Regis2020 24/08/2022
Tratado para ser vitorioso em governar
Nicolau Maquiavel nasceu em Florença em 1469, foi um filósofo, historiador, poeta, diplomata e músico.
Foi chanceler em 1507, e após ser preso e sofrer tortura, recolheu-se em sua propriedade rural em San Casciano, com sua esposa e seus seis filhos, passando a se dedicar a estudar e escrever.
Em O Príncipe, Maquiavel fala através de suas experiências e estudos sobre vitórias e derrotas dos grandes príncipes, reis, imperadores do passado e de sua época, para manifestar nesse tratado, como um Príncipes deve proceder para ser um bom e vitorioso governante.
Durante todo o livro, o vemos sempre frisar que o príncipe sem o apoio do povo, dificilmente triunfará apenas com o apoio do exército e dos nobres (tendo em vista que entre esses últimos, sempre haverá opositores e invejosos).
Ele não alvitrava que os governantes tinham que ser nobres mas, que deviam possuir tanto a astúcia da raposa quanto a força do leão, saber empregar essa máxima nos momentos adequados, e que apenas a equanimidade de seus atos tornariam seu reinado vitorioso e respeitado.
Maquiavel utiliza na argumentação fatos ocorridos na Antiguidade grega, na Roma da República ou em episódios contemporâneos, assim como recorre a intérpretes dessas várias épocas, cita exemplos de goverantes que tiveram êxito ou fracassaram, empreendendo de astúcia ou força, ex: Aníbal, Alexandre, Marcos Aurélio, César Bórgia, Luiz XII, Dario, Moisés, Ciro, Teseu, Davi...
O livro complementa muito ricamente as leituras de A Arte da Guerra, de Sun Tzu e O Livro dos Cinco Anéis, de Miyamoto Musashi... mostra como proceder para comandar, se manter no poder e ter um legado que será glorificado no futuro.
Ambos os livros (cada um em seu tempo) foram manuais de como agir e comandar sendo um bom general, espadachim e governante, ensinamentos esses empregados até hoje em grandes empresas e conglomerados.
Gostei de ter pedido fazer essa leitura, achei a escrita agradável e de fácil entendimento, mesmo sendo um clássico tão antigo. Me enriqueceu muito como leitora, e recomendo tanto O Príncipe, quanto os outros dois citados acima.