Cândido ou o Otimismo

Cândido ou o Otimismo Voltaire




Resenhas - Cândido


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Bruna Peixoto 21/06/2022

É um livro muito divertido. Capítulos curtos, mas bem intensos, a vida dos personagens da um giro de 360 graus em poucas linhas.
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Cain- 20/06/2022

Tragicômico
É incrível como a vida pode moldar alguém. Cândido é somente um rapaz ingênuo que não conhece o pessimismo, graças ao seu mestre Pangloss.
Desbravando as N derrotas e vitórias que a vida trás, Cândido ira se questionar quanto a esse otimismo todo.
Você pega o livro e no primeiro capítulo esboça sorriso. Daí o livro continua e você apenas pensa "Meu Deus, Cândido!".
O único problema do livro é o que vejo em alguns clássicos. Acontecimentos históricos que só são explicados com uma página ao final do livro. Você tem que constantemente ir pro final e voltar a leitura. Não estraga a experiência. É algo que eu me incomodo apenas.
Ótimo livro. Divertido.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 17/06/2022

A Importância Do Espírito Crítico
Publicado originalmente em 1759, ?Cândido, Ou O Otimismo? é um conto filosófico e satírico escrito por Voltaire, um dos mais proeminentes nomes do Iluminismo. Comenta-se que o livro foi escrito em apenas três dias no ano anterior de seu lançamento, tendo como protagonista um jovem cujo o nome intitula a narrativa.

Em ritmo veloz, ela apresenta as aventuras de Cândido, após ser expulso do seu ?Jardim do Éden?, o castelo do barão de Thunder-ten-Tronckh, localizado na Vestfália, por ter beijado Cunegunda, a filha do tal aristocrata, que até então fora seu protetor.

Com o banimento, o jovem encerra seus ensinamentos com Pangloss, um mestre adepto do otimismo de Leibiniz, brilhante matemático mas filósofo medíocre. A bem da verdade, Cândido passa a adotar esta corrente filosófica na nova fase da vida, mas acaba decepcionado, conforme testemunha e toma parte de algumas situações ao longo da sua jornada.

Curiosamente, boa parte, por mais improvável e fantasiosa que pareça, tem uma correlação com acontecimentos históricos, isto é, o terremoto de Lisboa (1755) e a Guerra dos Sete Anos (entre 1756 e 1763). O resultado é uma trama picaresca, uma espécie de Bildungsroman ? romance de formação ? que ridiculariza a religião, os governos, os filósofos de forma perceptível e alegórica. Aliás, Pedro Meyer, responsável pelas ilustrações da edição, ressalta na Fortuna Crítica que ?estas divertidas alegorias parecem pura brincadeira, quando na verdade compõem uma obra incendiária?.

Na verdade, uma obra incendiária cujo o sucesso e o escândalo foram instantâneos, chegando até a ser proibida por blasfêmia religiosa, sedição política e hostilidade intelectual escondidas sob um viés ingênuo. Contudo, ao tratar de temas universais e atemporais, até hoje ela desperta interesse e está inserida no cânone literário.

Por sinal, minha relação com sua leitura foi muito semelhante ao relato de Chico Felitti na Apresentação: ?Eu li Cândido em uma manhã. E foi mais um reencontro do que uma descoberta. Este livro esteve do meu lado o tempo todo. O autor escrevia em 1700 e pouco, mas falava exatamente do mundo em que eu vivia...?, pois como explica a pós-doutora Ana Luíza Reis Bedé: ??Cândido, Ou O Otimismo? expõe a frivolidade, o egoísmo e a ganância das classes privilegiadas?, uma desigualdade impiedosa que ainda assusta.

Em síntese, o conto debruça-se sobre a importância da preservação do espírito crítico e a persistência de uma postura ética durante a vida. De acordo com a tradutora Carolina Selvatici: ?É interessante perceber como as relações sociais mudaram pouco na nossa sociedade nos últimos quatrocentos anos. Chega a ser ridículo como algumas situações podem ser comparadas às atuais. Desde negros sendo vistos como inferiores, passando pela degradação feminina, considerada absolutamente normal, aos mil golpes financeiros em que o inocente Cândido cai ? a sensação às vezes é a de que estamos vendo uma série de reportagens do Fantástico?.

Finalmente, mais uma edição sob medida da Autofágica, ideal para ocupar um lugar em sua biblioteca, ou presentear neste Natal.

Notas:
* Adquiri o e-book e para apreciar as ilustrações coloridas, opte pelo Aplicativo Gratuito de Leitura da Amazon instalado num tablet ou celular.
* Acompanha o livro VIDEOAULA GRÁTIS e para assisti-la, basta escanear o QR Code impresso no livro.
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Nicole 10/06/2022

Sensacional
Impensável ler esta obra em outra edição que não a da Antofágica. Os textos de apoio, bem como os vídeo aula, transformam a experiência de leitura.
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@vidaliterata 07/06/2022

Nosso protagonista é o jovem chamado Cândido. Ele tem uma vida boa, no belíssimo castelo do rei. Lá ele têm aulas com um velho filósofo, que é muito admirado, Pangloss. Um dia, Cândido é expulso do castelo, por beijar a amada, Cunegunda, a filha do rei, e aí começa a passar por vários perrengues na vida.

A obra escrita pelo filósofo francês Voltaire, é uma sátira, um deboche contra a filosofia otimista, defendida bastante pelo personagem Pangloss no livro. E na vida real, essa filosofia foi criada pelo filósofo alemão Gottfried Leibniz, que foi adotada por outros filósofos e líderes religiosos no século XVIII. Nas palavras do próprio protagonista, Cândido, a filosofia do otimismo é definida como ?a fúria de sustentar que tudo está bem quando se está mal?, poderia até se dizer que é como se fosse a nossa contemporânea ?positividade tóxica?.

Têm vários momentos divertidos ao longo da história. Embora Cândido passa por várias desgraças, e ele ainda tenta acreditar que vive no melhor dos mundos possíveis. Fora as terríveis situações e tragédias que seu mestre filósofo, adepto do otimismo, passa e outros personagens do livro também.

Essa história nos faz refletir bastante sobre como crenças e o fanatismo religioso podem nos prejudicar e nos fazer perder o senso crítico diante de situações extremas e trágicas da vida, porque elas creem que ?tudo está bem no melhor dos mundos possíveis?, segundo a filosofia otimista.

Adorei a experiência de leitura. Foi como se eu tivesse viajado junto com os personagens pelos quatro cantos da Terra, com muitas aventuras e desventuras. No livro também têm várias referências históricas importantes do século XVIII, as notas de rodapé ajudaram bastante nisso.

Super recomendo a leitura, menos pra quem é muito sensível, porque o livro pode ter vários gatilhos devido às descrições violentas. Porém, ele é super necessário e continua atual.
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funnyfani 06/06/2022

Experiência interessante
Esse livro é muito diferente dos livros de fantasia e romance que eu estou acostumada, mas eu gostei. E olha, realmente não achava que a leitura seria fluída, mas foi, apesar de ter cenas pesadas, tudo muda tão rápido que nem da tempo de ficar triste. As vezes eu fechava o livro e começaram a refletir um pouco, mas depois a curiosidade de saber o que viria depois vinha e eu voltaram a ler.

Confesso que fiquei impressionada como Voltaire usou os personagens para criticar a sociedade da época e em como algumas das críticas se aplicam nos dias atuais, apesar de ser um mundo completamente diferente e com outros ideais.

Não sei exatamente o que um professor de filosofia diria sobre o livro, provavelmente algo muito mais profundo, mas, sinceramente, posso não odiar filosofia, mas também não é minha matéria favorita kkkkk e ainda assim eu gostei do livro e acho que todos deveriam ler.

Bom, essa é a opinião de uma garota de 16 anos e eu não sei se você vai seguir meu conselho e ler o livro, mas se ler, garanto que não vai se arrepender.

Boa leitura.
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Lea.0 28/05/2022

Minhas expectativas estavam altas demais
Bom, essa foi minha primeira experiência com a literatura de Voltaire. Devo deixar bem explícito que o mesmo é meu iluminista favorito, e além disso, eu não li nenhum livro de qualquer outro iluminista até o presente momento. Pois bem, com isso, sigamos..

Eu havia projetado mais filosofias e menos contexto e viagem ao longo da obra, porém não foi isso que aconteceu. Eu entendo que Voltaire não escreveu explicitamente sua filosofia mas sim à aplicou em uma história ficcional. Mesmo com isso, sinto que foi mais história do que sua filosofia, digo, ele não fala tanto sobre sua filosofia tanto quanto fala do trajeto de Cândido na Europa. Isso acabou me deixando bem desanimada durante a leitura.
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@Matcholo 27/05/2022

Uma alegoria repelta de ironia, filosofia e humor. Que nos faz refletir, muitas vezes pelo exagero da narrativa, questões muito pertinentes a nossa realidade. Leitura rápida, (da pra ser feita em um dia) que eu recomendo bastante.
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Julia Moraes 24/05/2022

Um livro bem irônico e provocador. A história é um conto extraordinário que trás muitas reflexões sobre a humanidade e como vivemos.
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felipediego 14/05/2022

Cândido, ou o Conformado
"Eu só leio por mim. Só gosto do que me é útil."

Cândido de Voltaire é uma sátira do começo ao fim, cheio de referências históricas, locais e globais. Um jovem doutrinado a crer que tudo copera para o melhor fim e que a situação e o ambiente presente, é o melhor possível dos mundos.
Esta obra conta com vários momentos hilários e cômicos. A forma como a obra é escrita me lembrou O Nariz, de Nikolai Gogol. Apesar das partes engraçadas, o livro carrega críticas pesadas e pejorativas à vários aspectos sociais, religiosos e pessoas importantes no tempo de Voltaire (ou Dr. Ralph, como era seu pseudônimo no momento).
Cândido, o filósofo Pangloss, srta Cunegunda, a Velha e Martinho são o ápice da sátira da obra, tanto no quesito persona, quanto na crítica sociocultural.

Se você não ler esta obra magnífica, ai da filosofia, ai de Cândido, ai de ti por perder o melhor dos melhores dos mundos literários!
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@acumuladoradelivros 29/04/2022

Rinha de filósofos como não gostar? Kkkk
O número de sátiras e criticas que Voltaire coloca em sua obra é o que a torna um clássico, mas pra alguém que talvez não esteja por dentro dessa discussão a leitura pode soar como confusa, mirabolante e sem sentido. Mas mesmo sem saber o contexto, caso se faça a leitura com atenção é possível sim perceber a mensagem. O mundo não é o melhor possível e muito menos os são os acontecimentos que ocorrem nele.
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Rafa 27/04/2022

O melhor dos mundos, o pior dos mundos
"Mas um sábio (...) me ensinou que tudo isso está às mil maravilhas; são sombras num belo quadro".
"(...) as vossas sombras são manchas horríveis".

No nosso conto filosófico, a imagem é criada pelo próprio texto, e não apenas na expressão das palavras - trata-se de uma composição veloz, feita de sombras e cores, uma tragicomédia.

O ponto histórico é a Guerra dos Sete Anos (1756-1763) e, em seu entorno, são trabalhados temas como: a "carnificina heróica" e o teatro da guerra; a normalidade do absurdo porque é a "lei da guerra"; os rituais e a constituição religiosa de um povo e a manipulação dos homens; a punição (auto de fé), como espetáculo; a mulher praticamente como "moeda de troca"; a escravidão nas colônias ("é do conhecimento geral que não há um só barril de açúcar que chegue à Europa sem estar manchado com sangue humano", Montesquieu, nota 3, cap. 19).

"Quantas espantosas calamidades concatenadas umas com as outras" (cap. 27), em um ritmo "quase cinematográfico" (Calvino)!

O otimismo fica aí solto, como algo destituído de sentido - este é o "melhor dos mundos", mas cada um carrega os próprios infortúnios, o pior dos mundos dentro de si. Esse peso permeia toda a narrativa com a sutileza esmagadora de Voltaire, e a repetida frase de que tudo coopera para nosso bem. (Ou, como na Bíblia, "Tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus").

Seria o apego à vida uma "fraqueza ridícula" (cap 12)? Quantos infortúnios o homem é capaz de suportar e por quê?
E até que ponto se manteria a pureza de uma alma? O que a macularia?
Ainda, interessantíssimo: o "direito natural" de matarmo-nos uns aos outros. É um ponto que se liga com a questão da natureza do homem que é trabalhada no cap 21 - éramos naturalmente bons e as circunstâncias modificaram nossa índole? Ou somos essencialmente maus e a sociedade serve a que controlemos os nossos impulsos?

Quando chegamos na parte de Eldorado, o que mais entrou em destaque pra mim foi o trecho: "se permanecermos aqui, não seremos senão como os outros(...)". Eldorado poderia ser vista como uma cidade celestial, onde há igualdade, liberdade, felicidade e as riquezas não servem de nada. O homem estaria satisfeito no céu? Sem rivalidade e comparação, sem dor, sem nada que o diferencie e o torne deus perante os outros?

Há, após, aqui, um outro ponto bíblico: "Cândido sentiu mais alegria em recuperar esse carneiro do que tinha ficado aflito ao perder cem, todos carregados de grandes diamantes do Eldorado". Voltaire vai soltando, em uma velocidade alucinante, dúvidas, buscas.

O final coroa, de forma magistral tantas indagações: as questões de Candido são outra vez silenciadas. Trabalhe, ocupe sua mente e não questione o que não lhe cabe.

Cândido significa pureza, inocência - alguém que está em processo e que tenta encontrar algo, alguém que tenta entender. O otimismo, por outro lado, pode ser apenas algo destituído de sentido, algo vazio em si mesmo, um nada a que se conforma.

Uma busca. É isso. Cada detalhe conta.
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aryyss 22/04/2022

esse livro é triste, engraçado e reflexivo.Uma sátira ao otimismo, gostei e achei super Interessante, é simplesmente ridículo a quantidade de coisas ruins que acontecem com o Cândido ?
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