Hoje, o que chamamos de beleza está completamente distante de seu centro, de suas raízes, de seu elemento gerador. A beleza e as artes estão em crise: não há mais discernimento entre o belo e o feio, pois a determinante é o consumo, se se vende ou não, como um produto qualquer.
A beleza em si não aflora, pois ela não tem direito nesta sociedade em que o dinheiro é o poder.
Em todas as culturas e religiões a beleza é, sempre, expressão que nasce numa celebração de vida, e a arte, a linguagem fundamental de todas as religiões, pois é a única palavra-imagem universal a todos os seres humanos.
Há, hoje, uma crise na beleza, porque a crise está na religião, que não tem sido referência para o ser humano contemporâneo, porque se vive fora e dentro dela com os mesmos princípios e expressões.