Resenhas - Onde Estivestes De Noite

Beatriz3345 09/08/2023

Subjetividade
Reunião de textos inclassificáveis em gênero: contos, crônicas e/ou desabafos. Uma escrita com a presença de subjetividade, reflexão. Há trechos em que encontramos certezas?!, verdades?!, nas quais não pensamos frequentemente.

Gois 12/11/2023

Irregular
Amo a autora, mas esse livro é bastante irregular. Com 2 ou 3 textos bons, alguns ok e inclusive alguns ruins. Destaco A procura de uma dignidade, A partida do trem e Tempestade de almas.

Phen0 02/02/2024

Primeiro livro da Clarice Lispector que li. Não é fácil entender, eu diria que não entendi muita coisa, mas também consegui compreender muito. É um livro tocante que, ao meu ver, fala sobre a vida, que apesar de sofrida, vale a pena ser vivida.

majuja 22/03/2024

Sempre um prazer ler Clarice
A sensibilidade e maestria que essa mulher descreve medos e angústias é sem igual. Acho que não gostei de uns 2 contos do livro só.

carlineeeee 29/04/2024

?
a partida do trem
as manigâncias de dona frozina
o morto no mar da urca
silêncio
uma tarde plena
tanta imensidão
vida ao natural

Steph 15/07/2024

Largue a mão da lógica
Demorei (muito) a engatar a leitura, pois peguei pra ler em um sábado de sol, na beira da piscina, achando que seria "fácil", mesmo sabendo que se tratava da Clarice. Ô, coitada. Me diverti muito com o primeiro conto, mas a autora mostra sua verdadeira face nas histórias seguintes. Lá pelo final do terceiro terço dos livros, resolvi largar a mão da lógica e é aí que a magia de Clarice começa. Talvez eu não tenha entendido direito pelo menos a metade das histórias (o livro físico ajuda muito, com as orelhas), mas eu senti em absolutamente todas.

Rafa 23/07/2024

Totalmente sveglia
Nunca vou me cansar de falar de Clarice, mas não para descrevê-la?pois nem própria conseguia (ou sentia o desejo), mas para tentar chegar perto de por em palavras tudo o que ela escreveu causa em mim e tantas descobertas.
A partir do momento em que você se deixar levar pelas palavras, você viaja entre o mais simples e o mais complexo e rebuscado da existência, sem o ar de sapiência, mas de sentir tudo aquilo fluir dentro de você.
Parece muita viagem o que eu tô falando aqui kkkkkkkkkk mas essa mulher despertou partes de mim que nunca soube que existiam, me acordando para tantas facetas do banal que me têm enlouquecido. Tenho andado pela vida pensando "isso é tão Clarice!"

Gerusa7 30/07/2024

Muito lindo
A escrita profunda e magnífica da Clarice está em alta nessa obra. amei viajar por essa mente brilhante. crônicas/contos lindos demais ?

os que mais amei:
- a partida do trem
- o relatório da coisa
- silêncio
- esvaziamento
- tempestade de almas
- vida ao natural

"Entender o difícil não é vantagem, mas amar o que é fácil de se amar é uma grande subida na escala humana."

amei muito! obrigada por sempre, Cla ?

Jokopinho 03/08/2024

Uau
Não tenho o costume de escrever resenhas principalmente porque não sou bom com palavras digitadas, mas a clarice conseguiu construir nessas páginas uma manifestação tão forte da consciência do ser que me sinto obrigado a pelo menos elogiar
a forma com que ela brinca com a existência humana e com o conceito de novo e velho, ou agora e antes, ou o paralítico, é sobre-humana, ela escreve como alguém de fora a uma experiência pessoal
tive calafrios lendo o conto que dá nome a coletânea, não posso dizer que o entendi por completo, mas senti medo e escolhi não entender

Julianomeskita 14/08/2024

Lispector ?
Clarice e suas obras são extremamente maravilhosas.
A narrativa , personagens tudo sim tudo e muito bem escrito.
Se permita ler Clarice Lispector ??

Rafaela.Reis 04/10/2024

Como dizem, Clarisse Lispector não é pra se ler, é pra se sentir. E eu senti demais esse livro!!!!!!

Chris 26/11/2010

Lindas crônicas de Clarice Lispector com direito a toda sensibilidade que só ela é capaz de materializar em palavras. Contagiante, um livro que não se lê, devora-se.

Léia Viana 23/06/2011

“A monotonia, porém, era o que a sustentava”
Clarice Lispector consegue colocar em palavras o seu jeito peculiar de ver o cotidiano. É impressionante a maneira que ela tem de desvendar a nossa alma, o nosso mundo e os nossos sentimentos.

“Ah, e dizer que isto vai acabar, que por si mesmo não pode durar. Não, ela não está se referindo ao fogo, refere-se ao que sente. O que sente nunca dura, o que sente sempre acaba, e pode nunca mais voltar. Encarniça-se então sobre o momento, come-lhe o fogo, e o fogo doce arde, arde, flameja. Então, ela que sabe que tudo vai acabar, pega a mão livre do homem, e ao prendê-la nas suas, ela doce, arde, flameja”.

Clarice é de indispensável leitura!

Paulo 27/08/2012

Contos
Primeiro, um reparo superficial, mas que causou algum impacto negativo em minha leitura: desejando ler um romance de Clarice, guiei-me pela ficha catalográfica da edição da Nova Fronteira ("Romance brasileiro") e comecei a ler. Com a leitura percebi que se tratava de contos independentes. Mas, sendo Clarice, não havia por que nem como não prosseguir.

Considero um livro bastante irregular de Clarice. O manejo verbal é, claro, constantemente primoroso, mas pelo menos metade dos contos realmente não me agradou pelo desenvolvimento das ideias e pelas temáticas tratadas.

Se não for ousado demais dizer, parece-me um lançamento decorrente da pressão editorial por um volume. Lembro-me de que pensei o mesmo com um livro póstumo de Guimarães Rosa, em que enfeixaram tudo que ele quis esquecer dentro da gaveta e o resultado foi um trabalho bem inferior aos demais do autor.

Sinceramente, não me parece caber na embocadura da autora a brincadeira de referencial pop que ela insiste com exagero em determinados contos - sendo "O relatório da coisa" um dos maiores exemplos. Para mim, só funcionou no bom texto inicial, "A procura de uma dignidade", com a velhinha apaixonada por Roberto Carlos, citação única e delicada.

"A partida do trem", segundo conto do volume, também é ótimo, e dos mais representativos da consagrada feminilidade de sua imaginação.

"Seco estudo de cavalos" é inteligente e bem realizado.

"Onde estivestes de noite" foi dos que menos me agradou. Infelizmente não consegui vibrar na mesma frequência.

A partir daí, seguem basicamente contos bem breves.

O conto antológico deste livro é "Esvaziamento", uma breve abordagem sobre detalhes da "amizade", com tudo o que pode existir de profundo e de vazio nessa relação.

Dois curtos contos merecem menção também: "As águas do mar" e, principalmente, "Uma tarde plena", em que lemos sobre a singela presença de um saguim num ônibus, e temos alguma reminiscência do célebre conto "Uma galinha" (do livro Laços de Família), uma das maiores criações literárias que conheço.