Eneida Brasileira

Eneida Brasileira Virgílio




Resenhas - Eneida


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Cris.Aguiar 29/09/2024

Sempre uma ótima pedida
Enfim cheguei em Eneida.

Primeiro preciso dizer que achei primorosa essa edição da 34, perfeita para quem nunca se aventurou na leitura das poesias épicas, ela traz para cada livro uma explicação do que você encontrará.

E o que encontrará? A origem de uma nova lenda para o surgimento de Roma (Itália), uma que se coloca anterior à Rômulo e Remo e que ligaria os imperadores (principalmente Augusto) ao povo de Troia.

Provavelmente encomendado, Virgílio cria uma epopeia com Enéas, um dos troianos que conseguem fugir de Troia para fundar uma nova cidade (legada pelos Deuses e isso já está em Ilíada). E nessa saga, o poeta usa de ferramentas de escrita para contar o passado e "prever o futuro" que então já acontecia.
É uma obra magistral. Não amei tanto quanto amei Ilíada e acho que Dante com a Comédia se saiu ainda melhor que seu "muso", porém é uma excelente obra.

Está ali o heroísmo da época, os deuses principais e suas emoções, mas dessa vez com menos interferências (comparando com Ilíada) e o primor da tradução.

Recomendo muito!!!
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Ruth.Santos 29/09/2024

Dessa vez, eu consegui aproveitar muito mais as escolhas tradutórias do Carlos Alberto Nunes. A leitura no meu tempo e com muita calma foi bem mais interessante e gostosa do que a leitura anterior dessa obra
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Deysiane 23/09/2024

Eneida é um poema épico que narra as aventuras de Enéias, troiano e semideus, cujo objetivo é encontrar o lugar perfeito para fundar a nova Tróia. Não é uma jornada fácil e ele e seus companheiros fazem muitos inimigos conforme visitam diferentes lugares.

"Uma idéia somente nos exaltava: era belo morrer em defesa da pátria."

Eneida se assemelha, de fato, aos textos homéricos quando, de um lado temos a exploração e navegação inspirada na Odisséia e, de outro, as batalhas e tragédias tão comuns na Ilíada, além da constante intromissão dos deuses na vida dos mortais. Virgílio, contudo, conseguiu compor um poema bem mais elevado e interessante, e menos cansativo, na minha opinião.

"Cada qual, diz benigno, tem seu dia;
A vida é breve e irreparável tempo;
Mas rasgos de virtude a fama exalçam.
Quanta em ?lio caiu divina prole!"

"[...] herde Roma
O itálico valor, propague e brilhe:
Tróia acabou, também seu nome acabe."
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Vitorpzz 18/09/2024

Particularmente não achei nada interessante. Virgílio tem uma escrita muito boa e rica, mas certas passagens duram muito mais do que eu gostaria de ler. Admiro a importância da obra para a história da literatura, mas na minha opinião é um livro entediante.
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@alex_bookaholic 21/07/2024minha estante
Ótima resenha. Virgilio fez um otimo trabalho em Eneida, glorificando Roma e o imperador divino Augusto. Leitura brilhante.


Edneia Albuquerque 22/07/2024minha estante
Realmente, Otávio Augusto foi feliz em seu pedido, Virgílio fez um trabalho grandioso e superou as expectativas, Eneida saiu melhor que a encomenda.




Weiiirdo 14/07/2024

O delírio eufórico dos megalomaníacos
A Eneida parece uma eficiente propaganda do Império Romano, digna de ser estudada em cursos ligados à publicidade. Nela, Virgílio usa Enéias como reflexo das qualidades e capacidades daquela que foi uma das maiores civilizações da humanidade, provando através desse personagem que Roma merece a admiração de todos os povos, assim como a obediência, afinal, a cidade teria sido indiretamente um empreendimento divino: é natural que algo desse calibre sobreviva a adversários respeitáveis e subjugue os inferiores. A submissão é a opção mais confortável, ai dos fúteis esforços dos inimigos.
Nem só de mitologia respira essa epopeia. Seu maior valor está, talvez, nas reflexões que traz em relação ao vício que os seres humanos têm nas estruturas hierárquicas de poder, em como o usamos para compensar a vulnerabilidade inescapável em nossa espécie e, acima de tudo, no jeito enviesado e oportunista como construímos a narrativa da História.
Não foi uma leitura fácil e, em vários pontos, tampouco agradável. Precisei esquecer de mim mesma diversas vezes para escutar vozes falecidas que ainda ecoam pelo mundo. E a tradução em certos trechos é sofrível, com termos que nem minha bisavó reconheceria, levando-me a questionar se vale mesmo a pena, para preservar demandas métricas alheias, criar um português puramente imaginário.
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Paulo 11/07/2024

Senso de dever e bravura

Finalmente, li a epopéia que estava há tempos na minha estante. Ao contrário de Hermann Broch, que em “A morte de Virgílio” nos apresenta a versão de que o poeta latino teria escrito a Eneida como uma encomenda para louvar o mecenas César Augusto, a leitura da obra em si me gerou reflexões diferentes.

Penso que o grande homenageado, na verdade, é Homero, eis que a Eneida emula inequivocamente as epopéias gregas “Ilíada” e “Odisséia”, não só em relação à estrutura narrativa, mas também na interferência dos deuses nas tramas, nos fatos ocorridos e até em detalhes dos acontecimentos narrados.

Nos primeiros seis livros, acompanhamos o herói Eneias, sobrevivente da Guerra de Tróia, que deixa a cidade grega, juntamente com seu pai Anquises, seu filho Ascânio e outros troianos, rumo às terras da Itália, em cumprimento de profecias que diziam que lá ele fundaria um glorioso povo. No caminho, os troianos desviam a rota até Cartago. Lá, Eneias se apaixona pela rainha Dido. Embora tenham consumado a relação, Eneias decide seguir para Itália para cumprir o fado dos Deuses, abandonando a rainha, que se suicida.

Temos aqui um paralelismo claro com as aventuras vividas por Ulisses na Odisseia: aventuras marítimas, naufrágios, encontros amorosos.

Nos restantes seis livros, os troianos liderados por Eneias entram em guerra contra os latinos liderados por Turno. O vencedor se casaria com Lavínia, filha do Rei Latino.

Aqui, fica evidente a similitude com a Ilíada: há descrições detalhadas de batalhas, traições, a morte de personagens importantes ligados aos protagonistas Aquiles e Enéias e até mesmo a descrição detalhada do escudo de ambos os heróis.

Eneias é descrito como o “piedoso” e ele faz jus ao epíteto durante toda a história, uma vez que é misericordioso com seus inimigos, somente perdendo a compostura ao final, quando não poupa a vida de Turno, já indefeso.

O que salta aos olhos é que o herói troiano submete-se invariavelmente à vontade dos deuses, ao seu destino (fado), durante toda a trama.

Fiquei com a impressão que já desde o início Eneias não pretendia deixar a cidade destruída de Tróia, preferindo morrer ali com seus conterrâneos, juntando-se ao falecido e honrado Heitor. Mas ele cede aos apelos de seu pai, guiado pelos augúrios de deuses.

Depois, mesmo satisfeito e confortável nas terras da rainha Dido, a quem amava, o herói mais uma vez abandona sua vontade pessoal para cumprir os desígnios de seu destino.

Penso que ele somente foi realmente feliz e cumpriu sua vontade por pouco tempo, durante a breve estada dos troianos na Sicília, quando Eneias organizou jogos diversos por ocasião de um ano da morte de seu pai.

Parece-me que ele também não pretendia guerrear com os latinos nem mesmo se casar com Lavínia, mas assim o fez pois cumpria, impecavelmente, seus deveres com os deuses.

Um herói que deixa de lado seus anseios pessoais em busca de um ideal maior, que preza a família, a religião, o companheirismo, a bravura, a justiça e a lealdade: Eneias condensa as virtudes gregas que vieram a ser absorvidas pelos romanos.

Eneias é um herói demasiadamente humano: sente-se inseguro quanto ao que deve fazer, sente medo, ansiedade, dúvidas… aos poucos, porém, vai tomando consciência de sua vocação, de sua missão gloriosa.

Para nós, modernos, é mais fácil nos identificarmos com a sensibilidade de Eneias do que com os bravos heróis homéricos. No ponto, concordo com Carpeaux: “Homero é maior, sem comparação; mas é Virgílio que nos convém”.

Por fim, a tradução em verso livre de Carlos Ascenso André possibilita uma leitura fluida e leve, mas em prejuízo da elogiada musicalidade do verso virgiliano.
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Lucas Rabêlo 10/07/2024

Eneias, o herói das ruínas
A trajetória de Eneias, guerreiro sobrevivente dos escombros de Tróia, segue errante e fadada à resiliência mitológica e geográfica imposta à terra do Lácio, lugar da insurgência formativa de Roma. Oriundo da tradição helênica, o latino Virgílio, autor de prerrogativas poéticas anteriores, alegóricas à ambientação pastoril e agricultora, tem com a Eneida sua fixação lendária no cânone da poesia épica, representante da gênese de uma nação que se manteve em constante expansão.

O autor romano, em missão quase patriótica, embebe o texto do referencial homérico numa saga diluída em 12 livros, cantada pelo hexâmetro dáctilo, mesmo que sem a difusão oral, permissiva em oferecer louros ao seu herói, o piedoso gestor Eneias. Sim, Eneida configura-se, nominalmente, nas suas gestas, é sobre ele, mas também sua geração vindoura, partindo do filho Ascânio e erradicando nos irmãos Rômulo e Remo, responsáveis pela supressão à cultura grega, ainda que esta tenha exercido tamanha influência.

Após a fuga de Tróia, derrotada pelo exército grego, Eneias, protegido por Vênus e evidenciado por Juno, deidade inimiga, compreende um itinerário que chegará a Cartago, cidade fundada pela rainha Dido, também andante, de província próxima, para uma parada confabulada, a narrar-se os percalços iminentes do presente momento, que incluem naufrágios; a restauração episódica da famosa invasão dos gregos à Ílion condenada, através do ludibriador Cavalo de Tróia; as tormentas de Cila e Caribde, monstros marinhos; aparições sobrenaturais dos homens de seu passado glorioso, entre mais. Deixa Dido, viúva há não muito, estarrecida e apaixonada. Sôfrego, inesperadamente lhe pesa esta condição romântica, inédita no decorrer desta história.

Quando Dido, tragicamente, se suicida em nome do platonismo (palavra ainda não enraizada no período, licenciada aqui), tem Eneias, empenhado por Júpiter, deus maior, a chance de perseguir sua sina e conquistar a Itália vislumbrada. Intermediado por Sibila, uma profetiza, a visitar o pai no reino dos Infernos, e premeditado por este, morto, que suas filiações das proles se fariam verdadeiras, emprega Virgílio o uso de uma prolepse, técnica que antecipa um acontecimento. É o fim da primeira metade da epopeia, simbolizada como análoga ao que fora a Odisseia de Homero, dissecada por aventuras e desventuras.

Os livros seguintes, do VI ao XII, derradeiros, serão a aproximação cada vez mais eminente de Eneias e os seus ao Lácio; a província romana tem por rei Latino, pai de Lavínia, prospecta pretendente do protagonista, que, obstante, odiado pela deusa Juno, contrária à constituição de uma nova civilização, insta Turno, rei dos rútulos, do reino vizinho, a levantar armas contra o troiano. Tal como na Ilíada, é um tributo do poeta para uma narrativa de cunho bélico.

Fatídico, Virgílio prepara terreno para um massacre entre os povos ocupantes no cenário da Península Itálica, local a onde convoca-se Eneias. Frente a frente, ele e Turno se enfrentam na batalha final, que confirma vitória do troiano, em que, impiedoso, contrário a seu epítome afável, eliminará o rival sob justificativa dos muitos assassinatos atribuídos ao antagonista. O desfecho é abrupto, mas definitivo.

Na edição presente, o tradutor Carlos Alberto Nunes, numa tradução resgatada, opta por uma lírica pomposa para os versos da Eneida, que bem observado por seu organizador, o prof. Dr. Joao Ângelo Oliva Neto, constata a convicção retórica de Eneias, cuja toda a diegese, seja na Ilíada ou no seu próprio texto, se reafirma através das cinzas do que foi, na tentativa de se reerguer do que virá, já que a cada livro uma parte de sua pátria se esvai, e seu senso de pertencimento é amiúde contestado.

Em sua obra maior, o romano canta em prol de sua ascendência ?eneica?, filologicamente eficaz para a reconstituição dos mitos que traçaram a simbologia originária do imponente povo romano. Consequentemente, herdeiros da projeção virgiliana, como Dante, que invocou o poeta em sua incursão pelo Inferno, e Camões, que se especializou na mesma técnica métrica para Os Lusíadas, tais autores reafirmam a expressividade intelectual que perpetuou-se em literaturas conseguintes. Sem a poeira de Tróia, não se veria a luz.
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emclara 08/07/2024

Só há uma salvação para os vencidos: não esperarem salvação
- ?

Eneias é um herói que não é herói. Pelo menos, não o ideal de herói greco-romano.

Ao contrário dos guerreiros que matam impiedosamente, desejando a glória e o sangue, o filho de Anquises não é tão sanguinário, não no nível de Aquiles e Odisseu. O seu relato sobre o desfecho da guerra de Tróia e a finalidade do cavalo de madeira é arrepiante, dava para sentir sua dor, seu medo e sua fúria. Ressalto essa sensibilidade do piedoso Eneias pois é essa característica sua que marca o chocante final do livro!

Mas, indo além do protagonista, a Eneida apresenta personagens tão complexos e maravilhosos quanto ele, como a rainha Dido, uma personagem fascinante e mais uma vitíma das imprudências dos deuses.

Contudo, por mais que eu tenha amado a história, a leitura foi extremamente difícil. Não sei se em outras traduções essa linguagem robusta permanece ou se é algo da tradução de Carlos Ascenso André, mas sei que muitas vezes me perdia na história, não compreendia o que estava acontecendo ou quem estava falando.

Espero um dia ter coragem de reler essa obra em outras traduções.
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Anezio 01/07/2024

Que baita mito fundador ou como começou a propaganda política impulsionada pelo pessoal da cultura
Depois da leitura da Ilíada e da Odisseia, não poderia deixar de ler a Eneida.

Que épico!

O livro apresenta muitas notas que explicam mais detalhadamente algumas passagens (muitas vezes até atrapalha a leitura, deixando-a muito travada, mas no geral o saldo é positivo).

É o tipo de livro que não gosto de deixar um capítulo (no caso um livro) começado, então pode ser composto de 12 livros ao invés de 24 cantos como a Ilíada e a Odisseia, torna a leitura mais trabalhosa.

No entanto a rítmica da leitura é muito boa, sobretudo se se optar por ler em voz alta.

Destaque óbvio para o Livro IV, onde encerra-se a participação da rainha Dido, o Livro VI com a tradicional ida ao Hades, como também para o livro XI, onde encerra-se a breve participação da amazona Camila.

Apesar de ser um mito fundador e tratar de Julio César e Otávio Augusto, a menção a estes é muito sutil e acontece poucas vezes (as propagandas políticas da época eram mais discretas, rs).

Vale demais a leitura.
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Leo 28/06/2024

Eneida
Na busca de ler clássicos e épicos agora foi a vez da Eneida. Apesar de ser do mesmo tradutor de Homero, achei essa leitura um pouco mais difícil.
Contudo é um excelente livro, com passagens marcantes.

Conta a história do fim da guerra de Tróia, inclusive o relato sobre o cavalo de madeira, até o caminho e para a fundação da Itália.
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Freezerburn 19/04/2024

EU NÃO ENTENDI NADA SOCORRO
Immortal temptation
Takes over my mind
Condemned
Falling weak on my knees
Summon the strength
Of Mayhem

I am the storm that is approaching
Provoking
Black clouds in isolation
I am reclaimer of my name
Born in flames
I have been blessed
My family crest is a demon of death

Forsakened I am awakened
A phoenix’s ash in dark divine
Descending misery
Destiny chasing time

Inherit the nightmare
Surrounded by fate
Can’t run away
Keep walking the line
Between the light
Led astray

Through vacant halls I won’t surrender
The truth revealed in eyes of ember
We fight through fire and ice forever
Two souls once lost and now they remember

I am the storm that is approaching
Provoking
Black clouds in isolation
I am reclaimer of my name
Born in flames
I have been blessed
My family crest is a demon of death

Forsakened I am awakened
A phoenix’s ash in dark divine
Descending misery
Destiny chasing time
Disappear into the night
Lost shadows left behind
Obsession’s pulling me
Fading I’ve come to take what’s mine

Lurking in the shadows under veil of night
Constellations of blood pirouette
Dancing through the graves of those who stand at my feet
Dreams of the black throne I keep on repeat
A derelict of dark summoned from the ashes
The puppet master congregates all the masses
Pulling strings twisting minds as blades hit
You want this power then come try and take it

Beyond the tree
Fire burns
Secret love
Bloodline yearns
Dark minds embrace
Crimson Joy
Does your dim heart
Heal or Destroy?

Bury the light deep within
Cast aside there’s no coming home
We’re burning chaos in the wind
Drifting in the ocean all alone
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Wilson 07/04/2024

Escrita bonita, porém história previsível
Eu diria que a Eneida é muito similar a Ilíada, porém com um enredo muito limitado às ações dos deuses, enquanto Homero deu mais liberdade de ação aos seus personagens. O enredo de Enéias é quase que integralmente decidido pelos deuses, fato este, que no meu entender, anula o mérito do herói Enéias. No mais, trata-se do mito fundador da civilização romana. Essa tradução da editora Sétima Selo é ideal para quem vai ler pela primeira vez. Não gostei da tradução do Carlos Alberto Nunes.
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Corquiola 01/04/2024

Odisseia de Enéias?
Para quem nunca leu um épico destes, não estranhe caso sinta: estranheza do texto, confusão dos vários epítetos para a mesma personagem, imersão na história apesar das dificuldades de leitura... E falando dessa forma pode parecer que é uma experiência ruim, de forma alguma, é sim, uma leitura um pouco exigente, exige atenção e dicionário ?, mas nada que retire o prazer de uma leitura cheia de heróis, deuses e uma grande jornada.
Me pareceu bem semelhante a Odisseia, a forma com que é conduzida a história.
É claro que temos que levar em conta que este foi um texto produzido à pedido, tem a intenção de justificar e glorificar (digamos assim) a linhagem de governantes romanos, e Virgílio tomou como base os épicos existentes, dando "uma continuidade", o que é algo importante, pois as partes que mais gostei foram as que Enéias conta sobre o desfecho da guerra de Tróia e os detalhes da vida além túmulo...
Dá pra entender o porquê da sua importância até os dias de hoje, mas ainda sim, gosto mais da Odisseia. ?
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