A desumanização

A desumanização Valter Hugo Mãe




Resenhas - A desumanização


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Guilherme.Oliveira 24/02/2024

Bom porém não é fácil
A leitura não é fácil, tanto a linguagem quanto o conteúdo do livro. História muito triste, com muitas metáforas, recomendo para o leitor que já tem um certo repertório.
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Lucas Ribeiro 10/04/2024

Triste e encantador!
Uma leitura difícil, mas definitivamente o livro mais lírico, sensível e assertivo em cada palavra escolhida. É doloroso, cheio de desumanidade, e nos faz refletir de forma intensa e profunda sobre nossos relacionamentos e em como a vida pode ser esse mergulho na boca de um deus rígido e côncavo como os fiordes da Islândia.
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Ana 13/10/2024

"Mas eu não queria aprender tudo acerca da tristeza. Não poderia suportar o fardo de a conhecer por inteiro. revelar o seu segredo seria como carregar para sempre a possibilidade de lhe sucumbir."
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sillynandy 27/09/2024

Mais uma vez, falo sobre esse livro! Um livro bem pesado que te surpreende a cada capítulo. Quero conhecer as demais obras do autor.
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@sakuraobrien 26/09/2024

Obra essencial de VHM
Intenso, denso e inigualável. Essas são as palavras que melhor definem esta história.
Conhecendo um pouco da sensibilidade comum à escrita de Mãe, eu esperava deste livro uma experiência emocionante. No entanto, essa obra é muito mais que isso. Eu me vi devorando a narrativa como a um prato cheio de iguarias que ainda não conhecia. Indignação pelas situações iniciais, empatia pelas tristezas que Halla vivia e ainda não entendia; compaixão por uma mãe que sofria pelos atos da morte e se perdia a cada parágrafo em sua própria dor, e então raiva por, nessa perda, se esquecer das lamúrias de sua própria pequena filha, pela negligência.
O sentimento que prevaleceu foi este: proteção. O desejo de, como a própria Halla descreve em certo momento, construir muros que protegesse a garotinha de tudo. Porque, afinal, é isto que Halla é, do início ao fim, apenas uma garotinha.
"A desumanização" se tornou uma das minhas obras favoritas. Sinto que nunca vou me esquecer do que esse livro me fez sentir.
Recomendo-o.
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anneentrelivros 25/08/2024

O que esse livro tem de triste, tem também de bonito.
De linguagem poética, Valter Hugo Mãe nos guia na história de uma irmã que perdeu sua gêmea (isso nem é spoiler, o livro inicia com o funeral da Sigridur).

E a narrativa é toda sobre a visão da Halla, uma menina de 12 anos vivendo seu luto, e assim a gente mergulha profundamente na dor e na angústia dessa menina que agora se vê sozinha e desamparada sem a irmã, a qual compartilhava tudo.

O livro além de curto, é bem denso em mostrar para a gente os diversos desafios que a protagonista passa, os dilemas e os caminhos que ela precisa seguir. Caminhos esses que ela aprende a seguir sozinha, uma vez que com a morte da irmã a família se desfaz, se fragmenta.

É muito angustiante acompanhar a leitura e sentir o peso que a protagonista carrega. Tem um certo momento em que ela se questiona e reflete que deveria ser ela que devia morrer no lugar da irmã.

O autor nos dá pistas até nos nomes das duas irmãs, sendo Haldora significando "resto" ou "aquilo que sobra" e Sigridur "noiva muito amada", e esses significados ficam claros na relação entre os sentimentos da mãe quando perde uma filha amada e subjuga a que sobrevive, relegando à esta a culpa.

O livro é muito bem escrito, até nos momentos dolorosos há uma beleza singular. Terminei a leitura destroçada, devastada, mas com o coração sentindo empatia pela pobre Halla ou Haldora.

Nota 4/5.
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Krishna.Nunes 22/08/2024

Neste livro, Valter Hugo Mãe consegue chocar o leitor com a beleza, o horror e a dor de um romance simbólico e denso.

Quarto romance do autor, "A desumanização" traz Haldora, ainda criança, tentando lidar com a morte de sua irmã gêmea, Sigridur.

As circunstâncias obrigam a narradora, com apenas 11 anos, a amadurecer prematuramente à medida se vê em meio a acontecimentos terríveis. Tendo perdido parte de si mesma com a partida precoce da irmã, Halla começa sentir-se apagada, enquanto a família e os moradores da vila passam a enxergá-la como meio morta.

As paisagens áridas da Islândia servem de pano de fundo perfeito para atmosfera do texto. Os vulcões, as nevascas e os fiordes são, de certa maneira, um espelhamento dos sofrimentos dos personagens. As montanhas servem como metáfora para a grandeza de suas dores; o gelo para a frieza das relações; e os altos abismos para a resistência humana diante de situações hediondas. O isolamento da ilha, a inclemência do mar que alimenta ao mesmo tempo que a tudo devora, a severidade do clima isolam os personagens em si mesmos, obrigando-os a encarar seus próprios fantasmas.

"Talvez a morte seja só uma maneira de simplificar a alma. A morte é a simplificação das almas. Deixa-as libertas dos infinitos pormenores do corpo. Libertas da sua vulnerabilidade", imagina a garota. E conclui: "O corpo suja a alma."

Os corpos são receptáculo da imundície. A vastidão e a solidão tornam a linguagem obsoleta, pois ela não daria conta de expressar as dores absurdas que consomem os personagens. Daí a comunicação passa a ser predominantemente não verbal e carregada de simbolismo. Em meio a raros gestos de gentileza intermeados por atos de violência, Halla é obrigada a enfrentar um relacionamento familiar insensato que a levará a compreender melhor a si própria, o sofrimento e o luto, apesar de nunca chegar a compreender seus pais. A mãe projeta toda a sua revolta pela perda da outra filha através da desumanização da filha sobrevivente. Agride-a e tenta impedi-la de viver plenamente, como se ela fosse um espírito pela metade. O pai se isola no mar, a mãe se automutila. Na filha, crescem a isolamento e o ódio.

"Talvez a tristeza fosse um modo de envelhecer. A tristeza colocara os meus pais e as coisas todas a envelhecer."

Um dos aspectos em que a linguagem ganha grande importância no romance é no relacionamento da menina com seu pai. Para consolar Halla, o pai lhe escreve poemas. Nesses versos, que são um dos poucos fragmentos de comunicação em que prevalece a Palavra, ele tenta exprimir os próprios sentimentos. Diante do encantamento dos poemas, a narradora até se deixa iludir com a possibilidade de sonhar: "Devia ser a poesia do meu pai que me mimava. Os livros. Eram os livros. Diziam-me coisas bonitas e eu sentia que a beleza passava a ser um direito."

Os livros e a música entram, então, como elementos tanto reveladores como redentores, buscando expor a contraposição entre o sublime e a loucura, das potencialidades humanas com a ruína dos espíritos em crise. A própria linguagem do livro é belíssima, ao mesmo tempo em que narra acontecimentos horríveis.
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Livros e Pão 15/08/2024

Esperava mais do valtinho
O livro traz frases muito bonitas e uma premissa interessante, mas faltou fôlego para me fazer realmente conectar com a história e com os personagens. Foi uma leitura meio morna e que ficou abaixo das minhas expectativas
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Eliane 20/05/2024

A desumanização
Romance pesado, triste!
A dor do luto, as várias formas de enfrentá-lo. A dor, a inocência, a maturidade forçada!
Livro denso!!

Obs.: só me incomoda a naturalidade que se dá a diferença de idade de Halla e Einar!!
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Márcia Rogel 26/05/2024

?Talvez, depois de esquecido, sirva de ocarina e possa com ele tocar canções. Um coração por ocarina faria todo sentido do mundo?

Eu gosto imensamente de VHM. Ele escreve prosa em forma de poesia. Seus textos são de uma grande delicadeza e sensibilidade, mas profundos. Mas A desumanização foi seu livro mais difícil para mim. Comecei a ler em janeiro e tive que parar e intercalei com outros livros e retomei na semana passada e consegui entender o que ele quis dizer. É a narrativa de quem tem o coração arrancado abruptamente do peito pelo luto que parece infinito. É a aridez do mundo e a necessidade de seguir ainda assim. Só quem vive o luto profundo consegue entender o âmago dessa linguagem. Parece mesmo que estamos desumanizados. O livro é narrado por uma menina que sofre o luto pela perda da irmã gêmea e como encara o mundo com essa perda. Gostei de ler?. É uma experiência instigante.
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maysareis 09/06/2024

A desumanização
Até essa leitura desconhecia forma tão bonita de organizar as palavras sobre a morte e sobre o que não há de ser dito.
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Vanu 19/05/2024

A mais morta / A menos morta
Entao eu li "A desumanização" que me tinha sido fortemente recomendado e nao, nao foi nada facil. Não é um livro tão rápido e fluído, embora seja bastante curto. O livro vai acompanhar Halla, de onze anos de idade ( no inicio isso ficou meio confuso pra mim , por motivos que vao aparecer no decorrer do livro) , busca compreender os sentimentos que surgem com o falecimento de sua irmã Sigridur. Vivendo a divisão permanente das “crianças espelhos” (gemeas) , o livro vai falar sobre a perda a partir do seu ponto de vista infantil e, por isso mesmo, cheio de uma simplicidade
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