Resenhas - Precisamos Falar Sobre o Kevin

Amanda 22/05/2024

Anticoncepcional pra quê se Existe Esse Livro?
(25/04/2024)

Eu ainda não terminei e não sei qual título para dar a minha resenha visto que ainda estou lendo o nesse mês de Abril, não sei se sou abençoada ou amaldiçoada mas leio relativamente rápido porém fico feliz que a senhora Katchadourian tem uma narrativa mais lenta facilitando o leitor a digerir o relacionamento entre mãe e filho.

Sou consciente que crianças não têm empatia e o capítulo dos mapas me desengatilhou uma lembrança de infância que me deixou magoadíssima com meus primos que rasgaram algo que eu tinha colado na parede e também eram pequenos na época assim como eu e sinceramente até hoje não entendo o motivo de terem sidos malvados comigo na infância tanto que eu poderia fazer um exposed aqui.

Eva Katchadourian nunca desejou ser mãe, mas devido a pressão social e do marido em uma das suas escolhas ou melhor acidentes foi em direção a gestação e não é spoiler dizer que ela claramente teve depressão pós-parto.

Assisti em uma resenha que mulheres quando descobrem estarem grávidas interromperam a leitura e com razão, a história de Lionel não é para qualquer um, ela é crua e sem nuances principalmente sobre o tema principal: a maternidade.

Pesquisando agora notei que a ordem cronológica de publicação é Precisamos Falar Sobre o Kevin (2001) Columbine (2003) e O Acertar de Contas de uma Mãe (2016).

Como a personagem do Franklin é passível e cego para as atrocidades que o Kevin comete porém Eva, a narradora não confiável também está no mesmo balaio visto que é passiva com o que o garoto faz com uma rara exceção.

Terminei o livro dia 14/05.

P.S. Quando li a sinopse pensei que a Eva tinha uma agência de guias de turismo (o profissional) e não de guias turísticos (aqueles papéis com informações), poxa duas pessoas para traduzirem um livro, como alguém formada como guia de turismo (podem me procurar no Cadastur) fiquei desapontada, li uma edição de 2007 então não sei se corrigiram o erro, não é que isso seja relevante para história mas pode confundir o leitor.

Maria19757 13/04/2020

Maravilhoso
Sem palavras... muito pesado, tenso, perturbador. Eu amei, um livro que não é para todos, mas que para mim foi um daqueles livros que vou levar por toda minha vida no coração. Parece estranho, mas terminei o livro com um entendimento sobre o motivo de Kevin ter cometido o que fez, eu te entendo Kevin, e sinto muita pena de você, principalmente da Eva. Dois personagens incríveis.

Tatá 07/02/2024

Destaques.
"Não havia extravagância nesse mundo que não ficasse aquém do que eu imaginava, porque sempre seria algo finito e fixo, uma coisa e não outra. Seria apenas o que era."

"As expectativas são perigosas quando são ao mesmo tempo grandes e amorfas".

"Quando você se observa muito de perto, quando faz uma análise severa dos próprios sentimentos, eles fogem, esquivam-se da captura."

"Para ser justa, entre a capacidade da maioria das pessoas de evocar o belo a partir do nada e a habilidade de reconhecê-lo, pura e simplesmente, existe uma distância da largura do Oceano Atlântico."

"Você só consegue afetar quem tem consciência. Só pode punir quem tem esperanças para serem frustradas ou laços a serem cortados; quem se preocupa com a opinião dos outros. Você, na verdade, só consegue punir quem já é pelo menos um pouquinho bom."

"O segredo é que não há segredo. É essa, no fundo, a verdade que não queremos que nossos filhos saibam."

"As pessoas parecem capazes de se acostumar com qualquer coisa e a distância é muito curta entre adaptação e apego".

" É duro ser mãe. Ninguém nunca aprovou uma lei que diz que para alguém ficar grávida tem que ser perfeita. Tenho certeza de que você tentou ao máximo. Você não está aqui, nesse fim de mundo, numa bela tarde de sábado? Você continua tentando. Se cuide, meu bem. E não diga mais essas bobagens."

"Há mais livros no mundo do que tempo para ler todos eles, de modo que nunca vai faltar o que ler."

"Você pode chamar de inocência, ou pode chamar de credulidade, mas Célia cometeu o erro mais comum das pessoas de bom coração: presumiu que todos os demais eram iguais a ela."

"Os anos eu consigo encarar, Eva, mas o dias, não."

"Se eu tivesse imaginado essa cena - e não tinha, porque imaginar essas coisas é convidá-las."

"Como acontece com as torradeiras e os carro pequenos, a gente só mexe na mecânica de um casamento para resgatá-lo e repô-lo em funcionamento; não adianta muito bisbilhotar para descobrir onde foi que os cabos se romperam, antes de jogar o equipamento no lixo."

"Os grandes feitos são uma porção de feitos pequenos, um atrás do outro."

Sthefanie.HipAlito 19/08/2020

Pois então
Precisamos falar sobre Kevin retrata a história de uma família que não consegue falar sobre Kevin, muito menos reconhecer a gravidade do comportamento dele, a não ser quando ele se torna um serial killer nacionalmente famoso. É um filme emocionalmente pesado que traz à tona inúmeras questões a serem discutidas do ponto de vista do relacionamento entre pais e filhos, da colocação de limites, da repercussão da dificuldade de comunicação de afetos entre mãe e filho, dos possíveis problemas decorrentes da depressão pós-parto e da dificuldade dos pais em entrar em contato com aspectos cruéis de seus filhos. Teria Kevin se beneficiado, assim como sua mãe, família e por final toda a sociedade, se suas dificuldades tivessem sido abordadas o mais cedo possível? Poderia uma abordagem terapêutica com foco na interação mãe-bebê ter alterado favoravelmente o curso de seu desenvolvimento? Qual seria o papel dos terapeutas, psicólogos e psiquiatras em situações como as descritas no filme? Até que ponto a ausência de um trabalho terapêutico focado no entendimento desse relacionamento e na expressão do afeto poderia ter alterado o desfecho fatal? Ainda não sabemos quanto do comportamento antissocial é decorrente do ambiente e quanto já é inato ao indivíduo. Essa angústia, infelizmente, seguirá conosco mesmo após o final do filme.

Patygoldstars 25/04/2020

Denso, amargo e cruel
Durante toda a leitura inúmeras vezes precisei parar para me recompor porque a leitura te dilacera e sim como muitos relatam é perturbandor porém nos leva a refletirr em pontos de vistas inimagináveis.

Por muitas vezes me peguei com raiva, aflita, nojo, pena, revolta e assim vai ... Impossível não se envolver com tamanha qualidade de escrita e história.

Eva é sem dúvida uma mulher que supera o ser "mãe" mesmo com todas as suas deficiências se é que posso chamar assim.

Alyne 09/12/2023

A perplexidade da humanidade
Precisamos falar sobre o Kevin, é um livro muito bem escrito (um dos melhores que já li) e a escrita não te prende muito no início, mas do meio para o final você se questiona tanta coisa que devorar o livro é involuntário.
Eva nunca quis ser mãe, porém, Franklin, sempre quis ser pai, e quando Eva cede a essa vontade (dita de praxe que foi do marido e não totalmente dela) e engravida, um efeito dominó é desencadeado. Que Kevin já nasceu diferente, é um fato incontestável, mas talvez, a relação mãe-e-filho ter sido tão "hostil", por assim dizer, tenha desencadeado algo mais profundo. Ficando assim, o primeiro questionamento: Foi culpa da mãe? Tinha algo que ela poderia ter feito diferente?
Falando do Franklin, posso dizer que a forma patriota americanizada dele me dava nos nervos, essa busca incessante para ser a "família americana perfeita" talvez tenha sido o quê piorou ainda mais a situação. Porquê fato era: ele ignorava todos os sinais que a Eva dava para ele.
O livro te põe para pensar, e se eu for pensar muito vou ter uma crise existencial, ele te faz questionar se teve um culpado além do Kevin porque é inconsciente nós não querermos colocar a culpa 100% em uma criança, por qual é? ele é só um mini ser humano, nao tem noção do faz/fala. Mas para mim, o Kevin tinha e sempre teve 100% de noção de tudo, Kevin é sim 100% do culpado e Kevin ser um psicopata é inegável.

Eu li uma resenha que tinha uma frase que resume muito bem o livro "Uma análise apurada da sociedade americana, da maternidade e paternidade e uma compreensão abrangente sobre a responsabilidade demandada para se construir uma família".

Um verdadeiro anticoncepcional que, se você tiver vontade, vale super à pena a leitura

Rocha114 11/10/2024

Precisamos falar sobre a Eva
Comecei a leitura esperando um livro sobre psicopatia e acabei recebendo bem mais que isso, por mais que aborde sobre o transtorno desde criança, o livro entrega algo bem mais profundo que isso que é a maternidade e a responsabilidade que a mulher acaba recebendo bem mais que o homem, aqui vemos uma mulher dona de si, determinada no serviço, bem sucedida que pra agradar o marido acaba engravidando, o sonho era do pai, mas a responsabilidade maior era dela, o Franklyn é o tipico homem que sonha em ser pai e quando vira não faz nada para ajudar, me deu um odio dele em quase todo o livro, sobre a Eva nao posso dizer que ela nao tem culpa nisso tudo de odiar ser mãe e ser mesmo assim, afinal ela fez as escolhas dela, mas eu realmente admirei ela e torci por ela, apesar do nome do livro ter o Kevin, a história é sobre a Eva e não poderia ter sido melhor.
Eu amei a escrita, gostei muito do plot, porém tirei uma estrela por achar em alguns momentos monotonos demais, achei o livro grande desnecessariamente, mas recomendo mesmo assim.

naty 05/02/2014

Que livro!! Se o começo parece desanimador, o final compensa tudo!
Quando termina de ler parece que o Kevin está na sua frente, te olhando com uma certa malícia, sussurrando: "mãemãe".

Cripta Da Leitura 17/02/2019

Que livro!
Acabei de fechar o livro e estou impactada aqui! Só de pensar que no começo eu estava com vontade de desistir da leitura, já estava ficando irritada de tanto que a narradora (mãe do Kevin, Eva) contava sobre a vida dela antes do Kevin. Eu entendo a importância daquelas informações para o decorrer de toda a história, mas foram 100 páginas praticamente só da história dela, e dela com o marido, com informações e mais informações que não estavam me interessando nada. Porém após o nascimento do Kevin, a história começou a ficar muitíssimo interessante, todo o relacionamento conturbado entre mãe e filho desde a infância, era muito empolgante de se ler, era uma relação tão estranha, tudo o que o Kevin fazia... nossa, não dava vontade de parar de ler. Mas o que fazia o ritmo se perder um pouco é que, o livro é dividido em cartas escritas para o pai do Kevin, e quase sempre, ou sempre, no começo dessas cartas eram narradas situações atuais (essas cartas eram como se fossem escritas há mais de um ano do ataque como uma forma de desabafo, intercalando sobre a vida atual da Eva e o passado da familia), que quando não tinham exatamente a ver com o Kevin era meio chato de se ler. E outra coisa é que tem muita, muita descrição e informação no livro, e nem sempre essas descrições e informações eram de coisas que realmente interessavam, o que ficava cansativo. Mas se muitas coisas me impactaram no decorrer do livro, as páginas finais, os últimos acontecimentos, me impactaram ainda mais.

Mas por fim foi uma ótima leitura, que eu recomendo pra todo mundo (contanto que você tenha uma certa paciência com o começo)!

lipelimma 19/12/2023

Precisamos falar sobre o Kevin - Lionel Shriver
Lido 19/12/2023 📖
Nota: 4.0 ⭐
⭐⭐⭐⭐⭐ Premissa ou Primeiras Impressões
⭐⭐⭐⭐ Protagonista(s)
⭐⭐⭐⭐ Personagens secundários
⭐⭐⭐ Conexão com a História
⭐ Page-Turner
⭐⭐⭐⭐⭐ Temas importantes ou Representatividade
⭐⭐⭐⭐⭐ Universo ou Ambiente
⭐⭐⭐⭐⭐ Elemento Surpresa ou Plot Twist ou Final
⭐⭐⭐ Escrita ou Narrativa
⭐⭐⭐⭐⭐ Frases ou Citações

Marcações

Jé 31/07/2020

A maternidade na vida real.
Achei incrível a forma como a história é contada/narrada. Os questionamentos e sentimentos levantados pela mãe, acerca da maternidade e comportamentos.. livro incrível, entrou pro meu top 5 com certeza.

Bibia 17/05/2024

Os capítulos são extremamente longos, e a autora é bastante detalhista, o que me deixou um pouco entediada durante a leitura. No entanto, o livro é bom. Já tinha assistido ao filme antes, o que me despertou a curiosidade de descobrir mais detalhes sobre a história de Kevin. O final é excelente e me deixou desconfortável ao ver como Kevin teve coragem de fazer aquilo com o pai e a irmã. A criação de Eva pode ter influenciado o comportamento dele. Ela é uma mãe que parece se importar apenas consigo mesma, sempre pronta para julgar os outros, mas incapaz de se autoavaliar. No final, ela simplesmente aceita o que aconteceu.

TioBriel 15/09/2024

O que pensar sobre o Kevin
Precisamos falar sobre Kevin é um livro contado a partir do ponto de vista de sua mãe, através de cartas delatoras sobre o passado e o que poderia ter acontecido que gerou o ódio de Kevin pelo mundo e os seus atos maléficos.
Durante o livro é difícil não associarmos a personalidade de Kevin como extensão da persona de sua mãe. Entretanto as palavras usadas por ela nas cartas, nos dão uma certa segurança de que ela não pode ser parcial e ainda que aquilo é a mais pura verdade vista por seus olhos.
Podemos nos questionar e quase chegar numa conclusão, se ela foi negligente ou se realmente Kevin nasceu sem um pingo de humanidade, mas sempre nos deparamos num beco sem saída, onde se escancara em tela o nosso interesse irrestrito pelo mal e a real falta de empatia em se entender o ocorrido de forma a evitá-lo.
Ouvir/ler sobre Kevin não é estudá-lo, buscar entendê-lo, observar o lar em que foi inserido a fim se encontrar uma resposta, um fator que mudou ou criou a sua personalidade, assim como o próprio. Na verdade nas próximas palavras de Kevin, somos pessoas entediadas com a normalidade da vida, esperando um louco, ou corajoso, cometer uma barbárie pra nos esbaldarmos com a sua trajetória de vida... Mas será se isso é realmente verdade?
Me recordo de outros livros de ficção em que os assassinos revelam que são humanos comuns, mas que apenas tiveram a coragem de fazer o que muitos pensam mas não conseguem ultrapassar a linha do pensamento. Talvez a humanidade seja isso, sentir o mau, se interessar pelo mau, desejar o mau, sem nunca de fato cometê-lo, enquanto um predador do reino animal não pensa duas vezes antes de estraçalhar sua presa.
Fiquei mal e muitas vezes reflexivo quando passei horas e horas sem conseguir parar de ler sobre Kevin. Mas acredito que este livro foi feito exatamente para esse exercício. A leitura já é um pouco madura e fiquei embasbacado pela fama do livro entre os leitores de primeira data.

Gaabi.Evely 01/02/2020

Espetacular!
Definitivamente uma das leituras mais difíceis que já fiz.
Ritmo lento, e tudo é descrito com grande riqueza de detalhes, a história é discorrida em meados da década de 80 a 2000 e vem recheada de acontecimentos históricos da época, o que acaba por ser um bônus (se é que se faz necessário, uma vez que o enredo ganha forma sem tal plus, simplesmente genuíno!).

É uma leitura que te faz refletir a cada avanço sobre vários aspectos da mente humana, suas rotinas, hábitos e quais meios são responsáveis pelos fins.
Terminei de ler e precisei parar alguns minutos em contemplação, pois o último paragrafo foi decididamente a sensação mais próxima que já senti de estar presa em um sarcófago:

Seco e frio.

Luana.Cris 06/01/2020

Uma tremenda perda de tempo
O enredo tinha tudo para ser uma ótima história. Pena que a narrativa do autor seja tao ruim. A historia se desenvolve muito lentamente, com uma riqueza de detalhes inúteis que a tornam cansativa e enfadonha. Quis abandonar várias vezes, mas fui até o final para entender porque algumas pessoas acharam a história maravilhosa. Nunca entendi. Faz tempo que nao lia um livro tão chato.