Kéziah Raiol 28/05/2013Posso começar essa resenha rasgando sedas pelo livro? Desde o começo eu sabia que iria gostar do livro, apesar de ter uma história aparentemente clichê – amo clichês. Mas acabei me surpreendendo e percebi que o livro era mais do que eu pensava e esperava.
Luiza é uma garota de 18 anos que aparenta ser normal, até que entramos mais em seu universo e percebemos que ela é marcada por magoas do passado. Luiza tem duas amigas, e ambas namoram jogadores do time de basquete da escola. Elas tentam de todas as formas fazer com que Luiza volte a se apaixonar e a se abrir para um relacionamento sério com alguém. Mas a mágoa que ela passou com um garoto deixou grandes cicatrizes que impedem que ela se envolva com alguém, afastando assim todos os garotos de si.
No decorrer da história vamos percebendo o quanto o livro é profundo, apesar de abordar um tema bem simples, ficamos pensando em vários pontos que a Beatriz deixa em aberto. Como a felicidade! Em determinados momentos somos impulsionados a buscar nossa felicidade, recebemos vários conselhos de forma subliminar de que se fomos esperar a nossa felicidade ela nunca vai chegar. Temos que nos abrir para novas experiências, para que as coisas possam acontecer na nossa vida. Muitos de nós achamos que podemos simplesmente nos sentar e esperar que as coisas venham até nós. O Famoso “O que tiver que ser, será”. Ok, eu até acredito nisso, mas se a gente ficar só esperando nada vai acontecer, temos que agir para realmente encontrar a felicidade.
“Meu maior problema era não querer ir atrás da felicidade. Achava que estava bem da forma que estava, machucada, ferida, e sim, muito acomodada.”
Luiza custou a entender que tinha que se abrir para as pessoas, que nem todas elas eram indignas de confiança. Apesar de ser difícil lidar com uma situação difícil, ela conseguiu dar a volta por cima e abriu seu coração novamente para o amor.
Arthur entra na escola, como o novo capitão do time, ele chega arrasando o coração das meninas, e adivinha por quem ele vai se interessar? Luiza, claro! De inicio ela tem toda uma resistência com ele, principalmente pelo fato de por culpa dele os dois tenham que enfrentar uma detenção, mas essa detenção foi o ápice para que eles começassem a se aproximar e a se entender melhor. Aos poucos Luiza vai percebendo que deve dar uma chance não só para Arthur, mas também para si mesma.
Vários acontecimentos vão fazendo com que a historia flua. E várias coisas passam pela nossa cabeça tentando descobrir o que realmente perturba a Luiza. Em vários momentos fiquei com raiva da infantilidade da Luiza, em outros momentos queria abraçá-la e parabenizá-la por ter feito a coisa certa.
É maravilhosa a evolução dos personagens, seus medos superados. Notamos nitidamente que com o passar do tempo eles acabam mudando de atitudes, amadurecendo, mudando de pensamentos, aprendendo com os erros. E a amizade que prevalece durante todo o livro é muito linda também.
Poderia ficar aqui durante horas listando tudo que gostei no livro, honestamente... Como falei, apesar de parecer clichê, o livro consegue nos surpreender, o que me fez ama-lo ainda mais.
E lembre-se... “O Amor pode estar onde menos se imagina.”