Resenhas - Os Filhos de Duna

Lulu 20/11/2023

Legalzinho
Muito machismo. Terminamos com uma mulher maluca, uma mulher enganada, uma mulher fraca e um homem com super poderes. ?

balu_delarocha 19/11/2023

O mais difícil da primeira trilogia
Dos três livros que li até o momento, esse é o mais difícil.

Tão longo quanto o primeiro, só que com bem menos world building pra fazer, parece que Frank Herbert queria mostrar a passagem do tempo de forma lenta. Pra quem gosta de intrigas palacianas, é um prato cheio... Mas confesso que quase desisti da leitura. Achei bastante cansativa e de certa forma meio desinteressante, porque a todo o momento parecia mais do mesmo... Uma repetição dos livros anteriores.

As primeiras 300 páginas servem mais pra dar um contexto e preparar terreno. E tome viagens de melange, muitas descrições e pouca ação de fato... até o terceiro ato que, pra meu alívio, conseguiu salvar o livro. Começa a apresentar alguns caminhos, situações e novidades ao universo até o final que abre grandes possibilidades para a continuidade da saga de uma forma realmente inventiva (para a época).

Não é perfeito, mas principalmente ao considerar a data da publicação, fica sempre muito evidente o poder da influência de Duna na cultura pop. Star Wars, Matrix e até Venom beberam dessa fonte inesgotável de ideias.

Estava convencido a parar de ler duna no livro 3, mas me pego agora curioso pra dar uma espiada no que vem a seguir.

Erick Macedo Pinto 19/11/2023

Questões de família
Tags de recomendação: Ficção científica; ficção; fantasia; clássico; ficção científica fantástica; space opera;

Paul Atreides voltou para o deserto para morrer como um fremen, seguindo as tradições. Deixou como regente sua irmã Alia, que deve governar e proteger os gêmeos Leto II e Ghanima, de 9 anos, até que estes tenham idade suficiente para ascender ao trono e governar Duna, que agora é um planeta com água, muito mais regiões verdes e o deserto recuou e ocupa um espaço muito menor do que no início do governo da casa Atreides. Alia conta com o auxílio de seu marido, o renascido Mentat Duncan Idaho e do naib Stilgar, que foi o fremen auxiliar de Paul durante seu governo como Imperador.
Duna vive novos tempos sem o seu Messias e o planeta com sua nova configuração. Os fremen já não possuem mais tanto cuidado com o desperdício de água, são mais "desleixados" em sua maneira de se vestir, os mais novos são acusados de esquecerem e não seguirem os costumes fremen, principalmente o de cuidado com o desperdício de água. A religião criada para venerar Muad'Dib, sem a sua figura de Deus vivo, fica nas mãos de um claro fraco e que distorcem os ensinamentos deixados por Paul. A mistura de Estado com religião é agora direcionada para a figura de Alia, a regente.
A situação política não é a das melhores pois Alia, apesar de ser venerada, não é uma líder como Paul e vive envolta de suas questões. Juntando-se a isso, surge a figura de um homem do deserto com características que remetem ao antigo Imperador Paul. E esta figura ao mesmo tempo que ataca o que transformaram os ensinamentos do Messias Imperador, sua religião e o que os governantes fizeram com a sociedade de Duna, ele defende uma volta ao discurso original de Paul, reflexões por parte da sociedade sobre os caminhos que estavam tomando e para onde aquilo iria levar a todos.
Como se todas essas tensões não fossem suficientes, Lady Jessica, mãe de Paul e de Alia, retorna de seu exílio auto imposto em Caladan juntamente com Gurney Halleck com um pretexto que não é bem claro para todos, mas que suponhem ter relação com os gêmeos Atreides e futuro deles é, consequentemente, da Casa. E no planeta de Salusa Secundus, o descendente do antigo Imperador Padixá, influenciado por outros, aparece como uma possível ameaça ao império Atreides.
Este livro, de encerramento da 1° trilogia da série, volta em questões trabalhadas no 1° livro e as explora e aprofunda ainda mais. Uma série de intrigas políticas, de vários lados, cada um com seu plano específico de poder, são criadas e tudo gira em torno dos filhos de Duna e, consequentemente, do Trono de Leão. Se antes víamos a corrupção fora da governo, dessa vez vemos ela do lado de dentro, que ameaça destruir todas as conquistas e avanços alcançados por Paul durante sua governo.
Na questão ambiental, vemos como um ambiente "desequilibrado" para o lado contrário da balança em que era no início do governo Atreides em Duna. E o quanto pender totalmente para este lado pode também trazer prejuízos em longo prazo para Duna e seu povo. A mensagem é clara: é preciso achar um ponto que equilíbrio que permita que a causa ambiental melhore a qualidade de vida das pessoas, mas ainda é necessário ter uma produção/exploração de riqueza sustentável para que haja evolução econômica.
É um livro denso, complexo, que trata de questões familiares, relações de poder, mistura de estado com a religião. E, no meio de tudo isso, os destaques não poderiam ser outros que não os gêmeos Atreides. Seja servindo como elo para entender psicologicamente a tia, e regente, Alia e todas as transformações; no jogo de cintura e experiência (com a ajuda dos antepassados) para lidar com uma Irmandade influente como as Bene Gesserit, na figura da avó; inteligência para abafar a ameaça externa de uma Casa com laços familiares e que sonha em voltar ao poder. Eles, na condição de pré-nascidos, ou seja, com a consciência de seus antepassados, conseguem vislumbrar o que Paul enxergou em sua visão presciente mas não teve coragem de trilhar esse caminho. Leto e Ghanima possuem a força e a coragem de, juntos, ir além e seguir esse caminho, pagando os preços que forem necessários.
Sendo muito mais inteligentes do que todos os outros (talvez não tanto como Alia), eles conseguem escapar de todos os outros planos e começam a colocar em prática o plano deles de completar a obra que Paul não terminou.
Filhos de Duna fecha com maestria esse arco da família Atreides. Os acontecimentos do final do livro são muito claros sobre isso. Esses 3 primeiros livros podem ser encarados como a trilogia de Paul. É claro que ele ainda deve ser muito citado e referenciado por tudo o que ele representa dentro dessa história. Mas o final deixa algumas pontas soltas para contar, daqui pra frente, a história de Leto e Ghanima Atreides. Os gêmeos que vão guiar a humanidade para a salvação através do Caminho Dourado.

Styx_txt 18/11/2023

Parece fofinho, mas pode te matar
Essas são as crias do Paul, realmente uns amores, q podem te matar. É um livro pesado(?), cheio de pontos de vista, e com dilemas morais complicados, muito complicados. Esse livro não é um livro cheio de plot q vai te deixar de queixo caído, é um livro sobre escolhas, algumas conscientes, outras não. Ver o deterioramento de dois dos meus personagens favoritos doeu, mas foram escolhas, como eu disse

Daniel 16/11/2023

Leitura épica
Filhos de Duna, terceiro livro da primeira trilogia fecha um ciclo incrível do universo de Arrakis.
Com um ritmo muito parecido com o primeiro livro, temos uma leitura envolvente e instigante, abordando com maestria conflitos políticos, religiosos e climáticos.
Neste livro, os filhos de Paul, Leto II e Ghanima são extretamente interessantes, o fato deles possuirem as memórias de seus ancestrais tornam suas falas incríveis de se ler. O autor conseguiu transmitir muito bem a intenção de tornar tais personagens excepcionais, mesmo tratando-se apenas de crianças.
Me decepcionei um pouco sobre o papel que Paul teve neste livro, esperava que ele continuasse no mistério de "ter morrido ou não", sou volta a história não trouxe a grandeza que ele representava nos livros anteriores, sendo um personagem completamente diferente.
Alia se torna uma personagem bem chatinha, é "possuída" pelo Harkonen, e desde então, só é um purgante na história, porém, seu desfecho foi bem impactante.
A metamorfose de Leto II é bem interessante, e nos faz colocar em cheque suas intenções, passando uma dúvida para o leitor de que tipo de imperador ele será.
O encerramento do livro é muito bom, muito parecido com o primeiro, deixando em aberto os próximos passos de Arrakis.

Moisés Menezes 15/11/2023

Bom, mas pecou um pouco no ritmo
Este volume nos apresenta a continuação da narrativa sob uma outra perspectiva, diferente dos anteriores, este está mais focado em questões filosóficas/existenciais, que regem a trajetória dos "filhos" e todas as maquinações para alcançar seus objetivos, que ao longo da história vão se revelando aos poucos.
Confesso que fiquei um pouco incomodado com a quantidade de conceitos demasiado abstratos que o autor utilizou como artifício para desenvolver a história nesse terceiro livro, senti falta de posições mais claras acerca das motivações dos personagens e suas atitudes, senti que perdeu um pouco o ritmo já na metade, no entanto, houve acontecimentos importantes e um desfecho definitivo para a casa Atreides, que certamente levarão a um outro caminho nos livros seguintes.

Mari 14/11/2023

Encerrando bem o arco dos Atreides
Este livro resgata muito do xadrez político que vimos em Duna. Não sei se ele me cativou como eu gostaria, porque os personagens aqui não são muito relacionáveis, mas mesmo assim gostei bastante e foi uma leitura rápida.

JP Schneider 14/11/2023

Final agridoce
Nem tenho muito oq falar. Teve ótimas partes, mas ainda assim achei arrastado. Esse final não me agradou muito.

Apesar de ser maior que o segundo, achei este bem melhor, pois o anterior quase me fez abandonar a saga. Apesar desse ser vendido como o final da primeira trilogia, abre bastante coisa para a continuação na segunda trilogia, que infelizmente pela experiência dos dois últimos livros, não irei ler, mesmo o pessoal falando que são melhores, desanimei legal desse universo rico e complicado.

Priscilla 10/11/2023

?Filhos de Duna? segue a história dos filhos gêmeos de Paul, o protagonista dos dois primeiros livros da série e aprofunda ainda mais o mundo de Duna e como as mudanças trazidas pelos eventos do primeiro livro repercutem em todo o universo dessa série.
Duna é uma ficção científica complexa com vocabulário e conceitos próprios que se aprende com o passar do livro. Os conceitos filosóficos e as inúmeras referências à Bíblia e a figura tanto de Jesus ou do Messias continuam tão forte nesse volume quanto nos outros.
A leitura foi bem fluida para mim, mas deve-se sempre considerar que nesse terceiro volume eu já estava acostumada com o ritmo e estilo de escrita de Frank Herbert. Duna não é para todo mundo, mas se você gosta desse estilo de ficção científica mais filosófico e com um universo complexo e bem trabalhado, então a série Duna como um todo é para você.

Mariana 29/10/2023

Fintas dentro de fintas
Se gosta de trama política, esse será em dos favoritos até então! O livro todo é um desenrolar de gramas e conspirações que, particularmente, eu gosto demais!
Tem as partes mais descritivas das visões, que é meio cansativo, mas fora isso, bom demais e com final de tirar o fôlego, nos deixando doidos para a continuação!

Bruno Pacobahyba 26/10/2023

Desfecho inesperado
Gosto é algo pessoal e particular de cada indivíduo, esse último livro da primeira (original) trilogia me deixou com um gosto agridoce...muita coisa bacana e um desfecho que não me agradou!

ED73LH 25/10/2023

Um novo começo!
Filhos de Duna apresenta os novos personagens para essa saga, ótima trama porém uma leitura mais lenta que as demais.

Malu_roses 23/10/2023

Esse livro é um convite atraente à reflexão
O terceiro livro da saga traz um desfecho para a "primeira trilogia" da história e nos apresenta a história dos gêmeos Atreides, aprofundando os conceitos de ser um pré-nascido. Quero começar dizendo que sofri muito junto com Duncan Idaho, ele não merecia passar por tudo aquilo!
A primeira metade do livro mantém a proposta do segundo da série, trazendo as tramas políticas e as discussões filosóficas do universo singular de Duna, tornando a leitura mais lenta, pois precisa ser feita com maior atenção aos verdadeiros significados das profundas frases. A maioria das personagens se mantém aqui.
A segunda metade (ou talvez um pouco mais), transita para uma abordagem de Jornada do Herói (o que me prendeu mais à história), enfatizando a história de Leto e como ele se torna o Imperador-Deus de Duna, ainda criança (somente no corpo, pois possui a memória de todos os seus antepassados, além de carregar poderes ainda mais fortes de presciência que seu pai, Paul Muad'Dib).
Percebo um certo padrão aqui, no qual Frank Herbert divide suas histórias em duas partes, fortemente interligadas, mas ainda assim distintas. Senti falta de uma maior presença de Ghanima no final, mas entendi que a relevância dela na história da humanidade era mínima, praticamente uma reprodutora. É uma história muito interessante que traz à tona reflexões sobre religião, liderança e conflitos internos, além da mensagem sutil de que sucumbir ao medo te torna uma abominação e de que a mente controla a própria realidade.

Bruaires 21/10/2023

Filhos de Duna marca o final da primeira trilogia desta aclamada (e com muita razão) saga de ficção científica. Neste livro acompanhamos a história de Leto II e Ghanima, filhos de Paul Atreides e Chani.

Vemos o retorno dos grandes personagens que marcaram o primeiro livro da saga, inclusive daqueles que já morreram (só o que direi de spoliers). É a finalização de tudo que foi iniciado em Duna, e a finalização de uma era para a humanidade no geral, que pelos próximos 4.000 anos irão viver de uma paz nunca antes vista no universo.

Teve momentos nesse livro que eu só fechava e ficava parado, olhando para o nada, só pensando no que eu havia acabado de ler. A profundidade das ideias, um pouco niilistas, do Frank Herbert está muito presente nos diálogos dessa obra.

Através de Filhos de Duna eu percebo que Frank Herbert quis voltar ao ritmo que era seguido no primeiro livro, Duna, com tramas políticas, ação e plots que ficava me perguntando sempre como que aquele emaranhado iria se desenrolar. Mas é importante dizer que o plot do livro não está em sua finalização, porque uma característica que percebi do Frank Herbert é que ele não está preocupado em nos surpreender com o final de suas histórias, mas sim de nos levar ao interior de cada personagem para sabermos o porquê de cada um estar onde deve estar.

Não obstante, confesso que não gostei como o Frank Herbert utilizou alguns personagens, em especial alguns bem queridos, que neste livro se tornaram uma versão bem deturpada do que nos foi apresentado nos dois livros anteriores.

No geral foi um ótimo livro, o final que na verdade é um começo.

Rayreada 19/10/2023

Acabouuu
Primeiro quero dar a dica de que se você estiver lendo a trilogia não demoro muito pra ler o livro seguinte , eu já não entendia muita coisa dps de 1 ano sem ler duna ; o livro foi bom no geral duna sempre me conquistou por causa da trama política muito bem feita ao decorrer da história , sinto que esse último livro teve bem menos isso e muito mais questões sobre religião (não que os livros anteriores não tivessem o que não me entretem tanto mas fora isso a muito mais na história de duna e eu adorei ler essa trilogia .