Valsa Negra

Valsa Negra Patrícia Melo




Resenhas - Valsa Negra


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Inglethe 07/11/2024

Meus amigos, esse personagem é do caramba, reclamam, tóxico, me fez sentir raiva, nojo, concordar e discordar. Mesmo assim, por diversas vezes, tirou de mim, muitas risadas sinceras, perdi as contas do quanto eu ri dele.
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Kaká 04/10/2024

Valsa negra
Um livro de 2003 que se passa em São Paulo mas com grande interferência da guerra entre Palestina e Israel.

Vamos lá... é um livro um pouco difícil de falar sobre.

Temos um Maestro, esse é o primeiro ponto: O título. O que um título não é capaz de fazer com uma pessoa? Literalmente acabar com ela e então ela se tornar apenas isso... um Maestro.

Um Maestro de 40 anos que se deixou levar por Marie, uma violoncelista de 18 anos (Uma mulher e tanto), o que essa garota viveu não está escrito, o abuso dele, a agressividade e achar que em uma noite tudo se resolve.

O problema desse casal é todo esse!! Ele por ser de idade avançada pensou que sua esposa poderia o trocar por: um homem da idade dele, um mais novo, alguém da orquestra ou então algum israelense.

Sim, ela tem uma família israelita e isso matava o Maestro por dentro, ele não se sentia pertencente a vida dela.

O vício por ela era tanto que nada mais importava: a Música, a filha ou a ex mulher. Ele queria que ela fosse apenas dele e outra... ele não era apenas dela.

O livro inteiro é sobre as pessoas dizendo "Maestro, você precisa seguir o que o psiquiatra diz" mas ele nem ligava. TOC era o seu diagnóstico.

Enfim, além do seu título tirar o seu eu, o TOC tirou tudo o que restou.

Casamento
Família
Música
Casa

E ele viveu até o último momento pelo TOC porque no fim até o título dele o TOC ganhou.

Uma história pesada, mas boa.

Ir ao psicólogo não é sinônimo de transtorno e ir ao psiquiatra não é sinônimo de maluquice. Saúde mental é importante e deve deixar de ser um tabu.
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ðââ¬ððï¸ 18/06/2024

Leitura muito boa.
Quando estava lendo associei muito ao filme "Cisne Negro", o prota é completamente dodói da cabeça, possessivo, inseguro etc. E a Marie é uma diva, nunca errou!!!
A dinâmica do casal é muito interessante de acompanhar. Além de que, os personagens secundários possuem histórias bem construídas e interessantes.
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NazaSicil 16/04/2024

Até que ponto o ciúmes se torna uma obsessão ?
Patrícia Melo é uma das minhas autoras brasileiras prediletas. Já li vários livros dela e gostei muito de todos. Ela tem o dom de escrever bem e cativar o leitor logo nas primeiras páginas.

Nesse livro, não foi diferente, o enredo me envolveu e devorei o livro em um único fôlego.

Vi um pouco de Philip Roth aqui. Outro autor que adoro !

Temos aqui um maestro, que é o narrador da história, um personagem extremamente prepotente, arrogante, egoísta, psicótico e a autora nos deixa ser conduzidos por essa mente doentia.

Tão absorvido por seus anseios, tão compenetrado em si mesmo, em seus delírios, na trama que confeccionava em sua mente, que o maestro era incapaz de perceber que está fazendo naufragar o seu casamento com a jovem violinista judia (Marie) e o seu relacionamento com a sua filha adolescente (Eduarda), fruto do seu primeiro casamento, com Teresa.

A narrativa é tão viciante que você não consegue parar de ler, prevendo que as atitudes do narrador não vão desembocar num bom futuro.

Aviso: estejam preparados para uma parte do livro que é de arrasar qualquer leitor.

Leitura brasileira da melhor qualidade !

? "...troquei minha vida enfadonha, ao lado de Teresa, por um punhado de incerteza e angústia, ao lado de Marie."

? "Naquele momento, folheando os livros, eu duvidei seriamente de Marie. As mulheres mentem, essa é a verdade."

? "Nada deixa um maestro ou músico mais enfurecido do que o êxito de outro maestro ou músico."

? "Teresa desistiu do seu silêncio patológico, adotou outro método, o das palavras assassinas."

? "Sabia que estava passando dos limites, que minhas atitudes eram, no mínimo, censuraveis, no entanto, simplesmente não conseguia parar."

Excelente livro ?????
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Ly. Su 07/05/2023

O que esperar de um patife
As mazelas de um homem , uma mente adoecida, loucura, posse, vaidades, mentiras e toda a impunidade... e assim a vida segue como uma valsa
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Ana Alice 30/01/2023

"Não há nada mais solitário do que a vida de um maestro"
Totalmente diferente de tudo que eu já havia lido até então. Me surpreendeu (positivamente), pois li sem expectativa alguma.

A escrita do livro é completamente viciante. Nunca tinha lido uma obra da autora, mas com certeza lerei mais. Prende a atenção do leitor, nos inserindo em uma narrativa fluida.

A construção e desenvolvimento do personagem é incrível. O Maestro é extremamente ciumento, paranoico, hipócrita e definitivamente obcecado por sua mulher. Tudo tem que girar ao redor e por causa dele, e se não for assim, então não importa. Ele não só destruiu sua relação como também provocou a destruição em si mesmo. Quando pensamos que ele chegou ao limite, percebemos que ele não tem limite. Então, o vemos chegar ao seu extremo.

Eu torci fervorosamente para que ele se tratasse, criei esperanças de uma evolução, mas achei o final incrivelmente apropriado para o contexto da história.

Me trouxe emoções como raiva, agonia e surpresa. Eu decididamente gostei de cada parágrafo, porque me apresentou algo completamente inusitado. Foi uma experiência que me fez pensar em muita coisa.

Recomendo muito, mas entendo que talvez não vá funcionar com todo mundo.
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Lu 03/10/2021

Uma surpresa.
Não conhecia essa autora, peguei pra ler pra matar o tempo... que surpresa!
A história dá muitas reviravoltas, parece uma onda gigante engolindo a gente. Quando terminei, tive a sensação de quase ter sido afogada. Adorei.
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Lú Ribeiro 14/02/2021

Forte e denso.
Personagem muito bem criado, com trama muito bem escrita e envolvente.
Reflexivo.
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Ve Domingues 14/01/2021

Foi o primeiro livro que li da Patrícia Melo e me impressionei com a potência da sua escrita. Ela realmente sabe prender a atenção do leitor em uma narrativa bastante fluida. Achei curioso o quanto nos apegamos a um personagem tão detestável, querendo saber quando ele chegará ao limite. Agora, pensar que esse tipo de comportamento abusivo não é incomum é bastante assustador.
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Flavia.Machado 21/12/2020

Machismo e destruição
O narrador é um homem branco, rico, machista, preconceituoso, esnobe e egoísta. E esses são os parâmetros que pautam suas relações. Sem conseguir olhar pra além do próprio umbigo, machuca e fere os que lhe cercam. Uma história sobre paranoia, obsessão e narcisismo.
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spoiler visualizar
Flavia.Machado 21/12/2020minha estante
Eu só não larguei porque é a Patrícia Mello a autora e ela escreve muito bem. Mas terminei com uma sensação estranha de ter perdido meu tempo




Ana 31/12/2019

Confuso como todo ciúme doentio
Li porque eu realmente queria entender o que estava acontecendo, mas...

Não explica, só acontece acontece e acontece... fim!
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Felps / @felpssevero 16/08/2018

Me surpreendeu positivamente.
A narrativa em primeira pessoa consegue construir muito bem o clima de paranoia e obsessão, que é a temática do livro. Por mais que a gente o condene, é possível entender como funciona a espiral de loucura da cabeça do maestro, de forma que quanto mais absurdas vão sendo suas atitudes, mais convencidos vamos ficando de que ele seria capaz de fazer até pior.

O tema relacionamento abusivo pode ser sensível para algumas pessoas, mas aplaudi a coragem e eficácia de uma autora mulher tratar do assunto pelo ponto de vista do abusador.

E a capa dessa edição é uma das coisas mais feias que já vi.
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Lara Greco 18/06/2018

Valsa Negra
VALSA NEGRA de Patrícia Melo é a história de um relacionamento abusivo entre um maestro e sua mulher Marie, uma violinista 30 anos mais nova que ele.
O livro é narrado em primeira pessoa pelo personagem cujo nome não é mencionado. Todos se referem a ele sempre como ?o Maestro?, o que também parece ser um recurso que evidencia uma personalidade controladora e excessivamente autocentrada.
Marie é filha de uma família rica de origem judia. Ela e é uma mulher independente e bonita que está em um momento promissor em sua carreira.
O ciúme doentio que o Maestro sente pela mulher é um gatilho para um processo de autodestruição. É interessante perceber como a autora insere recortes de notícias relacionadas aos ataques dos palestinos contra Israel como uma alegoria para as investidas destrutivas do Maestro contra Marie. Em alguns momentos ele se identifica com os homens bomba que insistem contra a solidez e a força de Israel em ataques suicidas. Enquanto Marie resiste, ele entra em um processo autodestrutivo, perdendo o controle da sua própria vida.
Uma questão que me incomodou foi a excessiva consciência do Maestro em relação a sua obsessão, como se ele próprio conseguisse se ver do lado ?de fora? das situações. Acho que deixar essa análise para o leitor sem entregá-la ?pronta? poderia deixar ainda mais interessante a história. Apesar disso eu adorei o livro e acho que é um dos melhores que já li da autora.
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