O último dia de um condenado

O último dia de um condenado Victor Hugo




Resenhas - O Último Dia de um Condenado


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GuiB. 04/11/2024

Os últimos dias de um condenado
O Último Dia de um Condenado conta na verdade as últimas 6 semanas de vida do protagonista sem nome, condenado à morte. Durante o livro temos sua visão da experiência prisional antes de sua execução e suas últimas reflexões.

É um livro corajoso para a época por abordar a perspectiva de um criminoso condenado à morte.
A intenção é claramente discutir a (falta de) humanidade da pena de morte que se tinha naquele tempo, que mais parecia um espetáculo para o povo.

A falta de explicações sobre o que ele fez ou até mesmo não dizer-nos seu nome me atrapalhou em sentir empatia pelo sujeito, principalmente ao considerar que esteve na mesma cela de outros criminosos terríveis.

A escrita de Victor Hugo é bem rica e o livro é dividido em vários capítulos curtíssimos, o que facilitou encaixar a leitura à minha rotina. É um livro curto, sendo boa parte dele em prefácios e extras.
Foi uma boa leitura.
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Sarah587 28/10/2024

Inesquecível.
Ler essa obra mexe com a pessoa, simplesmente não se sai o mesmo, não tem a ver com empatia, no meu ponto de vista, mas sim, com compaixão. Obrigada Victor Hugo!
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WESLEYTHEBEP 24/10/2024

Amei e recomendo. Meu primeiro contato com Victor Hugo. Livro tocante e cheio de passagens fortes e que levam a gente a pensar sobre a nossa humanidade ou sobre a ausência dela. Livro mais que atual e profundo.
Em muitos momentos durante a leitura vi a sociedade atual refletida nele.
Vale muito a leitura.
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Eduarda 02/10/2024

Curtinho e, apesar do que se trata, bem humorado. Não há o que dizer da escrita de Victor Hugo, ele é excelente! Não esperava que o final fosse esse, mas a jornada vale a leitura.
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midnightrainz_ 01/10/2024

Temática necessária de ser debatida
Em “O Último Dia de um Condenado”, Victor Hugo constrói uma narrativa intensa e reflexiva ao abordar a agonia de um homem à espera de sua execução. O protagonista, sem nome e sem muitos detalhes de seu passado revelado, representa qualquer ser humano prestes a enfrentar a morte, o que faz com que o leitor se conecte de forma profunda e angustiante. Ao não fornecer uma identidade clara para o personagem, Hugo impede que o leitor o veja como um criminoso específico, e sim como um símbolo universal da condição humana. Dessa forma, o autor nos força a lidar com a realidade da pena de morte sem que possamos justificar ou condenar o condenado com base em seu crime. Esse anonimato quebra as barreiras entre o personagem e o público, fazendo com que nos questionemos sobre a justiça e a crueldade da pena capital.

A ausência de detalhes sobre o crime cometido torna-se um dos pontos mais relevantes da obra. Em momento algum sabemos o que levou o protagonista à condenação. Isso retira a possibilidade de o leitor emitir um julgamento moral ou tentar justificar sua morte, o que reforça o tom de denúncia social e humanista do texto. Hugo convida a todos a refletirem sobre a desumanização que ocorre quando alguém é reduzido apenas a um "condenado", um ser à margem da sociedade, com seu valor como ser humano completamente desconsiderado. A justiça, aqui, surge como um mecanismo brutal e impessoal, que não leva em conta a complexidade do indivíduo.

A escrita poética e visceral de Victor Hugo potencializa esse sentimento de angústia e opressão. O texto é marcado por descrições líricas, metáforas e simbolismos que capturam o estado psicológico do personagem. Cada palavra parece cuidadosamente escolhida para transmitir o peso de cada segundo que passa, a lenta aproximação da morte, o desespero silencioso de quem já não tem esperança. Essa linguagem torna o texto denso e emocionalmente exaustivo, levando o leitor a sentir na pele a agonia de viver os últimos momentos de um homem que sabe que sua vida está prestes a ser arrancada de maneira irremediável e violenta.

Ao longo do relato, a presença constante do tique-taque do tempo que se esvai, o isolamento mental do condenado e a iminência do carrasco são elementos que intensificam o sofrimento descrito, de modo que o leitor experimenta o mesmo vazio e terror que corroem o protagonista. As poucas interações que ele tem com o mundo exterior apenas reforçam seu abandono e a indiferença alheia diante de seu destino. Ninguém parece se importar com sua dor, exceto ele próprio — e, talvez, o leitor, que é arrastado para dentro dessa tortura emocional. Essa indiferença é outro sinal da desumanização, como se o condenado já estivesse morto aos olhos da sociedade.

Esse livro é uma critica forte não somente à pena de morte, mas ao próprio sistema judiciário. Victor Hugo obriga o leitor a confrontar a frieza do sistema e a questionar até que ponto é possível falar de justiça em um contexto que elimina toda a humanidade do condenado. A obra é um grito contra a desumanização e contra a redução de uma vida a um veredicto, sem qualquer possibilidade de redenção ou compaixão. Posso não concordar 100% com o apelo moral da obra, apesar de também ser contra pena de morte (por motivos mais complexos, diga-se de passagem), mas não posso negar que ela entrega o que propõe e pode originar um debate bem interessante.
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Quaderna 26/09/2024

O Condenado e o Festejo da Morte
Em O Último Dia de um Condenado, meu caro leitor, Victor Hugo nos brinda com uma reflexão ardente que corta como o gume de um facão na alma sertaneja. Esta obra não é apenas um relato sobre a condenação à morte, mas um lamento profundo que ressoa nas entranhas da humanidade. O autor, com sua pena afinada, nos conduz pelos últimos momentos de um homem que enfrenta a guilhotina, e ao fazê-lo, nos faz sentir a angústia de cada segundo que se esvai, como a água que escorre entre os dedos. Hugo nos entrega um testemunho que denuncia a brutalidade da pena capital, transformando um ato de morte em uma reflexão sobre a vida, a injustiça e a compaixão.

À medida que avançamos pelas páginas, encontramos o condenado, um homem cujos pensamentos ecoam como as vozes de uma roda de violeiros, entrelaçando memórias de sua infância e o amor por sua filha. O que nos causa estranheza é o mistério de seu crime, que paira no ar como as nuvens carregadas antes da tempestade. A multidão que aguarda a execução, sedenta de espetáculo, nos revela a sordidez de uma sociedade que se regozija com a desgraça alheia, fazendo-nos lembrar das feiras e romarias onde a dor do outro se transforma em mero entretenimento. É um retrato vívido da desumanização que permeia a cena, onde o homem se torna um objeto de curiosidade, como uma charanga que toca um lamento triste.

Assim, ao ler O Último Dia de um Condenado, somos levados a questionar não só o sistema que rege a vida e a morte, mas também as raízes de nossa própria humanidade. Hugo, com a força de um trovador apaixonado, nos convoca a uma reflexão sobre a justiça que se faz à sombra da guilhotina e os ecoantes gritos da compaixão que não podemos ignorar. Portanto, convido-vos a embarcar nesta jornada literária que, apesar do peso, é uma ode à vida, e que cada palavra nos faça sentir o pulsar da existência.
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isabel_l 24/09/2024

Livro envolvente
Sabe aquele livro que mexe com sua cabeça? O livro, o último dia de um condenado, consegue fazer isso com perspicácia, deixando o leitor ser levado pela angústia da situação!
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Lolobela 18/09/2024

VICTOR. HUGO.
QUE LIVRO QUE LIVRO QUE LIVRO. Geralmente tenho dificuldade em me conectar os personagens e com a história em livros mais curtos, e é justamente por isso que eu digo que essa foi uma leitura arrebatadora, que me fez lacrimejar em alguns momentos. É a terceira obra que eu leio do autor, e a maestria dele na escrita é simplesmente SURREAL. Eu terminei esse livro tão absurdamente impactada quanto eu terminei Os Miseráveis, o que pra mim é uma evidência do talento puro de Victor Hugo.
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carlosmanoelt 11/09/2024

Autópsia intelectual de um condenado
Nessa obra, acompanhamos a narração dos últimos dias (não só um) ? as últimas seis semanas, para ser exato ? de um homem condenado à morte na guilhotina em Paris, no século XIX. Vivemos junto dele a escalada de sentimentos: a espera por uma graça ou um milagre, que não virão, e sua resignação, que volta a ser desespero. Ele narra as lembranças, os pensamentos sobre a situação da mãe, da esposa e da filha (especialmente desta última) após a sua morte. E a presença da gente que assoma de toda parte para assistir ao momento em que a lâmina separará sua cabeça do seu corpo.

Essa, para mim, é a pior parte: o interesse das pessoas pela desgraça do outro, a insensibilidade diante da tragédia alheia. Toda a discussão também me fez lembrar que o tema pena de morte não se encerrou, mesmo que tenhamos uma legislação avançada em termos de direitos humanos. Vira e mexe esse assunto volta à tona, assim como a maioridade penal, e se torna tópico de debates nas caixas de comentários das redes sociais. Os especialistas em nada logo saem com respostas a problemas complexos. Afinal, é fácil culpar apenas os indivíduos e gritar por punições severas.

Isso me levou a pensar que o livro não se distancia tanto assim da realidade atual, em que a barbárie atrai a atenção e gera engajamento. Eu não me surpreenderia se um evento como aquele juntasse, ainda hoje, centenas de pessoas em praça pública, que defenderiam, furiosas, a execução do condenado. É engraçado que, já em 1832, Victor Hugo entendia a complexidade do problema social que empurra os indivíduos para o crime. Naquela época, como se vê no prefácio do livro, o autor afirmou que a pena de morte não cabia aos homens e que nem mesmo servia de exemplo, ao contrário do que se sustentava, dada a criminalidade crescente.

Já naquele tempo, ele compreendia que a prática só tornava o povo duro e insensível, embora fosse o mais atingido por essa pena. Já naquele tempo, percebia a necessidade de ?tratar? o criminoso e não de o expurgar da sociedade. ?O último dia de um condenado, confessa Victor Hugo, é uma defesa aberta do fim da pena de morte, o seu modo de tentar ?frear o derramamento de sangue?.

Enquanto lia a respeito daquela plateia animada para ver o espetáculo da morte de outro alguém, refletia: o ser humano, em geral, não é somente impiedoso; é também incoerente. Ao comemorar o sofrimento do outro, como vingança pelo erro cometido, não cogita que, no dia seguinte, a sua cabeça pode estar em risco também. É isso, inclusive, o que diz o condenado. E que angustiante deve ser conhecer a data da própria morte, ainda mais uma tão dolorosa, tão humilhante. Senti cada sensação narrada pelo condenado diante de um destino que sabia sem volta, sem mudança de rota.
Leitorconvicto 15/09/2024minha estante
Tenho que ler mais Victor Hugo


carlosmanoelt 15/09/2024minha estante
Eu também, esse foi o meu primeiro contato com o Victor Hugo. Algum dia quero ler sua grande obra, Os miseráveis.




Elô 06/09/2024

Minha primeira leitura do autor e gostei bastante.
Como diz o título nós vamos acompanhar os escritos de um homem que foi condenado a morte, mas não sabemos o crime e as motivações que levaram o personagem a praticar tal ação. Ao longo da leitura o autor explora um dualismo de sentimentos que afeta o leitor, ao mesmo tempo que chegamos a ter pena do condenado em certos momentos, temos raiva dele por não sentir remorso e se colocar como vítima o tempo todo. Enfim, recomendo demais!
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Dau 22/08/2024

Muito bom
O objetivo do autor com esse livro era fazer as pessoas se voltarem contra a pena de morte. Comigo não funcionou.
Mas eu adorei fazer essa leitura. Muito bom mesmo. A história é ótima e a leitura flui bem demais, nem parece que foi escrita no século XIX.
Foi o primeiro que li do Victor Hugo, quero tentar ler mais obras dele agora.
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Fernanda.Santos 21/08/2024

Livro que claramente deveria ser recomendado a qualquer pessoa.
Chorei horrores e ainda que por um possivel assassino.
Mais que tivesse para ler de seus pensamentos. Mais que tivesse para ler de seus dias de outrora. Mais que tivesse a saber de Maria.
E claramente desesperdor em toda a sua agonia. Victor hugo foi brilhante!
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caraliteraria 18/08/2024

MEU DEUS VICTOR HUGO

Mentir se dissesse que não senti apreensão ao iniciar a leitura de Victor Hugo seria negar a verdade. Há muito tempo "Os Miseráveis" se tornou uma obra que gostaria de enfrentar em um momento mais tranquilo da minha vida. Entretanto, ao ser apresentada a "O Último Dia de um Condenado", um livro não tão grande, porém repleto de angústia, despertou minha curiosidade para explorar outras obras do autor. Quer dizer, algum dia,
É crucial destacar que "O Último Dia de um Condenado" é exatamente o que o título autointitula. A leitura se torna uma jornada tortuosa à medida que acompanhamos o homem preso, cuja esperança vai se esvaindo gradualmente ao longo de pouco mais de cem páginas. Este livro, rápido e repleto de pensamentos inquietantes, leva o leitor a uma montanha-russa emocional.
No decorrer da leitura, pode surgir a preocupação de que, devido à brevidade da obra, não haja um aprofundamento suficiente. No entanto, a meu ver, é exatamente essa a intenção do autor. A ausência de exploração detalhada da vida do condenado parece ser uma escolha deliberada de Victor Hugo. Talvez ele tenha pretendido evitar que os leitores desenvolvessem empatia excessiva pelo personagem justamente para trazer a realidade do que acontecia. Conforme sugerido em algumas passagens do livro, a ideia do afastamento sobre a vida de condenados, evitava a empatia que os espectadores das execuções pudessem sentir. Ao abordar essa temática, Victor parece querer provocar uma reflexão sobre nossa compreensão do sofrimento alheio, questionando se é necessário conhecer profundamente alguém para sentir verdadeiramente sua dor.
Embora alguns traços do passado do condenado sejam revelados para enriquecer a narrativa, nenhuma explicação sobre o crime ou aprofundamento na vida do preso é oferecida.
Mesmo sendo uma leitura selecionada para a Leitura do Mês em conjunto com os meus amigos — o que é motivação o suficiente para agilizar a leitura o quanto antes —, a leitura consegue ser tão rápida que é possível de ser finalizada em um único dia.
Para quem está buscando algo diferente do que é habituado, mas ao mesmo tempo algo rápido e BOM, eu recomendo esse livro em plena segunda-feira.

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Amanda 14/08/2024

Livro curtinho e ótimo para conhecer a escrita de Victor Hugo.
Até falando de guilhotina, ele sabe ser poético e arrancar a beleza das coisas mais doloridas.
Adorei!
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Alexandra 05/08/2024

Tenhamos coragem com a morte
É possível ter coragem diante da morte? Essa leitura antecipa a mim « Os miseráveis », obra prima de Victor Hugo. Adorei!
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