Felipe Duco 07/06/2017
A escrita me entreteve, porém não me encheu os olhos
Ana Paula Maia tem estilo de escrita super característico, (tão característico que chega a ser levemente repetitivo) isso é nítido, porém, não um problema, pois acontece que é um estilo interessante, que funciona muito bem pra mim, mas nesse terceiro livro da autora que leio, protagonizado pelos mesmos personagens, a escrita me entreteve, mas não me surpreendeu, não encheu os olhos.
Eu gostei do livro, achei de ótima qualidade, tenho em alto prestígio os trabalhos anteriores da Ana Paula Maia, ainda quero ler tudo o que ela escrever, entretanto não deixou de ser mais do mesmo. Um "mesmo" só dela, um "mesmo" próprio, mas ainda assim um "mesmo" muito recorrente nos seus livros anteriores (com exceção de A Guerra dos Bastardos).
O livro fala sobre homens rústicos e brutos que trabalham num abatedouro de gados (embora lá eles abatam outras coisas também. Os personagens são bem distribuídos e variados e cada um faz direitinho sua função e tem uma personalidade própria. Ao longo do livro Ana Paula Maia levanta boas questões, a autora é feliz na maioria das vezes na maneira como escolhe transmitir o que quer, a linguagem é bonita, polida, mas em nenhum momento cansativa e ainda teve uma pitada de acontecimento sobre-humano que deixou o final em aberto, isso eu gostei demais.
Queria ter mais pra falar sobre o livro, queria ter contribuído pra internet com uma resenha melhor, mas por ora só vou conseguir produzir isso.
Obrigado, de nada.