Milena.Bessan 23/02/2024
Acabei de ler o primeiro livro do Marçal Aquino, e estou simplesmente sem palavras para descrevê-lo. Primeiro, preciso dizer que o cara merece um prêmio só pelo título incrível, um dos melhores que já vi ultimamente.
O livro é uma mistura de realidade e surrealismo, filosofia louca. Não tem heróis ou vilões claros, as emoções e conceitos morais estão sempre se distorcendo. Desgostamos de alguns personagens e ignoramos outros. A protagonista, Lavínia, é um furacão emocional, e Cauby é um amante apaixonado, o apaixonado.
Marçal ainda cria um filósofo fictício chamado Schianberg, cujas citações são arrepiantes. Alguns trechos lindos do livro falam sobre querer o que não podemos ter, a imprevisibilidade do momento em que nos apaixonamos, e a vulnerabilidade de se sentir caçado.
É um daqueles livros que você pega e não larga mais. Tem romance, drama, comédia e sexo, mas não o vulgar, o sensual e íntimo. Cada amante ou apaixonado vai se identificar em algum pedacinho do livro.
Marçal descreve uma reserva de sonho contra tudo o que não é doce, sutil ou sereno, o mais próximo da felicidade que podemos experimentar, segundo Schianberg. Não importa o nome que você dê a isso, eu chamo de amor. Eu também, Marçal, eu também.