Blade Runner

Blade Runner Philip K. Dick




Resenhas - Androides Sonham Com Ovelhas Elétricas?


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Anderson 05/09/2022

Uma avestruz no telhado do prédio?
Rick Deckard é um caçador de recompensas associado ao Departamento de polícia de São Francisco, em busca de ter grana para conseguir um animal de verdade e consecutivamente respeito da sua mulher ele caça androides e os "aposenta".

O livro traz os conflitos do protagonista sobre entender o que torna um ser humano um humano em si. Os conflitos psicológicos e emocionais dos personagens, aliados aos momentos de ação (ainda que curtos e pouco explorados) trazem um ritmo agradável a narrativa, o final do livro é fraco se comparado a toda estrutura criada ao longo da estória, mas não é de forma alguma ruim. Mais um ponto para o sci-fi.
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Guilherme 06/09/2022

Um dia difícil no trabalho para um caçador de recompensas.
Rick Deckard, um caçador de recompensas onde seu objetivo, comum em filmes de ficção e obras literárias do gênero, é caçar, porém não humanos, aqui não, aqui seus inimigos são piores e mais astutos que isso, para poder reivindicar a sua recompensa, Rick precisa matar, ou melhor, aposentar o que chamam de "androides" vindos para Terra de forma ilegal.
Sério, o que dizer dessa proposta, quando eu bati o olho eu me amarrei logo de cara, caçadores de recompensa, androides, ação em um mundo distópico cyberpunk, sinceramente??? Tinha tudo para ser um livro que ia me prender em cenas continuas de ação e loucuras descritivas onde meu olho parece deslizar sob as linhas.
De toda essa minha expectativa inicial comparado ao meu "eu do futuro" (o que está escrevendo essa resenha agora) eu posso afirmar que isso aqui me pegou de um jeito muito mais certeiro e inesperado do que um tiro tubo laser do próprio Rick.
Que obra magnifica dos pés a cabeça, do inicio ao fim, sério, não tem como não começar falando do que eu usei como start para essa resenha, o próprio protagonista!!!
Rick Deckard é um personagem incrivelmente bem desenvolvido, chega a ser assustador o quanto a introspecção do mesmo leva ao entendimento da historia geral e como a mente dele, a forma que ele vê as coisas e a formas que as coisas realmente acontecem enlaçam uma na outra criando uma narrativa fenomenalmente gostosa de se acompanhar, eu temia, que por ser um livro onde o protagonista teria que caçar um numero determinado de alvos, seria enrolado ou talvez não conseguisse manter um ritmo decente/envolvente até a conclusão da trama, bom, sobre isso, nem preciso comentar que estava extremamente errado.
Todo o ambiente e historia criada, todo plot em cada capitulo revelando mais do caminho total que a obra vai tomando é incrível, a escrita do PKD, pela minha opinião, é uma delicia aos olhos de um leitor, ela é simples quando é pra ser simples, e extremamente complexa quando é necessário tal complexidade, mas mesmos em partes mais abstratas da obra você consegue entender claramente que tipo de emoção o autor está querendo passar e o que ele quer dizer com aquilo, dizendo em outras palavras, mesmo sendo uma obra com sua pegada filosófica introspectiva do protagonista reagindo e lidando com os próprios pensamentos sobre o que enxerga em suas experiências como um caçador, você nunca fica perdido aqui, nem mesmo quando Rick está perdido em sua própria cabeça.

A Obra em um todo é incrível, eu amei e infelizmente acabei mais rápido do que eu mesmo esperava, mas isso só mostra o quão esse livro conseguiu me prender, me entreter e entregar uma historia incrível sem fugir da sua proposta original
É isso que eu tenho a dizer por aqui, mas antes de eu desligar meu vidskoob, eu tenho que fazer umas perguntas, peço para que expresse sua reação a cada uma delas o mais rapidamente possível, você está sendo cronometrado, claro.
"Você ganhou uma carteira de couro de bezerro no seu aniversario..."
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willian.coelho. 07/09/2022

Um pouco inconsistente, mas bastante reflexivo
"Do androids dream of electric sheep" (1968) é o livro de ficção científica, escrito pelo escritor estadunidense Philip K. Dick, que deu origem ao famoso longa "Blade Runner" (1982), dirigido por Ridley Scott. Embora tivesse algum reconhecimento dentro do seu campo de escrita (venceu o prêmio Hugo em 1962), é muito provável que jamais alcançaria tamanha visibilidade se não fosse pela adaptação: sua obra chega aos tempos atuais não somente pela forma direta, mas também por diversos filmes e séries. Ainda assim, na ocasião do lançamento de "Blade Runner", PKD, sendo ostensivamente pressionado pelos produtores (e pelo farto cachê) a produzir um texto "mais comercial" que enquadrasse o roteiro, recusou-se (no fim, uma decisão acertada, pois faleceu antes da estreia). Deveras prolífico (e aparentemente um tanto insano), deixou dezenas de trabalhos; oscilou entre ficção, especulação e religião.
A trama, dividida em dois eixos, acompanha o caçador de androides R. Deckard - atrás de seis modelos Nexus-6 (bastante humanizados) - e o cognitivamente afetado e socialmente rejeitado J. Isidore - apaixonando-se por uma das presas do primeiro protagonista. Diferente do que é comumente encontrado neste gênero literário, a história não se contém em detalhamento atmosférico excessivo: há certa competência em criar conceitos e termos futuristas de modo imaginativo, todavia é priorizado o esforço em manter o frenético ritmo narrativo (muita ação e plot twists). É uma distopia em que a Terra, tomada por poeira radioativa resultante de uma grande guerra, ficou quase inabitada e cheia de lixo (os humanos migraram para outros planetas). A religião vigente - que os templos foram substituídos por uma experiência VR - se baseia na empatia; os bens mais preciosos são animais de verdade (pois houve extinção massiva); o humor é controlado por um sintonizador, bem como as mais variadas emoções.
O ponto mais frágil da obra é, de modo geral, a sua inconstância: a linguagem, quase sempre simplória (pouco polida, sem requinte) envereda, de repente, para algo mais poético, sinestésico e, abruptamente, retorna ao padrão dominante; o tom, que, às vezes, tende à abstração, sempre regressa para o real, porém, no segmento final, ganha um caráter alucinatório ligado a passagens teológicas; algumas personagens, em dados momentos, parecem não se comportar de acordo com a sua personalidade, e é criado todo um clímax (pela cadência do enredo), entretanto que culmina em desfechos anêmicos. Não que haja qualquer problema em relação à mediocridade dos acontecimentos (a vida real costuma pender à trivialidade e isso confere uma conveniente verossimilhança ao texto); fica evidente, contudo, pelo teor da trama, que não é intencional, leva o leitor a questionar a qualidade técnica de PKD como escritor.
No entanto, é válido destacar, conquanto não haja presumivelmente clara pretensão por parte de Philip, a virtude dos elementos ambientais e de certas passagens em elencar questões filosóficas. Ademais, pouco importa o intento do autor; é o efeito causado pelo seu escrito que deve preponderar. O tópico central, sem dúvidas, é a indagação “o que é estar vivo?” e, com ele, segue toda a sorte de assuntos relacionados, como: descriminação e a voraz busca dos conjuntos em encontrar meios de subjugar outros com base nas diferenças; aptidão de a vida criar outra existência, inclusive capaz de a superar, de a substituir e até mesmo de a extinguir; relevância das memórias no contexto da identidade do ser (o que faz refletir sobre a situação de indivíduos que adquirem doenças demenciais); sustentação física - já que tudo (e apenas) o que está fundamentalmente provado é material - para que inteligências artificiais sejam habilitadas a sentir qualquer sensação humana. Também há uma intrigante marca, indubitavelmente atual, na atmosfera da vida cotidiana daquelas personagens: a sede que a civilização capitalista moderna manifesta em introjetar práticas antinaturais (artificiais) nos seus hábitos. Estão todos conectados e ligados nas rotinas uns dos outros, mas ninguém se encontra (nem a si mesmo na própria solidão); contemplam belíssimas paisagens (ao menos o que se convenciona achar deleitoso) pela lente de um telefone, e ignoram que, em um piscar de olhos, estarão todos mortos e esquecidos; automatizam todo o trabalho possível, e caem em desuso (não são mais suficientes para agradarem-se, nem sequer na sua banal fisiologia [a pornografia é superior, o simples alimento tem gosto de jornal, o carro do vizinho é o ideal]). Ou seja, parece que todo esse esforço somente diluiu o homem como animal a tal ponto que lhe restou um vazio tão enorme que só pode ser preenchido pelos seus próprios inventos (que têm um custo necessário para se retroalimentarem). Os robôs humanoides de PKD trazem isso à superfície, pois só o que almejam é a humanidade que o homem descartou; paradoxalmente, contudo, são limitados à escravidão por sua falta de empatia. Bastantes mais raciocínios podem ser extraídos, como o embate mídia versus religião na alienação, que se constrói com profundidade narrativa.
Certamente, muitos resolvem ler o livro após assistirem ao filme de 82 (não é à toa que a editora Aleph traz o nome “Blade Runner” em sua capa), porém eles divergem substancialmente em algumas partes (e em outras é idêntico). O longa foca ainda mais na ação, removendo personagens essenciais (e que geram os melhores momentos do romance) para o conflito de ideias que ocorre com Deckard; em vez disso, a estratégia abordada foi introduzir um namoro mesquinho de final feliz. Ainda assim, é um bom filme (desde que não se busque nele todo o pessimismo reflexivo do texto), cabendo salientar a ótima filmografia de estética oitentista: é um noir chuvoso e esfumaçado embalado por um instrumental regado à órgão e saxofone. Para finalizar, é importante realçar as críticas positivas de leitores para com a “linguagem fluida” e a “escrita fácil”, o que enfatiza como que as pessoas estão despreparadas para gozar as nuances da forma e do idioma (o tradutor tenta, mesmo fracassando, elaborar uma adequação equivalente, mas os sujeitos reclamam que não conseguem ler, que trabalho mais infrutífero). A simplificação da arte - que hoje parece um requisito de qualidade - degenerou a forma com que os indivíduos se harmonizam com ela e, por conseguinte, provocou um embrutecimento cultural. Não é que a estética mais crua e sem pompa seja problemática, mas que isso não deveria ser, de jeito nenhum, um padrão de excelência!
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Norb 09/09/2022

Não é datado, é vintage
Preciso avisar desde já: Os dois primeiros capítulos podem soar estranhos, mas continua lendo, tudo faz sentido conforme você continua. (As explicações estão diluídas pelo livro)

A história se passa em 2019 com um senso inocente de retrofuturismo. Obviamente não contamos com carros voadores ou colonização de Marte e tampouco andróides, mas como toda boa história de ficção científica, não é sobre as inovações tecnológicas, mas sim sobre a visão de mundo da época em que foi escrita através de um cenário fantasioso baseado em tecnologia.
Dito isso o livro carrega um comentário ou outro que combina melhor com 1960 em vez dos dias atuais, mas nada muito gritante.
A história é contada principalmente pela perspectiva de Rick Deckard, o caçador de andróides mais filosófico que deve ter existido. É sério, o Deckard é uma pessoa profunda, ele parece buscar algum significado por trás de suas ações e faz um esforço genuíno para ser empático e considerativo para com os outros. Há outra perspectiva também, e apesar de ter virado o meu xodozinho, não é tão marcante quanto a de Rick.
Ele não sofre o mal do "protagonista que consegue resolver tudo sozinho" e até se consegue, não é do jeito que ele queria.
Os personagens desse livro são bem humanos. Inclusive os andróides, apesar da frieza inata deles.
O fio condutor é a investigação/caça que é conduzida por Deckard e como leitor, você experimenta diversas emoções. Existem alguns bons momentos de ação, outros de astúcia. Uns de terror e medo por tudo. É um livro muito curto, mas completíssimo.
Foi meu primeiro livro de Philip K. Dick e planejo ler mais agora.
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henriq_g 10/09/2022

Androids sonha com ovelhas elétricas?
Rick Deckard é um caçador de recompensas. Seu trabalho: eliminar androides que vivem ilegalmente na Terra. Seu sonho de consumo: substituir sua ovelha de estimação elétrica por um animal de verdade. A grande chance aparece ao ser designado para perseguir seis androides fugitivos de Marte.
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Tiago.Araujo 15/09/2022

Um ótima história com muitos altos e baixos ,com excelentes surpresas,e traz uma tema muito atual, que a empatia pelas pessoas e a importância dos sentimentos alheios ,o que valorizamos ou deixamos de dar importância...em um futuro cyberpunk
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laurovsky 19/09/2022

?Androides sonham com ovelhas elétricas??
A minha principal questão com Blade Runner: ?se um ser humano sonha em ter um animal de verdade, um androide, ao contrário, sonhará em ter um animal de mentira??
Este foi um livro que me pegava pensando se o que se dizia era literal ou metafórico bastante vezes. Fiquei meio conturbada com a relação Rick-Rachel e o que isso significava, mas no fim é mais uma reflexão sobre o que, realmente, difere androides de humanos. A resposta é dada ao longo da leitura, e fez muito sentido.
Demorei umas três semanas pra terminar por ser uma escrita mais estranha pra mim, que não havia lido ainda nenhuma obra do Philip K Dick, e ir mais devagar valeu a pena :)
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Tiago 20/09/2022

Qual é o título?
Livro ótimo. Acho que o autor teve mais mérito por sua criatividade do que por sua escrita. A história é super empolgante e os conceitos futuristas que aparecem são mais ainda. Mas ainda assim, sinto que ele poderia ter explorado mais o lado filosófico da coisa, como em "Solaris" por exemplo.

Após ler o livro, assisti ao filme Blade Runner, inspirado no romance. Muitas semelhanças, mas muitas diferenças. É um bom filme de ação, mas acho que o livro cumpre melhor o papel de ficção científica. Ainda assim, acho que é uma experiência válida para quem leu o livro.
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Maria 15/10/2022

Perfeito? Não, mas muito bom!
Sendo bem direta eu gostei muito da trama, da construção de mundo e até dos personagens,
porém, um ponto (e único) que me incomodou foi a maneira com a qual as mulheres são retratadas... Sendo sempre com um viés machista e sexista que sei ser proveniente da época na qual foi escrito.
Por fim eu poderia facilmente ler uma continuação ou pelo menos mais umas 50 páginas de como o Rick ficou depois de tudo o que aconteceu, com mais reflexões sobre existencialismo, nosso valor e diferenciação como seres humanos.
Precisarei de mais uns dias pra enfim dar a nota definitiva...
Update: Ainda estou com saudades dessa história, desses personagens! Começo de uma ressaca literária!? Talvez
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Ulisses 09/10/2022

"Você será requisitado a fazer coisas erradas, não importa para onde vá. É a condição básica da vida, ser violado a violar a própria identidade. Em algum momento toda criatura vivente deve fazer isso. É a sombra derradeira, o defeito da criação; é a maldição em curso, a maldição que alimenta toda a vida em todo lugar do universo." Uma ótima reflexão para um mundo que hoje caminha naquilo que o autor detectou muitos anos antes, atualmente vivemos em um mundo virtual na busca do mundo real.
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Karina.Dias 09/10/2022

Androides sonham com ovelhas elétricas?
Um livro com futuro distopico, onde um caçador de andróides tem a missão de perseguir e "aposentar" andróides que fogem das colonias em Marte para serem livres na Terra. Mas como discernir entre humanos e máquinas? Fica aí o desafio! Um livro gostoso de ler, indico!
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nico 13/10/2022

incrivel
com certeza meu livro favorito do Philip K Dick.

o mais incrível é que não é muito a mesma história do filme mas continua sendo incrível, maravilhoso

com certeza leia!!
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Flora 17/10/2022

O livro vai se perdendo
O autor cria um universo muito bom, e tem vários pontos interessantes, e até quase o final o livro entrega tudo, mas quando vai se aproximando do final ele parece perder um pouco a linha do que queria falar e parece concluir só por fazer.
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