ganhei de presente de uma amiga já há algum tempo, mas acabei me identificando mais com poesia esse ano, por isso resolvi lê-lo só agora.

Toda Poesia é um presente aos leitores, pois é a primeira obra que reúne as poesias já publicadas pelo autor, inclusive, postumamente.

A temática dos poemas é bastante variada, o que agrega valor e dinâmica à leitura, pois se lemos algo triste em um primeiro momento, em outro lemos algo alegre. Encontrei-me em diversas passagens e acredito que cada leitor conseguirá se envolver à sua maneira.

e só quando
estamos em nós
estamos em paz
mesmo que estejamos a sós

Os poemas são curtos e carregados de sensibilidade. A leitura é rápida e fluida. Nunca havia lido poesia em outros idiomas e, essa experiência foi simplesmente incrível, mediante à qualidade da escrita de Leminski.

nunca sei ao certo
se sou um menino de dúvidas
ou um homem de fé

certezas o vento leva
só dúvidas continuam de pé

site: https://albumdeleitura.blogspot.com.br/2016/11/eu-li-e-voce-64.html
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Alexandre Kovacs / Mundo de K 09/09/2016

Paulo Leminski - Toda poesia
Editora Companhia das Letras - 424 páginas - Lançamento 27/02/2013.

O múltiplo Paulo Leminski (1944 - 1989) que foi poeta, romancista, tradutor e compositor (além de faixa preta de judô) deixou um grande vazio na poesia contemporânea brasileira. Como bem definiu outro grande poeta e tradutor, Haroldo de Campos (1929 - 2003), em texto publicado na primeira edição de "Caprichos e relaxos", resgatado agora como um dos apêndices desta antologia, Leminski que é o "polilingue paroquiano cósmico ou caboclo polaco-paranaense soube, muito precocemente, deglutir o pau-brasil oswaldiano e educar-se na pedra filosofal da poesia concreta". Isso significa que ele herdou a tradição da poesia erudita e participou ativamente na formação de uma geração influenciada pelo movimento concretista, que tinha no próprio Haroldo de Campos um dos seus fundadores, chegando até o movimento da poesia marginal ou de mimeógrafo, tão representativa da cultura pop dos anos setenta. O texto abaixo de José Miguel Wisnik resume muito bem esse encontro entre o clássico e o revolucionário na poesia de Paulo Leminski e a sua importância em nossa cultura:

"Não é fácil definir esse lugar, entre a erudição e o chamado 'desbunde', entre a disposição da informalidade existencial, no marco da contracultura dos anos de 1970, e as exigências da construção formal, que parecem polares e insolúveis. Leyla Perrone-Moisés definiu, no entanto, de modo preciso, a sua dicção poética como sendo capaz de cortar esse nó com a lâmina afiada de 'samurai-malandro', o sacador-fazedor que estiliza a instantaneidade tendo como background um largo repertório acumulado. O curitibano Leminski escancara a condição provinciana, que toma estrategicamente como congênita, sem perder de vista a poesia universal da qual é íntimo, e, ao fazê-lo, comenta a crise da poesia ao mesmo tempo que cria para si um centro decidido e esquivo, todo feito de meias-palavras inteiras. De fato, a ambição artística do 'paroquiano cósmico' assume astuciosa e sabiamente, como sua, a oscilação irônica entre a grandeza e a desimportância, entre o menor e o enorme, a pretensão e o desconfiômetro, e adere a ela no interior da própria obra. (...) Não por acaso Paulo Leminski colocou-se, em boa parte por provocação, no alvo das pendengas sobre o discutido valor literário da poesia contemporânea brasileira, de difícil canonização, como se ele fosse, dela, ao mesmo tempo o arqueiro zen e o calcanhar de Aquiles." - nota sobre leminski cancionista - José Miguel Wisnik (págs. 385 e 386)

Como nos ensina Leyla Perrone-Moisés, citada acima por Wisnik, em seu texto "leminski, o samurai malandro", publicado originalmente no suplemento cultural do Estado de S. Paulo em 1983: "A forma breve não é um valor em si; o breve pode ser apenas pouco. Ter ouvido a lição da poesia concreta também não é garantia de concretizar poesia. Quando o jogo de palavras é só graçola, não cola." Enfim, tanta teoria não faz justiça à poesia de Leminski que fala por si mesma e está mais viva do que nunca, principalmente na forma de seus grandes "pequenos" poemas muito famosos em compartilhamentos nas redes sociais devido à sua aparente simplicidade. Digo aparente porque, em nossos tempos de primazia da irrelevância e tirania da superficialidade da informação, ficamos de repente surpreendidos quando na enxurrada de bobagens da nossa linha do tempo diária aparecem certos diamantes que nos pegam de surpresa, assim como um golpe preciso de espada de samurai.

De "caprichos e relaxos" - polonaises (pág. 70)
(Editora Brasiliense - 1983)

Um passarinho
volta pra árvore
que não mais existe

meu pensamento
voa até você
só pra ficar triste

De "distraídos venceremos" (pág. 228)
(Editora Brasiliense - 1987)

Incenso fosse música

Isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além

De O ex-estranho (pág. 329)
(Livro póstumo - Editora Iluminuras - 1996)

Invernáculo

Esta língua não é minha,
qualquer um percebe.
Quando o sentido caminha,
a palavra permanece.
Quem sabe mal digo mentiras,
vai ver que só minto verdades.
Assim me falo, eu, mínima,
quem sabe, eu sinto, mal sabe.
Esta não é minha língua.
A língua que eu falo trava
uma canção longínqua,
a voz, além, nem palavra.
O dialeto que se usa
à margem esquerda da frase,
eis a fala que me lusa,
eu, meio, eu dentro, eu, quase.

Esta antologia passa por toda a produção de Paulo Leminski (inclusive as edições póstumas), iniciando no hoje raro "quarenta clics em curitiba" (1976) e seguindo cronologicamente com: "caprichos e relaxos" (1983), "distraídos venceremos" (1987), "la vie en close" (1991), "o ex-estranho" (1996), "winterverno" (2001) e alguns poemas ainda inéditos incluídos na última parte como "poemas esparsos". A apresentação é da poeta Alice Ruiz S que foi sua companheira dele por duas décadas, posfácio do crítico e compositor José Miguel Wisnik e apêndice com textos de Caetano Veloso, Haroldo de Campos e Leyla Perrone-Moisés.
Thiago 11/09/2016minha estante
Ótima resenha meu caro.


Alexandre Kovacs / Mundo de K 12/09/2016minha estante
Obrigado Thiago!




Gabi 03/09/2016

Leminski
"existe um planeta
perdido numa dobra
do sistema solar
aí é fácil confundir
sorrir com chorar
difícil é distinguir
esse planeta de sonhar."
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Renato 27/08/2016

Leminski
Na minha estante de poucos livros, Toda Poesia de Leminski está marcado como "lendo" desde a primeira poesia lida. Leminski é inesgotável. Uma única poesia de Leminski é inesgotável. Os poemas me surpreendem pela complexidade travestida de aparente simplicidade.
Um livro para continuar na prateleira "lendo" por muito tempo.
Maria tereza 18/01/2017minha estante
Bem isso.




Isa 25/08/2016

Toda Poesia de Paulo Leminski
Preciso admitir que nunca fui uma grande leitora de poesia. Nem grande, nem pequena, pra falar a verdade. Sempre consumi com avidez tudo que o mercado infanto-juvenil produzia, e sei de cór e salteado os plots de mais romances adolescentes do que você pode imaginar. Mas poesia? Não me matem, mas sempre achei algo bobo, e minha relação com a poética nunca passou dos poemas consagrados e que todo mundo conhece, que vinham nos livros didáticos do ensino fundamental e médio. Poemas famosos, conhecidíssimos, de escritores incríveis, mas que não conversavam comigo até então. Versos lindos, mas que não me chamavam.
Esse chamado, eu acho, não se explica. Assim, sem mais nem menos, uma chuva de poesia entrou na minha vida. Há um ano conheci algumas pessoas que escrevem e respiram esse gênero, e devo dizer que a culpa de estar na mesma frequência que a poesia, em parte é delas. A outra é da curiosidade, e a terceira é do Leminski.
Perdi a conta de quantas vezes entrei na Livraria da Travessa e vi um exemplar de "Toda Poesia" pomposo, se destacando dos demais, me chamando, pedindo pra ser lido. A princípio não me rendi a sedução da capa laranja, o bigode peculiar estampado, se oferecendo pra mim. Poesia? Eu que não.
Mas o mundo, esse doidinho, ele gira, da voltas, e os livros mudam de lugar nas prateleiras das livrarias. Mesmo assim, laranja, nada discreto, um dia me vi com "Toda Poesia" nas mãos. Um exemplar que trazia todas as obras autorais do poeta curitibano em 421 páginas. Como recusar aquele contato? Como dizer não, sendo eu objeto-sujeito de tão bonito encontro?
Pois eu recusei. Meu sol em capricórnio e o preço que custava um livro com "meia-dúzia" de poesia, não me deixou voltar pra casa com a sacola bonitinha que faz quem sai da loja com um livro novo se sentir especial. Arrisquei o PDF, e desastre. Tentei pegar emprestado, mas eu sabia que se conseguisse, não seria capaz de devolver sem padecer de uma dor profunda, principalmente a de admitir que eu estava interessada em poesia.
Em uma quarta-feira nada excêntrica, sem aviso, sem nem ter tempo de pensar a respeito, arrematei o livro por uma pechincha na faculdade. Usado, mas não importava: Eu gosto de imaginar onde os livros de segunda mão moraram antes de estarem comigo. Desde então li, li de novo, e reli. Entre poemas curtos, líricos, haicais e poesia concreta, as palavras irônicas de Leminski saltaram das páginas do livro e se espalharam pelo meu quarto, entre minhas fotografias, pelas minhas roupas, e no meu dia-a-dia.
A edição de 2013 da Companhia das Letras traz seis livros do autor: quarenta clics em curitiba (1976), caprichos & relaxos (1983), distraídos venceremos (1987), la vien close (1991), o ex-estranho (1996), e winterverno (2001), sendo os três últimos publicações póstumas. De toda as obras que a publicação traz, distraídos venceremos trouxe as poesias com que mais me identifiquei, e com as quais desenvolvi uma relação especial.
É difícil dizer pra alguém sobre o que exatamente é um livro de poesia. A relação de sentido é uma entre o poeta e os versos que escreveu, e outra entre o leitor e o poema. O resultado do encontro depende da frequência em que está cada leitor, e do quão disposto está a se entregar pros versos das páginas que tem em mãos.
Felizmente, posso dizer que Toda Poesia de Paulo Leminski, nos demos muito bem, e trocamos energias muito boas durante o tempo que tiramos para conhecermos um ao outro. A leitura ganhou cinco estrelas (✪✪✪✪✪), e minha relação com meus poemas favoritos do autor se renova a cada vez que os encontro, entre uma calmaria e outra.

site: www.avalancheliteraria.com.br
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Anderson.Oliveira 25/06/2016

Ótimo
Leitura leve e que me trouxe uma paz e momentos de graça.
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Paloma 29/04/2016

Gostei
Eu estava muito focada em poesia, e eu adorei a leitura, levei duas semanas para ler tudo atentamente. Meu pai havia me dado, mas pediu de volta... acho que não vou devolver haha
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