O Príncipe

O Príncipe Maquiavel




Resenhas - O Príncipe


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Ângelo Von Clemente 10/11/2016

Não entendestes? Maquiavel desenha!

Deveras comum é ouvirmos, independente do meio social ao qual estamos inseridos, que para "bom entendedor meia palavra basta." Assim deveria ser efetivamente, penso eu, se nosso mundo tivesse em sua essência um pouco mais de sutileza. Maquiavel mostra-se um profundo conhecedor das almas humanas e de suas frágeis estruturas do poder. Originado de seus dias de ócio no exílio, e de seu sonho nobre de ver a Itália unificada e livre das ditas "influências bárbaras", eis que surge uma obra cujas passagens tornar-se-iam eternas, frutos de uma mente digna do renascimento Europeu. Seu teor até hoje é discutido com afinco, causador de pequenas discórdias dentro do mundo acadêmico. Certo é que Maquiavel não poderia ser por todos interpretado corretamente, e o que se criou dele foi uma deturpação caricata muito indigna de sua filosofia comportamental dúbia. Sedutor, provido de uma narrativa eloquente e ardilosa, ele destila seus preceitos em doses generosas, descarregando na corrente sanguínea de qualquer ser com ligações longínquas ao poder e suas convenções um fascínio aterrador. É um autor que tem a capacidade de manipular seu leitor, molda-lo conforme os argumentos se tornem mais convenientes. Podemos nele discernir duas roupagens diferentes, que seriam a de uma virtude recatada e a da perfídia inescrupulosa. Um bom líder deveria saber valer-se de tais máscaras conforme mude o cenário e os personagens da peça. Seu pensamento moral pode ser exposto segundo tal preceito " Não se afastar do bem, se puder, mas saber enveredar-se pelo mal, se necessário." Quantas vidas e quantos tronos não teriam sido preservados perante a história, não fosse uma virtude inabalável que muitos pseudo-historiadores contemporâneos decadentes (Stefan Zweig, por exemplo) chamaram por "inoperância"! Empregando novamente as palavras de Maquiavel, e fazendo meus os pensamentos dele "E os homens, universalmente, julgam mais pelos olhos do que pelas mãos; Porque cabe a todos ver, mas a poucos sentir. Todos veem aquilo que o príncipe aparenta ser, mas poucos sentem aquilo que ele é." A respeito das notas de sua alteza real, Cristina da Suécia, posso dizer que a que mais chamou-me a atenção foi sem dúvida "É preciso fazer-se amar e temer ao mesmo tempo, esse é o único segredo." Dentre os poucos comentários que fez, sua alteza mostrou-se detentora de um pensamento esclarecido e de uma moral sólida. Napoleão Bonaparte, o pequeno corso insolente, já teve uma conduta diferente. Defecou aproximadamente setecentas observações cheias de uma arrogância megalomaníaca capaz de provocar náusea, sendo que sua ÚNICA redenção foi ter reconhecido em Louis XVI, no capitulo XV (Em que Maquiavel trata das caracteristicas pelas quais um homem, especialmente os príncipes, devem ser louvados e vituperados.) um modelo de monarca com todas as qualidades e virtudes possíveis a um governante. Logico que o fez em tom de desdém, afirmando que o preço por desempenhar tais qualidades é "perder o trono e a vida." Ao contrário do que poderia julgar uma interpretação limitada, "O príncipe" não contempla somente estruturas "absolutas" do poder. Como diria Exupéry "O essencial é invisível aos olhos." A politica se estende para além dos que amanhecem seus dias nos plenários, e reconhece gênios ocultos em seus respectivos cotidianos, se estes lhe devotam a devida atenção. A arte do poder, antes de qualquer coisa, é exercida em nosso meio mais simples, através das formas mais discretas que o ressoar de canhões ou a movimentação ruidosa de tropas, embora este fato muitos ingênuos desconheçam.
Hiago 24/03/2017minha estante
Concordo, não são poucos os historiadores e cientistas políticos que enxergam em Maquiavel uma espécie de demônio italiano, deturpações que ao longo do livro caem naturalmente por terra, pois acredito que o florentino reproduziu fidedignamente vários aspectos da conduta humana. Não os criou. Sobre o Napoleão, como beira ao insuportável, as observações são de revirar os olhos (no pior sentido) e eu acabei dando risada com ''defecou aproximadamente setecentas observações'', pois me identifiquei. Boa resenha.




Lilian 02/11/2016

O Principe
Apenas correção: minha edição é de 1979, da Ed Civilização Brasileira SA. Não há na lista do skoob esta edição. Vale reler e reler...
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Hiago 05/10/2016

Impecável no que se propõe.
Li a versão traduzida por Fulvio Lubisco, da editora Jardim dos Livros, que acompanha os comentários de Cristina da Suécia e Napoleão. Bom, aos acadêmicos de ciências sociais e aos historiadores, é indispensável; Nos dá uma visão política e histórica sem precedentes, única e realmente humana, sobre como as coisas foram e, de certa forma, ainda são. Não trata-se de um livro somente sobre ciência política - ainda que seja majoritário nesse aspecto -, mas de conduta humana e, sobretudo, história! Diferentemente do que se pensa ao utilizarem termos como ''maquiavélico'' para designar algo nefasto, malvado ou desonesto, a noção que se tem ao ler o livro com cuidado, é de que Maquiável somente reproduziu o que concluiu através de suas análises exaustivas e extremamente detalhistas (são muitas!). Não penso que o autor tenha sido um homem mau, visto que ele próprio nunca exerceu grande influência (sob terceiros) a esse ponto - ainda que tenha convivido com aristocratas e a alta classe florentina -, mas penso que tenha sido sim um observador nato, isso sem dúvida. O que se vê na obra é a representação fidedigna de conflitos e medidas previamente adotadas por outros antes dele, por exemplo, pois a noção comum é de que Maquiável tenha inventado as abordagens expostas no livro, quando não é o caso. Neste livro, o leitor compreende de que forma diversos Estados podem ser constituídos, conquistados, mantidos ou derrotados, é essencialmente um manual político à época, com menos eficiência hoje em dia, mas com um valor inestimável e que não pode ser subestimado salvo algumas observações (por vezes pueris quando trata-se de analogias envolvendo personagens bíblicos ou a própria igreja católica). A contemporaneidade baseia-se em princípios dissecados de outros tempos, há raízes em nossas instituições e conceitos que caminharam por outros séculos e ganham novas formas com o passar dos anos, mas que podem ser regredidas e por isso merecem ser compreendidas minuciosamente. O livro pode ser pesado e cansativo aos que não possuem mínima afinidade com história ou política, mas ainda sim pode ser tragável, com devidas pausas mais longas e análises superficiais (não é prejudicial nesse caso). Mas, como um todo, fico com a opinião de que, mesmo que tenha exercido enorme influência durante os anos seguintes e algumas vezes até em personagens históricos mais recentes, ele deve ser lido à luz de sua época, sempre; Digo isso porque é muito difícil correlacionar conceitos que estão no livro com os de hoje em dia, há mudanças drásticas e blindáveis, não se pode fantasiar ao ponto de achar que tudo ainda é praticável, não mesmo. O único lado negativo, talvez, vá para os comentários arrogantes e pretensiosos de Napoleão, que por vezes parece uma criança mimada e inflexível e contrasta como sendo aluno de um professor mais lúcido e consciente (o próprio Maquiavel). Por fim, o livro é um marco, um clássico que merece a fama que o precede.
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Gael Nietzsche 02/10/2016

O Príncipe. de Maquiavel.
Um livro excelente, vale a pena conferir, Li e reli. estou relendo. I LOVE A LITERATURA DE MAQUIAVEL.
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Borges 24/09/2016

Essencial
Livro essencial para conhecer o comportamento do homem.
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Gabriela 21/09/2016

A pessoa nota o esforço feito pelo autor analisando não só os governantes do seu tempo, mas também os da Antiguidade, relacionando as ações e decisões tomadas por eles e suas consequências. Com isso, ele determina o que funciona e o que não. Nota-se também o quanto ele desejava ver a unificação da Itália, que só veio ocorrer depois de 3 séculos.

Gostei também de ter lido uma edição com comentários de Napoleão. Os comentários são de várias épocas de sua vida e é interessante ver o quanto este livro foi importante para ele. Na maioria da vezes, Napoleão concorda com o que Maquiavel diz; em outras ele discorda, mas nós sabemos, pela história, que ele estava enganado. Já outras vezes, ele discordava quando era general, cônsul ou imperador, mas quando estava exilado em Elba, percebe que se enganou. É bem legal ler o livro tendo também essa perspectiva de quem aplicou pelo menos parte do que está ali.

Eu acho que o livro continua atual e que devemos lê-lo para termos uma ideia das motivações que podem estar por trás das ações de nossos governantes.
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Carolina.Svinna 19/09/2016

Nada superestimado!
O famoso livro disfarçado!
A história dita destinada aos burgueses, mas na realidade feita para a plebe sair do poço de ignorância. Sensacional.
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Nena 14/09/2016

Apesar de ser um livro publicado em 1532, na Idade Média, tornou-se um clássico atemporal. Maquiavel apresenta-nos um tratado político de como obter e manter-se no poder. É praticamente um manual do bom governante. Acredito q todos os políticos já leram e todo o povo deveria lê-lo.Clássico indispensável para o bom pensador. "Um príncipe hábil deve pensar na maneira pela qual possa fazer com que os seus cidadãos sempre é em qualquer circunstância tenham necessidade do Estado e dele mesmo, e estes, então, sempre lhe serão fiéis."
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Mario Pordeus 01/09/2016

Um manual para ser político
"O Príncipe" é um verdadeiro clássico. A meu ver, não é apenas um livro, mas um manual para políticos que querem chegar e se manter no poder. O povo também precisa lê-lo, a fim de desvendar as estratégias dos nossos queridos homens públicos. A linguagem não é tão fácil, mas o conteúdo compensa.
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Mayda Ribeiro 26/08/2016

O Príncipe
Muito bom.
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kevyn.campos.73 24/06/2016

O Príncipe
Em O príncipe, obra magnânima de Nicolau Maquiavel, observamos a real conduta tomada pelo excelente líder. Excelente líder no sentido de obter poder, trabalha-lo e mantê-lo. É realmente uma obra fantástica. E devo admitir que em muitas ideias, várias já preconcebidas, eu me identifico com o autor.
A base de todo o discurso maquiavélico que transcorre pelas páginas do livro, sobre o mantenimento do poder, é pautada sobre dois aspectos humanos, a virtude e a fortuna do príncipe. Sendo as duas desejáveis, não se engane, mas a primeira mais, pois a fortuna vem e vai sem aviso prévio a qualquer um, mesmo a aqueles que nasceram gozando de grande fortuna estão fadados a incerteza de perdê-la a qualquer momento. Já a virtude é diferente, ela permanece sempre a disposição de quem às cultivou e assim às tem.
Através da virtude, o príncipe que almeja obter sucesso deve seguir alguns preceitos básicos, tais como: assegurar a popularidade entre o povo e o exército, munir-se de armas próprias, com prudência obter conselhos, não o contrário, se possível, ser amado e temido, se não, é aconselhável preferir ser temido, pois os homens amam de acordo com sua vontade e temem de acordo com a vontade do príncipe. Lembre-se, o príncipe jamais terá todas as virtudes, mas ele deve aparentar tê-las todas.
Através da fortuna, outras atitudes devem ser tomadas, tais como: a medida em que as circunstâncias forem mudando, e defender uma causa seja prejudicial ao principado, o príncipe deve sem receio, porém cheio de cautela, adaptar-se ao novo cenário. Essa adaptação é imprescindível caso o príncipe assim deseje manter-se no poder por longo tempo. Às vezes a quebra da palavra é necessária, e jamais faltaram a um príncipe razões legítimas para justifica-la.
Dito isto, em suma, é importante, depois de ler O príncipe, em meio a todos os seus conselhos valorosos, levar consigo ao menos um dos ensinamento chave de Maquiavel. E se fosse me perguntado qual desses ensinamentos devo seguir, eu diria: Ser Raposa e ser Leão em suas medidas necessárias.

De resto, agradeço a Maquiavel por ter feito o que fez.

site: http://umapaginaporvez.blogspot.com.br/
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marcelgianni 19/06/2016

Estratégia Política
Não se trata de um resumo ou sinopse do livro (para isso basta pesquisar na web ou ver algumas outras resenhas postadas aqui), mas sim de um relato do que me chamou a atenção no livro, e que pode influenciar outras pessoas na sua decisão de lê-lo ou não. Sem o uso de spoilers, faço uma análise sucinta da obra, justificando minha nota atribuída.

Um livro que, embora tenha sido escrito há 500 anos, continua muito atual. O autor expõe numa linguagem clara e fria muitas orientações sobre o modo de governar. Embora ele utilize o termo ‘Príncipe’, pode-se substituir essa expressão por ‘Governante’, por exemplo, e adequá-la aos dias atuais. Um bom tratado de política, que se torna uma leitura bem agradável quando o encaixamos na conjuntura atual. É claro que não se deve colocar tudo em prática, pois o livro é repleto de táticas antiéticas e desleais (que ainda são utilizadas nos dias de hoje por muitos políticos), mas traz boas lições e exemplos sobre fracassos de príncipes anteriores e dicas para futuros príncipes.

site: https://idaselidas.wordpress.com/
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