Luiza.Ambrazvicius 13/12/2023
Interessante!!
- Essa resenha contém pequenos spoilers, mas nada que prejudique a leitura como um todo-
Acho que esse livro tem pontos fortes e fracos, positivos e negativos.
Primeiramente, foi o primeiro livro de King que eu li, e como ele é bem conhecido por escrever estórias de terror e suspense, acredito que esse deixou a desejar nesse quesito, na minha opinião. A história é permeada por uma garota morta num parque de diversões, e, apesar da estória focar, como percebi e li em resenhas posteriormente, no desenvolvimento do personagem principal, senti que faltou um pouco do terror pelo qual Stephen King é famoso. Contei no máximo umas três cenas de suspense no livro e não me deixaram assustada/com medo, apenas com vontade de descobrir o que viria depois.
Por outro lado, esse último ponto é bastante presente no livro. É uma estória muito envolvente, que sempre te deixa ansiosa pelo que virá em seguida.
Em relação ao crime, acredito que tenha sido bem construído. Pensei em várias teorias sobre o que aconteceria depois e sobre quem seria o assassino, apesar de não ter acertado nenhuma. Inclusive, esse é outro ponto. Eu considerei reviravoltas que me vieram do nada à cabeça, mas que podiam ter dado um sabor a mais na estória, como Erin ser morta, e na verdade o Devin ter contato na verdade com a alma dela no futuro, já que ele diz que ainda conversa com ela. Tinha pensado nisso porque a garota da capa provavelmente é Erin, levando em conta a descrição que se tem dela no livro (uma garota ruiva), e na capa ela aparece assustada, com medo.
Pensei também que o pai de Annie poderia ter sido o assassino, de modo que ela ou poderia ser inocente, pois não sabia de nada, ou poderia estar escondendo o fato o tempo todo de Devin.
Além disso, achei que poderia ter sido um pouco mais focado na garota morta, Linda Gray. Há poucas partes e cenas envolvendo ela, levando em conta que a sinopse fala muito sobre essa garota, o que me deixou um pouco decepcionada pelo fato de que na verdade ela é um foco pequeno da narrativa.
Outro ponto é o final. O assassino é revelado, e, apesar de, como sempre, aparecem dicas sutis ao longo da narrativa, como acontece nos livros de Sherlock Holmes, eu não adivinhei (nunca consigo ?). Mas o que me decepcionou um pouco foi o "embate final", que me lembrou muito o do tipo "o assassino revela o que tinha feito, de um modo sarcástico e desdenhoso, e/ou o 'detetive' conta como descobriu tudo", essas coisas. Eu não gostei muito disso, me pareceu um final comum, não muito diferente dos que a gente vê nos filmes ou mesmo em outros livros, não foi autêntico, singular.
Porém, apesar desses pontos, eu achei a estória muito envolvente, como falei antes. O cenário é muito bem descrito, King consegue transmitir com excelência a aura de um parque de diversões dos anos 70, o que contribui muito para tornar o livro interessante e, de certa forma, memorável.
Independentemente disso tudo, não foi uma experiência de todo ruim, eu curti muito, e com certeza leria outros livros de King, como O Iluminado e Carrie, a Estranha (estou doida pra ler esses) ??