A desumanização

A desumanização Valter Hugo Mãe




Resenhas - A desumanização


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victoria.maria 21/02/2023

"quem não sabe perdoar só sabe coisas pequenas"
Desumanizar tendo o sentido de tirar aquilo que é inerente à humanidade. valter hugo é brilhante em contar uma história através da mente de uma criança e colocar como título "a desumanização" pois senão é isso que fazemos com as crianças, que mesmo dotadas de sentimentos e pensamentos reais, têm sua humanidade negligenciada e/ou banalizada.
falando na história em si, sinto com o coração a necessidade de pensar muito sobre, é extremamente triste e realista, mas consegue por meio de linhas totalmente humanas transparecer sensibilidade e doçura.
caroline 23/03/2023minha estante
amiga vic ????




Sabrina758 02/02/2023

Fiquei um bom tempo sem palavras, precisando muito processar. Ele é de uma tremenda melancolia, uma descrição ao mesmo tempo bonita e feia, e fala tão abertamente sobre a tristeza que chega embrulhar o estômago, só acho que não li no momento certo, talvez se eu reler daqui uns anos goste mais.
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tooonho 29/01/2023

como sempre, Valter é incrível
conheço poucos autores com essa capacidade descritiva, tão detalhada. fica mais incrível ainda quando a gente sabe que ele quase nunca viajou aos lugares sobre os quais escreve... genial! e que história!!
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Pablo Marcelo 23/01/2023

VHM - Profundo
Essa obra do VHM já tem uma pegada mais pesada e densa, que é o falar do luto e de suas consequências. Contudo, vem tudo muito bem envelopado em pura poesia. Mais uma grande obra dele.
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Sara999 09/01/2023

A irmã menos morta.
Em primeiro lugar, trata-se de um livro triste. a forma mais agonizante da tristeza, Aqui a tristeza é narrada com muita poesia e abuso de figuras de linguagens.

A estória em si, é linda, segue um tanto arrastada por ser tão aprofundada nos fatos e lembranças, mas acima de tudo, haja poesia!
Tudo é revelado pela óptica da Halla, personagem principal, uma menina de 11 anos que tem que lidar com a perda de sua irmã gêmea e por consequente o desmoronar do seu seio familiar e de algumas convicções compartilhada por ela e a irmã morta.

A narrativa carregada de sentimentos, Em alguns momentos é fácil se confundir com os fatos devido a forma "amontoada" que a estória é contada, mas nada que um retorno em algumas linhas ou um pouco mais de atenção não resolva.
Levei algum tempo pra absorver o final, embora parcialmente satisfatório, foi inesperado por mim.
Foi o primeiro livro que leio do autor e fiquei muito satisfeita. recomendo fortemente a leitura a quem interessar.
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akasaori 07/01/2023

Em 'A desumanização' acompanhamos Halla e sua família lidando com o luto após perder sua irmã gêmea Sigridur. O começo do livro é muito forte e eu não conseguia parar de grifar, até que deixou de ser. Esse livro já se difere dos outros do VHM por ser ambientado na Islândia, o que traz toda uma carga cultural diferente para a história, principalmente graças à essa discussão sobre luto atrelada a religião e costumes. A discussão dos personagens sobre deus estar em todos os lugares e ser tudo que é desconhecido é muito rica e interessante de acompanhar.
Contudo, a partir de um dado momento a leitura se distanciou um pouco do que eu esperava. Os livros do VHM tem a tendência de sempre caminhar para lugares que a gente não espera, tramas bem diferentes do que era no início, mas aqui a trama, apesar de interessante, carrega um plot que eu realmente não gosto de acompanhar e não consigo normalizar durante a leitura: Halla tem 12 anos e se envolve com um homem mais velho da sua vila.
Principalmente no início dessa relação o incômodo foi inevitável, não conseguia tirar da minha cabeça o quão errado era aquilo mesmo com toda a argumentação por trás disso. Foi a partir do desenvolvimento e do foco nessa relação que minha atenção com a história foi se perdendo também, voltando apenas quando voltamos a focar mais em Halla e suas discussões internas e questões familiares. Nesse aspecto foi interessante acompanhar os desdobramentos do luto e como cada um lidou com a perda de uma forma, tendo como principal foco a mãe das meninas se perdendo em si, chegando a se automutilar (alerta de gatilho) e ainda mutilar a filha, dando a impressão de que ela sente que a filha não está sofrendo verdadeiramente.
Ainda é um livro que eu recomendo, principalmente por conta do debate religioso e familiar do início, mas não virou um favorito.
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Iya Moura 04/01/2023

Em pedaços
A poetica de VHM nessa obra é inconfundível. É um livro pesado, denso, mas ele flui porque ha amor.

É de passar a leitura se despedaçando e recolhendo cada pedacinho para se recompor, várias vezes, sempre se recompondo de uma nova maneira.

Questões delicadas de se abordar.

Não indicaria como primeira leitura de VHM, nem a segunda...rs você precisa estar pronto e disposto a ler tudo que esse livro tem a dizer.
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Camila 31/12/2022

Quem não sabe perdoar só sabe coisas pequenas
Há uma diferença sutil mas fundamental entre tristeza e melancolia. ?A Desumanização? é pura melancolia e assume o top 3 dos meus preferidos de VHM. Com uma história situada na fria e vazia (no sentido mais figurado do que literal) Islândia, o luto é o personagem principal. Encerrando 2022 com mais um livro sobre luto, pelas mãos mágicas e poéticas de VHM. Deixo o próprio falar um pouco sobre a beleza da melancolia?
?
?A beleza é sempre alguém, no sentido em que ela se concretiza apenas pela expectativa da reunião com o outro?.
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?Havemos de dezembrar. Dizia eu. Faltava pouco para o fim do ano. Era o meu pai, nos tempos de maior conversa, que o pedia. Depois de cada dificuldade, esperava que dezembrássemos todos. Que era prometer que chegaríamos vivos e salvos ao fim do ano, entrados em janeiro, começados de novo. A resistir?.
?
?Quando eu fugir, não deixes de comer, de sorrir, de subir ao cabeço, de ver como são bonitas as auroras, toma conta das ovelhas, têm um coração carente e são medrosas, nunca as assustes, é muito triste. Não deixes de ser malcriado. Quando deus ficar feio vai arrancar-nos a cabeça como se espremesse um bago de feijão. Porque somos imbecis, aprendemos nada e sonhamos com o que não nos compete. Tu nunca deixes de namorar, Einar. Atira-te às raparigas. Põe-lhes as mãos no rabo, lembras-te. Elas vão dizer-te que não gostam, mas estarão sempre a mentir. Convence-as de tudo, e faz-lhes filhos, não te importes que sofram. Elas vão ter de sofrer de qualquer maneira e não vale de nada a vida se não a jogarmos por inteiro. Traz as raparigas para aqui e faz-lhes filhos bonitos. Se nascerem rapazes, serão sempre Hilmar. Se forem meninas, tu sabes, podem chamar-se Halldora. Mas tu não guardes vazios os meus lugares. Deixa-me ir. Olha pelo meu pai. Se ele te falar dos poemas, ouve tudo. É a única coisa que conta, a poesia?.
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ludwig2 29/12/2022

Overrated
Resenha de 17/06/2020

A história é a de Halldora, uma menina de onze anos que tenta lidar com a imponente e onipresente ausência de sua irmã gêmea, Sigridur, que morreu. Era sua melhor amiga, confidente, seu espelho, e tinham uma relação quase telepática. A "irmã menos morta" vive na pequena vila de Bildudalur, onde não há outras crianças. Assim, cercada de adultos e velhos, ela é forçada a amadurecer antes da hora. Os únicos companheiros da garota são o pai, que escreve poemas, e o rapaz Einar, que tem um segredo: uma memória que ele não consegue recordar.

Inicialmente a narrativa é um pouco estagnada. A partir da metade do livro surgem personagens que roubam a cena e deixam a história mais dinâmica e interessante.

Ponto baixo do livro: muitas vezes a narrativa se perde em reflexões das mais diversas, sobre morte, palavras, poesia, Deus, tristeza, beleza, solidão. Isso poderia ser agradável, mas parece haver um esforço constante para tentar produzir metáforas e comparações bonitas que acabam não sendo marcantes. Apenas os personagens secundários Einar, Thurid e a "mulher urso" motivaram a minha leitura.
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Suelen 27/11/2022

A desumanização
O livros tem vários temas difíceis e em alguns chagam a causa revolta e repulsa.

Cada pessoa tem uma maneira de lidar com o luto, mas a forma retratada nesse livro foi triste.
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Orlan.Trindade 22/11/2022

Me fez virar fã do autor
Livro muito triste, doloroso e muito bonito.
Morte, luto, perda, depressão.
E a forma como as pessoas lidam com toda essa merda.

Fala de duas irmãs gêmeas, muito conectadas, na história uma delas morre logo no início do livro, é extremamente poético tanto a descrição dos sentimentos, das pessoas, dos lugares, e a principal coisa que a gente acompanha é o drama psicológico dessa família que perdeu essa menina.
Fun fact: nome da irmã que morre, a Sigridur, significa algo como a Bela; e a Aldora, a irmã que sobrevive significa: O Resto.

É um livro bonito e extremamente triste.
E o relacionamento da família com essa menina que ficou, a mãe dela é horrível, ela culpa a menina, ela não pode ser feliz porque a felicidade dela é uma ofensa à perda da irmã.
Eu vou reler esse livro daqui a uns anos, é um grande favorito da vida.
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Julie 01/11/2022

completamente ARRASADA
enquanto o filho de mil homens me abraçou, disse que ficaria tudo bem, que dá pra ser feliz nessa vida, a desumanização me deu 3 tapas na cara, bateu na minha mãe e me jogou na rua debaixo de chuva. valter hugo você é tudo!
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Marcelo.Castro 28/10/2022

Interessante
Embora com a típica narrativa poética que caracteriza outras obras do autor, este livro foge um pouco das demais histórias de Mãe por sua aridez. Mas que tem haver com o próprio ambiente em que a narrativa se desenvolve. A aridez e frieza do ambiente encontra paralelo com os próprios personagens e suas lutas internas. Não apontaria como uma das obras de maior destaque de Mãe, mas para quem já é fã como eu, vale a leitura.
Honey K. 31/01/2023minha estante
qual seria a melhor?


Marcelo.Castro 31/01/2023minha estante
O primeiro que li foi Filho de mil homens, mas o que mais me marcou dele até hoje foi Máquina de fazer espanhóis... Recomendo qualquer um dos dois. Se puder, leia ambos...




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