Precisamos falar sobre o Kevin

Precisamos falar sobre o Kevin Lionel Shriver




Resenhas - Precisamos Falar Sobre o Kevin


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Sara 21/09/2022

Assustador! Assustador e assustador. A irresponsabilidade parental pode ter um desfecho devastador.
Eva: Amarga, soberba e covarde
Franklin : Banana, resumindo é famoso pai que só se tem por registro por que na hora de assumir o seu papel parental ele dá uma de Nazaré Tesdesco e finge que nada está acontecendo.
Kevin: Uma aberração de ser humano que já demostrava alguns indícios de sua psicopatia desde a infância, e pra completar foi negligenciado pelo pais, só que quando se fala em negligência não é só no sentido de dar atenção para o filho (até porque Kevin era mimado e tinha acesso a tudo que ele queria) e sim ver comportamentos estranhos e mesmo assim não tomar nenhuma atitude.
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brenda meneses 10/09/2022

Foram longas semanas acompanhando o núcleo familiar Khatchadourian e, mesmo assim, foi difícil terminar esse livro.

Acho muito difícil alguém aqui desconhecer a narrativa de Precisamos Falar Sobre Kevin (seja filme ou livro). é um livro tão denso que fica difícil colocar em palavras todos os sentimentos
que despertam ao longo da leitura.

Precisamos Falar Sobre Kevin é um romance epistolar, ou seja, é escrito através de cartas de Eva para Franklin (pais de Kevin). Eva é uma mãe que não esconde seus sentimentos acerca
da maternidade, apesar de em alguns momentos se envergonha e questionar se a maneira como se sente é realmente válida.
Após alguns anos de relacionamento entre Eva e Frank, nasce Kevin, uma criança que, segundo Eva, tem malícia e maldade desde o primeiro abrir dos olhos. E é muito interesante
como a autora nos direciona nesse sentido, como ela conduz a narrativa para que estejamos 100% conectados com Eva e as suas angustias em relação ao filho.
Eu, como leitora, tendo a não confiar em narradores em primeira pessoa porque só temos uma visão dos acontecimentos. No caso desse livro, me peguei esquecendo no ato de não confiar totalmente
em Eva e comprar as suas justificativas.

Lionel Shriver, a autora, constrói um texto que mexe com o psicológico do leitor. Mas não entenda isso esperando um thriller. Pelo contrário, ela mexe com a nossa mente
utilizando da angústia e agonia de Eva perante a maternidade, às atitudes maldosas de Kevin que permanecem "escondidas" ao longo dos anos apenas ao seu pai. Eva luta sozinha
contra a natureza de Kevin e sempre se vê derrotada pelo próprio filho em diversas situações.
Como mulher, é muito difícil ler o ponto de vista de Eva sem sentir um incômodo, um desconforto físico até. Ela sempre é desacreditada por Frank, não é lavada à sério nos questionamentos
que levanta.

Acompanhar o nascimento e crescimento de Kevin é como acompanhar uma tragédia anunciada. Não sei se teria como seus pais impedirem o que vem a ser o tema central do livro. E coloco
a responsabilidade nos dois, tanto Eva quanto Frank, uma vez que a sociedade abordada por Lionel na narrativa culpa apenas Eva por não impedir o acontecimento da quinta-feira (como ela
se refere). É interessante essa discussão de que só a mãe é culpada pelos erros dos filhos.

No mais, é uma leitura excelente. Cada página é um tiljolinho para a construção final desse baita livro. Recomendo demais a leitura.
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Pedro 13/06/2014

Desconstrução.
“(…) uma das coisas que me impelem a escrever é o fato de ter a cabeça entulhada com todas as pequenas histórias que nunca lhe contei.” (Pág. 22)

Desde que me entendo como leitor (leitor voraz), desde a primeira vez que ouvi falar desse livro e até mesmo quando me ouvi pronunciando esse título, senti necessidade extrema de lê-lo. Nem precisei recorrer a sinopse para saber que se tratava de um livro com grande genialidade, soube por intuito, assim, de cara que ele iria me tocar. Bem, eu o li, e se querem saber: sim, é muito bem escrito.

O livro é nada mais do que um amontoado de cartas organizados cronologicamente, iniciando em 8 de novembro de 2000 e finalizado em 8 de abril do ano de 2001. Por meio dessas cartas conhecemos Eva Khatchadourian, a mulher responsável por escrever as já mencionadas cartas, dedicadas a seu querido marido Franklin.
Sendo uma mulher bem sucedida, dona de uma empresa de viagens e também escritora de guias de viagens, Eva não se imaginava mãe, só que por ironia, decide embarcar nessa nova experiência da maternidade com o seu marido típico americano Franklin. No entanto, ela não esperaria gerar uma criança tão fria e tão avessa as demais; um psicopata.
Suas cartas vão relatar o tempo que viveu ao lado do marido, partes das experiencias de viagens e a criação dos seus filhos (Kevin e Célia), analisando os pormenores do seu relacionamento com sua família na tentativa de procurar entender quais os verdadeiros motivos levaram seu filho a cometer as atrocidades que fez.

Kevin, desde que nasceu já se mostrou ser peculiar, e com o desabrochar da adolescência, isso foi ficando cada vez mais evidente. A princípio, podemos dizer que foi a criação que os pais deram que o tornou um jovem frio e calculista, mas Eva descreve cada detalhe de maneira magistral que fica difícil achar que o garoto tenha sido influenciado por uma má crianção. Tendo uma família rica, com direito a tudo do bom e do melhor, um jovem tem tendência a seguir uma vida de acordo com os limites da lei (há excessos, como é o caso) o que nos leva a crer que esse lado macabro já veio de nascença.

Precisamos Falar Sobre Kevin é um livro de grande sensibilidade. Temos uma mãe que lutou do seu jeito para melhorar o comportamento do filho, mas que não conseguiu sustentar sua família como deveria ser. Podemos até achar ela egoísta, mas em suma, notamos que ela abriu mão de muito em nome da família, e eu não acho isso nem um pouco egoísta.

Lionel Shriver me pegou de jeito com esse livro, em momentos fique esbabacado e me senti esbofeteado por sua escrita rebuscada e crua. Às vezes com palavras que não costumam está em meu vocabulário, mas que de forma alguma tirou o brilho da obra, pelo contrário, fez reluzir mais deixando a narrativa lindamente encantadora e com um desejo incessante de quero mais, tanto é que ao findar o livro, já senti a necessidade de o reler.

O livro nos mostrar o quão pode ser difícil lidar com problemas que estão dentro de nossa própria casa, mesmo que não sejam nas mesmas circunstâncias (com massacres e crimes). Nem sempre podemos segurar o inevitável, mesmo assim, ficamos com aquele velho pensamento "E se tivéssemos cruzado a esquerda ao invés da direta, será que chegaríamos em outro lugar?" Fica difícil responder quando não conhecemos esse lugar, pois bem sabemos que vários caminhos podem dá em um mesmo lugar se tivermos conhecimento da região, porém, como Eva era mãe de primeira viagem, ela não tinha tanto conhecimento assim, será que ela poderia ter feito diferente?

A diagramação do livro está perfeita, fonte de tamanho agradável e o papel utilizado é o chambil avena (amarelado), um os melhores. Não encontrei nenhum erro, ou seja, os revisores estão de parabéns.

Esse livro está mais do que recomendado, mas eu dou um pequeno conselho: tenha paciência com ele, leia com carinho, calma e, acima de tudo, sem pressa. Deguste-o como um prato delicioso que você não quer que acabe nunca e aproveite cada detalhe.

site: http://decaranasletras.blogspot.com.br
Renata CCS 06/11/2015minha estante
Um livro incrível! Gostei muito da leitura.




@leituralari 22/03/2022

Instagram @leituralari
Em “Precisamos falar sobre o Kevin” Lionel Shriver cria uma ficção baseada na triste realidade de algumas escolas americanas: os assassinatos em massa provocados pelos jovens.

Através de cartas endereçadas ao ex-marido Franklin, conhecemos a história de Eva, uma mulher que não queria filhos e acaba cedendo a maternidade para realizar o sonho de família americana do seu companheiro.

Um livro muito controverso no que diz respeito a narradora e a criação de Kevin, o “bebê rebelde” que acaba se tornando um adolescente frio e cruel. Mas será que é possível culpar a mãe pelo comportamento do filho?

E vocês, já leram ou assistiram o filme? O que acham de Eva e Kevin?

“Mas ele era só um garotinho e ele sozinho tinha a tarefa de responder à Grande Questão que incomodava o pai. Que fardo mais pesado para impor aos recém-chegados.” (p.302).


site: https://www.instagram.com/leituralari/
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SanMoraes. 25/07/2024

Precisamos falar não apenas sobre o Kevin
Semanas depois de ter terminado, esse livro ainda não saiu da minha cabeça.
Demorei um pouco mais do que esperava para lê-lo, a leitura é realmente muito difícil de início, não somente pela escrita mas também porque acompanhar os pensamentos da querida Eva é uma tarefa não muito fácil. Mas eu amei, amei como ele é sincero e rico em detalhes e pensamentos profundos. Eu senti raiva, senti pena, tristeza e compaixão pela Eva. O título do livro é sobre ele, mas com certeza a história é muito mais sobre ela. Acho que vou continuar pensando e analisando esse livro por um bom tempo?
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Luana 09/05/2022

Uma obra prima
Provavelmente meu atual livro favorito (vindo de alguém que não lê tanto assim), todos os elementos são apropriados e proveitosos. Vá pra essa leitura esperando análises existenciais, cutucada na hipocrisia do ser humano (até coisas que achava que só você sabia), desconstrução de convenções sociais, personagens além de imperfeitos, narração escancaradamente sincera e um enredo imprevisível (apesar de o evento principal ser revelado bem no início, porque a questão aqui é o *como*). Prosa muito satisfatória, com frases cuja construção tive que parar pra admirar por uns minutos, além de um bom equilíbrio entre uma narração mais introspectiva/metafísica e descrição imagética imersiva (que eu particularmente gosto muito). A estrutura de cartas, como se fossem entradas de diário foi um dos pontos mais positivos pra mim também. Em geral, uma experiência encantadora.
Poliana.Albuquerque 09/05/2022minha estante
Eu morria de vontade de ler até assistir ao filme ??


Poliana.Albuquerque 09/05/2022minha estante
Eu acho uma m* ver filme baseado em livro, pq se o filme for ruim eu perto a vontade de ler o livro. E eu nao gostei do filme ?




Suyanebrucieri 28/04/2024

Muito interessante
Li esperando algo e acabei me surpreendendo positivamente. Essa leitura não fala apenas de Kevin e só que ele fez, mas fala principalmente sobre maternidade e suas dificuldades, assim como casamento e a sociedade.
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gabii. 19/09/2022

Senhor...
Meu coração parou lendo esse livro, várias vezes :O
A narradora, em cartas para o marido, divaga bastante o que segurou o andamento.
Não foi uma leitura frenética, rápida. Foi como correr em areia, mas foi uma leitura crua e visceral. Eu visualizei o desespero do enredo e fui impactada em vários momentos por trechos que li.
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Gláucia 28/10/2014

Precisamos Falar Sobre o Kevin - Lionel Shriver
A história é narrada através das cartas que Eva escreve ao seu marido Franklin a respeito de seu filho Kevin, descrevendo a vida dos dois antes, durante e após seu nascimento, revelando todo seu sentimento em relação ao filho, cuja personalidade era mostrada por este de forma completamente diferente a cada um de seus genitores. Eva vai assim revelando a Franklin, de forma profunda, sua verdadeira natureza, culminando com o ato assassino planejado por ele.
O livro mexeu muito comigo e, apesar de saber como terminaria (ou pensava saber), há uma surpresa impactante que me fez duvidar do que estava lendo.
A grande questão que essa leitura e trouxe: uma mãe é capaz de amar qualquer tipo de filho?

site: https://www.youtube.com/watch?v=uaOR4WMQ3qk
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Ana Luiza 20/09/2012

Falando sobre o Kevin e sua mãe
Resenha do blog Mademoiselle Love Books - http://mademoisellelovebooks.blogspot.com.br

A vida de Eva Khatchadourian não começou a desmoronar quando seu filho Kevin cometeu uma chacina na escola e sim quando ele nasceu. Após o filho matar 11 pessoas num mesmo dia, Eva finalmente recebe sua confirmação daquilo que sempre suspeitou: Kevin é um garoto mal.
“Mas, desde o momento em que foi posto em meu peito, enxerguei Kevin Khatchadourian como preexistente, alguém com uma vasta vida interior flutuante, cuja sutileza e intensidade diminuiriam com a idade. Acima de tudo, ele me parecia um ser oculto.” (Pág. 141)
Em cartas para o marido Franklin, Eva relata sua situação atual enquanto afunda em memórias da sua própria vida. A mulher relata toda a sua vida sem qualquer medo, desde a infância difícil, a dura decisão de ter e aceitar um filho até a perda daqueles que mais amava. Eva não poupa palavras duras e verdades cruéis, afinal ela não tem mais nada a perder. A mulher não pensa duas vezes ao admitir que chegou a odiar o filho e que desejou que ele nunca tivesse nascido. Ela não tem medo de admitir que teve ciúmes da relação de Kevin com o pai e que foi uma mãe ruim em muitos aspectos.
“Quando parei de me revirar para pôr o casaco, ele disse: “Você pode enganar os vizinhos, os guardas, Jesus e a sua mãe gagá com essas visitas de mãe boazinha, mas a mim você não engana. Continue com isso, se quer uma estrela dourada. Mas não precisa arrastar a sua bunda até aqui por minha causa.” Depois acrescentou: “Porque eu odeio você.”
(...) Em vez de frases feitas, eu disse no mesmo tom informativo: “ Em geral eu também odeio você, Kevin.”, e me virei para ir embora.” (Pág. 58/59)

Todo mundo já teve seus maus momentos com a mãe, mas nada se compara a relação de Eva e Kevin. Os dois parecem sempre estar competindo, e não só pela a atenção e amor do Franklin, mas pela a atenção e ódio um do outro. Mas, enquanto relembra toda a sua vida, Eva se dá conta de que Kevin é muito parecido com ela, tanto física quanto psicologicamente, e começa a se perguntar se eles realmente se odeiam tanto assim.
“Eu queria ao menos sentir pena de Kevin, o que já me parecia um começo.” (Pág. 138)
Precisamos falar sobre o Kevin é um livro simplesmente incrível. Há muito tempo queria lê-lo e não me decepcionei. A narrativa em forma de cartas ficou perfeita para a trama, os personagens são muito complexos e a história é muito envolvente.
Kevin Khatchadourian é um dos personagens mais misteriosos, complexos e bem criados que já vi. Dono de um auto controle impressionante e inteligência fora do comum, Kevin intriga e surpreende não só aqueles ao seu redor, mas também o leitor. As dúvidas e suposições de Eva sobre o próprio filho saem do papel e entram na sua cabeça e diversas vezes me perguntei: Qual é a desse garoto? É impossível prever qualquer coisa sobre o Kevin e só nos resta suposições. Mas Kevin definitivamente é um garoto incomum. Seu gosto por vírus de computador e roupas pequenas são só a ponta do iceberg. Mas só porque Kevin é diferente não necessariamente significa que ele mal e essa é a grande questão do livro. Ao narrar todas as peculiaridades do Kevin, o modo como ele parece sempre querer irritar e debochar, Eva parece estar tentando convencer não só o leitor (e seu marido, já que as cartas são endereçadas para ele), mas também a si mesma. Ao relatar e se afirmar uma mãe ruim, Eva planta nas nossas cabeças uma dúvida que permanecerá mesmo depois do fim do livro: Kevin já nasceu mal ou a vida o tornou assim? A resposta para essa pergunta depende muito de quem a dá. Alguns podem afirmar que Kevin é o problema, mas outros podem bater de pé junto que a culpa é toda da Eva e é essa a magia do livro. Em minha opinião, Kevin é definitivamente um garoto diferente e já nasceu assim. Não penso que ele tenha nascido realmente mal, mas com certeza a vida e a guerra inacabável com a sua mãe, contribuiu para que ele cometesse o crime que cometeu.
“Quando Rose me disse que houvera uma agressão perversa na escola de Kevin e que havia o temor de que alguns alunos tivessem morrido, eu me preocupei com o bem-estar dele. Nem por um segundo imaginei que o criminoso fosse nosso filho.” (Pág. 429)

Eva também é uma personagem complexa, mas diferente do Kevin, ela é um pouco mais real. Como suas dúvidas e sentimentos são completamente expostos é mais fácil entender e até se identificar com a personagem, mas isso não a faz menos interessante.
A narrativa criada por Shriver definitivamente ficou perfeita, mas mesmo assim a leitura do livro é lenta e um pouco cansativa. A narrativa epistolar (para mim) é sempre cansativa mesmo, mas temos de levar em conta de que o conteúdo do livro é um pouco pesado.
A Intrínseca fez um trabalho maravilho. Não encontrei nenhum erro ou trecho confuso e achei a tradução super bem feita. Gosto muito da capa igual a do filme, mas particularmente prefiro a antiga.
Precisamos falar sobre o Kevin é aquele tipo de livro que envolve o leitor de uma maneira indescritível e que permanece na sua cabeça por muito tempo depois de ser lido. A trama complexa e completa encanta não só pelo conteúdo, mas também pela capacidade de levar o leitor a refletir. A maldade nasce com as pessoas ou é adquirida com o tempo? Até onde os pais são responsáveis pelos atos de seus filhos? É possível pais e filhos se odiarem completamente? O livro não responde diretamente nenhuma dessas perguntas, na verdade até cria outras na nossa cabeça. Mas sem dúvida as reflexões de Eva, a procura dela por essas repostas, faz com que o leitor reflita e chegue até as próprias respostas. Super recomendo o livro.

Autora da resenha: La Mademoiselle

Ps: O filme de Precisamos falar sobre o Kevin é muito bom e fiel ao livro. Mas é recomendo que leiam o livro antes de ver o filme, se não vai ser difícil entender o longa.


Outros trechos:
""Você nunca quis me ter, não é mesmo?"
"Eu achava que sim", falei. "E seu pai, ele queria você... desesperadamente."
"Você achava que sim", disse ele. "Depois mudou de ideia."
"Eu achava que precisava de uma mudança. Mas ninguém precisa de uma mudança para pior." (...)
"Alguma vez já lhe ocorreu pensar", disse ele, de um jeito capcioso, "que talvez eu não quisesse ter você?""(Pág. 73/74)
“Mas, desde o momento em que foi posto em meu peito, enxerguei Kevin Khatchadourian como preexistente, alguém com uma vasta vida interior flutuante, cuja sutileza e intensidade diminuiriam com a idade. Acima de tudo, ele me parecia um ser oculto.” (Pág. 141)


Resenha do blog Mademoiselle Love Books - http://mademoisellelovebooks.blogspot.com.br
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rafa 23/05/2022

Precisamos falar sobre maternidade!
Precisamos Falar Sobre o Kevin foi uma surpresa sem tamanho para mim. Eu nunca vi o filme e não sabia o que esperar. O começo foi bem lento, mas desde esse início já tinha ficado intrigada com a narração e todas as metáforas que Eva utilizava. Eu esperava encontrar um livro sobre um jovem que comete uma chacina na escola, porém, encontrei muito mais que isso. Foi uma surpresa ver que a trama se centra em um assunto bem polêmico - a maternidade.

Primeiro de tudo, Eva não deveria ter sido mãe e está tudo bem. Nem todas as mulheres nasceram com o tal do "instinto materno" e ela realmente não queria engravidar. Vemos que aqueles meses com Kevin em sua barriga foram agoniantes e estressantes; ela se sentia usada, não mais dona de si, e apenas um receptáculo para outra pessoa. E então, ela se frustra ainda mais quando vê o filho pela primeira vez. Até porque haviam prometido a ela que tudo mudaria, que ela sentiria um amor incondicional por ele logo no primeiro momento, e não foi isso o que aconteceu. Logo me lembrei de um vídeo que eu havia visto, onde uma moça comenta sobre a alta expectativa que colocam sobre mães e seus bebês e como era normal a pessoa não criar laços com seu filho desde o primeiro olhar, já que o amor é algo que se constrói com o tempo.

Desde o nascimento de Kevin vemos que os dois se antagonizavam. Como a história é narrada da perspectiva de Eva, talvez ela não seja uma narradora tão confiável, principalmente por ter passado por momentos críticos com o filho que a deixava fora dos eixos, mas uma das grandes questões também é essa: ninguém acreditava nela quando tentava falar do lado perverso de Kevin. Então, talvez esses sentimentos podem ter sido agigantados, mas sabemos que ele foi, no mínimo, uma criança peculiar.
E por ter outra visão de seu próprio filho, Kevin não sentia que precisava atuar na frente de sua mãe. Percebemos que ele criara uma persona para o pai e para a sociedade no geral, mas com sua mãe ele podia agir sem ressalvas (apesar de, mesmo assim, Eva não conseguir compreendê-lo): uma pessoa apática, meticulosa, que não via sentido em sua vida.

De fato, não se sentindo amada pelo filho e fazendo com que ele não se sentisse também, os dois sempre tiveram uma um relacionamento frio, mas que, de certa forma, os deixavam mais próximos.
Eva vai nos contando sobre todos esses anos - desde antes de engravidar de Kevin até as visitas que faz a ele no centro de detenção, atualmente. O livro também traz a grande questão da culpabilização materna: será que Eva é um pouco responsável pelo que aconteceu? E se Kevin tivesse tido uma infância diferente? Ou será que Kevin já nascera desviado?

Confesso que não estava esperando todos aqueles detalhes no penúltimo capítulo, quando ficamos sabendo de fato o que aconteceu em toda aquela quinta feira, e muito menos para o último. Eva conseguiu ganhar minha solidariedade e também desprezo, ao decorrer dos capítulos, também por ser uma pessoa bem preconceituosa e com uma síndrome de superioridade - fato que até mesmo Kevin fizera questão de esfregar em sua cara -, mas o final, meu Deus! Não sei dizer ao certo o que senti, mas o último parágrafo acabou comigo e é sobre isso: a maternidade crua; o que Kevin fez, a última conversa deles e a declaração final de Eva não pode ser engavetada em caixinhas e rótulos; é complexo, humano, compreensível e triste em todos os aspectos.

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Eduardo.Cruz 19/06/2022

Oque eu gostaria de ter sido avisado antes de ler esse livro
O texto a seguir diz tudo que eu gostaria de ter sido avisado antes de ler esse livro...

Bom é o pior livro que já li.

O que ninguém falar sobre esse livro é que a escrita não é simplesmente lenta como todos falam e sim uma escrita que divaga constantemente sobre assuntos irrelevantes que não tem na a ver com a história, como coisas relacionadas a empresa da protagonista que acaba não dando em nada relevante pra história e ataque terrorista de chineses passando na TV por exemplo.

Não tenho problema em ler livros prolixos como a maioria dos livros do King por exemplo, meu problema é com escrita desinteressante e recheada de nada pra ocupar páginas.

Além disso esse livro tenta simular um relato real de uma mãe que passa por essa situação de ter um filho que assassinou colegas de escola, no entanto a história tem erros absurdos como dar de presente um arco e flecha profissional pra um filho que é visivelmente psicopata treinar sua pontaria.

(Em um contexto onde casos de assassinatos em escolas acontecem constantemente)

Resumindo, uma história que divaga constantemente sobre assuntos irrelevantes, que demorou pouco mais de 400 páginas pra acontecer e não senti nem empatia por nenhum dos personagens.

Esse livro fez eu ter a maior ressaca literária da minha vida, então esteja avisado que não vai ser um livro fácil de ler, não vai ser um livro com final satisfatório, não vai ser um livro que você sinta prazer em dedicar seu tempo na grande parte das 463 páginas
Kassio Coimbra 27/07/2022minha estante
Queria ter lido esse seu aviso antes de ter começado a leitura! Tô em 20% e já não estou suportando... livro chaaaatooooooo! Aff


Eduardo.Cruz 27/07/2022minha estante
Meu amigo não melhora no final RS eu fui até o fim pra falar com propriedade da história. Basicamente é um livro que tem final escrito pra chocar, mas que não justifica as 350 páginas de "Nada" até o livro acontecer de fato.


Kassio Coimbra 27/07/2022minha estante
Pior que tenho o péssimo hábito de não abandonar um livro... mas esse está no limite de ser o segundo que abandono! Hehehehe


Eduardo.Cruz 27/07/2022minha estante
Kkkk também sou assim, terminei na força do ódio mas terminei !RS Depois desse livro prometi pra mim mesmo que nunca mais vou forçar leitura de livro ruim RS


Eduardo.Cruz 27/07/2022minha estante
Da uma olhada no último livro que li, super recomendo.


Kassio Coimbra 27/07/2022minha estante
Vou olhar sua estante ???




Rodrigo 08/04/2013

Excelente!
Por pouco, não perdi uma das melhores experiências de leitura que já tive! Desisti da leitura umas três vezes. Achei a personagem principal extremamente egocêntrica e que isso atrapalhava o ritmo da história.

Até que uma amiga disse ter tido a mesma experiência, mas que ao, enfim, concluir a leitura achou o livro maravilhoso.

Não é que ela tinha total razão? Até o nascimento do menino, tudo é muito arrastado, lento. Porém tudo isso muda quando ele chega à história. Minha leitura passou de forçada à sôfrega em pouco tempo. E então, ele me arrebatou com um final excelente que só consegui antever duas linhas antes de acontecer.

Recomendo mesmo! Leitura obrigatória!
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Jis Rocha 28/07/2024

Comecei essa leitura apreensiva após muitos comentários sobre como eu iria odiar a mãe, e como o livro é pesado, mas só li um livro onde uma mãe que perdeu tudo só tem cartas para desabafar, e em como a sociedade a culpa pelo filho que ela teve.
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