Cláudia 27/07/2017Mais uma vez, Cornwell nos deixa cara a cara com o inimigo durante a batalha. Desta vez é Azincourt, a famosa batalha travada entre ingleses franceses durante a Guerra dos Cem Anos, o palco de nossa peleja.
Azincourt não foi uma das batalhas mais significativas nesta guerra, sua fama deve-se a desigualdade numérica entre os exércitos, cerca de 30 mil para o lados dos franceses e 6 mil ingleses, dos quais cerca de 5 mil portavam o arco longo, arma temida pelos franceses e dominada pelos plebeus ingleses. Após um doloroso cerco a cidade de Harfleur, Henrique, rei da Inglaterra, o quinto com este nome, decide sair da França desaforando os franceses: ao invés de voltar a sua ilha por onde veio, pelo Canal da Mancha, leva o exército a marchar pelo território inimigo até Calais. Porém, no meio do caminho, o exército francês, adormecido em Rouen, inicia o bloqueio da passagem dos ingleses.
É assim que, próximo ao castelo chamado Azincourt, trava-se a batalha que deu credibilidade a Henrique V, logo em seus primeiros anos de reinado.
Acompanhamos o arqueiro Nicholas Hook em sua jornada, primeiramente na guarnição de Soissons, e em seguida na campanha do rei Henrique V através França. Nick é um amaldiçoado, fora da lei, ouve vozes e exímio arqueiro.
Assim como em O Arqueiro (trilogia Busca do Graal), há também as descrições de atirar com o arco davam aquela sensação de ‘estar realmente envergando o arco!
E são 80 páginas (apróx.) de batalha são de tirar o fôlego! O tinir das armaduras, o trote da cavalaria, os estandartes desfraldando ao vento, estocadas de lanças, marretadas de acha d’armas e, é claro, o canto do arco disparando as flechas no ar, acertando, aleijando, matando.
Gostei muito!!