Romano753 23/01/2021
Martin em sua Boa e Velha Essência
O Cavaleiro Andante - A Trama fluí maravilhosamente, nenhuma encheção de linguiça ao longo dos acontecimentos, todos os personagens são sublimemente apresentados, nenhum personagem aleatório sendo terrivelmente introduzido, a química da dupla principal é perfeitamente bem construída, o protagonista é simplesmente cativante, o final mescla incrivelmente esta injusta tragédia com um sentimento lírico de libertação e uma revelação de explodir a cabeça(na metade do conto) que não me fez querer parar de ler. Ou seja, o bom e velho George R. R. Martin em sua fase de ouro(nos dois maravilhosos primeiros livros das Crônicas de Gelo e Fogo) que infelizmente, com o tempo, se perdeu.
A Espada Juramentada - Percebi tardiamente que Martin desenvolve melhor os seus personagens quando as suas obras possuem uma escala menor(e mais cotidiana) dos seus acontecimentos, uma vez que este maravilhoso conto deixou-me totalmente intrigado e tenso ao longo da leitura quando, na verdade, o centro de sua história se trata de um pequeno mal-entendido em relação a uma simples barragem de um rio(genial!), pois, o autor explora magistralmente os traumas, as perdas e o fortíssimo sentimento de luto que os antagônicos Eustace Osgrey e Rohanne Webber(impecavelmente desenvolvidos) sentem um pelo outro, visto que os seus conturbados passados são humanamente construídos(fiquei com pena de ambos) conforme Martin foge do bobo maniqueísmo e os interliga perfeitamente com a primeira “Rebelião Blackfyre”. Por favor, Martin... volte a ser este extraordinário escritor, por favor!
O Cavaleiro Misterioso - Martin teve êxito em criar um inquietante clima de mistério, visto que além de apresentar bem os novos personagens, fiquei integralmente tenso a medida em que o casamento e torneio de Alvasparedes caminhou perante ao seu intenso desfecho, pois, além de temer pela vida da dupla de seus protagonistas, quase rui as minhas unhas ao longo do julgamento de justas do Sor Glendon(o carisma deste personagem fez-me desejar um conto só dele), pois, o enredo foi preciso em desenvolver a incógnita que representava o Sor John, o Violinista, uma vez que a impecável atmosfera de conspiração foi tudo que a história precisava para mostrar “A Segunda Rebelião Blackfyre”.