Resenhas - Garota, Interrompida

etysali 26/06/2024

Não gostei muito do livro não, ele é meio chato. Achei que seria mais emocionante, mas não é.
Geralmente eu gosto de livros em que a leitura me prende do começo ao fim, mas esse livro me prendeu apenas nos primeiros capítulos. Depois passei a ficar com preguiça de ler, tanto que abandonei, mas como eu queria terminar eu acabei de ler e não gostei muito.

Paty 26/06/2024

Leiam
Livro perfeito maravilhoso, realista do sistema dos manicômios na década de 60 . Deveria ser estudadoo , achei meio confuso e as vezes chato , porém não deixa de ser essencial

Bastronauta03 24/06/2024

Sobre saúde mental
Achei que fosse um livro de ficção, mas é uma ?autobiografia?, do período em que a autora ficou internada em um hospital psiquiátrico no final da adolescência.
Ela conta como foi seu dia a dia no hospital psiquiátrico e sua relação com outras pacientes.
O final é muito interessante, onde ela faz uma reflexão muito boa sobre o que seria realmente um transtorno e o que seria da personalidade mesmo, levando em consideração que foi diagnosticada com transtorno de personalidade borderline, o que não teria cura? porém na sua ficha de alta, apareceu como ?Recuperada?.
Será que esses diagnósticos realmente dizem que somos? Hoje em dia, todo mundo ?tem alguma coisa?.
O psiquiatra forense Guido Palomba tem uma visão muito interessante sobre o DSM-5, manual para diagnóstico de transtornos mentais. Ele é contra esse manual, pois segundo ele todas as pessoas se encaixam em algum transtorno descrito no livro.
Por que hoje em dia para nos encaixarmos nessa sociedade precisamos ter uma ?desculpa? de que temos um transtorno caso tenhamos comportamentos dados como diferentes, estranhos, inadequados, etc.?
Afinal, não é toda a diferença e diversidade que fazem de cada humano um ser único?

Maressa 24/06/2024

Genial? Esse livro é um aviso, uma reclamação, um livro que deveria ser notado e compreendido, pois é esse o desejo que a autora transmite.

Esse é um relato real, a protagonista é a própria autora e ela começa descrevendo como sua vida foi interrompida por ser internada em um hospício durante a juventude.

Além de descrever o que ela presenciou nesses dois anos que ficou internada, ela também conta seus episódios mais obscuros, suas frustrações, seus questionamentos? e no final do livro ela desmistifica tudo o que você pensava.

No final de tudo ela não estava louca, como muitos faziam ela se rotular, estava apenas passando pela fase mais confusa da vida de qualquer pessoa: a transição para a vida adulta; junto com o vazio, a incerteza do seu futuro, a falta de interesse pelas atividades que são impostas a gente durante essa fase (tarefas, escola, escolher carreira etc?)
Todas essas questões juntas com esse sentimento de tristeza e vazio acabam nos colocando em uma posição ?anormal? daquela que a sociedade, pais e professores esperam por nós.
Literalmente como ela dita na sinopse do livro: ?Não saber o que quer ser não é uma opção?

Achei genial a análise que autora faz do seu próprio diagnóstico, ela questiona os sintomas e explica o que se passava em sua mente naquela época e o leitor vai se identificando e compreendendo que não era ?loucura?, era apenas confusão. O sentimento mais comum que temos.

Ela traz vários questionamentos sobre generalização de sintomas, diagnósticos baseados em gênero, padrões de sociedade e pessoas? esse mundo adulto que é apresentado tão rapidamente e te obrigam a fazer escolhas que encaixem no padrão esperado, e se você não se encaixa e fica perdido nesse ?mundo adulto? você é louco!

ana 21/06/2024

Lembrar sempre da luta antimanicomial
Confesso que li o livro sem ter muita ideia do que ele falava, me surpreendi pq nem sabia que era autobiográfico. Esperava mais por conta da repercussão do filme (que eu nunca assisti, mas agora vou correndo ver), mas entendo que ele é muito importante principalmente pra gente da área psi. O relato da própria paciente, a descrição dos métodos tradicionais utilizados em hospitais psiquiátricos, tudo isso é importante pra relembrar essa luta e as vitórias, apesar de muitas vezes presenciarmos ainda casos de negligência e atitudes duvidosas com pessoas acometidas na saúde mental.

Star_boy 18/06/2024

Meu filme consolo
A primeira vez que tive contato com essa obra foi através do filme "Garota interrompida" após assistir eu quis muito o livro, porém era muito difícil achar. Graças a Darkside eu e muitas outras pessoas conseguimos ter acesso a este livro, modificado e muito mais bonito também.
Confesso que eu esperava mais, as vezes os acontecimentos são fora de ordem, e muitas vezes não tem um aviso prévio de que algo vai acontecer, simplesmente acontece. Retrata bem a vida real por ser desta forma, mas algumas coisas poderiam mudar.
Dei 4 estrelas porque eu realmente AMO muito essa obra (algumas coisas poderiam ser mais bem explicas) , mas ainda sim o filme ainda tem 5 estrelas pra mim.

Andrea 18/06/2024

Livro muito bom, realista. Foi um soco na cara. O sistema manicomial da década de 60, o diagnóstico de uma doença tão estigmatizada. E o que mais impacta é saber que foi tudo real. Não leia esperando encontrar o filme aqui.

Bika 17/06/2024

Ouso falar: o filme é melhor que o livro
Diferente do filme, o livro infelizmente não trás personagens interessantes. Na verdade, temos a visão parcial e biográfica da autora. Não conseguimos nos aprofundar em personagens ao redor e acabamos ficando presos na visão dela que é simplista e pouco interessante. Por esses motivos é a primeira (e talvez única) vez que digo: O FILME É MELHOR QUE O LIVRO

Van Bracisiewz 15/06/2024

Uma Garota Interrompida
É um livro que marcou profundamente a minha vida. Sendo eu mesma diagnosticada com transtorno de personalidade borderline e tendo passado por uma internação, esta obra me tocou de maneira única.

Susanna Kaysen, a autora e protagonista, compartilha sua jornada de forma íntima e honesta. Ela não só descreve os desafios enfrentados por alguém com problemas mentais, mas também revela os bastidores de uma internação psiquiátrica, algo que eu pude vivenciar em minha própria vida.

O que mais me impactou foi a maneira como Susanna explora a delicada fronteira entre a normalidade e a loucura, mostrando como nossas experiências podem nos levar a lugares inesperados. Seus relatos sobre os altos e baixos emocionais são tão reais que muitas vezes me senti refletida em suas palavras.

Além disso, o livro aborda temas importantes em torno das doenças mentais e as complexidades do tratamento psiquiátrico. Isso me fez sentir compreendida e menos sozinha em minha própria jornada de autoconhecimento e cura.

Garota, Interrompida não é apenas um relato pessoal, mas uma obra que lança luz sobre questões profundas da mente humana e da sociedade que muitas vezes negligencia o cuidado com a saúde mental. Para mim, foi uma leitura transformadora que me ajudou a entender melhor a mim mesma e a encontrar aceitação em meio às minhas batalhas internas.

rayssa922 15/06/2024

Um dos melhores que li nos últimos tempos, a forma como retrata a questão da saúde mental nos anos 60 é muito importante, entender esse processo juntamente com o entendimento do transtorno de personalidade em meio a uma sociedade ainda muito privativa com certeza foi muito difícil, a leitura foi tão gostosa que devorei em uma tarde e queria não ter acabado :(

Flavissima 14/06/2024

Esperava mais
Eu esperava mais do livro. O comprei por ser o relato de um período da vida da própria escritora que tem borderline, assim como eu, mas não achei nada demais. Os pensamentos dela em determinados momentos vagueiam demais, não tem um real significado, sei lá, não pra mim. Então no máximo achei 3 estrelas.

Daniela.Lopes 13/06/2024

Longe de mim querer comparar o filme ao livro, uma vez que são obras diferentes e ambas têm sua essência.
Mas, sinceramente, muito me assusta o fato de que várias pessoas acham o filme - que não agrada a escritora - mais ?emocionante? e ?visceral? que o livro escrito pela própria pessoa que vivenciou tudo aquilo.
Penso que pode ser pela inclinação das pessoas a gostarem da arte mais comercial e sensacionalista (sem críticas aqui, só uma constatação) do que de narrativas mais cruas.
Talvez (e fica aqui uma proposta de reflexão) seja porque o filme afasta muito mais a loucura de nós do que o livro.
No meu ponto de vista, o intuito da autora era exatamente este: mostrar que a loucura é mais ?normal? do que imaginamos, e que a experiência de ser internada é traumática, de uma forma banal. Só que é mais confortável pensar em portadores de distúrbios mentais como personagens caricatos, histéricos e desviantes, o que justifica a existência de instituições como ?comunidades terapêuticas? (ou manicômios).
A alegação de que o livro não superou as expectativas das pessoas, porque as histórias das outras personagens não foram exploradas, também me surpreende, já que se trata de uma exposição da experiência de um indivíduo específico, em um lugar que não propicia a formação de laços profundos.
Enfim, cada um busca algo na leitura. Contudo, acho válido encarar a realidade quando ela é exposta, em sua forma mais desnuda.
Recomendo ambos, de qualquer forma ??

Giulia 12/06/2024

Sem comparar com o filme
Gostei muito do livro, mas tem muitos anos que assisti o filme, não me lembro como é, por isso não fiz essa comparação.
Eu gostei pq parece um diário em que a autora só conta o que ela precisa desabafar, não é uma história que vá te dar detalhes e suprimir toda a necessidade de um enredo. É um livro sensível e com várias reflexões do que é estar sã. Achei potente, achei atual e achei bonito!

flavvvvvvv 10/06/2024

Fazia muito tempo que eu queria ler esse livro, principalmente por sempre dizerem que é bem diferente do filme (que é um dos meus favoritos), e realmente é.

O livro relata bem mais, e de forma muito mais visceral, o cotidiano da Susanna no hospital, além de adentrar mais detalhadamente sobre as outras pacientes e os funcionários.

Um dos pontos mais interessantes são os relatos e reflexões de Susana sobre saúde mental, e saber como foi a vida dela e de algumas outras pacientes após a alta.

Comparado com o filme, a similaridade com o livro está mais nos detalhes do que na trama central, e ler sobre a experiência real da Susanna do hospital é um dos principais motivos que torna o livro atrativo.

A escrita é super fluida e cativante, realmente não te cansa em nenhum momento e é o tipo de leitura que você faz em um dia e quer repetir várias vezes.

giovana 10/06/2024

Reli depois de muitos anos e, apesar de achar o ritmo muito bom, senti falta da proximidade com a história. Acho que por ser algo tão próximo à autora, pode ser difícil separar os acontecimentos, mas a ida e vinda de certas pessoas tornou a leitura um pouco confusa. Apesar de tudo, gosto bastante desse livro.