Precisamos falar sobre o Kevin

Precisamos falar sobre o Kevin Lionel Shriver




Resenhas - Precisamos Falar Sobre o Kevin


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18/12/2018

Eu não costumo ler o livro depois de ter assistido ao filme – embora faça o oposto com frequência – porque gosto da sensação de descobrir o que vai acontecer ao virar as páginas, e embora já soubesse o final chocante de antemão, descobri que a história não é sobre as matanças do Kevin, mas sim sobre a mãe dele, mais especificamente sobre o mito da maternidade. E isso acaba se perdendo no filme, o que explica o fato de eu não me lembrar de boa parte dele – tudo bem que assisti faz tempo -, dando a impressão que ele foi feito para quem leu o livro.

A história é narrada pela Eva, mãe do Kevin, através de cartas que ela escreve ao marido ausente. Nelas, ela não vai falar somente sobre o que aconteceu naquele fatídico dia em que seu filho de 15 anos assassinou 9 pessoas na escola que frequentava, como vai retroceder no tempo e contar detalhes da infância de Kevin, e principalmente, vai confessar muito de si mesma nessas cartas. O lado psicológico é muito bem trabalhado no livro. Você realmente se sente dentro da cabeça da narradora. Algumas pessoas podem reclamar dos aparentes devaneios, mas para mim tudo se encaixou.

Eva nunca quis ser mãe. Sentia-se plena com a sua vida, era bem sucedida e feliz. Só que o amor que nutria pelo marido a fez mudar de ideia, embora ele nunca a tenha pressionado. Eu acho que isso ilustra bem aquele instinto que temos de procriar, o famoso relógio biológico, que quer colocar na nossa cabeça que precisamos ter um filho, dando inúmeras razões aparentemente atraentes: mudar de vida, fazer o parceiro feliz, etc. Sem contar a pressão da sociedade, já que não querer ter filho não é visto com bons olhos, sabe-se lá o porquê.

Eva acaba sucumbindo, mas é incrível acompanhar como o seu subconsciente ainda resistia à ideia. Ela ressentiu boa parte da gravidez e confessou ter odiado o bebê durante o parto, inclusive segurando-o ao máximo em sua barriga. Depois que a criança nasce as coisas não melhoram muito, já que um não vai com a cara do outro. O bebê resiste a Eva da mesma forma que ela resistiu a ele.

Ela vai detalhar vários momentos da infância do Kevin, e por mais que saibamos que crianças são verdadeiras pestes, nada se compara a malícia do menino. Ele é claramente um sociopata. Isso fica evidente mais na forma como ele manipula o pai do que na forma como desdenha da mãe. E o pai me deu nos nervos em boa parte da leitura, sempre defendendo o filho mesmo quando a verdade parecia tão evidente. Será que seria uma espécie de negação?

É impossível ler sem questionar o motivo por trás de tudo, não só do assassinato, mas da animosidade presente entre mãe e filho. E pra mim, os dois reconheceram um no outro a fachada que erguiam. Ela, para agir de acordo com o que a sociedade espera de uma mulher, e ele pelo prazer de manipular. Basicamente, um conhecia a máscara do outro.

Tem um detalhe lá no finzinho que diz muito sobre o Kevin e faz com que a leitura seja ainda mais intrigante: o único objeto presente em sua cela é uma foto da Eva. E mais, ele que sempre desdenhou das falas da mãe acerca de vários assuntos, agora reproduz boa parte delas em entrevistas. Notamos que existe uma espécie de admiração, um quase amor. Bem deturpado, claro, mas está lá. O triste é que os dois tiveram que chegar ao extremo para perceberem isso.
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Larilars 27/12/2018

Você só consegue afetar quem tem consciência
Vi o filme primeiro. Resolvi ler o livro só agora, anos depois de ter visto o filme pela primeira vez.
Tô muito atordoada com tudo o que acabei de ler. É maravilhoso e estranho e horrendo e triste e perturbador. Muito muito muito incrível.
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jufeernandess 02/01/2019

Uma boa leitura.
O livro precisamos falar sobre o Kevin narra a versão de uma mãe de um adolescente que realizou um massacre na escola onde estudava, ao longo do livro ela narra acontecimentos cujos quais ela acredita que possam ter moldado a personalidade de seu filho desde o momento em que ela descobriu a sua gravidez.
É relatada no livro uma visão da mãe que no primeiro momento nos da a ideia de que foi mãe muito mais pela imposição da sociedade e do marido que por desejo próprio. Faz-nos pensar sobre grandes tragédias e conforme vamos nos aproximando do final vai nos causando uma certa empatia para com o próprio Kevin.
Nas primeiras paginas a leitura é bem arrastada, mas conforme os acontecimentos vão avançando o livro prende a atenção e nos faz ficar pensando qual será o desfecho final da história. Vale a pena ser lido. Recomendo cuidado a pessoas mais sensíveis pode ser muito chocante.
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Pry 16/01/2019

Impactada
Tenho convicção de que terminei de ler um dos melhores livros que tive contato até o momento. Como essa História conversou comigo, a relação mãe e filho, a maternidade forçada, as absurdas expectativas que a sociedade impõe as mães, as cobranças e o eterno remorso de não sermos suficiente ou os melhores país que poderíamos ser. Um livro que fala sobre feminismo, preconceito, violência juvenil, tensão entre gerações e principalmente maternidade. Um soco no estômago que acho que nunca vou esquecer.
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Anne 23/01/2019

É POSSÍVEL UMA MÃE ODIAR O FILHO?
RESENHA
Precisamos falar sobre Kevin
Primeiro o que foi ler esse livro? Um livro de inconstante, um dia eu leio 100 páginas, no outro uma somente. A leitura desse livro que é feito pela mãe do Kevin Khatchadourian, 16 anos, são umas cartas que ela escreve para o seu marido ausente. Eu assisti ao filme antes de ler o livro, por que eu fiquei muita animada quando uma professora de Direito e Literatura falou sobre essa obra. Apesar da linguagem ser arrastada, detalhista e muita pessoal para o ponto de vista da mãe do Kevin, ela também narrava suas conversas com o filho na prisão.
Para quem não viu o filme e não conhece a história. O Kevin é um aluno do ensino regular americano, e numa quinta-feira ele cometeu uma chacina matando um total de 11 pessoas no colégio que deixou toda a cidade de luto. No livro a sua mãe relata desde o nascimento até a vida do filho na prisão, como tudo aquilo que não pertencia somente ao KK, a ira das pessoas. E busca por meio das cartas tentar encontrar um lugar para desabafar e ao recordar encontrar resposta para o porquê disso tudo.
A leitura é cheia de impasses, e não é um daqueles livros que eu consiga ler em um dia, por ser um thriller psicológico em certas horas você tem de fazer uma pausa, na minha opinião uma leitura bem pesada e arrastada, mas que ensina muito ao nos levar a pensar nas histórias que reais que o próprio livro insere e que foram massacres americanos. O lado da mãe, que se sobressai no livro, muito detalhado e você sentia a confusão que se passava na vida dela, à medida que o livro vai acabando você começa a ponderar entre os lados da mãe e do filho.
Enfim, é um livro difícil de se ler, recomendo para quem gosta desse tipo literário, a história da mãe que sofre, violência dos seus vizinhos, se sente sozinha em meio a tudo aquilo, porque as pessoas a culpam por tudo que aconteceu. E de abrir os olhos, de refletir, porque muitas vezes a gente joga a culpa nos pais de algo que nem sempre tiveram no alcance deles mudar. Termino dando 3 estrelas, não achei que o livro me prendeu, inclusive demorei 15 dias para ler ele. Gostei muito do filme, e o livro em certas partes mexeu muito comigo. É isto.
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Helyanny 24/01/2019

Pesado
Revelador, mexe com a gente, nos faz pensar nas relações com os filhos... uma história que poderia muito bem ser real. E marcou minha vida!
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Jessica Schinaider 25/01/2019

Desconcertantemente incrível
Precisamos falar sobre o Kevin
Autora: Lionel Shriver
Editora: Intrínseca
Paginas: 464
Duração: 112 minutos
Nota do livro: ?????
Nota do filme: ???
??
Terminei a leitura do livro e assisti ao filme. Sem querer ser clichê, aquele é muito melhor do que este. A película não é ruim, mas deixa brechas que poderiam ser exploradas. Entretanto, o filme traz simbologias bacanas que não ficam tão claras na obra literária.
??
Bom, a história fala sobre a relação entre Eva, empresária com mais de 40 anos e mãe de primeira viagem de Kevin, um filho claramente não desejado e que se mostra problemático desde cedo. No livro, a matriarca da família Khatchadourian dá voz à narrativa, escrevendo cartas ao marido, Franklin, cujo afastamento só é revelado no final. No filme, as cartas dão lugar a flashbacks, cheios de lacunas, que precisam ser preenchidas pela obra literária. Além disso, a produção aborda a pressão para ser mãe ? e as possíveis consequências disso ? e a psicopatia implícita na infância, lançando questionamentos como: esse tipo de distúrbio é exclusivamente genético ou a relação com os pais exerce alguma influência?
??
Bom, algo que chama muito a atenção na versão filmográfica é o uso de tons avermelhados em várias cenas, representando o ?pecado? de Eva ? detalhe: a sacada do nome é genial! Entretanto, acho que o filme deixa a desejar em dois aspectos: 1. Não se aprofundar nos ?porquês? de algumas atitudes do garoto e 2. Não dar mais detalhes sobre a escola de Kevin ? elemento importantíssimo na trama.
??
Por fim, o desfecho nos mostra o terrível plano traçado pelo garoto antes de completar 16 anos ? idade na qual os jovens já respondem criminalmente por seus atos nos Estados Unidos. A data não foi escolhida por acaso, visto que o objetivo era que toda a responsabilidade do crime cometido recaísse sobre sua mãe ? definida por ele como a ?plateia? perfeita para assistir ao seu ?show?. Bom, a história é intrigante e desconcertante, pois nos faz pensar sobre a mente, o comportamento e as relações humanas. Recomendo muitíssimo!
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Carol 31/01/2019

Preciso falar sobre este livro
Não creio que possam existir palavras que descrevam o que eu senti lendo este livro.
Uma leitura pesada, cansativa mas que vale muito apena recompensadora no final.
O livro é contado através de cartas pela Eva, mãe do Kevin, para o seu marido que logo de cara conseguimos perceber que ele está ausente na vida de Eva.
É a história de uma mãe frustrada desde o nascimento do filho.
No livro Eva busca no passado no decorrer do desenvolvimento do filho algo que indique os motivos que o levaram a ter se tornado um assassino.
Não dá pra descrever é leitura obrigatória e vale a pena cada página e cada capítulo.
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Lola444 31/01/2019

Desconfortante, indigesto e maravilhoso.
A primeira vez que li Precisamos Falar Sobre o Kevin eu estava entre os 15/16 anos, desde esse primeiro contato ele já se tornou um de meus livros favoritos. Ao relê-lo agora, com meus 27 anos, meu fascínio pelo livro cresceu, mas minha interpretação em muito se alterou.

Primeiramente, em minha visão adolescente eu não conseguia "perdoar" a Eva pela rejeição que sentia pelo filho, culpei-a desde o início, para mim ela tinha feito o monstro. Me apeguei fortemente a Frank, quem eu achava um pai apaixonado e dedicado, cuja ingenuidade e positividade não permitia ver além do filtro de filho perfeito que Kevin usava.

Bom, não preciso nem falar como tudo isso mudou, nesta revisita, me peguei completamente empática com a Eva (embora não me identifique com sua ausência de instinto materno), mas eu conseguia entender perfeitamente como foi doloroso para ela, sendo do jeito que era, se sentir tão indiretamente pressionada para engravidar, para cumprir seu suposto papel de mulher para ser completa. Não era justo. Afinal, Eva já se sentia completa, ela era realizada profissionalmente e maritalmente e isso já lhe era o bastante.

Nesse aspecto, entramos então nas concessões que fazemos por amor a alguém, até que ponto é válido abrir mão de um posicionamento para deixar o outro feliz? Eva amava Frank com todas as forças que é possível amar alguém, e por ele ela foi capaz de gerar um bebê que o próprio corpo dela rejeitou o nascimento na hora do parto, ela contrariou todos seus instintos anti-maternos para dar a luz ao pequeno Kevin e fazer todo mundo feliz, menos ela.

A partir do momento que Kevin nasce e toda sua trajetória até a grande "quinta-feira", nós acompanhamos, através das recordações de Eva, um garotinho apático, misterioso e, como sua própria mãe aponta, que parece carregar na alma a vivência de outras encarnações, pois parecia tudo menos uma criança. Kevin passa a infância e parte da adolescência utilizando uma máscara para toda a sociedade, exceto com Eva, pelo menos, com ela, ele parece mostrar sua versão mais honesta, ainda que talvez seja só o a ponta do iceberg de sua complexidade.

Para falar a verdade, analisando a leitura, podemos entender que Kevin é um menino extremamente atormentado pela sociopatia que lhe acompanha desde que nasceu, o mundo para ele não tem graça, objetivo, tudo é irrelevante e sem fundamento, nada lhe empolga, interessa ou excita. Quando alguém vive em tamanha apatia, ela começa a desejar algo que lhe leve além, e talvez ele tenha achado que a matança seria aquilo que lhe daria uma razão na vida. Ele é desprezível e asqueroso, mas justamente como Eva lhe descreve, de alguma forma, Kevin exerce uma atração sobre o leitor, ele é fascinante, embora desumano. Na verdade, talvez, justamente uma pessoa ter as noções de humanidade tão ausentes, seja justamente o que intriga o público normal.

Quanto ao Frank, minha visão atual dele não é nada simpática, sua ingenuidade passa e muito do aceitável, transformando-se em cegueira aguda. Ele é tão apaixonado por Kevin, que começa a preterir por completo seu casamento, a voz de Eva perde toda a credibilidade, e ele passa a enxergá-la como semi-mulher, na cabeça dele ela deveria ser aquele clichê ambulante (coisa que o próprio se tornou, o que despertava ainda mais o desprezo de Kevin), e deveria se sentir grata em fazer sacrifícios em prol do pequeno demônio que ela pariu. E não importava, se TODAS as pessoas ao redor e não apenas Eva, demonstrassem medo, desprezo ou desconfiança em relação a Kevin, o mundo inteiro se unira em conspiração contra seu garoto de ouro. Ele era um homem bom, sim, mas um tanto hipócrita em muitos aspectos, e longe de ser um excelente pai, pois um excelente pai não passa a mão sempre na cabeça do filho, e Frank era o retrato perfeito do pai passador de pano, que cria monstrinhos, talvez bem mais do que uma mãe pouco apaixonada.

É claro que o livro nos leva sempre a mesma questão: de quem é a culpa?, mas eu creio que a resposta para isso é justamente a ausência de resposta, não dá pra saber se o monstro nasceu da falta de amor de Eva, da proteção demasiada e cega de Frank, ou se é inerente a Kevin desde que nasceu e teria nascido assim em qualquer cenário que fosse.

A leitura também nos traz reflexão a respeito do instinto maternal e da lenda urbana de que toda a mulher o possui ou vai possuir no momento mágico do parto, e é triste que até hoje esse tipo de discurso que acarreta numa obrigação tácita para todas as mulheres de serem mamães amorosas, mesmo quando elas conseguem muito bem se sentirem completas sem uma prole. E tudo bem.

Acho que, no final das contas, o que mais me intriga a respeito desse livro é o que exatamente o Kevin sentia pela mãe, eu não consigo entender bem, será que em algum nível ele a amava? Ou ele a respeitava por ela ser a única que, aparentemente, o enxergava como ele de fato era? Bem, são perguntas que nunca saberemos pois estão enterradas na mente doentia de um assassino mirim.

Outro ponto que eu acho que geraria horas de debate é qual o estado emocional Kevin se encontra no final do livro, é quase um enigma pra mim, não vou falar muito a respeito para não ser spoiler, mas a mudança de conduta é grotesca, aí entra a dúvida: seria arrependimento ou medo do que estava por vir? No fundo, acho que Kevin apostou muitas fichas no que ele viria a sentir após cometer a chacina, ele acreditava piamente que aquilo o faria finalmente sentir-se vivo, após uma vida inteira de letargia. Mas após a grande excitação inicial, a apatia voltou e ele percebeu que talvez não tenha valido tanto a pena assim.

O último parágrafo do livro é uma flechada no peito, esmagador e melancólico, e você fica pensando por horas e horas como uma vida pode ser completamente destruída em um dia, e todas as maneiras que se poderia ter impedido isso, e o mais aterrador é quando percebemos que a resposta é absolutamente nada.
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Carlos 03/02/2019

Precisamos de filhos?
É surpreendente como muitos se colocam com o desejo de ter filhos e de que sua vida futura seja planejada e regrada de modo a criar os filhos da melhor forma possível. Mas muitas das vezes o desejo de ser pai ou mão é algo que não vem no intrínseco do ser humano. É uma imposição da família, do conjugue, é uma imposição social. E o que é mais estarrecedor, muitas das vezes essa obrigação recai mais na mulher.
O mito da maternidade é desconstruído em Precisamos falar sobre o Kevin, livro devastador e ao mesmo tempo inspirador. Eva é o reflexo da mulher de hoje, independente, consciente, que guia sua vida da forma que desejou, casada com um homem bom, sendo seu ideário de homem perfeito. Perfeito nas imperfeições, claro. Por sua vez, Franklin é ao mesmo tempo o homem perfeito e o pai ilusório que só ver as benesses da sua prole.
Eva não queria ter um filho, ou melhor, Eva não queria ter Kevin. Mas, porque? Ela foi imposta pelo marido, pela família a ter uma criança e quando se viu diante do “milagre” da gestação não conseguiu se encantar e aliado a uma depressão pós-parto, viu na negativa do filho ao seu peito – para a sonhada e mágica primeira mamada – o direito de rejeita-lo.
Kevin também não colaborava, mas o contraponto da história é o surgimento de Célia e aqui vemos a gangorra por outro prisma. Enquanto Eva não queria Kevin e Franklin sim, com o nascimento de Célia temos o oposto. Mas aos poucos as maldades de Kevin, seu temperamento difícil e a visível necessidade de aprovação perante a mãe vai transformando um adolescente em um assassino exímio.
Esse livro não é sobre “de quem é a culpa”, é sobre o que podemos decidir e de que forma devemos nos atentar aos sinais de que algo está saindo do padrão de normalidade.
Mas até aqui só falei sobre a ideia de ter um filho e a responsabilidade que isso acarreta, focando no livro, as passagens maçantes e arrastadas em alguns momentos parecem ser tediosas mas expõem a forma como Eva via a maternidade, e sua vida depois da quinta-feira. A melancolia, arrependimento, revolta, raiva, frustração, esperança, amor, desprezo, regozijo estão entremeados nas palavras de Eva, nas cartas direcionadas a Franklin. Contudo, nada lhe prepara para o final desse livro que lhe deixa com um gosto amargo (ou doce) na boca, restaurando o mito da maternidade. A vida é um grande circuito de corrida, invariavelmente, um momento, você retorna ao ponto de partida.
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