Joalison 20/09/2021
Sobre: O Bater de Suas Asas
"Desde que descobriu esta verdade, Cale é assombrado pelo homem que o transformou em Anjo da Morte: o Redentor Bosco. Arrogante e inocente, generoso e impiedoso; o garoto é um paradoxo, temido e reverenciado por seus criadores. Sua força já foi usada para derrubar a civilização mais poderosa do mundo, mas agora está fraco. Sua alma está morrendo. Enquanto seu corpo é assolado por terríveis convulsões, Thomas Cale sabe que o Juízo Final não irá esperar por ele. O desejo de vingança o guia de volta ao Santuário, para confrontar Bosco, alvo de todo o seu ódio. Cale deve reconhecer que é a encarnação da ira de Deus e decidir se é hora de lançar mão de sua habilidade ímpar de destruição? O futuro da humanidade está em suas mãos. "
O bater de Suas Asas tem a importante tarefa de finalizar a trilogia A Mão Esquerda de Deus, iniciada com o livro homônimo e imperfeito, sempre pendente para o ruim, mas sempre conseguindo se salvar e se mantendo como medíocre, e continuada com o As Últimas Quatro Coisas, que possuí uma proposta completamente diferente dos dois, por consequência, o que mais se aproxima de um padrão de qualidades. A última entrega de Paul Hoffman, porém, carrega a proeza de jogar fora tudo o que foi criado e ser o pior dos três livros.
A prosa ou é incompetente ou é amadora. As andanças de Thomas Cale e de personagens já conhecidos são aleatórias, pouco interessantes, maçantes... nenhuma ponta de planejamento, o menor que seja, é notado. E os problemas não param por aqui.
"O Anjo da Morte vagou por esta terra; pode-se ouvir o bater de suas asas"
Novos personagens surgem apenas por conveniência do roteiro, morrem ou somem pouco agregando a história, como a maioria do elenco da obra, deixando tramas em aberto, mal concluídas, abandonadas e esquecidas. Os diálogos são na maioria ruins e desnecessários para o andamento da trama, o que só agrava o problema. O esperado final é surpreendente, mas terrivelmente mal trabalhado, pouco conclui e não de uma forma boa, e a tentativa questionável do autor em dar vida além das páginas ao livro em combate às merecidas críticas é um completo desastre.
O bater de Suas Asas, como toda a trilogia, tem pouco a oferecer desde o início. Se adicionada a qualquer lista de leitura, pouco agrega. Se retirada, pouco subtrai. De fato, após tantas páginas, é inegável dizer: "o cenário é desolador. "