Janaína Calmet 17/05/2022Esta obra que estamos analisando neste mês no Clube Lumen, é muito mais que um livro, é um (pungente) manifesto contra a pena de morte.
Meu primeiro contato com a escrita do Victor Hugo. E que escrita! Atemporal e necessária. Eu simplesmente não conseguia parar de ler, absolutamente hipnotizada pela narrativa...
A história toda é muito impactante, mas os trechos que mais me marcaram são os que descrevem a multidão em êxtase, o público sedento pelo "espetáculo" da morte de um homem:
"Alugavam mesas, cadeiras, andaimes, carroças. Tudo se dobrava de espectadores. Comerciantes de sangue humano gritavam em altos brados:
- Quem quer lugar?
Uma raiva me tomou contra esse povo. Tive vontade de gritar:
- Quem quer o meu?"
Pois é...
Eu fiz questão de ler esse trecho algumas vezes em voz alta, e esta última pergunta segue ecoando em meus ouvidos...