As misérias do processo penal

As misérias do processo penal Francesco Carnelutti




Resenhas - As misérias do processo penal


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LeVincenzi 02/10/2021

92 páginas de muita sensibilidade
Obra extremamente necessária que deveria ser obrigatória para qualquer operador jurídico da área penal, que questiona a coisificação do detento e a incivilização fruto do processo penal.
"[...] a penitenciária não é de fato diferente do resto do mundo, tanto, no sentido que também o resto do mundo é uma grande casa de pena. A ideia de dentro estarem somente canalhas e fora somente honestos não é mais que uma ilusão; aliás, ilusão é que um homem possa ser todo canalha ou todo honesto."
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Cynthia Perazzo 05/06/2009

Operadores do Direito, especialmente os criminalistas, devem ler este livro.
Foi de grande valia em minha vida profissional.
Indico!
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Filipe.Mello 10/05/2024

Bíblia tem valor jurídico???
é cafona? sim
é interessante? também

mas, dentre erros e acertos, nada é tão absurdo quanto um jurista considerar que a bíblia tem valor jurídico. isso é só tão patético e desrespeitoso que até as boas reflexões ficam sujeitas a essa perspectiva teocentrista inconcebível no ambiente do direito.
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Isabella.Souza 28/06/2023

Ah o preso..
Muito legal a visão do escritor, que passa a vibe de quem defende o réu. Ele usa de muitas metáforas e seu ponto principal é nós fazer entender que o preso não é melhor e nem pior que nós. Ele é apenas um ser humano que atrás da névoa do crime, tem sentimentos e um passado como todos.
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Débora Galter 11/03/2021

"Disse o juiz: devo saber o que houve para estabelecer o que será, tendo em vista que, eu tenho nas mãos a balança; a justiça quer que tanto quanto pese seu delito, pese sua pena". (P. 83)
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NegrALANE 25/10/2020

É um livro bastante filosófico, com uma boa escrita. Discute o processo penal como um todo parte a parte. As sombologias presentes em elementos como a toga ou a algema. O papel de cada ator do jogo processual.
Ele tem várias limitações relacionadas às questões religiosas que produzem as discordâncias que tive em relação ao seu pensamento. Julga que a pena deveria ser uma espécie de remédio.
Creio que devemos desconstruir tudl isso. No entanto, é fato que ele era um homem de seu tempo e a nossa análise deve levar isso em consideração.

Não tive muitas informações novas, mas sem dúvida vou usá-lo em muitas futuras argumentações.
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Keli Ane 04/09/2020

O Acusado visto com outros olhos
É esse sentimento que o livro passa. Questionamos todos aqueles pensamentos negativos, que surgem ao ver o acusado em um julgamento, direcionado a ele. É como se o autor quisesse tirar a venda dos nossos olhos, vendas que nos cegam, pela repulsa que sentimos sempre que surge uma noticia de algum ato criminoso, pela raiva que sentimos, que não nos permite enxergar que aquele acusado, aquele encarcerado, aquele presidiário, é como nós, exatamente como nós. Não são animais selvagens, são humanos. Tem tanto de humanidade em mim, quanto tem nele, quanto tem em você. O autor nos faz refletir sobre a necessidade de amar, uns aos outros. Sobre o amor egoísta, que nos encarcera, mesmo quando estamos livres das grades.

Fala também das falhas do sistema prisional, e das falhas como sociedade para lidar com os presos, das falhas de ressocialização e do abandono.

Uma crítica que tenho sobre a didática, é o modo de citar repetidas vezes Jesus Cristo como exemplo, talvez para o autor seja algo realmente significativo, mas na área do processo penal, acho importante separar a religião.
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Ani 09/07/2022

"Se os jornais noticiam frequentemente sobre crimes e processos, não resta dúvida de que é porque as pessoas se interessam por ele. (...) uma espécie de diversão para elas. Tentam fugir do cotidiano da própria vida, ocupando-se com a vida dos outros, e esta nunca é tão interessante como a que se transforma em um drama. O problema é que as pessoas assistem ao processo como se assistissem a um filme, em uma sessão de cinema: agem como se o delito e o Processo Penal não tivessem qualquer relação com pessoas bem com fatos, mas só com personagens, como nos filmes."
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Vitorugo 23/07/2020

Críticas ainda modernas
Mais um autor que nos apresenta a dúvida se era a frente do seu tempo ou se estamos atrasados.

Críticas e observações pontuais ao processo penal. Contudo, não faz uma sugestão de melhoria, discurso aceito em séculos passados, mas atualmente a questão é muito maior.
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Amanda 22/01/2021

Para todos
Achei q fosse ler um livro técnico sobre o processo penal, mas encontrei um livro sobre gente e suas dificuldades... É um livro para todos, operadores e não operadores do direito, uma vez que no nosso dia a dia, a gente julga, acusa, defende, condena, testemunha... É um livro que nos faz pensar em todas essas posições... Só faltou uma análise sobre a vítima... Mas a época em que o livro foi escrito eu sei q a vítima era esquecida mesmo... É um livro de leitura rápida e cheio de considerações interessantes... Com certeza será relido em outro momento da minha vida...
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Wellfenix 26/01/2021

Leitura obrigatória para qualquer jurista
A obra é de fundamental importância para quem quer que deseje atuar como jurista, o livro retrata as constantes incongruências que ocorrem no processo e em especial o processo penal.
É ainda um manual para qualquer estudante do primeiro semestre do curso de direito, familiarizar-se com a linguagem e cotidiano jurídico.
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Eliana 26/08/2012

Excelente. Impossível pensar em processo penal sem pensar neste livro.
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Juliano 10/05/2021

Livro essencial para todo acadêmico se direito. Esta obra do mestre Carnelutti resume como o processo penal é algo doloroso para todas as partes, indiferente da declaração de culpa ou inocência ao final do processo. Grande obra, necessária para entender como a liberdade e a não punibilidade por crimes insignificantes são necessárias.
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Paulo Silas 06/12/2018

Um clássico que possui razão de assim ser: ao ler as primeiras páginas, o leitor já se vê preso ao encanto que é a obra. Numa linguagem direta - mas sem deixar ir ao fundo dos problemas expostos ao próprio modo carneluttiano de escrever, acessível - sendo uma leitura prazerosa que alcança não apenas os que lidam ou estudam o direito, Carnelutti escancara muito daquilo que reside implícito no processo penal - as diversas problemáticas muito significativas e relevantes, mas que restam muitas vezes ignorada. O autor dá luz àquilo que ingenuamente ou intencionalmente costuma ser escondido nas sombras do poder que conduz o processo penal. É um livro que pensa e reflete o âmago do processo penal.

"O processo penal é um banco de prova da civilização não só porque o delito, com tintas mais ou menos fortes, é o drama da inimizade e da discórdia, mas por aquilo que é a correlação entre quem o cometeu ou se diz que o tenha cometido e aqueles que a ele assistem", diz Carnelutti logo no prefácio da obra. E é com base nessa perspectiva que o autor lança seu olhar crítico, reflexivo e até mesmo poético sobre as amarguras do processo penal. Dividindo o livro em temas centrais dos quais muito bem trata ("a toga", "o preso", "o advogado", "o juiz e a parte", "parcialidade do defensor", "as provas", "o juiz e o imputado", "o passado e o futuro no processo penal", "a sentença penal", "o cumprimento da sentença", "a liberdade" e "fim: além do direito"), o êxito em conseguir fazer com que o leitor repense o processo penal por diferentes vieses é notoriamente alcançado. Com uma paixão própria, Carnelutti dialoga com ênfase a respeito das intempéries ocorridas na forma com a qual a sociedade escolheu para julgar aqueles que praticaram aquilo que se diz crime.

"As Misérias do Processo Penal" é um livro curto, mas que diz muito. Repleta de parábolas e os mais variados exemplos e comparações, a obra consegue soar compreensível até mesmo para os mais resilientes - uma vez que aqui se diz não apenas do aspecto acessível da linguagem, mas também pelo seu viés tocante (no íntimo, na alma) ao considerar a destreza com a qual são expostos duros problemas do processo penal. Carnelutti parte, vale mencionar, de uma perspectiva própria acerca da natureza humana (e também do mundo), o que se reflete visivelmente nas linhas que compõem a obra - diz-se, por exemplo, do seu aspecto fortemente religioso, o que acaba por levar à algumas conclusões (ou partir de premissas) controvertidas. Seja como for, o incutir do pensar e repensar é sempre uma consequência certa da leitura de cada capítulo do livro. Daí a necessidade de leitura por pelo menos todos aqueles que já possuíram qualquer tipo de contato com o processo penal, pois, como aduz o autor, "encarcerados somos todos, mais ou menos, entre os muros do nosso egoísmo; talvez, para se evadir, não há ajuda mais eficaz que do que aquela que possam nos oferecer esses pobres que estão materialmente fechados entre os muros da penitenciária". A reflexão, portanto, é algo que sempre fica com as leituras e releituras da "As Misérias do Processo Penal", sendo assim devida e necessária.
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