O último dia de um condenado

O último dia de um condenado Victor Hugo




Resenhas - O Último Dia de um Condenado


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Paula.Juca 29/05/2022

A pena de morte nunca será um exemplo
Nessa narrativa Victor Hugo clama para a sociedade do seu tempo que a vida tem valor. Aqui não sabemos o crime e o condenado não tem nome, porque não é o julgamento que importa, não é o ato que ele cometeu que importa, mas sim sua vida que será extinguido por decisão do juiz e executada pelo carrasco. Isso sim é funesto. Deus é o Senhor da vida e só cabe à Ele decidir quando não mais será nos permitido viver. Aqui temos uma problemática social, filosófica e jurídica devemos analisar todos os lados.
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sabre 23/05/2022

?Alugavam-se mesas, cadeiras, andaimes, carroças. Tudo vergava sob o peso dos espectadores. Negociantes de sangue humano gritavam em altos berros:
? Quem quer lugares?
Uma raiva se apossou de mim contra esse povo; tive vontade de lhes gritar:
? Quem quer o meu??
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Alice2372 22/05/2022

Espetacularização da execução.
Como já antevia, favoritado! A escrita de Vítor Hugo é primorosa, ele sabia [e bem] descrever os sofrimentos humanos. Aquele misto de angústia e instigação. Mediante uma gradação de sensações o autor consegue, com maestria, fazer o leitor experienciar os últimos momentos de um condenado. Por conseguinte, possibilita entender seu pensamento crítico social sobre a desumanização dos condenados à pena capital, sem ser apelativo. Que baita reflexão!
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Janaína Calmet 17/05/2022

Esta obra que estamos analisando neste mês no Clube Lumen, é muito mais que um livro, é um (pungente) manifesto contra a pena de morte.

Meu primeiro contato com a escrita do Victor Hugo. E que escrita! Atemporal e necessária. Eu simplesmente não conseguia parar de ler, absolutamente hipnotizada pela narrativa...

A história toda é muito impactante, mas os trechos que mais me marcaram são os que descrevem a multidão em êxtase, o público sedento pelo "espetáculo" da morte de um homem:

"Alugavam mesas, cadeiras, andaimes, carroças. Tudo se dobrava de espectadores. Comerciantes de sangue humano gritavam em altos brados:
- Quem quer lugar?
Uma raiva me tomou contra esse povo. Tive vontade de gritar:
- Quem quer o meu?"

Pois é...
Eu fiz questão de ler esse trecho algumas vezes em voz alta, e esta última pergunta segue ecoando em meus ouvidos...
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Lidiane 12/05/2022

Simplesmente perfeito, Victor Hugo descreve os detalhes e os sentimentos do último dia de um condenado e consegui me emocionar. Recomendo muito essa leitura!
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Fernanda 06/05/2022

Sobre a pena de morte
"O quê? O sol, a primavera, os campos carregados de flores, os pássaros que despertam de manhã, as nuvens, as árvores, a natureza, a liberdade, a vida, nada disso me pertence mais!"
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Marcos774 25/04/2022

Eterno libelo contra a violação dos direitos humanos
Esta pequena grande obra foi escrita quando Victor Hugo tinha apenas 27 anos (em 1829) e demonstra a postura humanista do autor, contrário ao sistema penal (e social) vigente naquele inicio de século XIX.

O enfoque do livro é, como o próprio título demonstra, a pena de morte, tecendo uma crítica contundente e feroz contra a prática tão comumente utilizada de forma arbitrária e cruel na França da época do autor.

O autor não nos conta qual o crime que teria sido cometido pelo personagem, pois o espírito do livro é provocar nossas reflexões sobre o caráter cruel e desumano da pena de morte, independente de culpa ou não do condenado, independente da gravidade do crime. Porque seria fácil ser contra a pena de morte se estivéssemos tratando de um inocente. Mas quem tem peito para ir contra essa pena quando o sujeito é mesmo culpado? Pois Victor Hugo teve e o fez quando toda a sociedade não só aprovava as penas cruéis, como as celebrava em praça pública.

O autor já inicia o livro nos colocando na mente do sujeito (sim, talvez esse livro seja um dos precursores da técnica de 'fluxo de consciência', tão explorada no início do século XX e que teve como expoentes Woolf, Joyce e Faulkner).

Em algumas passagens Victor Hugo chega a tratar esse escrito como o "auto da mente agonizante" ou a "autópsia intelectual de um condenado" (pág. 26).

Esse livro influenciou escritores como Charles Dickens, Fiódor Dostoiévski e Albert Camus. E não é para menos: o livro tem um tom perturbador.

Vale muito a pena ser lido!
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Heloísa 24/04/2022

Reflexivo
Um livro que traz muitas reflexões, especialmente sobre a pena de morte. O condenado não tem nome neste livro. Ele pode ser qualquer pessoa. Conhecemos suas emoções durante seis semanas, e não um dia, como diz o título. É uma leitura que se mantém atual não só sobre a pena de morte, como também sobre o sistema penal. O condenado vendo sua filhinha foi de partir o coração. Victor Hugo soube dar humanidade a ele, sem em nenhum momento passar a impressão de que ele não deve ser punido ou a impressão do que hoje se fala em ter dó do bandido e não da vítima. Longe disso. É um livro curto, porém profundo.
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Aline 17/04/2022

Gostei muito da leitura, uma obra escrita em menos de três meses sob influência de uma execução em Paris à qual Victor Hugo assistiu em 1825.
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Joabe.Sousa 13/04/2022

Victor Hugo não decepciona
Sem saber o nome ou o crime, somos levados a conhecer os últimos momentos de um condenado a morte, se tratando de alguém novo, ele nos apresenta seus últimos momentos, idéias e reflexões..
Me deixou uma lição dura, a vida e a liberdade é um dos maiores bens que possuímos, momentos, aprendizados e pormenores, os detalhes devem ser vividos e observados com atenção, a vida é um sopro.
"De certa forma todos os homens estão condenados a morte por tempo indefinido"
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Igor 12/04/2022

Interessante
Entramos no diário de um condenado a morte que, enquanto aguarda a execução da sentença, discute sobre noções de justiça, saudade e outros assuntos que inundam sua mente durante seus últimos dias de vida. A leitura é fluída e bem interessante além de apresentar a pena de morte sob uma perspectiva emocional.
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