Resenhas - Júbilo, memória, noviciado da paixão

Lara 22/06/2020

Na tentativa de começar a gostar de poesia, escolhi esse livro em meio a tantos e foi uma das minhas maiores experiências de leitura, entrar em contato com a escrita de Hilda é revolucionário. Não esperava tanta liberdade, tanto amor e tanta raiva expressas em poucos versos.

Leia Hilda!

Helena Fos 21/06/2020

não gostei
parece aqueles poemas que tentam ser super emocionais e profundos mas que no fim só parece que foi escrito por adolescente tosco que levou um bolo

Gabriel Varizi 15/06/2020

"Ama-me. Embora eu te pareça / Demasiado intensa."
Conheci Hilda no quarto semestre da faculdade nas aulas de Literatura Brasileira II, minhas expectativas estavam altíssimas por causa do quanto já ouvi vários amigos falando sobre, porém naquele semestre estudei apenas seus contos, que confesso que não me atraíram tanto, mas o suficiente para despertar minha curiosidade para Hilda-poeta.
E que decisão maravilhosa foi essa! Em "Júbilo, memória, noviciado da paixão", Hilda Hilst despeja toda sua intensidade em cada verso de sua poesia. São poemas não tão fáceis de entender, às vezes pela linguagem rebuscada, outras pelas imagens muito simbólicas, mas o desafio de ficar horas pensando neles é justamente o que torna a experiência tão especial. Hilda não é pra ser lida com pressa, já no primeiro poema, ela diz "Olha-me de novo. Com menos altivez. / E mais atento.", exigindo que o leitor separe um momento para sua obra e a aprecie com calma, assim como tudo que é precioso deve ser.
"Júbilo, memória, noviciado da paixão" é um derramamento de todo o sentimentalismo dourado contido dentro do coração de uma poeta, entre seus temas, vê-se a paixão, a devoção, o desejo, o prazer, o abandono e, mais ao final, o poder de toda essa sensibilidade do poeta contra a barbárie dos homens de nosso (porque sempre tão atual) tempo.
É um ótimo livro para começar a explorar esse universo hilstiano e se entregar a sua escrita, recomendo muito pra quem gosta de poesia. Leia Hilda.

asnmendes 14/06/2020

Primeiros poemas de Hilda Hilst: instigantes.
Mais uma vez ando me arriscando com livros/autores que estão fora da minha zona de conforto.
Acho que assim vamos nos descobrindo na literatura.
Hilda Hilst traz um conjunto de poemas que viaja da paixão/amor e chega à política repressiva.
É interessante notar o cruzamento entre o eu-lírico e a própria Hilda dentro dos poemas, às vezes é difícil saber quem fala. As referências à mitologia grega são bem presentes.
Este livro não é nada superficial e, segundo algumas indicações de outras resenhas, deve ser lido com calma.
Hilda me deixou com várias interrogações e curioso para conhecer mais de sua obra.

thsbarreto 10/06/2020

Intensidade
Adorei a forma como as palavras dançaram na boca durante a leitura.
Achei a escrita de uma singularidade significativa, profunda.

Paula 06/06/2020

Não é pra mim
Ah. Já não sou de poesia, mas quando ela não fala sobre temas mais universais o entendimento fica bem mais difícil pra mim.

becaestrela 03/06/2020

Errado seria não recomendar
Quem se aventura pelos escritos de Hilda Hilst nunca tem nada a perder, pelo contrário, só tem a ganhar.

pequenasdicasliterarias 30/05/2020

Júbilo, memória, noviciado da paixão - 9/10
Poesias incríveis divididas entre chamamento de amigos, amor e desamor. Hilda consegue transmitir seus sentimentos e leveza advindos dos mesmos. As suas palavras nos envolvem e por vezes me senti tocada e sensível ao que me estava sendo apresentado.

Esse livro foi uma grata surpresa. Recomendo.

Beatriz 25/05/2020

não consegui me conectar no início, mas depois fluiu tão bem, amo a escrita dela tão singular e bonita, difícil, montada, pensada, multi-significativa, plural. Íntegra.

anicca 24/05/2020

"De ti mesma, de um poder que te foi dado
Alguma coisa clara se fez?
Ou porque tudo se perdeu
É que procuras nas vitrines curvas, tu mesma,
Possuída de sonho, tu mesma infinita, maga,
Tua aventura de ser, tão esquecida?
Por que não tentas esse poço de dentro
O incomensurável, um passeio veemente pela vida?"

BrunaSoares 20/05/2020

Lindo, lindo, lindo!
Hilda sabia usar as palavras, que mulher! Que autora! Não sou das maiores leitoras de poemas, mas é impossível nao se apaixonar por essa coletânea

Ed_1 16/05/2020

Versos de um mente inquieta e cheia de emoções
Ler este livro foi como tentar entrar na mente inquieta e cheia de emoções de Hilda Hilst. A tentativa não foi tão bem sucedida nesta primeira investida, mas logo nos primeiros versos ela deixa claro uma coisa: "Se te pareço noturna e imperfeita Olha-me de novo". São poesias para se ler sem pressa e pensar muito nas emoções que ela está expondo. E quantas emoções e exposições!
Os poemas que mais mexeram comigo foram Árias Pequenas, quem mostra muito o sofrimento por um amor que se esquiva a todo momento:
"Cubra-se a morta
Porque o amante
Se faz esquivo.
Feche-se a porta
Porque é de pedra
Impermissivo
Esse que era
O cantar da morta."

asaquebrada 13/05/2020

Arrebatador
Nossa! Quanta lindeza! As poesias são arrebatadoras. E aumentou deveras o meu vocabulário, tem cada palavra linda que eu não conhecia! Obrigada por tanto, Hilda! 

VinAcius9 11/05/2020

Um livro sobre amor
Hilda Hilst neste livro consegue mostrar o quão o Amor é polissêmico. É um livro para quem se sente apaixonado, mas também para quem sofre um grande desilusão amorosa. E o melhor é que o livro tem os seus poemas sociais, filosóficos e políticos.

Victor.Hugo 11/05/2020

Um desvario
Júbilo, memória, noviciado da paixão. Um júbilo voraz; uma memória pulsante; somos enfim noviciados na paixão do eu-lírico.
O livro consiste em poemas divididos em pequenas unidades a formar uma narrativa apaixonada; muitos poemas são ainda magistralmente feitos tal qual fossem cartas: alguns dirigidos a Túlio, por quem a eu-lírico declara seu amor, outros a parentes, falando sobre si ? importante ainda ressaltar a última unidade, composta como um diário poético de impressões sobre ocorrências contemporâneas à sua composição.
A poética de Hilda Hilst se me pareceu de uma elegância encantadora (longe da pieguice), um verdadeiro desvario em que a eu-lírico muitas vezes condiciona sua existência ao amor que sente.
Um livro pujante.