Tiago 05/04/2023
Bizarro, tosco, risível
O mais renomado artista Sacro das últimas décadas no Brasil, responsável pela estética mais usada e quase oficializada de toda igreja, capela ou basílica construída ou reformada nos últimos tempos. Artista realmente consagrado. Por isso, esperava uma boa base teórica e uma noção profunda da espiritualidade e da tradição Sagrada da arte católica.
Para minha surpresa, o que encontrei no livro foram bizarrices, tolices e momentos cômicos de profunda (ou rasteira) ignorância.
O livro é completamente fragmentado, como se simplesmente houvessem copiado e colado slides de alguma apresentação. Faz citações de antigos santos e teólogos sem qualquer contexto ou aprofundamento, praticamente frases jogadas ao vento. Comenta suas preferências pessoais sobre a construção e organização das igrejas como se fosse o legítimo ensino católico. Aqui e ali solta algumas alfinetadas contra a arte antiga (como, por exemplo, afirmando que o barroco era uma arte inadequada à liturgia). E, como ponto alto da comicidade, monta um quadro de uma pseudo explicação etimológica para palavras corriqueiras que faria vergonha pra qualquer pessoa que não tivesse um acesso de riso.
É realmente um livro pra ser apagado da história. É bizarro. É raso. É tosco.