spoiler visualizarpeeuzo 14/11/2024
Não atrase a sua felicidade
Acho que o grande problema que maior parte das pessoas enfrenta em relações amorosas é a idealização de um amor que seja perfeito. No livro, Quentin sofre com isso também. Ele idealiza Margo como sendo a melhor pessoa do mundo, do jeito que ele deseja. Ele constrói uma imagem dela como sendo uma pessoa perfeita para ele, acabando por colocar expectativas inteiramente nela, como se fosse uma obrigação de Margo correspondê-las.
Grande parte dos leitores acredita e defende que Margo é "egoísta", fez Quentin de "trouxa", mas gente, não. Ela não é a vilã da história. Margo vive a vida do jeito que ela bem entende e quer, ela procura fazer coisas que deixam ela feliz e realizada, que a diverte. Ela sai da própria zona de conforto. E isso é um outro problema que Quentin enfrenta, uma prova disso é quando ele diz que só vai ser feliz quando se formar, ter sua própria casa, filhos e etc. Isso é triste. Nós temos essa mania de achar que só vamos ser felizes se determinada coisa acontecer, se a gente estiver com alguém.
E me encaixo bastante nas caractéristicas de Quentin, bem como em algumas de Margo, apesar de estar tentando mudar. Margo é uma personagem que mostra exatamente que a gente não precisa prolongar nossa felicidade. Basta você se conhecer, gostar de você mesmo, estar feliz com você. Eu assisti recentemente um vídeo que se chama "então, o amor não é mais alguém" e isso é tão verdade. Nós não precisamos necessariamente estar com alguém para amar e ficar feliz.
Enfim, eu acho essa história incrível e sensível de tantas maneiras. É linda, mas claramente não é uma obra prima, apesar da mensagem maravilhosa.
Obrigado por ter criado essa história, John Green.