Marília de Dirceu

Marília de Dirceu Tomás Antônio Gonzaga




Resenhas - Marília de Dirceu


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Vitória 31/07/2021

Amor em liras
Símbolo do Arcadismo brasileiro, Marília de Dirceu contém as liras e poesias de amor escritas por Tomás Antônio Gonzaga para Maria Joaquina Dorotéia de Seixas Brandão, sua amada Marília. Em razão de sua participação na Inconfidência Mineira, Gonzaga é preso, impossibilitando o casamento. Dessa forma o amor é expresso em palavras. A leitura não é pesada, mas não me ganhou. Recomendo para conhecer mais sobre o período e sobre o autor.

A minha Marília quanto
À natureza não deve!
Tem divino rosto 
E tem mãos de neve.
Se mostro na face o gosto,
Ri-se Marília, contente;
Se canto, canta comigo;
E apenas triste me sente,
Limpa os olhos com as tranças
Do fino cabelo louro.
A minha Marília vale,
Vale um imenso tesouro. (Pág. 36)

Nesses teus olhos
Amor assiste;
Deles faz guerra;
Ninguém lhe foge,
Ninguém resiste. (Pág. 100)
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Ana SPV 25/07/2021

Marília de Dirceu é a obra mais emblemática do poeta árcade luso-brasileiro Tomás Antônio Gonzaga. Trata-se de um longo poema lírico que foi publicado em Lisboa, a partir de 1792. As liras de Marília de Dirceu exploram o tema do amor entre dois pastores de ovelhas.
No decorrer da obra, o eu lírico expressa seu amor pela pastora Marília e fala sobre suas expectativas futuras.
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Isa 12/07/2021

Marília de Dirceu
Este livro é um clássico da literatura brasileira escrito por Tomaz Antônio Gonzaga. A obra é composta pelos poemas escritos por Gonzaga e dedicados a sua amada Marília, durante o período que foi reconhecido como arcadismo no Brasil.
A obra é dividida em liras, onde o autor expressa sua paixão pela amanda e exalta a natureza.
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Irena Wieliczka 22/06/2021

Marília de Dirceu
?Canta à noite o rouxinol, de manhã a cotovia. Todos cantam, só eu choro, quer de noite, quer de dia.?

?Os meus olhos choram água, um passarinho a bebe. Quem se vê como eu me vejo, não pode viver alegre.?

?Que Cupido é Deus suposto, se há Cupido, é só teu rosto, que foi ele quem me venceu.?

"Amor para as setas da Morte se enclina; de Amor logo a Morte co?as flechas atina. Oh! Golpes tiranos! Oh! Mãos homicidas! São tiros da Morte de Amor as feridas.?

?Ainda que de Laura esteja ausente, há de a chama durar no peito amante; que existe retratado o seu semblante, se não nos olhos meus, na minha mente. Mil vezes finjo vê-la, e eternamente abraço a sombra vã; só nesse instante conheço que ela está de mim distante, que tudo é ilusão que esta alma sente.?
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Nivea.Thaine 06/01/2021

Bela representação do arcadismo.
A leitura exige concentração, dado o estilo árcade da obra com palavras rebuscadas e referências clássicas. Não acho que a vida do autor em relação ao personagem lírico seja um ponto de desvantagem da obra, acho, pelo contrário, interessante o desejo do autor de manter Dirceu irremediavelmente apaixonado e fiel. Gosto muito do paralelismo entre as partes, voltando em cada uma ao "Eu, Marília, não sou/ fui algum/nenhum vaqueiro..." É uma leitura melancólica, mas há referências interessantes, assim como a pintura de uma vida simples no campo. Atenção para as conversas e interações com os deuses. Foram muito prazerosas para mim.
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Paulo 02/01/2021

As liras começam prazerosas, plácidas, simples. O livro é dividido em três partes (nesta edição, a terceira tem a autenticidade discutida, segundo o curto prefácio), a primeira, antes da prisão de Tomás Antônio Gonzaga por sua participação na Inconfidência Mineira, e a segunda, preso e depois degredado na África (embora eu não saiba se algumas da liras foram escritas no degredo ou se só na prisão da Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro), a segunda parte descreve sua solidão, seus pesares e a injustiça de sua sorte, apesar de ainda dedicar todas as liras à Marília, idealizando-a como uma mulher quase transcendental, superior aos seres humanos e até sobre-humanos, desejando revê-la e passar seus dias com ela no campo, que é uma das características do Arcadismo, período em que a obra se situa.
Apesar de pregar a simplicidade da vida, os versos depois de algumas liras tornam-se cansativos e difíceis, eu pelo menos tive muita dificuldade e desprazer em ler muitos deles, não todos, me encantei com um tanto deles e decorei alguns (“... o tempo não respeita a formosura”, “... Trato a cupido Como traidor”) e fiz um esforço para memorizar uma estrofe pertinente (“... Nenhum dos homens conserva Alegre sempre seu rosto Depois das penas vem gosto Depois de gosto, aflição Muda-se a sorte dos homens Só a minha sorte não?”), mas sua construção e organização das palavras não é tão simples quanto a vida que prega e almeja, em diversas liras há uma dificuldade também quando Gonzaga cita inúmeros seres da mitologia greco-romana, afinal, o Arcadismo/Neoclassicismo é uma “retomada” dos clássicos greco-romanos, e existe até uma lira em que a ode passa de Marília para uma tal Elvira.
Eu diria também que de simples não se pode chamar essa idealização que ele faz de Marília (seu martírio sentimental na segunda parte é considerado pré-romantismo), o motivo de sua existência e esperança, nada há mais belo e cativante no mundo do que sua amada. Mas ao pesquisarmos sobre sua vida, tendo em mente que Marília de Dirceu é uma espécie de autobiografia poética, descobrimos que Marília esperou até o fim do degredo de Dirceu para reencontrar com ele, seu amor, mas ao ir atrás dele em Portugal, segundo li em um artigo, ela descobre que Dirceu casou-se, e segundo consta a história, o pai da moça era comerciante de escravos. Marília morreu sozinha aos 85 anos.
O livro é, então, por vezes encantador e belo, mas maçante e cansativo ao tornar a linguagem mais inacessível, ao menos para nós mais incautos, e com muitas referências mitológicas.
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Nana Bastos 29/12/2020

Marília de Dirceu
Não é aquele tipo de leitura "por prazer" e sim pra escola ou coisas do tipo ...
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@Matcholo 09/12/2020

Se uma pessoa já foi amada nesse mundo essa pessoa foi Marília. O livro trata integralmente sobre o a mor de Dirceu por ela, são no total 80 liras e 13 sonetos, onde nosso admirador se declara e enaltece as qualidades e virtudes da amada. Livro para que curte poesia, e para quem curte história da literatura nacional. Métrica perfeita e uma criatividade maravilhosa, a história fica mais interessante quando descobrimos que o pastor Dirceu é um personagem poético que representa o autor, Tomás de António Gonzaga, assim como Marília é na verdade Maria Dorotéia. Como o autor tinha quarenta anos quando escreveu a obra e Maria Dorotéia era uma adolescente, a família da moça foi contra o casamento, tendo Tomás sido preso durante a inconfidência mineira o casamento nunca veio a acontecer. Apesar de muito interessante é uma leitura para quem está realmente determinado, a escrita apesar de ser em estilo bem popular na época, hoje pode apresentar alguma dificuldade para os desavisados e o livro possui muitas referências a romances e personagens clássicos da literatura, de tudo, vale muito o esforço e a aventura de conhecer esse clássico do arcadismo nacional.
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iza 27/07/2020

Os teus olhos espalham a luz divina,
a quem a luz do sol em vão se atreve;
papoila ou rosa delicada e fina
te cobre as faces, que são cor da neve.
Os teus cabelos são uns fios d'ouro;
teu lindo corpo bálsamos vapora.
Ah! não, não fez o céu, gentil pastora,
para a glória de amor igual tesouro.

Meu lado bucólico e apaixonado suspira com os poemas árcades do Antônio Gonzaga...
Afegc 01/08/2020minha estante
Considero-me bucólico. Nada melhor do que viver as afeições da vida no campo longe da lida citadina.




Thaís Brito 19/07/2020

Beleza e angústia
O livro começa com um ar de inocência. As liras de um camponês para a sua amada Marília são encantadoras. As notas de rodapé desta edição foram muito úteis para começar a entender as tantas referências à mitologia grega. Também para captar alusões a outros poetas e situações da vida do autor.

Ir conhecendo fatos da biografia de Tomás Antônio Gonzaga tornou a experiência bem triste na segunda parte do livro. Encarcerado e descrente na justiça, os poemas para Marília ficam mais melancólicos à medida em que Dirceu encontra um único consolo nas memórias e na esperança de rever a amada. Cortou o coração ver que, sem comunicação com os seus, ele ainda dedicou palavras a Cláudio Manoel da Costa sem saber que o amigo já tinha morrido.

O livro é uma grande expressão do arcadismo brasileiro, com suas preferências pela ambientação bucólica, a busca pela harmonia na natureza e a fuga dos conflitos das cidades. As liras não são de fácil entendimento para o leitor de hoje, o que pode tornar a experiência um pouco cansativa. As referências a deuses, mitos e acontecimentos históricos da Grécia e da Roma antiga também ficam desconexas e nada situam a obra no interior de Minas Gerais, local onde ela começou a ser escrita.
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Mylena 25/06/2020

Marília de Dirceu
No livro temos as declamações de Dirceu para Marília, no formato de liras e sonetos. É um livro divido em três partes, sendo a primeira liras de exaltação e idealização de Marília, a segunda liras mais melancólicas em razão da prisão na vida real do Autor, e a terceira são liras mais dispersas sem um característica única.
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Malu.Vilalta 23/06/2020

Típico livro árcade. A história é boa, o desenvolvimento é cansativo.
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Afegc 12/06/2020

Marília de Dirceu
Dirceu é um homem do campo, mas não um vaqueiro qualquer, ele é um homem de posses, um homem importante, o qual exerce uma grande influência sobre outros fazendeiros da região rural em que vive. Essas informações encontram-se logo na primeira lira quando este se apresenta para sua amada, Marília. Para entender este livro, o leitor precisará conhecer a biografia do autor, Tomás Antônio Gonzaga, que era apaixonado por Maria Dorotéia. Essas informações são imprescindíveis no percurso de compreensão da obra como um todo. Como se trata de um livro do movimento Árcade, os nomes Dirceu e Marília são pseudônimos pastoris, uma vez que é da estética do Arcadismo os poetas e personagens de poemas terem nomes de pastores bucólicos. O livro é dividido em 3 partes; a primeira Dirceu, como um vate, louva à sua amada com versos apaixonados. Nesta primeira parte, o autor se encontrava livre. Na segunda parte, Dirceu está preso na masmorra. Esse fato é importante, pois o autor também se encontrava preso. Nesta parte da obra, Dirceu se apresenta de forma bastante melancólica e triste tendo em Marília a esperança de liberdade. A terceira parte é um pouco controversa, já que alguns críticos não consideram que foi escrito por ele, pois muitas liras foram cantadas para outra Musa inspiradora sem ser Marília. Apenas algumas liras são direcionadas a Marília, além de alguns poemas terem sidos escritos em forma de Soneto.
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Mah 30/05/2020

Marília e Dirceu são os "Romeu e Julieta" brasileiros
Dos clássicos nacionais, esse é um dos meus favoritos. Marília e Dirceu são os "Romeu e Julieta" brasileiros. ♥️ Obra prima de Tomás Antônio Gonzaga.

💘 O poeta é apaixonado por uma mulher muito mais jovem, para quem escreve o poema. Foi preso com os conspiradores da inconfidência mineira e depois exilado para Moçambique.

Um livro para quem gosta de clássicos, de lirismo, de histórias da inconfidência mineira... e de amores impossíveis... 💖

A imortal Marília será de Dirceu para todo o sempre, à revelia da realidade.
Marília de Dirceu é um poema lírico enooorme e lindo, dividido em três partes.

A versão que eu comprei (da Ciranda Cultural) traz, ainda, informações importantes sobre o autor, o contexto em que o poema foi escrito e publicado e, também, críticas para ajudar na interpretação.


site: https://www.instagram.com/p/B8u20x7jSz2/
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Hannah Andressa Delgado 18/05/2020

Mais ou menos
O bucolismo característico do período Arcade me deixou um pouco entediada em alguns momentos. Não me agradou muito essa "poesia transitória"
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