O visconde partido ao meio

O visconde partido ao meio Italo Calvino




Resenhas - O visconde partido ao meio


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Tetê 29/10/2024

Divertido e instigante
Meu primeiro contato com a literatura de Calvino e que feliz surpresa. História divertida e instigante, com elementos do fantástico muito bem utilizados por meio de metáforas e alegorias. A temática da dualidade do homem é sempre atemporal. O livro vale boas risadas e reflexões.
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Lenora 15/10/2024

Curtinho, instigante, criativo, fantasioso. Uma viagem ao mundo da imaginação. Surpreendentemente bom.
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dianatenorio 09/10/2024

Que bem poderia advir de um senhorio que nasce do crime?
Italo Calvino, através de O Visconde Partido ao Meio ? que nada mais é do que uma fábula ?, estava tentando nos fazer refletir sobre o perigo dos dois extremos que chamamos de Bem e Mal. Ambos, de maneiras desenfreadas, podem ocasionar desgraças. Esse tipo de reflexão entre bondade e maldade, que não é nova na literatura,
é encontrada em O Médico e o Monstro, uma obra que eu ainda não li e que foi inspiração para o Italo, afinal de contas, a humanidade sempre procurou encontrar lógica e respostas na dualidade da natureza do homem.

Me recordo de não ter gostado na primeira vez que o li há muito tempo, mas é um livro curtinho, divertido e cheio de críticas nas entrelinhas. Vale a leitura! Dessa vez, a todo momento, lembrava do que o Sirius Black disse ao Harry: ?O mundo não se divide em pessoas boas e más. Todos temos luz e trevas dentro de nós. O que importa é o lado o qual decidimos agir. Isso é o que realmente somos?.

?Assim, meu tio Medardo voltou a ser um homem inteiro, nem mau nem bom, uma mistura de maldade e bondade, isto é, aparentemente igual ao que era antes de se partir ao meio. Mas tinha a experiência de uma e de outra metade refundidas, por isso devia ser bem sábio?.

Às vezes a gente se imagina incompleto e é apenas jovem?.
Gleidson 09/10/2024minha estante
Vc me fez decidir nesse exato momento, ao ler sua resenha, qual vai ser o próximo livro. Estou justamente relendo O Médico e o Monstro por causa dessa temática. Obrigado!


dianatenorio 09/10/2024minha estante
Ah, que legal, Gleidson! Torço pra que você goste. Faz tempo que eu tô afim de ler O Médico e o Monstro. Espero lê-lo em breve ??


Mateus 09/10/2024minha estante
Esse autor é incrível, se possível leia Cidades Invisíveis.


dianatenorio 09/10/2024minha estante
Quero ler outras obras dele, Mateus. Vou colocar esse na lista agora mesmo! Muito obrigada pela indicação ?




Richard.Capiotto 24/09/2024

Narrativa genial.
A literatura fantástica a qual Calvino nos transporta é, por falta de palavra adequada, instigante. O Visconde Partido ao Meio foi meu primeiro contato com o autor e a sua capacidade magistral de contar a sua história é encontrada a cada nova palavra, parágrafo e capítulo. As metáforas e alegorias que o romance nos traz acabam por consolidar a genialidade de Italo. A questão da dualidade não é recente na literatura (mesmo a obra sendo lançada na década de 1950), tanto que a primeira referência que me veio foi a de Louis Stevenson, o que só enriquece a experiência de leitura, uma vez que o modo como se é desenvolvida a narrativa nos permite enxergar outras nuances e possibilidades estilísticas e conceituais; como disse acima, as alegorias nos remetem a outras questões cuja época de escrita e publicação estão submetidas. É um bom livro e confesso que não esperava me divertir e gostar.
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Mandark 08/09/2024

A veracidade do insólito...
Calvino conseguiu trazer à sua história uma força pungente, carregada de ensinamentos e reflexões a partir de uma premissa completamente insólita. Com um narrador inesperado e cheio de expectativas, acompanhamos o amadurecer de um jovem diante de uma realidade dicotômica que é a base da existência humana!
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Gabriela4798 02/09/2024

"Das duas metades é pior a boa do que a má"
O tema do livro sobre bem e mal, sobre a moralidade de cada um foi muito bom.
Porém, mesmo sendo curto, senti que foi desenvolver o assunto da metade para o final. O Calvino escolhe narradores bem diferenciados para suas histórias e aqui foi igual, mas desta vez senti que destacou muito mais o história do narrador, do que o próprio visconde.
Tirando isso, a história foi ótima.
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MachadoMadeira235 24/08/2024

"O Sósia" do Doistoiévski soq sob o efeito de cogumelos alucinógenos
Eu já tinha "lido" esse livro durante o fundamental e queria reler ele só para cumprir com uma aposta de ler 20 livros durante as férias (eu perdi).

É engraçado, e tem certa lição moral implícita na história, mas acho que pelo fato do próprio livro não ter se levado a sério, e considerando a introdução do tradutor e do autor, o livro pareceu mais uma grande piada doq qualquer coisa.
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Priscilla 23/08/2024

Legal
É um bom livro, divertido, cômico, de fácil leitura e bem curtinho.
É o segundo livro de Italo Calvino que leio.
O primeiro, "O Cavaleiro Inexistente" foi bem difícil de ler, o começo é muito chato, parado, difícil de entender, com muita descrição de guerra desconectada de um contexto. Não gostei da leitura, não me interessei e só me obriguei a terminar. Aí quis dar uma outra chance ao escritor.

Já neste livro, "O visconde partido ao meio", gostei da leitura. Achei leve, fácil, divertida. Também traz um realismo fantástico, mas de compreensão possível e divertimento.

O que mais me chamou a atenção na história foi que a divisão de Medardo em duas metades: uma má e uma boa, não significou que a parte boa era aceitável.

De fato, no começo, as pessoas gostaram mais da metade boa, em comparação com as crueldades feitas pela metade má. Mas, com o tempo, perceberam que a metade boa também era insustentável e que também trazia prejuízos concretos. "Assim passavam os dias em Terralba, e os nossos sentimentos se tornavam incolores e obtusos, pois nos sentíamos como perdidos entre maldades e virtudes IGUALMENTE DESUMANAS" (p. 86).

Me fez refletir que não existe ser humano somente bom ou somente mau. Alguém exclusivamente Mau perde sua humanidade. Assim como alguém exclusivamente Bom também perde sua humanidade. O ser humano é necessariamente um ser complexo que possui o mal e o bem em seu interior, em seus pensamentos e em suas ações. E, muitas vezes, em situações trazidas no livro, é importante ter um poucos dos dois pra equilibrar as atitudes e não ser somente ingênuo, inocente e acabar, com isso, fomentando injustiças. Esse pensamento também me faz refletir sobre a religião cristã. No cristianismo, Deus é somente Bom, enquanto que o Diabo é somente Mau. Ambos estão distantes da humanidade, pois o ser humano não consegue se identificar com somente uma parte sua. Já os deuses gregos e romanos tem bondade e maldade em seu interior, em seu pensamento e em suas atitudes, tornando-os, assim, mais próximos dos seres humanos.

Vale a leitura pelo divertimento, ironia, comicidade e pela reflexão sobre bem e mal.
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Marcelo 14/08/2024

"O Visconde cortado ao meio" conta a história do Visconde Medardo de Terralba que, em um luta contra os turcos tem seu corpo cortado ao meio e sobrevive, porém ao regressar ao seus domínios, começa a demonstrar uma personalidade extremamente maléfica. Em dado momento, a outra metade, que julgavam destruída aparece e, ao contrário da primeira, tem um comportamento bondoso e caridoso.
A história é uma parábola interessante sobre a dualidade da natureza humana, que tem uma certa moral. Um livro leve, rápido de ler e divertido.
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Laura 13/08/2024

Um livro maravilhoso, como todas as obras que já li desse autor. Muito bem escrito, com doses de humor, sarcasmo e ironia na medida certa. Traz diversos elementos e traços da personalidade de cada personagem de forma a criar reflexões importantes para o leitor, criando uma experiência de leitura muito impactante em poucas páginas.
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Juh 21/07/2024

Uma narrativa fácil e de leitura rápida. A ideia de problematizar maniqueismo é o ponto central, já que uma das belezas da vida é a contradição.
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Clara2825 16/06/2024

A ideia e o conceito foram bons mas faltou desenvolvimento, talvez se tivesse mais questões filosóficas o livro seria bem melhor!
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Leticia2490 26/05/2024

Um livro fantasioso e curto!
Há tempos não lia fantasia, me trouxe uma nostalgia da infância, embora não seja um livro infantil.
Gostei e indico, uma leitura diferenciada e conversa com a polarização cada vez mais presente na vida adulta!
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