Memórias do cárcere

Memórias do cárcere Graciliano Ramos




Resenhas - Memórias do Cárcere


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Rita 27/04/2012

Li quando estava na escola para trabalho com nota. É um apanhado de idéias e da política em que vivia o Brasil em 1.930. É cansativo, só li mesmo para nota.
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Carlos 25/12/2012

Livro muito bom para quem quer saber um pouco mais sobre a história de Graciliano Ramos,sua filiação como partido Comunista,e tudo o que ele passou durante a Era Vargas,na ditadura do Estado Novo!
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Carla Martins 02/01/2013

Para aprender sobre o Brasil
"Resolvo-me a contar, depois de muita hesitação, casos passados há dez anos”.

Assim Graciliano Ramos começa a escrever Memórias do Cárcere, o primeiro livro desse estilo que eu li. Sua prisão aconteceu durante o Estado Novo e é narrada, dez anos depois, de uma maneira real, fiel e sem censuras nem exageros.

O livro é amargo, duro, seco. Porque a vida dele naquela época difícil, bem como os acontecimentos vividos também foram amargos, duros e secos. Adorei o livro e, apesar de tê-lo lido há muitos anos, lembro exatamente do impacto que me causou. Em algumas edições, ele possui quatro volumes, mas, no meu caso, possuo um com dois volumes apenas.

Recomendo muitíssimo o livro, até para entender um pouco sobre essa época do nosso País. Para mim, foi bem importante, já que havia lido muito sobre a ditadura militar, os atos institucionais, a prisão e tortura de jornalistas, mas pouco sabia sobre o Estado Novo.
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raphahass 11/07/2013

Apenas Citações do Livro
Capítulo 13
"Somos grãos que um moinho tritura - e ninguém quer saber se resistimos à mó ou se nos pulverizamos logo."
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Mary D. 21/09/2014

Com certeza um dos livros que tive mais dificuldade em ler. A linguagem usada por Graciliano é muito complicada, foi preciso muita concentração para concluir este livro, não era somente ler, mas analisar cada parágrafo, nessa leitura tive que deixar o hábito de ler no ônibus de lado, passei a ler quando estava sozinha ou de madrugada para compreender e acompanhar a história. Falando primeiramente da experiência de leitura deste livro, com certeza, aprendi a refletir mais profundamente sobre o que era lido, fugindo um pouco das minhas leituras habituais, em que a linguagem é mais fácil e a leitura flui com mais rapidez.

A história é narrada em primeira pessoa pelo próprio Graciliano Ramos, relatando os acontecimentos que vivenciou nos meses que passou na prisão, acusado de ter ligações com o Partido Comunista. O autor relata não somente o que acontecia com ele nesse período, mas também com os outros presos. No mesmo período em que esteve no Pavilhão dos Primários da Casa de Detenção no Rio de Janeiro, estiveram presos a militante comunista alemã e de origem judaica Olga Benário, que foi entregue pelo governo brasileiro ao governo alemão em 1936, nesse período estava grávida; o militar e comunista brasileiro Luís Carlos Prestes, companheiro de Olga; Rodolfo Ghioldi, político e comunista argentino, dentre outros. Além do Pavilhão dos Primários, Graciliano também passou pela Colônia Correcional de Dois Rios na Ilha Grande. Antes de ser mandado para a Colônia Correcional, de dentro do Pavilhão ele publicou uma de suas obras de maior destaque, Angústia, com a ajuda de amigos, como José Lins do Rego. Graciliano foi solto em janeiro de 1937 e Memórias do Cárcere foi publicado em 1953, após sua morte, o livro não conta com o capítulo final, já que Graciliano morreu antes de escrevê-lo.

Apesar da linguagem difícil, o livro é muito bom, ver esse período (Estado Novo) pela visão de alguém que sofreu repressão e não somente pelos livros de história é ótimo para entender o contexto histórico. Recomendo.
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Jana 29/10/2014

Descobri ''Memórias Do Cárcere em uma das passagens do livro Olga que se citava Graciliano vagando pelas celas com o caderninho debaixo do braço. Caderninho este que viria a se transformar em memórias do cárcere, sem rodeios, exageros ou omissões a rotina forçada destinada aos presos políticos, é muito bom, ver esse período pela visão de alguém que sofreu repressão e não somente pelos livros de história.
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Margô 16/07/2020

Graciliano escreve com perfeição invejável. É o primeiro ponto favorável. A obra remete a sua vida pública, como prefeito de uma pequena cidade , no estado de Alagoas, à prisão do escritor no período da Ditadura do Estado Novo, onde ele relata o cotidiano na prisão, ( na ilha de Fernando de Noronha) e o encontro com outras pessoas notórias da época. É bem curioso o dia a dia dos presos políticos, além de se conhecer a conjuntura política do país. É uma obra pra quem gosta de História.
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Vittor Az 25/08/2016

Fantásticas idas e vindas
Chega uma hora que não se sabe se a sensação descrita no trecho ocorre no momento em que o autor escreve, ou à época da vida que ele narra ou a um momento anterior ao do cárcere.
De fato, memórias. Muitas vírgulas onde outros escritos inseririam pontos, como se se lembrasse e fosse escrevendo à medida que vinham as reminiscências.
Fantásticas descrições de sentimentos, ações e reações verbais e físicas do ser humano. E o fato de ele procurar colocar-se numa posição imparcial durante toda a obra, o faz observar bem as características dos dois lados, sejam quais forem eles.
Linguagem e vocabulário agradáveis, repetições (já confessadas no início da obra) positivamente angustiantes e estruturas sintáticas também aprazíveis, sem requintes.
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Mi Ramos 05/02/2017

O livro é bom.
O livro é bom e sua narrativa flui muito bem. O personagem que narra sua experiência tenta ser imparcial, mas é óbvio que isso é bem difícil porque se trata de um momento autobiográfico e por isso mesmo tende a ser subjetivo. Julgo ser importante fazer uma leitura sobre o cenário político no qual se encontrava o Brasil. Além de sua narrativa fluída o autor nos enlaça porque mostra muito dá natureza humana em um ambiente hostil. Não há a polarização das pessoas em boas e más, há atitudes que eles tomam e julgam ser boas ou más. Acredito que o cotidiano carcerário dos dias atuais destoa um pouco do descrito pelo autor, mas esses registros são importantes para a história e para nós como seres humanos. O livro é ótimo, intenso, faz você se perder no tempo assim como o personagem. O ambiente abafado, a comida indigesta, as noites mal dormidas devido a vigilância, o medo, a preocupação. Apesar do número de páginas parecer desafiador é muito tranquilo de se manter um ritmo e estabelecer uma meta. Fiquei pesarosa pelo fato de que ele veio falecer antes da finalização da obra e particularmente senti falta de um final de fato, mas nada que me desistimulasse a indica-lo. A tensão psicológica do personagem também te deixa tenso, a falta de resposta para as perguntas mais simples que não lhe são dadas (as vezes nem ele é por consequência nós ficamos sem respostas) nos faz meditar. A preocupação dele com a família fora, sem saber como estão também nos atingi, ele não dá respostas para o leitor até mesmo porque ele próprio está cheio de questionamentos. Ótima leitura, vale a pena, recomendo.
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João Luiz 10/12/2017

Excelente livro, narra os momentos difíceis vividos por Graciliano na prisão, os acontecimentos trágicos de um dos mais tristes momentos da nossa história. Uma leitura indispensável!
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Volnei 05/09/2019

Memórias do Cárcere
Neste volume o autor conta como foi sua vida durante o período revolucionário da década de 1930

site: http://toninhofotografopedagogo.blogspot.com.br
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Laura Regina - @IndicaLaura 14/10/2019

um Livro sobre as crueldades da vida real:

A época na qual Graciliano foi preso pela Ditadura de Getúlio Vargas é relatada, com todas as nuances da vida real cruel.

Escrita crua de um dos maiores escritores brasileiros (eu nunca me recuperei de “Vidas Secas” 🌵🐶👨‍👩‍👦‍👦). Aqui, Graciliano relata suas memórias e impressões da época que ficou preso - em cárceres do exército, num navio, numa cadeia de presos políticos. Nesses locais, reconhecemos diversos nomes importantes da política brasileira, como Olga Prestes e Nise da Silveira - pessoas que buscavam melhorias para o país.

Também reconhecemos toda a barbaridade destes locais: os abusos, as mentiras, os desmandos, os pequenos poderes que mostram a mesquinharia dos policiais, do Governo e do Exército.

O que mais gostei do livro foi as reflexões de Graciliano em pequenos eventos de seu cárcere - as mudanças de atitudes, as mudanças de visões, as intrigas, a formação de um coletivo, a ingenuidade de crer que vai ser solto em breve... O livro é recheado de filosofia, da visão de Graciliano sobre aquela barbaridade toda.

Mais indicações no Instagram @indicalaura

site: https://www.instagram.com/indicalaura/?hl=pt-br
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Túlio Demian 21/10/2019

Nota de leitura de Memória do Cárcere
Nessas memórias de Graciliano Ramos podemos observar além de seu distanciamento plausível para a confecção menos apaixonada e mais racional, uma despreocupação com os modelos literários em voga na época. Auge do modernismo brasileiro, Graciliano está mais preocupado com o conteúdo de sua obra e com a sua identificação com os registros propostos do que necessariamente agradar aos interesses de uma estética comprometida com os movimentos artísticos de um período histórico.
Memórias do Cárcere é também, dentro dos preceitos defendidos por Lukács, um romance histórico de natureza documental, que imprime ao protagonista, a obrigação de observar e transformar o seu espaço. O herói, que por um longo período se mostra desconhecer as causas pelas quais fora preso, por diversos momentos, observando outros companheiros de confinamento, analisa sua própria capacidade revolucionária e passa a auto-avaliar suas atitudes que sequer são dignas de um prisioneiro político, no sentido de que, ele jamais tivera, verdadeiramente, uma atitude revolucionária. Estes questionamentos nos encaminham para os valores do narrador que jamais foram externados na prática.
A força da introspecção de Memórias do Cárcere está em criar um universo de conflito para as discussões que o universo exterior não poderia saber. Tanto pelo poder opositor do Estado Novo, do qual era acusado de subversão, e pelos próprios princípios do grupo de comunistas (Primeiras manifestações) o qual era acusado de pertencer. Aqui, nesses espaços de conflito e criação é que se estabelecem as diretrizes para o que viria a ser a mais brilhante obra memorialística que temos registro em nossa língua.
Na introspecção registrada nos manuscritos do cárcere e/ou ainda aquela que fora produzida anos depois, quando de seu preparo para o projeto do livro, o autor nos presentei com uma ficção baseada em registros memorialísticos de forte impacto catártico que não nos permite questionar o teor jornalístico de suas observações.
Essas marcas ficcionais podem ser observadas na onisciência do narrador quando mergulhado nas preocupações de personagens alheios, como se uma percepção das expressões desses personagens fosse o suficiente para determinar as profundas angústias que estes sentiam, ou que, numa leitura mais atenta, denotam apenas o reflexo de sua própria angústia diante da incerteza de seu destino, que lhe acompanharia em quase todo o seu percurso como prisioneiro. No entanto, o que há de mais evidente nessa estrutura narrativa, que busca alinhar os fatos reais com o uso dos fatos criados, é a própria percepção do narrador com o ato da criação na edição das memórias ora como positiva e ora com repulsa pelo próprio narrador:

O diabo é que, se me decidisse a narrar por miúdo a conversa do capitão, tanchar-me-iam de fantasista. Ou dar-me–iam crédito indivíduos que andassem no mundo da lua, idiotas ou românticos (Ramos, p89).

A observar de atos de seus próximos, aliados ou não, serve de um prato cheio para uma análise de sua postura com “revolucionário” (termo pelo qual poderia ser acusado) e para uma observação mais detalhista acerca da atitude do próprio movimento revolucionário que se propunha como resistência. Ações que a atitude de um militar, que se nenhum motivo aparente decidia por ajudá-lo, e que, para qualquer um seria apenas um alimento da causa em que se injetava a confiança e a própria liberdade, para o narrador era motivo de questionamento sobre o seu fazer revolucionário.

Capitão Lôbo, portanto, fugia ao preceito. De certo modo havia no caso uma espécie de deserção. Impossível explica-la. Se ele condenava s minhas ideias, sem conhecê-las, direito, porque me trazia aquele apoio incoerente? Insolência e brutalidade com certeza me atiçariam ódio, mas seriam compreensíveis, e nada pior que nos encontrarmos diante de uma situação inexplicável. Admitimos certo número de princípios, julgamo-los firmes, notamos de repente uma falha neles – e as coisas não se passam como havíamos previsto: passam-se de modo contrário. A exceção nos atrapalha, temos de reformular julgamentos. (RAMOS, p. 87-88)

E fora a busca por essa renovação rápida dos valores que fizeram desse prisioneiro peculiar fugir às atitudes de reflexão comuns a esse tipo de situação: A da adesão e da repulsa.
Ou seja, a atitude de um condecorado, um inimigo declarado, que discordava de seus preceitos e ainda assim, contra a força que o emergia e o condicionava, agia. Isso, a atitude de resistência é o que aquela intelectualidade não conseguia compreender e, portanto o grande gatilho para os questionamentos desse cárcere que vivera até então o espírito de resistência que pode ser observada no enxerto abaixo:

A nossa vida não tem muito valor, às vezes se encrenca e desejamos a morte; faltando-nos coragem para o suicídio, exibimos outra forma de coragem; queremos desaparecer; é uma perda individual. Mas ninguém, de senso perfeito, joga fora os seus bens, pois nisso repousa o organismo social – e o sacrifício constitui prejuízo coletivo. Afinal capitão Lobo devia ser muito mais revolucionário do que eu. Tinha-me alargado em conversas no café, dissera cobras e lagartos do fascismo, escrevera algumas histórias. Apenas. Conservara-me na superfície, nunca fizera à ordem ataque sério, realmente era um diletante (RAMOS, P 88).

Memórias do Cárcere é mais que um documento de resistência, é sim, um importante registro dos preceitos reflexivos sobre a práxis indispensável no dia-dia de quem almeja uma transformação, independente de sua dimensão. Já que as mazelas e friezas do cárcere ultrapassam as muralhas os alçapões de qualquer instituição, e encarceram os projetos e sonhos revolucionários inertes no peito dos oprimidos e militantes.
Ari Mascarenhas - O texto original se encontra em meu blog


site: https://contempoemidade.blogspot.com/2019/10/memorias-do-carcere-graciliano-ramos.html
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ELIZ 09/01/2020

Muito denso e que te faz sentir náuseas.
As memórias nem sempre são felizes, mas saber contá-las é um talento para poucos. Você sente cada linha escrita dentro de vc, mistura de angústia, revolta, o ser humano esvair de sua dignidade, ter vergonha de si. Impossível não entrar na história.
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