@leiturasdadudis 22/12/2021
"Quatro pernas bom, duas pernas ruim".
A Granja do Solar era administrada pelo Sr. Jones. Ele só não sabia que todas as noites os animais se reuniam e conversavam como se fosse gente.
É em uma dessas reuniões que o porco, que era tratado como um ancião, anunciou uma revolução em que os bichos não seriam mais usados pelos seres humanos. Não demorou de acontecer, pois após sua morte, os bichos uniram-se e tomaram posse da granja, expulsando Sr Jones, sua esposa e seus funcionários do local.
Então, a Granja do Solar passou ser a Granja dos bichos, e os porcos, denominados mais inteligentes que os outros bichos, assumiram a liderança, implementando a democracia entre os animais. No entanto, não muito tempo depois, acompanhamos a ditadura tomar conta da democracia. Apesar de se incomodarem, os bichos são influenciados por uma espécie de reflexão: se antes era pior, é melhor que continuemos desse jeito, mas com um dos nossos no comando.
Apesar de sido escrita em 1943, usando como referência a história real da Revolução Russa e a Conferência de Teerã, é uma obra que pode trazer diversas reflexões e que me deixou bastante pensativa sobre as escolhas políticas que tomamos ainda hoje em dia.
A escrita de Orwell é bem leve. Imaginei que por se tratar de um livro com claras referências políticas, teria uma pouco mais de dificuldade. Mas a leitura fluiu bem, sendo possível encontrar facilmente as referências que o autor propôs. O fim desta edição ainda trás um prefácio do autor, que fala sobre liberdade de imprensa e um pouco da história da publicação do livro.
É, de fato, uma história atemporal, bem desenvolvida e que merece o reconhecimento que tem.
"Todos os bichos são iguais, mas alguns são mais iguais que outros".