Resenhas - Precisamos Falar Sobre o Kevin

Gustavo.Fortes 16/11/2024

Narrativa assombrosa
Livro muito duro. Uma realidade atroz sob a perspectiva da mãe de um criminoso juvenil. Confesso que muitas vezes não me sentia encorajado a ler, pois é uma estória muito pesada e dramática. Tinha vontade de entrar no livro e chacoalhar aquele pai desconectado com a realidade, um babacao. E, se for feita uma análise fria, a gente só se envolve dessa forma, se o livro for extremamente bem escrito. E isso é indubitável.

nimsay 11/11/2024

Precisamos Falar Sobre o Kevin é uma obra narrada por meio de cartas escritas por Eva para seu marido, onde ela explora suas memórias e reflete sobre eventos passados e presentes, atravessando sua vida pessoal e profissional, abordando sua experiência de maternidade e o trágico ponto central da história: o massacre escolar cometido por seu filho, Kevin.

Com um tom marcado pelo desgaste, saudade, solidão e desabafo, as cartas de Eva revelam suas emoções complexas sobre a gravidez de Kevin. Embora quisesse ter um filho, Eva nunca se identificou com a ideia de ser mãe, e desde o nascimento de Kevin, desenvolveu uma relação de repulsa com ele. Esse sentimento leva o leitor a questionar: Kevin é um psicopata desde o nascimento, ou ele se tornou assim pela falta de afeto materno?

Eva não tenta se inocentar em suas cartas, mas demonstra uma inquietante curiosidade sobre o que teria motivado Kevin a cometer o crime, algo que o próprio filho nunca esclarece.

O livro é pesado, trazendo à tona os comportamentos perturbadores de Kevin desde a infância e culminando no massacre, onde ele tira a vida de colegas, de um funcionário da cantina e de uma professora.

A narrativa é envolvente e bem construída, ainda que lenta em alguns momentos, no entanto, recomendo esta leitura apenas para aqueles com estômago forte, devido aos inúmeros gatilhos emocionais presentes na história.

Fernanda.Fioramont 11/11/2024

Perturbador é pouco
Com um começo mais lento, bem introspectivo e mais focado no relacionamento e passado do casal Eva e Franklin, não fiquei presa nem muito empolgada.
Quando os acontecimentos/narrativa estão mais próximos ao tempo presente (e da fatídica quinta-feira), o clima fica mais pesado, tenso e cada vez mais as atitudes e personalidade inacreditáveis do Kevin aparecem (o que me fez desconfiar um pouco da narradora, baixou o Franklin aqui, desculpa, não me julguem ?).
O final acabou comigo! Juro que em momento algum passou pela minha cabeça acontecer o que aconteceu, fiquei extremamente chocada! ?

lorxna 11/11/2024

São tantas questões
Esse livro é arrebatador, sem mais. tenho muitas opiniões, e elas não chegam a nenhum acordo. enfim, gostei do livro, mas achei ele um pouco lento em algumas partes.

Mairiz 10/11/2024

Difícil entender a psicopatia
Eu li esse livro durante meses. Não foi uma leitura que me prendeu tanto mas ao mesmo tempo o fez.
Achei que conseguiria entender como age um psicopata, porém o livro é sob a visão da mãe, então não mostra o que ele realmente pensa. E também não consegue explicar o porquê dos atos.
O livro me doeu pois sou mãe e a visão de Eva é sempre a de culpa. A culpa sempre nos cerca, afinal tudo que acontece com a criança é culpa da mãe, não é mesmo?
Mas e o pai cego? Será cego mesmo ou só finge/prefere não ver o filho cruel?
O pior é saber que todos os personagens existem na ?vida real?. Pais que ignoram os filhos com a índole ruim; crianças cruéis que se tornam adultos piores ainda. Vítimas como a irmã e mães culpadas como a Eva.
Livro difícil e pesado.

_ingriidmartins 04/11/2024

Em cima do muro?!
Sempre achei que nessa história a Eva (mãe do Kevin) havia engravidado dele por pressão do marido para ter filhos, sabe aquele típico caso do homem que sonha em ser pai e a mulher se submete a isso pra satisfazer a vontade do alecrim? Pois então...
Eis que lendo o livro descubro que a d3sgr4çad4 não só engravidou pq quis, como também foi quem levantou a pauta na relação pra que eles tivessem um filho.
No desenvolvimento da história entende-se que ela realmente comprou a "romantização" que faziam sobre a maternidade na época e que depois de parir, enfrentou a depressão e descobriu que a realidade era mil anos luz de distância do que a sociedade vendia.
Enfim, a questão é que no início senti ód!0 dela, no meio pena e no final fiquei em cima do muro KKKKK
Fiquei surpresa ao descobrir que no fim o próprio Kevin perdeu a convicção em seus próprios atos e já nem sabia mais o pq havia feito o que fez.
É um livro que eu depositei muita expectativa e não me decepcionou. Recomendo!

jubs05 31/10/2024

Quando uma mãe nasce, morre uma mulher?
"[...]Porque, depois de quase dezoito anos, posso finalmente anunciar que estou exausta demais e confusa demais e sozinha demais para continuar brigando, e, nem que seja por desespero, ou até por preguiça, eu amo meu filho. Ele tem mais cinco anos sombrios para cumprir numa penitenciária de adultos, e não posso botar minha mão no fogo pelo que sairá de lá no final. Mas, enquanto isso, tenho um segundo quarto em meu apartamento funcional. A colcha é lisa. Há um exemplar de Robin Hood na estante. E os lençóis estão limpos."

Jacqueline79 31/10/2024

Perfeito
Precisamos falar sobre a maternidade. Sobre mulheres serem obrigadas a ter filhos mesmo não querendo. Mulheres que tem filho por causa do homem. Sobre ausência da paternidade e a compensação dessa ausência em aprovar tudo o que filho faz. Ela era única que sabia o do que filho era capaz. Esse livro não é sobre Kevin e sobre uma mãe casada que vive como se tivesse dois filhos sozinha. Porque marido está ocupado demais.

Luiza144 31/10/2024

Pesado
Se fosse descrever esse livro com uma palavra: pesado. Vi um post comentando o quanto esse livro era bom e pesado e fiquei curiosa. Enquanto lia, não achei que era tão pesado, até chegar no final. Parece que todas as coisas grotescas, tristes, gritantes, horrorosas só entram na sua cabeça quando você tá no 45 do segundo tempo. É como se o peso do livro todo só chegasse nas suas costas no final. Recomendo pela leitura, pela história e pela reflexão, mas não sei se recomendo a qualquer um.

-M 30/10/2024

Que livro bom
Foi muito interessante de ler. Quando terminei não conseguia aceitar que havia acabado e fiquei com ele na cabeça, pensando em tudo o que li. A leitura vale muito, muito a pena

cass.luce 27/10/2024

Esperava mais, mas...
Sempre falavam pra mim que esse livro é muito pesado e tudo mais, mas, depois de ler livros como "saboroso cadáver", eu achei bem fraco na real. Só o final que é um pouco mais explícito, mas eu realmente esperava mais.
Na minha opinião o Kevin é um menino mimado pelo pai, que não deixou a Eva educá-lo. Por sinal, o Franklin é um merda. Ele usou a Eva pra conseguir a "família americana perfeita" que ele tanto sonhava e depois só deixou ela de lado e colocou o filho no pedestal. O que a Eva queria? Quais eram os sonhos dela? Isso não importa!
Quanto ao Kevin, meu deus psicólogo não existe não? Ele visivelmente tem traços narcisistas e não sabe lidar com as emoções dele. Tudo bem que eu tenho certeza que o bosta do Franklin não iria nunca deixar o anjinho dele passar por uma consulta. E assim, ele realmente achava que ele imbatível? Que ele ficaria preso e que as coisas iam ser as mil maravilhas depois disso? Narcisistas. O ego do tamanho do mundo.

Rafaela.Vargas 27/10/2024

Precisamos falar sobre kevin
Que livro perturbador! Tanto que gastei muito tempo para ler
O livro aborda o assunto dos massacres nas escolas realizados por adolescentes de classe média/alta.
A história é contada pela mãe de um deles, ela descreve a relação família e como o Kevin era desde a gravidez até os dias "atuais", dois anos após o crime.

Stephanys27 20/10/2024

Não imaginava esse final!! Fiquei extremamente chocada, pensei que o marido tivesse suicidado pela culpa e que o governo tinha levado a Célia... Mesmo sabendo que ele era ruim na imaginei que seria assim...
Acho que daqui uns dias vou vir fazer uma resenha melhor, ainda tô meio chocada.

@hmhenrique 19/10/2024

Precisamos falar sobre Eva
Já tinham me indicado esse livro fazia tempo, mas não tive a oportunidade de ler. Ao acompanhar alguns reviews daqui, fiquei mais tentado e iniciei a leitura.

Confesso que foi difícil, pois é uma leitura que começa muitoooo maçante e parada. Não sabia exatamente para onde a história caminhava, com tanta informação desnecessária sendo descrita ali. O livro é difícil e monótono demais até a metade. Sim, mais de 250 páginas que são bem difíceis de ler. Confesso que estava bem desanimado, mas após o meio do livro a história realmente toma um rumo bem melhor.

Coitada da Eva, ela nunca quis ter aquele filho e muito menos parece que conseguiu ?aturar? ele no decorrer do seu crescimento. Aqui vemos o relato de uma mãe que sabia exatamente como seu filho era, mas que sempre teve ?vergonha? desse sentimento e preocupações que sentia pelo filho. O pai, cego, sempre fechou os olhos diante do filhinho e deu no que deu.

O final me chocou bastante, não imaginava que aquilo poderia ficar ainda pior. Coitada.

Kevin era desumano e a prova viva que algumas ?crianças? podem sim ter sinais de psicopatia (por mais que muita gente não queira acreditar). Ele era ruim. Asqueroso.

Reitero que o livro poderia ter metade das páginas que tem. Se esse fosse o caso, minha nota seria bem maior!

Bru 16/10/2024

Iniciei esse livro pois queria ler uma coisa real, depois pesquisando vi que era ficção. Mas não decepcionou em nada. Muito bem escrito. Um psicopata nasce psicopata e os sinais estão aí.