Dreeh Leal | @dreehleal 20/03/2016S. - J. J. Abrams e Doug DorstAntes de iniciar essa resenha vamos entrar em um acordo: O Navio de Teseu narra a história do personagem S, enquanto o livro S narra a história de Jen e Erick. Essa resenha será exclusivamente sobre S. Há mil formas de se fazer essa leitura e eu optei pela que mataria minha curiosidade da maneira mais rápida. Leia-se, de forma menos demorada. Isso porque é impossível fazer uma leitura rápida deste livro. São muitos detalhes e se você não quiser perder nada, precisará de paciência.
Eu comecei a leitura de forma completa, isso é, a cada página d'O navio de Teseu eu lia sua história e também as margens, só que a leitura simplesmente não fluía. Pelo pouco que li, a narrativa me pareceu meio cult, o que foge totalmente da minha zona de conforto. Comecei a ler apenas as margens, e também as partes grifadas, para fazer um experimento e deu super certo!
Tinha medo de que pudesse ficar perdida, mas isso não aconteceu! Os grifos me permitiram conhecer o suficiente de S para evoluir a leitura. Mas o que me ajudou mesmo, foi o fato dos questionamentos de Jen e Erick avançarem mais para o lado pessoal do autor fictício V.M. Straka, como suas motivações para escrever e análises comparativas com outras de suas obras, do que para o mistério desse livro em si...
Ou seja, algumas coisas nessa história existem apenas no mundo criado por nossos autores. O que pode ser frustrante para aqueles leitores mais críticos. Mas quem sabe no futuro a Editora Sapatos Alados possa trazer um box comemorativo com as obras de V.M. Straka ;D
O que me deixou frustrada mesmo foram algumas lacunas da história que ficaram em aberto. Sempre que eu pego um livro epistolar tenho medo de que isso aconteça, e dessa vez aconteceu. Tenho certeza que foi uma decisão deliberada do autor, mas isso não muda minha revolta. hahahaha
O foco da história é o mistério que cerca a vida desse tal autor. E eles fazem referência a tantos materiais de pesquisa que se todos fossem impressos, S seria uma caixa e não um livro. Mas não se preocupem, o essencial é sempre resumido para o leitor.
Para não cair na tentação de contar a história, vou falar um pouquinho da parte gráfica. É perfeito, simples assim. Todos os detalhes de catalogação do livro, até ao primor como os encartes foram impressos. Gente, tem um guardanapo com um mapa desenhado! Acho que isso diz tudo né?
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