Precisamos falar sobre o Kevin

Precisamos falar sobre o Kevin Lionel Shriver




Resenhas - Precisamos Falar Sobre o Kevin


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Gustavo Rodrigues 04/01/2021

Impecável
Não dá pra descrever em palavras o quanto que esse livro é bom. Sério, acho que foi o primeiro livro que me deu um puta nó na garganta no final, e que final, meus amigos!

O Kevin tem, desde seu nascimento, uma malícia, uma ruindade, que é muito latente. A autora consegue passar de forma muito crua e real todos os percalços que a Eva passa ao longo da vida do seu filho até o fatídico dia do assassinato em massa cometido por ele.

É um livro que mexe muito com o psicólogo do leitor, e a cada página que passa vai aumentando a angústia/agonia de se colocar na pele dessa mãe. Sinceramente, o livro foi até capaz de mudar um pouco a visão que eu tinha sobre a maternidade/paternidade ser um sonho pra todo mundo.

Por ser escrito em forma de cartas, algumas pessoas podem achá-lo lento, mas não foi o meu caso. A leitura vai progredindo com passar do tempo, e a Eva vai contando desde antes do nascimento do Kevin, passando por sua fase de criança e adolescência.

O livro te traz a plena noção de que tudo caminhava pra uma tragédia, ao meu ver sendo quase que impossível de intervir. E, se fosse possível, precisaria de muito mais do que os pais puderem oferecer.

Como disse no início, eu não consigo descrever em palavras a qualidade que esse livro tem. Só recomendo que leiam o quanto antes e aproveitem cada página.
Alice 04/01/2021minha estante
Quando eu li columbine me despertou interesse em ler esse livro mas adiei a leitura pelos gatilhos. Ainda tenho muita vontade, quem sabe em breve...


Bea 04/01/2021minha estante
Tenho ele encalhado na estante porque o começo é muito devagar (eu achei), mas quero muito ler ele esse ano, só vejo falarem bem dele!!


Renata 04/01/2021minha estante
Que bom que gostou! Esse livro é sensacional mesmo.


Eduardo.Silva 04/01/2021minha estante
Esse livro está no TOP 5 da minha vida, nenhuma leitura me chocou tanto. Eu nunca quis ser pai, mas depois de ler só tiver mais certeza disso


Gustavo Rodrigues 04/01/2021minha estante
Alice, nesse livro o ocorrido em Columbine é muito citado. Quando tiver no seu momento, leia que não se arrependerá.

Bea, achar o início devagar é até normal, mesmo eu não tendo achado. Mas te garanto que vale a pena insistir, porque quando você engrenar na leitura não vai parar de ler.


Gustavo Rodrigues 04/01/2021minha estante
Renata e Eduardo, não tem como ler esse livro e não favoritar. Quem não favorita é porque leu errado ?


Joy 04/01/2021minha estante
Até hoje me pego refletindo sobre esse livro. É incrível e assustador ao mesmo tempo.


Ravene 07/01/2021minha estante
Gustavo, se vc chegou a ver o filme de mesmo título, vc achou semelhante ao livro? O filme é incrível


Gustavo Rodrigues 07/01/2021minha estante
Ravene, ainda não assisti ao filme, mas pretendo em breve.


NatyNatalia 12/01/2021minha estante
Final surpreendente!


Lys 14/01/2021minha estante
Eu vi o filme, mas ainda não tive oportunidade de ler o livro. Você já viu o filme? Sabe se é bem adaptado? Amei sua resenha!! Me deixou com vontade de ler!! ?


Gustavo Rodrigues 14/01/2021minha estante
Lys, ainda não vi o filme, então não sei te dizer se é tão bom quanto o livro. Pretendo assistir em breve


Rute.Lessa 15/01/2021minha estante
Esse livro é perfeito!


anne 22/02/2021minha estante
Surtei agora, vi o filme e estou doida para ler o livro. Acredito ser bem mais profundo. Sempre é.


Lorena219 10/03/2021minha estante
Já comecei uma 800x e desisto, como faz pra passar do começo? Meu sonho chegar na página 50 e seguir em frente.


NatyNatalia 11/03/2021minha estante
Lorena, o plot vale super! Seja forte!


Lorena219 11/03/2021minha estante
Vamos que vamo. Esse ano sai.


Sabrina.Lima 10/09/2021minha estante
Chocada!!


Mhy 16/10/2021minha estante
Eu ainda estou na página 36 do livro... Comecei agora, e sim estou achando ele um pouco lento. Mas já vi tantas pessoas falando do quão bom esse livro é que não irei parar de ler e chegar ao fim dessa história...


Renata 28/11/2021minha estante
Acabei de ler, mas quero fazer uma segunda leitura desse livro espetacular e chocante. Depois de conhecer o final surpreendente, quero reler para prestar atenção em detalhes que talvez tenham passado batido na primeira leitura.


Clara 16/03/2022minha estante
Tive as mesmas impressões que você, Gustavo. O final é agonizante. Enquanto lia, imaginei as cenas, e o que eu senti, nenhum filme de suspense me fez sentir. Chocante é a palavra!


Thayla.Ravelle 09/04/2022minha estante
O livro é de algum caso real?


Marli Angelotti 21/05/2022minha estante
Eu não gostei,achei decepcionante.


Blast980 22/08/2022minha estante
Onde fica o botão pra ler o livro ?????


Marli Angelotti 22/08/2022minha estante
Eu achei o filme bem melhor que o livro.


Dias 27/09/2022minha estante
Fiquei com receio de ler este livro, depois de indicações de amigos que já leram, vou começar esta leitura e torço para ter o mesmo impacto que eles.


Wisley.Emanoel 16/02/2023minha estante
Krlh MN que livro bom, nem consigo descrever como esse livro é bom


Mannu9 28/02/2023minha estante
Pra mim tá sendo um parto ler esse livro, o começo é muito arrastado e lento com informações muito irrelevantes (na minha opinião)


Mannu9 28/02/2023minha estante
Pra mim tá sendo um parto ler esse livro, o começo é muito arrastado e lento com informações muito irrelevantes (na minha opinião)


skuser02844 17/05/2023minha estante
como faz pra ler?


vittyz 12/12/2023minha estante
Assisti o filme e, sem dúvidas, se tornou o meu favorito, o que me fez colocar muita expectativa no livro. Até o momento, estou gostando da leitura; não me parece lenta, na verdade soa muito bem desenvolvida e detalhada, mas de algum modo, objetiva.

A história em si é surreal e te prende de uma maneira que você passa a odiar piscar os olhos, apenas para não perder um segundo sequer do que está acontecendo.


Kelma8 07/01/2024minha estante
Nossa, o começo do livro está bem complicado. Parece que a pessoa não fala nada com nada, está bem lento a leitura no começo.




Helder 10/02/2012

Preciso me livrar de Kevin
Há tempos queria ler este livro, mas não imaginava que a experiência seria tão dolorosa.
Foram 6 dias sofrendo junto com Eva. Nunca havia lido um livro que descrevesse sentimentos de uma maneira tão arrasadora. Entramos na mente de Eva, e quando vamos ver, Eva e Kevin estão dentro de nós. . É dificil acreditar que esta estória não seja real. Me pergunto até agora como que a autora conseguiu criar personagens tão reais.

Eva era uma mulher bem sucedida em suas aventuras, e que por um amor extremo a seu marido, resolve embarcar numa nova aventura: Ser mãe. No inicio do livro temos muita raiva de Eva. Seus motivos para ter um filho parecem muito fúteis. É exótico; não se sentir só; se seu marido morrer, ter alguém para contar e para sofrer junto; porque todo mundo tem filho, então também devemos ter um.
Mas após ficar grávida, ela começa a se perguntar se realmente era aquilo que queria, e parece que vai ficando mais sórdida.

Já reparou quantos filmes retratam a gravidez com uma infestação, uma colonização sub-repticia? O Bebe de Rosemary foi só o começo. Em Alien, um extraterrestre nojento sai da barriga de John Hurt... Nos filmes de horror ou de ficção cientifica, o anfitrião é consumido ou despedaçado, reduzido a uma casca ou resíduo para que alguma criatura de pesadelo possa sobreviver

Desculpe, mas não fui eu que inventei estes filmes, e qualquer mulher cujos dentes tenham apodrecido, cujos ossos tenham perdido massa, cuja pele tenha ficado marcada sabe o alto preço que tem de pagar por levar um sanguessuga durante nove meses dentro da barriga

Durante o tempo todo que estive grávida de Kevin, combati a idéia de Kevin, a noção de que eu havia sido rebaixada de motorista a veiculo, de proprietária para o imóvel em si. (todos trechos da pagina 76).

Para mim que sou pai, e cuja experiência junto a minha mulher foi algo maravilhoso, dá uma raiva tremenda ler algo assim. Às vezes dava até vontade de parar a leitura. Mas sou teimoso e continuei, e ai chegou Kevin. Aquela criança extremamente chata. Nada lhe fazia feliz, e por incrível que pareça, desde pequeno ele parecia ter duas caras. Com a mãe era um capeta. Com o pai, era uma criança maravilhosa.
Mas como aceitar que seu filho seja mal? Franklin, era completamente cego de amor por aquele menino. Eva não tinha a mesma sensação, mas mesmo assim, não conseguia acreditar que seu próprio filho tivesse uma maldade inata.
Mas o tempo vai mostrando os sinais. E isso vai nos afetando. Os mapas, acidentes com vizinhos, jogar pedras em carros na estrada, masturbações com a porta aberta.
Mas Eva ainda tinha uma dúvida: O que era sentir amor materno? E ela decide tentar de novo. E vem a meiga Célia, e com ela, Eva consegue realizar aquilo que faltava para sim. Ela mostra que não é só frieza. Mas Kevin lhe avisa: Você vai se arrepender.
No capitulo dos mapas, eu quis matar Kevin. Aos meus olhos, Eva foi redimida de todos os seus pecados após aquilo. Mas a autora queria muito mais, e nos leva ao fundo do poço junto com Eva. E ao chegarmos ao final, não tem como não ficar com lágrimas nos olhos. Por tudo o que Eva perdeu.Pelo amor de Eva e Franklin. Por não sabermos o real motivo, ou, no meu caso, acreditar que no fundo o motivo de tudo tenha sido Amor. O mais estranho amor, mas com certeza um amor.
O depoimento de Kevin no documentário me disse isso.
Não tenho o talento de Lionel Shriver para descrever sentimentos, portanto só posso dizer uma coisa: Se para você, um livro é mais do que pura diversão. Se você busca talento e algo que traga uma mudança para sua vida, este é o livro. Algo incorporou em Shriver para escrever este livro. E isso vai ficar em você.
Após 6 dias de via crucis, terminei o livro e me senti órfão. Que vontade de abraçar Eva em toda a sua solidão e deixá-la chorar muito. (Tenho a impressão que em nenhum momento do livro ela chora). Que vontade de receber as respostas de Franklin. (Como pai, chorei muito ao imaginar a sua cara de frustração ao perceber o quanto sonhara com a America Ideal). Que vontade de abraçar Kevin e fazê-lo perceber que tudo podia ter sido diferente e que existem maneiras muito mais simples de demonstrar um amor.
Como pano de fundo de tudo isso, um terrível estudo sobre os crimes juvenis nos EUA. Parece que de vez em quando ouvimos falar de algo assim, mas as estatísticas reais são muito mais assustadoras.
Para encerrar meu ciclo de Kevin , e tentar retirá-lo de meu pensamento, fui assistir ao filme. Não chega aos pés desta obra prima que é o livro. Lá, não encontrei os sentimentos diversos que existem aqui. Ficou tudo reduzido a só maldade.
Mas não foi isso que o livro me passou. Leia a tire suas próprias conclusões. Este não é um livro para resenhas. É um livro para fórum, pois dá vontade de discutir cada pagina.
Parabéns a Editora Intrínseca, que dessa vez não fez propaganda enganosa e ao trabalho incrível de tradução de Beth Vieira e Vera Ribeiro. É a primeira vez que vejo um livro com dois tradutores. Só pode mesmo ser um grande texto!
DIRCE18 11/02/2012minha estante
Helder, confesso que já coloquei esse livro ns vezes na minha cesta de compra no submarino, e cabei desistindo por medo da sensação que o livro poderia provocar. Você descreveu também suas sensações que me deixou entre a "cruz e a espada": ler ou não ler , eis a questão.
Parabéns pela resenha.


jota 13/02/2012minha estante
Muito boa sua resenha, Helder. Estou com o livro na minha fila de leituras (imensa). E ele está bem lá no fim dela (entre 60 e 80, por aí). Não tem importância. Sendo tão bom como você coloca aqui, é atemporal, não? Abraço virtual, Jair


Ju Furtado 07/04/2012minha estante
Helder, fica praticamente impossível falar alguma coisa sobre este livro depois da sua resenha, que me emocionou muito.
Também "preciso me livrar de Kevin"... Você disse tudo, até porque a emoção muitas vezes fala por nós...


Maressa 18/12/2012minha estante
Parabéns pela resenha,esse é um livro muito difícil para "digerir". Eu também não me contive e assisti ao filme - tive a mesma impressão. Uma grande história reduzida a uns poucos flashes. E sabe que eu não havia reparado no fato para o qual você atentou: Eva realmente não parece chorar!


Emily 08/01/2013minha estante
Excelente resenha!Fiquei ainda mais interessada em ler a obra.


vanessa 22/07/2013minha estante
Também preciso me livrar de Kevin. Continuo chocada com o final que li uma hora atrás,e acho que ficarem chocada pra sempre. Ótimo livro e muito boa resenha.


hassdc 14/02/2014minha estante
"não imaginava que a experiência seria tão dolorosa". Concordo totalmente. E em paralelo eu estava lendo Jogos Vorazes (li que adorou também), ou seja, tive uma semana meio pesada hehehe.
Ótima resenha!


Helder 17/02/2014minha estante
O tempo vai passando e mais gente vai sendo pega por Kevin. Após dois anos, continuo sentindo esta família ao meu redor, e posso dizer que este é um dos melhores livros já escritos.


Ellen 18/02/2015minha estante
Muito boa sua resenha! Realmente é um livro muito denso. Acabei de ler e não consigo parar de pensar, dá muita vontade de discutir com alguém sobre cada passagem.
As nuances dos sentimentos e pensamentos de Eva são chocantemente reais e isso só dá ainda mais valor e verossimilhança à obra.
É um livro que nos faz pensar sobre muitas coisas... Altamente recomendado.


Priscilla 09/06/2017minha estante
Algo que me marcou bem nesse livro foi a relação entre mãe e filho e o casamento após o nascimento do primeiro filho. Em uma passagem do livro, Eva fala que imaginou que a ligação com o filho viria "de graça", de forma automática, mas não foi o que aconteceu entre ela e Kevin. Essa dura realidade (realmente não sei como a autora criou personagens tão reais. No começo do livro tinha que ficar me lembrando o tempo todo que essa história era ficção e não uma biografia) me fez refletir sobre a maternidade, que pra mim se apresentava como algo "automático", costumeiro, natural, sem necessidade de reflexão sobre como será o relacionamento com os nossos filhos se eles não se enquadrarem nas nossas expectativas (mentais, físicas, sentimentais..), como ocorreu com Eva e Kevin.
O papel de Franklin de pai "cego" por um filho ideal, que aparentemente só existia em sua mente, acabou deteriorando a relação que tinha com Eva, pois a desautorizava diante do filho e nunca acreditava em suas opiniões e impressões sobre o caráter do filho. Ao mesmo tempo, a própria Eva admite que rejeitou o filho desde o momento de seu nascimento, o que com certeza influenciou no relacionamento que se desenrolou a partir de então.
O ato de Kevin permanece sem uma explicação explícita no livro, durante a história entendi que ele estava sendo tratado como psicopata, pois parecia não nutrir qualquer tipo de sentimento, remorso, compaixão, etc, mas ao final o livro deixou entreaberta a possibilidade de ser um garoto confuso e mau, que não enxergava qualquer sentido na vida, e por isso tomou essa atitude. Fiquei surpresa em saber que Kevin também havia matado seu pai e sua irmã, foi algo que me deixou verdadeiramente triste e sem respostas em saber porque deixou somente a mãe viva para enfrentar e sofrer todas essas perdas. Talvez houvesse uma relação de amor e ódio com a mãe desde o início de sua vida que acabou desaguando nesse final trágico. Acabei de descobrir também que essa história não é baseada em uma história real, mas sim num conjugado dos casos de matança na escola que ocorreram nos EUA.
Ainda não assisti o filme, mas tenho certeza que não vai conseguir reproduzir a variedade e a profundidade dos sentimentos e das reflexões que existe no livro.


Catarina 13/10/2017minha estante
perfeita sua resenha, passei por tudo isso especialmente concordo com isso "Por não sabermos o real motivo, ou, no meu caso, acreditar que no fundo o motivo de tudo tenha sido Amor. O mais estranho amor, mas com certeza um amor." terminei o livro ha 1 semana e ainda to obcecada por ele , como me livrar de kevin?kkkkk e como alguem falou ai so nao dei 5 pq parece q fui atropelada por um caminhao! assim como vc em seguida vi o filme mas é um decimo do sentimento do livro.


Bia 02/04/2020minha estante
Como faço Ler ele? Não estou co seguindo


Helder 02/04/2020minha estante
Eu acho que este livro não é para todos. Pra mim foi uma obra de arte que li em 6 dias. Muita gente desiste. Eu acho que vale a pena.


Myrinha 08/04/2020minha estante
O que dizer sobre Kevin?
Tinha muita curiosidade e receio de ler esta obra. E foi uma experiência avassaladora. Não sei se pelo fato de ser mãe, vivi intensamente cada página e pude permear entre os mais diversos sentimentos.
Um livro intenso, dilacerante e
Parabéns por sua resenha.


Helder 08/04/2020minha estante
Myrinha, Eu acho que ser pai ou mãe faz toda a diferença nesta leitura. Qdo li meu filho tinha 3 anos e já era meu bem mais precioso, ai me doia demais ler este livro e ver pensamentos tão diferentes daquilo que eu sentia.


laloarauxo 23/04/2020minha estante
Excelente resenha. Vou considerar a aquisição do título.


Savyo.Davi 06/06/2020minha estante
Como faz para ler alguém me ajuda


Savyo.Davi 06/06/2020minha estante
N conseguir ler nenhum livro


Savyo.Davi 06/06/2020minha estante
Baixei ele hj


Savyo.Davi 06/06/2020minha estante
Ajuda?


Milena 18/06/2020minha estante
O livro realmente é incrível, sofri com Eva ao longo de 1 semana e depois por mais 3 dias até absorver o que tinha lido...


beca 25/06/2020minha estante
Chorei por 10 minutos inconsolávelmente depois que terminei de ler ele, a poucas horas. Esse livro é com certeza o meu favorito de todos agora! sensacional.


Monica.Alves 23/07/2020minha estante
Precisava de alguém pra conversar sobre o final desse livro pois não consegui digerir. Não o óbvio porque eu adivinhei lá pelo meio do livro, mas o final não óbvio, os sentimentos de Eva com relação ao Kevin no final.
É um livro que te deixa com sensação de morte durante a leitura, frio na barriga, sensação de estar caindo. Muito pesado mesmo.


Milena 23/07/2020minha estante
Muito pesado... e acho q o fato de ser mãe, mexeu mais ainda comigo... o fato de amar tanto uma pessoa a ponto de conseguir manter contato, mesmo depois de tamanha atrocidade... não sei se Eva perdoou Kevin... não sei se eu perdoaria...


Helder 23/07/2020minha estante
Este realmente é um livro muito especial né,? É incrivel como a autora consegue mexer com a gente com tantos sentimentos diversos! Vendo aqui que faz 9 anos que fiz esta resenha, e até hoje ainda me lembro das sensaçoes trazidas por Eva e Kevin.


Jane.FAlix 26/09/2020minha estante
Esse livro me chocou fortemente. Demorei dias, meses pra que a história não voltasse vez ou outra a minha mente.


Helder 26/09/2020minha estante
Jane, uma vez lido, nunca mais nos livramos do Kevin.


Jane186 19/09/2022minha estante
Resenha perfeita! Disse exatamente tudo que senti ao ler essa obra-prima. Ainda estou muito impactada. Assisti primeiro ao filme, mas ao meu ver tem muitas lacunas, nem de longe expressa toda a gama de sentimentos dos personagens. Por isso quis muito ler o livro, que dá de 10 no filme. Admito que será difícil tirá-lo da cabeça por um bom tempo.




Rosangela Max 21/04/2021

Surpreendente.
História muito diferente do que eu imaginava.
Estava esperando o relato, mesmo que fictício, sobre o desenvolvimento de uma criança até ela se tornar um assassino adolescente, mas é bem mais complexo que isso.
A mãe é chata, egoísta, egocêntrica, adora criticar e julgar os outros. Afinal, é um perfil nu e cru de uma pessoa cheia de defeitos, descontruindo aquela imagem romantizada de mãe amorosa e dedicada.
A primeira impressão que tive é de que a personagem principal aqui é a mãe e o filho assassino fico em terceiro lugar, porque em segundo fica a relação que os pais tinham entre eles. Quando, na verdade, o filho sempre foi o centro de tudo.
Sem dúvida a historia foi bem construída. Embora tenha se tornado interessante mesmo pra mim perto da metade.
Recomendo a leitura para quem curte um drama não clichê.
Denis Linden 25/04/2021minha estante
Tenho esse. Vou priorizar ele baseado no seu comentário.




Bel 01/07/2013

Recomendo.
Comecei a ler Precisamos Falar sobre Kevin no verão, mas acabei enjoando daquele começo um tanto quanto chato, parei de ler e dei valor aos outros livros que eu queria ler no verão. Em março, lembrei dele e retomei a leitura. Parecia até magia: devorei o livro em menos de 3 dias. O livro já tem sua versão cinematográfica (que também é boa), mas não me surpreendi em saber que o livro é melhor.




Em “Precisamos Falar sobre o Kevin”, nos deparamos com Eva, uma mãe que surpreendentemente não ama seu filho. Claro, claro que existem inúmeros poréns – Kevin é uma peste e também não a ama, Kevin é mal educado, Kevin é o demônio – mas por mais que ela tente, ela simplesmente não consegue estabelecer uma ligação afetiva com seu filho, o que resulta no afastamento de Eva do seu amado marido, Franklin.
O livro é um pouco cansativo no começo, as primeiras 100 páginas passam devagar e a empolgação para ler o livro quase acaba. O livro é escrito através de cartas de Eva para Franklin, contando por tudo o que ela havia passado e se perguntando se algo poderia ser evitado, caso Franklin tratasse Kevin de outra forma. Em diversos momentos do livro eu me perguntei o que poderia ser implicância e cisma de Eva com Kevin e o que realmente poderia ser culpa do Kevin. É um livro para se pensar, acima de tudo. Mas precisa-se de coragem e um bom embasamento e estabilidade emocional para a leitura, tendo em vista que o livro traz à tona diversos questionamentos familiares e até mesmo psicológicos.
O livro retrata a maldade propriamente dita. Fria, cruel e calculista. Uma maldade que muitos não acreditam existir simplesmente por medo de acreditar.

“Ainda que eu não estivesse reclamando, o silêncio de Kevin possuía uma qualidade opressora. Primeiro porque era um silêncio de verdade — total, de bico calado, despido dos gorgolejos e gritinhos que a maioria das crianças emite enquanto explora o metro quadrado infinitamente fascinante de seu cercadinho de náilon. Depois porque era inerte. Embora já soubesse andar — algo que, como todas as outras habilidades vindouras, ele aprendeu sozinho — não parecia haver nenhum lugar em especial aonde ele quisesse ir. De modo que sentava no cercado ou no chão durante horas, os olhos apagados se movendo com um descontentamento desfocado.”

Por mais que Kevin seja odiado pela maioria dos leitores, eu não o enxergo como um monstro de má índole e mau caráter. Eu o vejo como um compreendedor do mundo desde pequeno, e talvez por isso, tenha agido da forma que agiu – tanto com a mãe e a irmã, como com os colegas e “amigos”. Kevin, na minha opinião, é uma pessoa amargurada e cansada da sociedade e dos julgamentos que ele via ao seu redor desde cedo. Sua atitude principal relatada no livro, nada mais é do que uma forma que ele procurou para chamar a atenção de Eva mais uma vez. Clamando alguma mudança, algo inexistente no mundo em que vive. Assim que eu o vejo: uma pessoa que, apesar de tudo, ainda queria ser salva.
No mais, eu recomendo a leitura. É um bom livro, mas nas condições que eu citei anteriormente: “É um livro para se pensar, acima de tudo. Mas precisa-se de coragem e um bom embasamento e estabilidade emocional para a leitura, tendo em vista que o livro traz à tona diversos questionamentos familiares e até mesmo psicológicos.”

site: http://www.alguminfinito.com.br/
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Bruna Suelen 18/08/2020

A quinta-feira
O livro é em forma de cartas que a narradora escreve para o marido. Nelas, o desabafo principal é sobre a maternidade e sua relação complexa com o filho Kevin.

Kevin sempre foi uma criança apática, sem interesses, sem empatia, sem vontades, maldoso. Vivia num cabo de guerra com sua mãe, ao ponto que com seu pai agia de forma dissimulada. Aos 16 anos Kevin Khatchadourian no dia 8 de abril de 1999 assassinou 9 pessoas de sua escola.

A narrativa é lenta mais vale a pena, parece que a autora não tem a menor pressa de contar a história, então ela a destrincha minuciosamente essa relação de mãe e filho. Ao final da leitura eu me senti esgotada. Eu li bem devagar, ele demandou paciência e reflexão.
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Ivan 23/06/2022

Uma família destruída
"Precisamos falar sobre o Kevin" é um livro da autora Lionel Shriver, publicado no Brasil em 2007. A autora é americana, nasceu em maio de 1957 com o nome de Margaret Ann Shriver, mas mudou para Lionel por achar este nome mais sonoro.

Um curiosidade sobre o livro é que ele foi recusado por vários agentes literários e mais de 30 editoras. Mas hoje é um livro premiado, traduzido em diversos países e com uma versão para o cinema.

Kevin Katchadourian, três dias antes de completar 16 anos, assassina sete colegas, uma professora e um funcionário em sua escola. Era uma quinta-feira, 8 de abril de 1999.

Quase dois anos depois, Eva Katchadourian, mãe de Kevin, escreve várias cartas para seu marido Franklin. Similar a um diário, suas cartas tem um tom de desabafo, com objetivo de relembrar e analisar a trajetória da vida da família. Nas cartas, procura analisar os motivos da tragédia que criou um caos sua vida e na de sua família. Aterrorizada por suas lembranças, Eva faz um balanço de sua trajetória onde analisa casamento, carreira, família, maternidade e o papel do pai. Eva não poupa palavras duras e verdades cruéis, afinal ela não tem mais nada a perder.

Kevin Khatchadourian é um personagem complexo e misterioso. Um garoto realmente incomum. Uma pessoa fria, calculista, cínica e manipuladora, mas que possui uma inteligência fora do comum e grande autocontrole. Kevin intriga e surpreende a todos.

Eva também é uma personagem interessante e complexa, mas diferente do Kevin, ela é um pouco mais real. Como suas dúvidas e sentimentos são completamente expostos nas narrativas é mais fácil entende-la. Eva inicialmente não queria ter filhos, ao contrário do seu marido. Toda a história dela com o Kevin é uma busca por querer se sentir mãe e não conseguir, diferente do pai que finge que a família é perfeita. A personagem da Eva é explorada sob uma perspectiva pouco comum, como a incerteza dos sentimentos que ela nutre pelo filho. E Kevin parecia sentir o mesmo em relação a ela.

A história deixa dúvidas quanto à influência da criação. Kevin tem um pai pouco presente e uma mãe que não lhe garante carinho materno. Será que seu lado sociopata desabrochou durante a sua infância, pela forma como foi criado, ou será que ele já nasceu assim ? A obra entrega várias interpretações e junto, a liberdade para criar teorias acerca do relacionamento entre menino e seus pais. Não há resposta fácil para essa pergunta.

Inicialmente parece ser apenas um livro sobre um adolescente que cometeu um massacre na escola, mas é muito mais sobre uma família que foi destruída. Na prática, apresenta uma visão abrangente das consequências dos atos de Kevin, dos sentimentos de Eva sobre a situação e de toda a história da família, desde o começo até tragédia

A autora Lionel Shriver esmiúça a convivência de Eva e Kevin, mostrando a pouca vocação materna da primeira e o comportamento sempre errático e imprevisível do segundo. O livro mostra a mãe tentando equilibrar as relações familiares com seus compromissos profissionais, com a limitada participação do pai na educação dos filhos.

Embora toda a culpa pareça estar sendo jogada sobre a mãe, o pai de Kevin parece ter uma responsabilidade maior. Na minha visão, Franklin foi uma decepção, apresentando sempre comportamentos que traziam prejuízos emocionais tanto para Eva quanto para Kevin.

O livro é denso, muito bem escrito, porém de uma leitura lenta e carregada de uma grande carga emocional . Achei bem cansativo nos primeiros capítulos. Leva um tempo para entrar na história. Só depois da metade que começa a fluir melhor. Apesar disso, essa primeira parte é muito importante para a construção da trama e o entendimento do massacre.

Uma literatura pesada que trata de temas delicados, recomendada para quem aguenta fortes emoções. Estimula discussões sobre culpa e empatia, retribuição e perdão nas relações familiares, e nos leva a debater uma questão tenebrosa: é possível não gostar dos nossos filhos?
Marli Angelotti 23/06/2022minha estante
Eu realmente não gostei desse livro.


Ivan 23/06/2022minha estante
Principalmente o começo do livro é bem parado ?




Nado 30/06/2020

Denso
Pesado, reflexivo, denso, chocante, agustiante. Dentre tantas classificações, impactante é o termo que não pode falar. Precisamos Falar Sobre o Kevin é aquele tipo de obra que te acompanhará por muito tempo.
Recomendo a leitura (veemente).
edu basílio 30/06/2020minha estante
livraço, né... apesar da nobre presença da tilda swinton, em minha opinião o filme saiu horrendamente pela culatra...




Jamille64 02/06/2021

O livro tem uma linguagem pesada tanto no quesito escrita, quanto no assunto. Na maioria das vezes, eu me sentia a mãe dele, e nas outras vezes tinha medo de um dia ser essa mãe. Mas enfim, nunca mais lerei um livro do Lionel Shriver novamente, mesmo que eu tenha gostado, a escrita não faz o meu tipo.
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Jow 13/05/2011

Qual o limite do ser humano?
"Queria checar os limites da realidade. Estava curioso em ver no que ia dar. Isso é tudo: apenas curiosidade" Jim Morrison

Sempre me fascinou explorar o lado escuro dos personagens, compartilhar de seus dramas e seus dilemas e vasculhar o passado de cada um como forma de provar que cada indivíduo envolvido na história é produto de um meio que, positiva ou negativamente, contribuiu demasiadamente para a formação de seu caráter, seja ele desviado ou não. De certa forma, as mentes doentias do mundo são interrogações para quase todos nós. É necessário compreender conceitos em psicologia e sociologia, avaliar o desvio de cada um, para finalmente chegar-mos a um perfil que, sacie a nossa sede para responder o famoso “porque”?! Até hoje, nunca tinha encontrando uma obra tão conflitante como “Precisamos falar sobre o Kevin”. É um livro irresistivelmente tenso, que detalha psicologicamente cada ato, para que o mínimo fato acontecido se transforme num elo para a busca de respostas.

“Precisamos falar sobre o Kevin” é um retrato de uma família americana “modelo”, onde nada é o que parece ser. Uma superficialidade tomada por alguns como comum na sociedade americana é responsável por destruir a vida de muitas famílias, inclusive da narradora, Eva. É um livro que crítica pesadamente o modo de vida americano, o modo preconceituoso e altruísta de pensar, e que explora a vida familiar de um povo que aos passar dos anos, se acostumou a viver sob a ótica de terrorismos sociais.

Confesso que Kevin é um verdadeiro divisor de águas nas minhas leituras. Não me lembro de encontrar um personagem tão macabro, que por mais que tentemos não conseguimos encontrar um mínimo resquício de bondade. É uma garoto que desde seu nascimento gera no leitor um sentimento de repúdio, de desprezo de estorvo. As narrativas de Eva são um esplendido diário do sofrimento de uma mãe que não conseguia compreender seu filho, que idealizou um fruto perfeito, mas que perdeu o controle da realidade no momento em que Kevin veio ao mundo.

O livro possui uma narrativa estarrecedora, a cada carta, Eva relata a história do seu filho que, por conseqüência, se entrelaça com a sua própria. Narra os medos quando recém-casada, a angústias, uma gravidez indiretamente indesejada, um nascimento penoso e o desenvolvimento de uma criança que dá, ao longo de sua infância, todas as pistas de uma mente doentia. Não se trata, portanto, de algo que se possa ler em um dia e esquecer no outro. Por incontáveis vezes, despertei um ímpeto de abandonar a leitura tamanha a repulsa não só por Kevin, mas também por Eva.

Em meio a esse poço de desespero ainda encontramos algumas alegrias na obra, o nascimento de Célia vem pra sensibilizar o coração do leitor, com uma personagem frágil, cativante e totalmente oposta do irmão. Mesmo sabendo da tragédia que a cada página se tornava mais eminente, eu vi em Célia a salvação de uma família desestruturada, e torcia desesperadamente para que aquela frágil criatura despertasse o amor naquelas almas tão sedentas.

Próximo do fim, o livro deságua nas memórias mais dolorosas de Eva, nos momentos em que ela realmente mostra ao seu marido Franklin (um eterno defensor de Kevin, cegado pelo desejo de ser pai) a verdadeira natureza de seu filho, e ai construindo lentamente a teia que levaria a um ato totalmente inescrupuloso e imperdoável.
Finalmente vemos as luzes em meio as trevas de kevin, sabemos as conseqüências de seus atos e mais uma vez o “porque” fica pulsando na nossa mente. Ao meu ver, Kevin era um caso perdido, um Psicopata nato, que veio ao mundo odiando a própria vida. Um perfeito retrato daquilo que a sociedade tenta desesperadamente esconder, mas que ela mesmo cria. Fiquei realmente pesaroso ao terminar o livro, encontrei o primeiro personagem que não teve o meu perdão, que conseguiu mexer nos mais profundos conceitos que trago em minha vida, e que mostrou que dinheiro, e uma vida confortável não são tudo nessa vida.

Kevin ainda me surpreende, mesmo no momento em que torço brutalmente para que ele pague por tudo aquilo que fez. E talvez eu encontre um “porque” nisso tudo, no momento em que ele não consegue responder a pergunta de Eva é que eu tenho a resposta para a minha pergunta: O ato de Kevin, foi uma busca desesperada por amor, por compreensão, mas também puro egoísmo. Afinal, tudo o que ele queria era acabar com tudo aquilo que era importante para Eva, para que no fim, quando ela perdesse tudo e todos, sobrasse apenas um fio de sua antiga vida, ele... Kevin! Para que assim, ele pudesse fazer o ultimo teste em sua mãe: O dom do perdão.

Luh Costa 13/05/2011minha estante
INCRIVEL!
Quero muito ler esse livro!Deve ser marcante.


Fran Kotipelto 14/05/2011minha estante
"Eu não diria nada a eles, eu só os ouviria, e foi isso o que ninguém fez" Marilyn Manson

Sua resenha como sempre incrível, impressionante como você consegue comprimir as ideias centrais das obras que lê, sem permitir que nada escape! Parabéns.


Alan Ventura 16/05/2011minha estante
"(...)que idealizou um fruto perfeito, mas que perdeu o controle da realidade no momento em que Kevin veio ao mundo."

Livro genial,resenha genial. Parabéns!


maah 17/07/2011minha estante
é...o kevin é um garoto surpreendente.Surpreende desde o inicio de sua vida ate o fim, as barbaridades que ele pratica deixa a gente com um misto de ódio e admiração. Ódio pelos atos sórdidos admiração por tamanha inteligencia que infelizmente ele usa para o mal.


Ynara 08/02/2012minha estante
acabei de ler o livro, por causa da adaptação para o cinema. lendo tardiamente seu comentário, o seu último parágrafo é justamente aquilo que eu queria por em palavras. a pessoa que Kevin mais "machucou" foi a única que ele fez questão de poupar (detalhe visto na entrevista que ele dá na televisão). causa empatia até. ótima resenha.


Tatiana 18/04/2012minha estante
pretendo ler em breve. mas lendo a sua resenha me lembrei do "anjo mal", jamais tinha me deparado com personagem tao cruel e frio. parece que kevin é ainda pior...


DIRCE18 28/03/2013minha estante
Gostei muito da sua resenha,Jow, mas não acredito que Eva conseguiu perdoar Kevin. Ela só precisava de uma "válvula de escape" para não enlouquecer.
Parabéns! Você escreve muiiiito bem.


Marcela 20/01/2015minha estante
Ótima resenha.
Realmente esse foi uns dos livros mais desafiadores que já li. Excelênte livro que a cerca das 463 páginas discute três tabús que ainda são nitidos em nossa sociedade. Creio que a maneira brusca e sem escrúpulos de Eva ao citá-los foi o ponto forte da narrativa.
De qualquer forma, você descreveu muito bem o que eu senti ao terminar esse livro, ao mesmo tempo a sensação que passa é que prezamos tanto por um ideal, seguimos minuciosamente um roteiro, mas, em troca de que? Porque é tão louvável?


Ellen 18/02/2015minha estante
Excelente resenha. Você resumiu bem o que para mim também foi a "razão" de Kevin para tamanha barbaridade. Mas tb acredito que a questão central do livro é "Kevin nasceu assim ou foi culpa de Eva"? E depois da leitura, realmente, não acredito que dê para responder exatamente...




Livia 07/04/2021

O livro é formado por cartas onde Eva escreve para seu marido como uma forma de contar tudo o que ocorreu sob a perspectiva dela e talvez tentar entender o motivo pelo qual o filho deles um adolescente de 15 anos quase 16 ter cometido um massacre na escola. Enquanto vai contando como tudo ocorreu fala de suas visitas ao Kevin na instituição para menores em que ele está.

Já faz alguns dias que fiz a leitura e não sei como colocar em palavras os sentimentos conflituosos que tive e por esse motivo serei breve.

Foi uma leitura lenta, talvez um pouco arrastada em alguns momentos principalmente no início, mas talvez tenha sido uma das que mais valeu a pena. A autora conseguiu explorar muitas questões na leitura e principalmente desenvolveu muito bem os personagens e os sentimentos deles.

A autora acaba trazendo assuntos muito pertinentes, como por exemplo em relação a maternidade não ser algo que todas as mulheres desejam ( Eva que é a narradora representa isso) a questão da presença do pai na criação ( Franklin achava que o filho não possuía nenhum problema sem contar que dava a entender que era fácil cuidar de uma criança), o ser humano sendo dono da razão por assuntos que não domina ( Eva num dado momento diz que mães são culpadas pelos filhos cometerem massacres nas escolas e aqui está ela na mesma situação delas e vendo e sentindo como é muito mais complicado do que aparenta- outra questão é como a sociedade culpa as mulheres pela criação dos filhos como se elas fossem as únicas responsáveis). E também sobre o Kevin será que ele já nasceu assim? Ou os meios externos influenciaram ?

E esse é o debate da protagonista, uma mulher que não almejava ser mãe mas acabou sendo, e se encontra numa situação em que seu filho é culpado pelo morte de 9 pessoas na escola, a mulher que teve dificuldades em criar vínculos com o filho enquanto o pai achava que estava tudo perfeito. Será que ela é a culpada como todos dizem? Será que existe um culpado? Não seria uma junção de fatores que culminaram naquilo? Teria mudado algo se tivessem tido uma atitude diferente ?

Foi uma leitura que me surpreendeu pelo conjunto todo, com um final que sinceramente não esperava. Possivelmente irei fazer uma releitura e modificarei essa resenha.

O livro contém uns assuntos meio pesados então não sei se recomendo a todos.
Bart 08/04/2021minha estante
Tá vendo aí?! ??????????
????? eu digo que suas resenhas são show!!
Deu vontade de ler novamente kkkkkkk
Esse livro é ph...!!


Livia 08/04/2021minha estante
Obrigada ?
Mas realmente esse livro é espetacular, um dos melhores que já li




Rafa 19/06/2021

Esse livro é sensacional! Escrita impecável. Me senti próxima da dificuldade da Eva com a maternidade... Quando vi o filme me deixou pensativa por um tempo, e agora com a leitura, que tem muito mais detalhes, é perturbador.
Adorei!
Elane.Medeiross 19/06/2021minha estante
Um dia meus favoritos ?


Deysinha 19/06/2021minha estante
Quero muito ler


Augusto 19/06/2021minha estante
Tô pensando seriamente em ser minha próxima leitura


Rafa 19/06/2021minha estante
Virou um dos meus favoritos também! Leiam, vale muito a pena. Uma escrita bem envolvente.




Gabriela Paulino 22/08/2021

Vou usar uma expressão que vi em alguma resenha por aqui: esse é um livro difícil de "entrar". As primeiras cinquenta páginas são um desafio que após vencido entregam um prêmio muito satisfatório. Alguns podem achar a escrita muito lenta, mas eu considero que ela está na medida certa para contar o desenrolar dos fatos com o nível de detalhamento necessário à situação. Entrou pra minha lista de favoritos, me emocionei muito com o final e volta e meia pego meu exemplar para reler minhas marcações. Não se assuste com o começo complicado, vale muito a pena continuar!
Nathalia 22/08/2021minha estante
Você conseguiu me fazer querer tentar ler esse livro de novo kkk. O começo e muito maçante e não entendi nada e achei que fosse a única e tava me julgando por isso.


Gabriela Paulino 22/08/2021minha estante
Sugiro você tentar sim, viu! Ele realmente é complicado no começo, eu lia um parágrafo quase dormindo KKKK mas depois da página 50 mais ou menos as coisas ficam muito interessantes, vale a pena dar uma chance




Jardim de histórias 01/07/2023

Uma trama ficcional que se confunde com a realidade!
Um livro intenso, pesado e extremamente visceral. Porém, infinitamente necessário para uma reflexão sobre família, principalmente no que se refere à educação de nossos filhos, e quanto a desestrutura na base é capaz de interferir no desenvolvimento humano.
 Algumas passagens nesse baita livro, nos incomodará bastante, devido seu contexto desconfortável e agressivo, mas, feito justamente para nos chocar, de forma proposital, seu intuito, é gerar esse conflito pessoal, essa provocação, não somente uma simples reflexão, mas propor um debate sobre comportamento. É impossível não traçar paralelos, por conta de linguagem utilizada e da forma como é utilizada, bem direta e reta, nos permitindo, uma rica ideia do que está sendo retratado na trama.
Certamente essa é uma abordagem profunda, totalmente imersa em um contexto social desestruturante que acaba sendo normalizado. A normalização, ocorre, devido à cortina de fumaça que lançamos por não saber lidar com nossos limites, fingindo desconhecer os resultados gerados devido a falhas que cometemos, por omissão, ignorância, fragilidade e incompetência. 
Embora não seja mencionado claramente o Transtorno Opositor Desafiador o TOD, (CID10 F 91.3), Kevin, apresenta todas as características do distúrbio, onde tem seu comportamento normalizado na maioria das vezes, possivelmente por ignorância o que inviabiliza um acompanhamento terapêutico. 
Na adaptação para o cinema em 2011, foi vencedor do Prêmio BAFTA de Cinema: Melhor Filme Britânico. Em resumo, uma obra essencial.
Jardim de histórias 02/07/2023minha estante
Sinceramente, tanto o livro quanto o filme, me deixaram totalmente impactado. A leitura me trouxe para um lugar obscuro, me fixando em uma espécie de umbral mental. Agora, já o filme, ilustrou perfeitamente o livro. Sad but True




raissz 15/03/2024

Impactante, forte e atemporal
Que livro, meus amigos! eu já tinha ouvido muitas críticas positivas sobre este querido e confesso que estava ansiando muitíssimo por essa leitura!!
é forte, me fez pensar e me tirou o sono! ainda criando muitas teorias sobre o que levou o Kevin a fazer algo assim e sobre a rispidez da Eva, mas apenas LEIAM. me faltam palavras de tão boquiaberta que eu fiquei!!!! L E I A
Juliana 15/03/2024minha estante
Já li esse livro há anos, e penso até hj o que pode ter levado aos acontecimentos. Você já viu o filme?


raissz 15/03/2024minha estante
meu rolê de hj a noite é assitir!! estou até agora tentando digerir essa leitura ?




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