Resenhas - O Último Dia de um Condenado

Wendell.Vita 13/12/2020

Victor Hugo traz nesse livro a angu?stia e o sofrimento de uma pessoa condenada a? morte. No seculo XIX, a execuc?a?o em prac?a pu?blica, movimentava a sociedade que se divertia com o supli?cio e a decapitac?a?o de prisioneiros. Sempre contra?rio a? pena de morte, Victor Hugo traz aqui o sofrimento muito mais psi?quico que fisico de um prisioneiro. Ele sabe que vai morrer, mesmo sendo de ?refinada educac?a?o?, o sistema na?o perdoa, seja voce rico ou pobre. Seja seu crime, assassinato contra crianc?as ou apenas roubar um pa?o. Sua cabec?a vai rolar na Gre?ve. Um dos mais interessantes e intrigantes detalhes da obra e? o segredo que gira em torno da histo?ria deste condenado. Porque o autor na?o nos revela o crime cometido ou a motivac?a?o da sentenc?a capital. Sabe-se, apenas, que o condenado na?o se arrepende de seu crime. Outra coisa que nos intriga e? que o personagem lamenta que o delito tenha levado o Estado a praticar outro crime ? na?o o de condena?-lo a? morte, mas o de condenar a sua filha, em breve o?rfa? de pai, ao estigma social.

anne 07/12/2020

Excelente!!
Com esse curto romance Victor Hugo tinha o objetivo de contribuir para a abolição da pena de morte na França. Na época o país usava a guilhotina em execuções públicas, Victor Hugo inclusive presenciou essa "atração" inúmeras vezes, e sua indignação com a brutalidade do ato e com o espetáculo que isso representava para a sociedade francesa o inspirou a escrever a ficção.

No texto um homem condenado a morte pela guilhotina escreve seus últimos sentimentos, medos, relembra e medita sobre a vida enquanto aguarda sua hora de morrer. Embora seja breve é um livro extremamente poderoso e emocionante, o autor captou a agonia mental de um sentenciado a morte - consegui se colocar nessa infeliz posição e não hesitou em introduzir o leitor nela também.

Após a leitura conclui que a tortura física da guilhotina era muito pequena comparada a tortura mental de alguém prestes a ser guilhotinado. É uma leitura angustiante mas muito importante pra refletir sobre até onde a injustiça e a crueldade humana podem chegar.

ferbrito__ 16/11/2020

Esse livro mudou bastante meu conceito sobre a pena de morte. É uma narrativa incrível que nos comove e no faz sentir a dor do condenado. Além de trazer um posfácio escrito por Victor Hugo e extremamente reflexivo sobre a pena de morte. Amei!

Fernanda Sales 08/11/2020

Forte
Ótimo livro!
Gostaria de poder presentear todas as pessoas que defendem a pena de morte neste país, com essa magnífica obra.

queridasreticencias 30/10/2020

Pré-miseráveis
Consegui enxergar o que o autor já pretendia escrever anos depois neste livro.
Aqui ele vai em busca da voz e da liberdade dos oprimidos, contra a pena de morte.
Não significa que seja a favor de deixar os crimes sem punição, mas que seja uma prisão perpétua sem que os homens façam o juízo final o qual pertence verdadeiramente a Deus.
Acompanhamos o pensamento de um condenado a pena de morte, e sua angústia nas suas últimas horas de vida.
Victor Hugo vai acabar com todos os argumentos daqueles que sejam a favor de tal barbaridade no posfácio de forma tremenda!

Cinara... 18/10/2020

Sem palavras!
"Condenado à morte!
Ora, por que não? Os homens, lembro-me de ter lido em não sei que livro, no qual havia apenas isso de bom, os homens estão todos condenados à morte com sursis indefinido. O que tanto teria mudado na minha situação, então?"

Parecia o meu último dia!!! Senti cada sofrimento deste condenado, cada emoção! Victor Hugo descreve a desgraça humana como nenhum outro!!

Carol 04/10/2020

O livro retrata os últimos momentos de um homem que foi condenado à pena de morte na guilhotina. Ele entra na cabeça do condenado mostrando suas angústias, suas lembranças.

Claudia 23/09/2020

Um bom livro
Tenho muito interesse em histórias sobre justiça, crimes e essas coisas. Por essa razão, esperava muito dessa leitura. No entanto, não me senti tão afetada quanto esperava. Talvez tenha sido pelo ritmo com o qual o li ou devido à esta tradução em específico. De qualquer forma, recomendo a leitura. É um bom livro e pode ser que tenha grande impacto em algumas pessoas.

Gediane.Alves 22/09/2020

Victor Hugo nos faz entrar na mente de alguém que sabe que vai morrer.
Em vários momentos eu tive a sensação de sentir a angustia e desespero do condenado.
A história não foca no crime que o levou a sentença de morte,mas em todas as emoções que ele sentirá até o momento final!

Beto 19/09/2020

Quase 200 anos após ser escrito, a espetaculização do processo penal ainda se mostra presente, acredito que seja uma leitura que agrega muito na formação da opinião sobre ser contra ou a favor da pena de morte.

Julio.Argibay 18/09/2020

Grève
Bom, vamos falar agora sobre a obra - O último dia de um condenado de Victor Hugo ( O corcunda de Notre Dame e Os miseráveis). A obra em questão foi citada no livro, Duas narrativas fantásticas. Vamos ao livro, então. Esse romance está dividido em três partes: a primeira parte, faz uma análise da pena de morte. Um texto bem atual e independente da obra citada. Assim como a segunda parte, que é uma peça onde os personagens falam também sobre a morte. Agora vamos, finalmente, a terceira parte do livro, que é propriamente o romance citado. Nele, um condenado nos relata a sua experiência no corredor da morte e nos conta como foi seu último dia de vida, passo a passo. Antes, o protagonista relembra a sua infância, descreve os detalhes do local onde morava quando criança. Conta sobre sua experiência dos tempos onde trabalhou nas galés devido a outras condenações anteriores. Ele relata mais algumas experiências vividas por ele, em sua maioria marginais (gente boa). Vamos parar de enrolação e descrever logo como foi o último dia desse cidadão. Ele demonstra como foi a burocracia do procedimento condenatório: prazos, profissionais envolvidos - juízes, carcereiros, padres, condenados conhecidos, etc. Ele conta, também, sobre as expectativas vividas, pois o homem poderia ser perdoado, a qualquer momento, durante esse processo. Ele, também, descreve o local onde ele espera pela sentença, em Grève e relata uma visita da filha. Com base em tudo que ele descreveu, o leitor adquiri um conhecimento de todo esses momentos angustiantes. Assim, terminamos essa obra. Vamos as últimas considerações: eu acredito que esse texto chamou a atenção de Dostoievsky, devido ao russo ter passado por um problema similar em sua vida revolucionária, quando estava envolvido politicamente na Rússia Czarista, lá pela segunda metade do Século XIX (pouco tempo).

Malu 07/09/2020

Em o Último dia de um condenado, Victor Hugo conta a história de um homem que recebe uma sentença de morte e será submetido em breve a guilhotina, ele não informa ao leitor qual crime foi cometido ou mesmo qual é o nome do condenado, acredito que seja desnecessário para a mensagem que o livro tem a passar.

O personagem então passa algumas semanas na prisão aguandando o dia de sua morte e essa é a maior de todas as torturas, ele passa a ter diversos tipos de pensamentos perturbadores, principalmente sobre a hora da execução.

Acredito que o livro traz uma reflexão acerca de justiça mas tem um enfoque maior em condenar a pena de morte, pois transformaram o que seria uma forma de punição em um espetáculo, que possui dia e hora marcado e as pessoas aguardam ansiosas para assistir, entretanto ninguém se coloca no lugar do condenado ou em como ele suporta tudo isso.

"Olho o meu crime com horror, mas desejo um tempo maior para o arrependimento." - posição 706. Nesse trecho é um dos poucos momentos em que o personagem cita o seu crime e como podemos perceber ele quer se arrepender do que cometeu, porém com uma morte iminente essa é a última coisa que lhe vem a mente.

Enfim, a leitura foi bem agradável, rápida e reflexiciva. Gostei bastante e recomendo muito.

Sylvia 02/09/2020

Victor Hugo
Grande livro!
Faz pensar e refletir acerca da pena de morte.
Bem angustiante, mas excelente livro!

Gabrielli 20/08/2020

Relatos de sofrimento
Minha primeira experiência com o autor, que escreve maravilhosamente bem. O livro é um relato dos últimos momentos de um condenado à morte, e sem dúvida consiste naquelas leituras que lemos rápido para acabar com a angústia. O intuito do livro, que é a denúncia contra a pena de morte, tratada como um espetáculo à época do autor, é certamente atingido.