As Flores do Mal

As Flores do Mal Charles Baudelaire




Resenhas - As Flores do Mal


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Leandro 16/10/2012

Pra quem gosta "dos poetas malditos", não deve perder a leitura deste magnifico livro.
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Roberto Noir 15/09/2012

Baudelaire, o mestre da poesia francesa.
É difícil expressar o talento de Baudelaire em palavras. É raro ver como alguém consegue combinar beleza, fealdade, doçura e amargura em poemas que mostram uma mente privilegiada e em sintonia com as Musas.
Para entender melhor o que digo, nada melhor do que mostra um de seus poemas. Este é um dos meus preferidos:

REMORSO PÓSTUMO

Quando fores dormir, ó bela tenebrosa,
Em teu negro e marmóreo mausoléu, e não
Tiveres por alcova e refúgio senão
Uma cova deserta e uma tumba chuvosa;

Quando a pedra, a oprimir tua carne medrosa
E teus flancos sensuais de lânguida exaustão,
Impedir de querer e arfar teu coração,
E teus pés de correr por trilha aventurosa

O túmulo, no qual em sonho me abandono
Porque o túmulo sempre há de entender o poeta,
nessas noites sem fim em que nos foge o sono,

Dir-te-á: "De que valeu cortesã indiscreta,
Ao pé dos mortos ignorar o seu lamento?"
- E o verme te roerá como um remorso lento.

CHARLES BAUDELAIRE
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Vanessa Sueroz 22/03/2012

As flores do Mal
Para que gosta de poesias o livro é realmente espetacular, cheio de altos de baixos
As Flores do Mal, livro publicado em 1857 pelo poeta Charles Baudelaire, é considerado um marco na produção literária do fim do século XIX. Com suas Flores do Mal, o poeta inventa uma linguagem na qual a realidade grotesca interage com a linguagem sublimada do Romantismo (Auerbach).

(...)
http://blog.vanessasueroz.com.br/as-flores-do-mal/
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Paulo Alves 23/02/2012

Viagem total.
Não gosto muito de poesias, mas esse Charles é bom no que faz. Na maioria das vezes que li esse livro, e foram algumas, eu sentia uma atmosfera de terror, como se a qualquer momento alguém fosse entrar pelo quarto e meu coração sair pela boca. As nuances entre o simbolismo e uma pitada de realidade sombria me fazia acreditar que estava lendo uma carta de um suicida. Acho que por isso Baudelaire é tão conceituado e aclamado pelos leitores de poemas macabros. ( Leitores de poemas macabros, isso eu inventei agora) :P
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Silvia Andrade 27/03/2011

As Flores do Mal: Provocação, Degradação e Beleza em Baudelaire

As Flores do Mal, livro publicado em 1857 pelo poeta Charles Baudelaire, é considerado um marco na produção literária do fim do século XIX. Com suas Flores do Mal, o poeta inventa uma linguagem na qual a realidade grotesca interage com a linguagem sublimada do Romantismo (Auerbach).
Para se entender melhor a poesia de Baudelaire e suas características tão peculiares, é preciso ater-se no ambiente e na época em que o poeta transitava. Tanto o país (França), como a capital (Paris) vivia os deslumbres da modernidade. Paris, a grande cidade, apresentava os contrastes entre o velho e o novo, resquícios do passado e apontamentos da modernidade e, por sua vez, essa alteração interferia nas relações sociais (modernidade alterando o perfil da sociedade). A época, resultado do processo de antropofização, proporcionava uma valorização do individualismo, do olhar voltado para a exterioridade, para o concreto, deixando de lado a vida interior.
A produção poética de Baudelaire manifesta este contraste entre a modernidade e os valores da interioridade. Esse conflito gera, como traço caracterizador de sua poesia, elementos como a degradação, a provocação e a beleza. Segundo o crítico Otto Maria Carpeaux, Baudelaire foi um poeta que escreveu com maestria sobre o dilema de uma época e os efeitos que esse dilema causava à sensibilidade do poeta. Lê-se:

A poesia de Baudelaire exprime igualmente as convulsões do seu tempo e a angústia de todos os tempos. Eis a relação da sua poesia, na aparência tão sofisticada, com a vida, relação sem a qual não há grande poesia. E Baudelaire é um poeta muito grande (pág. 124).

Elementos como a provocação e a degradação revelam o estado de ânimo do autor (geralmente o tédio) que faz com que o poeta reflita sobre seu tempo, sentindo um desconforto, mantendo-se sempre no lugar do inadaptado social. Baudelaire ao ser provocativo, criticando a hipocrisia e a alienação social, acaba por revelar a degradação que o meio provoca e, consequentemente, passa. A beleza principia-se justamente a partir da degradação. Segundo o escritor Carlo Argan, a beleza é um artifício que pode surgir dos elementos mais inesperados:

O belo pode-se distinguir em tudo o que sai do acostumado, do normal e do mediano. Inclusive o feio e o cômico, levados ao limite, são belos... o artista tem o dever de ser uma exceção, de sentir mais que os demais e de maneira distinta; só marginalizando-se da sociedade pode estar em condições de analisar, interpretar e, dentro dos limites de suas possibilidades, orientar e dirigir a sociedade (pág. 78).

A beleza em Baudelaire não combina com a normalidade. A beleza está, como escreve Argan, no limite.
Lincoln 06/09/2019minha estante
Muito boa, completa e suscinta tua resenha. Obrigado!




Auricélio 13/01/2011

Imoral
O primeiro livro fundador do Simbolismo. Poemas obscuros imorais (para a época), irônicos, sexuais... e com muito uso do símbolo. Nã é á toa que o próprio autor, Baudelaire foi preso na época da publicação, por motivos de imoralidade.
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Rafa 11/01/2011

De corpo e alma
Eu tomei conhecimento deste livro por um marcador de texto, anos atrás, quando comprei o livro "A Ciência de Harry Potter" e fiquei encantada pela beleza das cores, pelo título e pelo intrigante resumo do livro.Na época eu desejei muito o livro, cada vez que eu via o marcador eu o desejava mais.Algum tempo depois o marcador sumiu e eu me esqueci do livro, até que ano passado o marcador reapareceu, como um sinal, eu não perdi tempo e tratei de adquirir o livro desejado.
"As Flores do Mal" reúne vários poemas, vários desses intimistas, verdadeiros, e mergulhados no mais puro Romantismo, envolvidos em uma névoa sombria, subjetiva, libertina, com cenas de tirar o fôlego de qualquer apreciador desta escola.
Baudelaire soube explorar nossa leitura, mantendo uma comunicação conosco, é quase como pensar que estamos falando com ele diretamente tomando xícaras de chá.Nesses poemas é possível sentir todas as emoções vivenciadas pelo autor, é preciso ter a mente aberta e saber aproveitar cada verso para entender o conjunto da obra, que não e fácil de ser entendida.
Leitura confortável para amantes da geração Byroniana.
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joedson 15/12/2010

FLORES DO MAL

ao hipócrita leitor
o tédio parisiense
do albatroz em esplendor
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Peterson.Silva 25/10/2010

É bom, só não é pra mim...
A poesia é boa, bem construída, bem legal. Mas eu não tenho saco pra poesia. São poucas as que me prendem realmente, e embora eu racionalmente veja valor nas poesias dele, elas não me tocam a ponto de eu querer continuar a ler com real vontade. Por isso abandonei; por gosto meu, não porque acho uma poesia ruim.
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Iara 09/09/2010

Espetacular
Além de trazer os melhores poemas de Baudelaire, o livro mostra a maestria da tradução de Guilherme de Almeida. Uma dupla obra-prima! Simplesmente espetacular...

Pra melhorar, ainda há as anotações que o tradutor realizou de cada especificidade na tradução de cada poema. E há ainda uma análise da obra de autor e tradutor. É impensável um amante de poemas não ler este livro. E eu nem sou tão fã assim...
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Ich heiÃe Valéria 12/08/2010

a poesia de Baudelaire é sublime. *.*
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Dan 18/02/2010

Suspiro Baudelairiano
Como pode alguém conseguir equilibrar o lúgubre com o brilhante, a podridão com a beleza, o desabrochar das flores com o florescer do ódio?
Quem dera um dia eu tivesse uma retalho de Baudelaire nos meus ossos.
Rafael 30/09/2010minha estante
Esse eu também li, provavelmente o livro que está com você É MIO, FEA !!!! Mas pode ficar com você se você continuar escrevendo suas resenhas...




caio 15/08/2009

Poesia
Livro de poemas arrebatador,que aborda vários temas:Do erotismo a dor, do amor ao desespero.Marco da poesia Simbolista e Moderna,encanta e desassossega,como todo bom livro deve ser.
"Para não serdes os martirizados e escravos do tempo/ embriagai-vos sem tréguas/ de vinho, de poesia ou de virtudes/ como achardes melhor".

Baudelaire
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